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sábado, 9 de julho de 2016

"LIÇÕES DO TEMPO"

Todos nós, na terra, encarnados e  desencarnados, com vínculo no Planeta, estamos no educandário da evolução.
De um modo ou de outro, todos somos discípulos na escola do progresso.
Se te vês ao lado de companheiros ,em dificuldades maiores que as tuas, compadece-te deles e auxilia-os nas bases do entendimento e da abnegação.  Quase sempre no plano físico, semelhantes amigos se nos caracterizam na imagem de parentes ou companheiros outros , que as ligações do dia-a dia nos colocaram juntos nesta  existência. Entretanto, diante da Espiritualidade maior, são colegas de aprendizado, em aulas difíceis nas lições do tempo.
No passado próximo ou remoto, dilapidaram a própria forma, em atos conscientes de auto destruição e renasceram, mostrando no corpo que usufruem as marcas dos gestos lastimáveis, perpetrados por eles contra eles mesmos. Entregaram-se em existências outras, a traumas de ódio e delinquências , complicando os  caminhos dos semelhantes e retornaram ao berço terrestre, assinalados por enfermidades de longo curso, em que lhes sanam, gradativamente, as chagas mentais, adquiridas em processos  culposos, nos quais se viram incursos. Em estradas do pretérito abusaram de corações sensíveis , arrastando-os a calamidades passionais e agora, reaparecem no mundo, suportando conflitos psicológicos que exigem muito tempo para a eliminação necessária. Em climas sociais, de muito extintos, cultivaram hábitos perniciosos e ressurgem  agora, na arena terrestre, inclinados desde a juventude, para costumes infelizes que os impulsionam a perigos constantes. Renderam-se a tentações, em experiências que já se foram, instalados entre companhias lamentáveis, que os induziram a comprida vivência nas sombras da insanidade e reencarnam agora, seguidos por largos séqüitos de irmãos transviados na perturbação, que se lhe erigem, nas estradas humanas em adversários persistentes.
Se contas com bastante discernimento para ajuizar, quanto a situação dos companheiros em problemas e obstáculos maiores que os teus, nos bancos escolares da vida, compadece-te deles, ofertando-lhes o amparo de que disponhas.
E se trazes ao mundo um fardo  de provações tão grande de que não possam com teu apoio, atenuar o rigor do currículo, de provas em que se matricularam, auxilia-os como possas e, longe de reprova-los ante o sofrimento ou a perturbação em que se mergulharam, ora por eles e confia-os a Deus, e tenhas certeza de que Deus, velando por todos nós, saberá como, quando e onde fará por todos eles o mais e o melhor.
CHICO XAVIER. Pelo Espírito: “Emmanuel”

  

sexta-feira, 8 de julho de 2016

“ESCOLHA PROFISSIONAL NA VISÃO ESPÍRITA”

