Seguidores

terça-feira, 4 de junho de 2013

"QUE BRILHE A VOSSA LUZ"

Em todas as dores que visitam o ser humano, mesmo naquelas que pareçam injustiças, podemos observar, entretanto, a realização dos ditames da Soberana Justiça, que permite a cada pessoa quitar e refazer os atos errados de ontem, suportando, agora, as lutas contra os defeitos íntimos que carrega.
Daí porque todas elas devem ser recebidas com calma e resignação, ainda que nos obriguem a adotar uma postura de lutarmos buscando superá-las.
Lutemos com as armas do bem, da honestidade, da confiança em Deus e, ao fazê-lo estaremos aprendendo as lições que nossa alma necessita para vencer-se.
Se nos aconselharmos com a revolta, a incompreensão, a blasfêmia, a depressão, o desespero, o suicídio, em nada estaremos colaborando para que as dores se transformem em nossas auxiliares na própria melhoria intima.
Lembremo-nos como de como o inocente diamante bruto deve sofrer perante o buril que o corta e retalha injustamente. Afinal, a pedra preciosa estava tranqüila , sem prejudicar a ninguém lá no leito de cascalho de onde foi retirada pela cobiça dos homens.
No entanto, por aceitar a injunção da dureza que o modela, transforma-se na jóia de rara beleza, em nada se parecendo com a sua antiga forma, tosca e pobre, sem atrativos.
Paciência, Perdão, Piedade, Pureza, Perseverança, Paz são os ingredientes que transformarão a Pedra bruta de nossos corações em jóia preciosa.
Cada um de nós esta sendo testado para revelar onde está o ponto fraco de nossos espíritos. Se você está sofrendo no afeto, aí está a fragilidade que cumpre fortificar. Se está sofrendo no orgulho, eis aí o inimigo oculto que cumpre combater. Se está enfrentando dificuldades materiais, aí se encontra para sua alma o desafio de viver com menos exigências e de restringir o exercícios das ambições e caprichos. Se está padecendo dores físicas, compete modificar as rotinas diárias, suportar as disciplinas impostas pelos medicamentos, tratamentos e exames, valorizar o corpo sadio que um dia recebemos e não cuidamos adequadamente.
Nada está acontecendo conosco que não estejamos precisando enfrentar e, o que é mais belo na obra do universo, é que não estamos sozinhos nessa luta. Cada um de nós possuímos amigos invisíveis que estão sempre ao nosso lado, acompanhando as nossas dificuldades e, fazendo a nossa ligação com o Criador
Os amigos invisíveis que você possui estão lhe esperando o gesto simples e sincero da Oração, desvinculado de qualquer gestos ou condutas formais. Recolha-se , faça silêncio interno, cerre os olhos e, pelo pensamento humilde e sincero, procure Deus e converse com ele.
Nesse momento, todos os amigos espirituais que o amam estarão montando a linha de transmissão que fará chegar até você a luz de que necessita, no tempo adequado ao seu amadurecimento.
E não se espante se, ao estabelecer este contato ,uma suave sensação de alívio, um doce arrepio percorrer seu corpo físico, algum calafrio ou uma onda de calor estabelecerá seu curso pelo seu organismo.
Estas podem ser as formas de percebermos que nossa oração chegou até Deus.
Tenhamos então a coragem de seguir em frente, sem esperar soluções miraculosas que não dependam da nossa própria melhora, uma vez que devemos nos lembrar de que DEUS escuta, aceita nossos pedidos, manda suas forças, mas quem tem que produzir a luz somos nós mesmos. Nós é que precisamos nos iluminar.
Por isso Jesus sempre dizia: “QUE BRILHE A VOSSA LUZ”

Pelo Espirito:"Lúcios

segunda-feira, 3 de junho de 2013

" A LIÇÃO DA SEMENTE"

É muito difícil vencer os aflitivos cuidados da vida humana.  Para onde se voltam nossos olhos, encontramos a guerra, a incompreensão, a injustiça e o sofrimento. No templo, que é o lar do Senhor, comparecem o orgulho e a vaidade nos ricos, o ódio e a revolta nos pobres. Nem sempre é possível trazer o coração puro e limpo, como seria de desejar, porque há espinheiros, lamaçais e serpentes que nos rodeiam. Entretanto, a ideia do Reino Divino é assim como a semente minúscula  do trigo. Quase imperceptível é lançada à terra, suportando-lhe o peso e os detritos, mas, se germina, a pressão e as impurezas do solo não lhe paralisam a marcha.     Atravessa o chão escuro e, embora dele retire em grande parte o próprio alimento, o impulso de procurar a luz de cima é dominante. Desde então, haja sol ou chuva, faça dia ou noite, trabalha sem cessar no próprio crescimento e, nessa ânsia de subir, frutifica para o bem de todos.
O aprendiz que sentiu a felicidade do avivamento interior, qual ocorre à semente de trigo, observa que longas raízes  o prendem  às inibições terrestres...Sabe que a maldade e a suspeita lhe rondam os passos, que a dor é ameaça constante; todavia, experimenta, acima de tudo, o impulso de ascensão e não mais consegue deter-se.
Age constantemente na esfera de que se fez peregrino, em favor do bem geral.
Não encontra seduções irresistíveis  nas flores da jornada. O reencontro com a Divindade, de que se reconhece venturoso herdeiro, constitui-lhe objetivo imutável  e não mais descansa na marcha, como se uma luz consumidora e ardente lhe torturasse o coração. Sem perceber, produz frutos de esperança, bondade, amor e salvação, porque jamais recua para contar os benefícios de que se fez instrumento fiel.
Em razão disso, ainda que o discípulo guarde os pés encarcerados no lodo da terra, o trabalho infatigável  no bem , no lugar em que se encontra, é o traço indiscutível  de sua   elevação. Conhecemos as arvores pelos seus frutos e identificamos o operário do Céu pelos serviços em que se exprime.
Quantos àqueles que conhecem os sagrados princípios da caridade  e não os praticam: Estes, representam sementes que dormem, apesar de projetadas no seio dadivoso da terra. Guardarão consigo preciosos valores do Céu, mas jazem inúteis  por muito tempo. Estejamos, porém, convictos de que os aguaceiros e furacões passaram por elas, renovando-lhes a posição  no solo, e elas germinarão, vitoriosas, um dia. Nos campos de nosso Pai, há milhões de almas assim, aguardando as tempestades renovadoras da experiência para que se dirijam a glória do futuro. Auxiliemo-las com amor e prossigamos, por nossa vez, mirando a frente!
Chico Xavier. Pelo Espírito:”Neio Lúcio”.   