1 – A vocação profissional é fruto da escolha do Espírito antes de reencarnar?
Pode ser. Há Espíritos que planejam cuidadosamente as atividades que pretendem desenvolver. Desde a infância revelam preferência por determinada profissão, envolvendo a opção feita. O menino que estima brincar de médico, bem como a menina que aprecia imitar a professora, oferecem pistas reveladoras dos compromissos que assumiram.
2 – Há escolas no plano espiritual?
Há escolas em todos os planos da Criação. A educação é o maior de todos os recursos evolutivos. Em cidades como Nosso Lar, segundo André Luiz, no livro homônimo, psicografia de Francisco Cândido Xavier, enfatiza-se o preparo dos Espíritos para a reencarnação, envolvendo, dentre outros aspectos, a atividade profissional.
3 – Existe uma adequação física para a profissão escolhida?
Isso é fundamental. O professor deve ter fluência, facilidade de expressão; o neurocirurgião, habilidade manual, sistema nervoso bem ajustado; ouvido afinado o músico; mãos fortes o trabalhador braçal; pernas ágeis o jogador de futebol. Tudo isso pode ser preparado na estrutura perispiritual e na combinação dos elementos hereditários, a partir da interferência de técnicos da espiritualidade, quando ocorre a fecundação do óvulo, dando início ao processo reencarnatório.
4 – A facilidade para determinada atividade sempre indica uma profissão escolhida na espiritualidade?
É indicativo de que a pessoa tem experiência no ramo. Encontramos excelentes profissionais em determinada área, que revelam vocação para atividades alheias à sua profissão: um médico muito hábil em lidar com marcenaria ou engenheiro que é excelente músico. Significa que já estiveram vinculados a essas atividades. Hoje, a própria dinâmica da evolução impõe que diversifiquem suas experiências, adquirindo novas aptidões.
5 – Por que a maior parte dos jovens encontra grande dificuldade para escolher uma profissão?
É que não chegaram a defini-la previamente, na Espiritualidade. Deverão vincular-se a determinada atividade que guarde compatibilidade com suas tendências, desejos e experiências anteriores.
6 – Quem reencarna com planejamento prévio não é um protegido?
Semelhante tendência é característica das sociedades humanas. Na espiritualidade prevalece sempre o merecimento. Se alguém tem a oportunidade de um melhor preparo para a reencarnação, deva-se aos seus méritos e à natureza da tarefa que pretende desempenhar. Considere-se, também, que sua responsabilidade será maior, já que, como ensina Jesus, mais será pedido àquele que mais recebeu.
7 – Os Espíritos que reencarnam com uma profissão definida não levam vantagem, não obterão maiores facilidades?
Digamos que é o corredor que sai na frente, mas a jornada é longa. O que pesa mesmo é a dedicação, o esforço, a vontade de vencer. Como diz Amado Nervo, nem sempre o que mais corre a meta alcança, nem mais longe o mais forte o disco lança, mas o que, certo em si, vai firme e em frente, com a decisão firmada em sua mente.
8 – Como enfrentar essa fase de incertezas, em que o jovem deve optar por uma profissão que ainda não definiu?
Infelizmente essa opção tem que ser feita na faixa dos dezesseis aos dezoito anos, período de muitas incertezas para o Espírito reencarnado. Podem ajudá-lo os testes vocacionais, o contato com as atividades profissionais (sei de um jovem que descobriu sua vocação trabalhando como voluntário em grupo de assistência a hospitais; outro optou pelo magistério, a partir de uma experiência com evangelização infantil), o debate com professores e, sobretudo, a confiança em Deus e a oração. Quem ora contrito, consciente da presença divina, sempre colherá a orientação precisa do que deve fazer, que caminhos deve trilhar em relação a todas as atividades humanas. Isso inclui a profissão.


RICHARD SIMONETTI

quinta-feira, 7 de julho de 2016

“O PERISPÍRITO E SUAS MODELAÇÕES”

Como será o tecido sutil da espiritual roupagem que o homem envergará, sem o corpo de carne, além da morte?
Tão arrojada é a tentativa de transmitir informes sobre a questão aos companheiros encarnados, quão difícil se faria esclarecer à lagarta com respeito ao que será ela depois de vencer a inércia da crisálida.
Colado ao chão ou à folhagem, arrastando-se, pesadamente, o inseto não desconfia que transporta consigo os germes das próprias asas.
O perispírito é, ainda, corpo organizado que, representando o molde fundamental da existência para o homem, subsiste, além do sepulcro, demorando-se na região que lhe é própria, de conformidade com o seu peso específico.
Formado por substâncias químicas que transcendem a série estequiogenética conhecida até agora pela ciência terrena, é aparelhagem de matéria rarefeita, alterando-se, de acordo com o padrão vibratório do campo interno.
Organismo delicado, com extremo poder plástico, modifica-se sob o comando do pensamento.
É necessário, porém, acentuar que o poder apenas existe onde prevaleçam a agilidade e a habilitação que só a experiência consegue conferir.
Nas mentes primitivas, ignorantes e ociosas, semelhante vestimenta se caracteriza pela feição pastosa, verdadeira continuação do corpo físico, ainda animalizado ou enfermiço.
O progresso mental é o grande doador de renovação ao equipamento do espírito em qualquer plano de evolução.
Note-se, contudo, que não nos reportamos aqui ao aperfeiçoamento interior.
O crescimento intelectual, com intensa capacidade de ação, pode pertencer a inteligências perversas.
Daí a razão de encontrarmos, em grande número, compactas falanges de entidades libertas dos laços fisiológicos, operando nos círculos da perturbação e da crueldade, com admiráveis recursos de modificação nos aspectos em que se exprimem.
Não possuem meios para a ascese imediata, mas dispõem de elementos para dominar no ambiente em que se equilibram.
Não adquiriram, ainda, a verticalidade do Amor que se eleva aos santuários divinos, na conquista da própria sublimação, mas já se iniciaram na horizontalidade da Ciência com que influenciam aqueles que, de algum modo, ainda lhes partilham a posição espiritual.
Os “anjos caídos” não passam de grandes gênios intelectualizados com estreita capacidade de sentir.
Apaixonados, guardam a faculdade de alterar a expressão que lhes é própria, fascinando e vampirizando nos reinos inferiores da natureza.
Entretanto, nada foge à transformação e tudo se ajusta, dentro do Universo, para o geral aproveitamento da vida. 
A ignorância dormente é acordada e aguilhoada pela ignorância desperta.
A bondade incipiente é estimulada pela bondade maior.
O perispírito, quanto à forma somática, obedece a leis de gravidade, no plano a que se afina.
Nossos impulsos, emoções, paixões e virtudes nele se expressam fielmente.
Por isso mesmo, durante séculos e séculos nos demoraremos nas esferas da luta carnal ou nas regiões que lhes são fronteiriças, purificando a nossa indumentária e embelezando-a, a fim de preparar, segundo o ensinamento de Jesus, a nossa veste nupcial para o banquete do serviço divino.
Emmanuel

“Roteiro” - Psicografia de Francisco Cândido Xavier

quarta-feira, 6 de julho de 2016

“O ERRO”

Quem é que nunca fez nada de errado?
Naturalmente, todos nós, algumas vezes na vida, cometemos erros, seja intencionalmente ou não.
O erro faz parte do aprendizado.
Por trás de todo erro está a ignorância, o orgulho, ou o egoísmo.
O ignorante erra por desconhecer, o orgulhoso por se julgar mais importante do que as demais pessoas e o egoísta por pensar somente em si.
O que caracteriza o erro não são os padrões sociais ou as diretrizes éticas estabelecidas, mas sim suas consequências sobre o indivíduo e a sociedade.
O que torna algum gesto desacertado são os seus efeitos malignos.
Erramos quando nossos atos ferem alguém. Quando invadimos o direito à felicidade do próximo. Quando destruímos, ao invés de construir.
Numa palavra, erramos sempre que geramos sofrimento para os outros ou para nós mesmos.
Por estar vinculado ao sofrimento, vemos que o erro não é um bom negócio.
Entretanto, se formos sábios, saberemos tirar frutos dele.
De uma forma muito especial, Deus sempre cuida para que, dos nossos equívocos, tiremos algo de bom.
Isto acontece por meio da Lei de Causa e Efeito, que faz com que todo o bem, como todo o mal realizado retorne ao seu realizador.
No campo dos sofrimentos isto se chama expiação.
Mas para tornar o processo menos penoso, podemos recorrer ao arrependimento e à reparação.
Arrepender-se é, portanto, o primeiro passo na correção de um desatino.
Existem pessoas que só se arrependem dos seus erros quando estão colhendo as consequências.
Quanto mais demoramos a nos arrepender, mais sofremos.
O arrependimento deve provocar um desejo de reparação, que consiste em fazer o bem a quem se havia feito mal.
Mas nem todas as faltas implicam em prejuízos diretos e efetivos.
Quer dizer, nem sempre teremos de expiar, ou sofrer.
Nesses casos, a reparação se opera fazendo-se o que deveria e foi negligenciado. Cumprindo deveres desprezados, missões não preenchidas.
Quem tem sido orgulhoso, buscará tornar-se humilde. O rude procurará ser amável. O ocioso passará a ser útil e o egoísta, caridoso.
Costuma-se dizer que errar é humano.
Nós poderíamos inverter o raciocínio dizendo que corrigir erros é que é humano, pois o homem não pode desprezar a sua fantástica capacidade de racionalização ao persistir em atitudes que somente o infelicitam.
Reconhece-se, então, o homem de bem pela capacidade com que ele substitui seus defeitos por virtudes superiores.
Os efeitos dos nossos atos se estendem, muitas vezes, para além da existência atual.
Isso explica os sofrimentos atuais, cujas causas não se encontram no presente.
Várias vezes estamos recebendo hoje os efeitos de nossos atos de vidas passadas.
Nenhum Espírito atinge a perfeição, sem antes reparar os erros do seu caminho evolutivo.
Por isso, hoje é o dia de fazer o melhor!

Redação do Momento Espírita.



terça-feira, 5 de julho de 2016

“COMO CRIAR UM DELIQUENTE”

Quando se fala em delinquência, muitos pais sofrem só em pensar no que esse termo representa.
Alguns de nós pensamos e repensamos em como pode uma criança cordata, amável durante a infância, tornar-se um delinquente na adolescência ou na juventude.
Nós não nos damos conta que somos, enquanto educadores, muitas vezes os responsáveis pela delinquência que vige no mundo.
O Departamento de Polícia de Houston, Texas, elaborou uma lista enumerando algumas maneiras fáceis de como criar um delinquente. A lista é a seguinte:
1 - Comece, na infância, a dar ao seu filho tudo o que ele quiser. Assim, quando crescer, acreditará que o mundo tem obrigação de lhe dar tudo o que deseja.
2 - Quando ele disser palavrões, ache graça. Isso o fará considerar-se interessante.
3 - Nunca lhe dê orientação religiosa. Espere até que ele chegue aos vinte e um anos, e "decida por si mesmo".
4 - Apanhe tudo o que ele deixar jogado: livros, sapatos, roupas. Faça tudo por ele, para que aprenda a jogar sobre os outros toda a responsabilidade.
5 - Discuta com frequência na presença dele. Assim não ficará muito chocado quando o lar se desfizer mais tarde.
6 - Dê-lhe todo o dinheiro que quiser. Nunca o deixe ganhar seu próprio dinheiro. Por que terá ele de passar pelas mesmas dificuldades que você passou?
7 - Satisfaça todos os seus desejos de comida, bebida e conforto. (Negar pode acarretar frustrações prejudiciais).
8 - Tome o partido dele contra vizinhos e policiais. (Todos têm má vontade para com o seu filho).
9 - Quando se meter em alguma encrenca séria, dê esta desculpa: "Nunca consegui dominá-lo."
Aja assim e prepare-se para uma vida de desgosto. É o seu merecido destino. 
Quando nos queixamos do desgosto por que nos fazem passar os filhos, normalmente esquecemos todos esses detalhes enumerados pela polícia de Houston.
Enquanto ainda são crianças, imaginamos que jamais venham a delinquir. Em verdade é esse o nosso mais profundo desejo.
No entanto, é bem possível que nos equivoquemos procurando acertar. Procurando fazer o melhor para esses seres tão queridos aos nossos corações.
Se temos a intenção de fazer de nossos filhos cidadãos responsáveis e dignos, comecemos a prestar mais atenção na forma de educação que lhes damos.
Ensinar-lhes a tolerar frustrações, estabelecer regras a serem respeitadas, limites a serem observados, é sempre importante.
Consideremos que nossos filhos são Espíritos reencarnados e como tais, trazem consigo a bagagem de erros e acertos conquistados ao longo das existências.
Consideremos, ainda, que todos nascemos para galgar degraus na escala evolutiva e sejamos os impulsionadores daqueles a quem Deus nos confiou a educação.
Dessa forma, de nada teremos que nos arrepender mais tarde.
É na adolescência que o Espírito retoma a bagagem de experiências acumuladas ao longo da sua caminhada evolutiva.
É que na adolescência o corpo e o psiquismo já estão preparados para receber essas informações.
Não é outro o motivo pelo qual muitos pais desconhecem os filhos, que passam a ser outra pessoa, dizem, quando chegam à adolescência.
Até aos sete anos de idade a criança é mais suscetível aos ensinamentos.
Por isso devemos nos esmerar para dar-lhes uma educação efetiva, de forma que esta possa suplantar as informações equivocadas que porventura traga o nosso filho, de existências anteriores.

Redação do Momento Espírita, com base em mensagem volante atribuída à polícia de Houston, Texas.

𝗖𝗢𝗠𝗢 𝗢𝗦 𝗥𝗘𝗟𝗔𝗖𝗜𝗢𝗡𝗔𝗠𝗘𝗡𝗧𝗢𝗦 𝗙𝗜𝗖𝗔𝗠 𝗔𝗧𝗥𝗘𝗟𝗔𝗗𝗢𝗦 𝗡𝗔𝗦 𝗥𝗘𝗘𝗡𝗖𝗔𝗥𝗡𝗔𝗖̧𝗢̃𝗘𝗦.

Os ajustes dos relacionamentos problemáticos de outras existências. Pelas reencarnações os espíritos têm a oportunidade de reestabelecer os ...