domingo, 2 de junho de 2013

“QUE DIRIA O CRISTO SE VIVESSE HOJE ENTRE NÓS”

Após de dezoito séculos, tendo chegado à idade viril, a Humanidade está suficientemente madura para compreender o que o Cristo apenas esflorou, porque então, como ele próprio o disse, não o teriam compreendido.
Ora, a que resultado chegaram os que, durante esse longo período, tiveram a seu cargo a educação religiosa da mesma Humanidade?
Ao de verem que a indiferença sucedeu à fé e que a incredulidade se alçou em doutrina.
Em nenhuma outra época, com efeito, o cepticismo e o espírito de negação estiveram mais espalhados em todas as classes da sociedade.
Mas, se algumas das palavras do Cristo se apresentam encobertas pelo véu da alegoria, pelo que concerne à regra de proceder, às relações de homem para homem, aos princípios morais a que ele expressamente condicionou a salvação, seus ensinos são claros, explícitos, sem ambigüidade.
Que fizeram das suas máximas de caridade, de amor e de tolerância; das recomendações que fez a seus apóstolos para que convertessem os homens pela brandura e pela persuasão; da simplicidade, da humildade, do desinteresse e de todas as virtudes que ele exemplificou?
Em seu nome, os homens se anatematizaram mutuamente e reciprocamente se amaldiçoaram; estrangularam-se em nome daquele que disse: Todos os homens são irmãos.
Do Deus infinitamente justo, bom e misericordioso que ele revelou, fizeram um Deus cioso, cruel, vingativo e parcial; àquele Deus, de paz e de verdade, sacrificaram nas fogueiras, pelas torturas e perseguições, muito maior número de vítimas, do que as que em todos os tempos os pagãos  crificaram
aos seus falsos deuses; venderam-se as orações e as graças do céu em nome daquele que expulsou do Templo os vendedores e que disse a seus discípulos: Dai de graça o que de graça recebestes. Que diria o Cristo, se viesse hoje entre nós? Se visse os que se dizem seus representantes a ambicionar as honras,
as riquezas, o poder e o fausto dos príncipes do mundo, ao passo que ele, mais rei do que todos os reis da Terra, fez a sua entrada em Jerusalém montado num jumento?
Não teria o direito de dizer-lhes: Que fizestes dos meus ensinos, vós que incensais o bezerro de ouro, que dais a maior parte das vossas preces aos ricos, reservando uma parte insignificante aos pobres, sem embargo de haver eu dito: Os primeiros serão os últimos e os últimos serão os primeiros no meu reino.
Mas, se o Cristo não está carnalmente entre nós, está em Espírito e, como o senhor da parábola, virá
pedir contas aos seus vinhateiros do produto da sua vinha, quando chegar o tempo da colheita.

Fonte : A Gênese. Allan Kardec

domingo, 26 de maio de 2013

"ABNEGAÇÃO"

A evolução espiritual é um fenômeno bastante complexo, que se dá em sucessivas fases.
No começo, predomina a natureza corpórea.
Dominada pelos instintos, a criatura dedica seu tempo e seu interesse a atividades comezinhas.
Comer, vestir-se, abrigar-se, procriar e cuidar da prole, eis a que se resumem suas preocupações.
Nesse período, o egoísmo é marcante.
Os instintos de conservação da vida e da preservação da espécie têm absoluta preponderância.
Com o tempo, o ser começa a desvincular-se de sua origem.
A inteligência se desenvolve, o raciocínio se sofistica e o senso moral desabrocha.
As invenções tornam possível gastar tempo com questões não diretamente ligadas à sobrevivência.
Viver deixa de ser tão difícil, sob o prisma material.
Em compensação, começam os dilemas morais.
Com a razão desenvolvida, a responsabilidade surge forte nos caminhos espirituais.
O que antes era admissível passa a ser um escândalo.
A sensibilidade se apura e a criatura aspira por realizações intelectuais e afetivas.
Essa nova sensibilidade também evidencia que o próximo é seu semelhante, com igual direito a ser feliz e realizado.
Gradualmente se evidencia a igualdade básica entre todos os homens.
Malgrado possuidores de talentos e valores diversos, não se distinguem no essencial.
Uma chama divina os anima e a todos conduzirá aos maiores cimos da evolução.
Contudo, o abandono dos hábitos toscos das primeiras vivências não é fácil.
Séculos são gastos na árdua tarefa de domar vícios e paixões.
As encarnações se sucedem enquanto o Espírito luta para ascender.
O maior entrave para a libertação das experiências dolorosas é o egoísmo, que possui forte vínculo com o apego às Coisas corpóreas.
Quanto mais se aferra aos bens materiais, mais o homem demonstra pouco compreender sua natureza espiritual.
O Espírito necessita libertar-se do apego a coisas transitórias.
Apenas assim ele adquire condições de viver as experiências sublimes a que está destinado.
Quem deseja sair do primitivismo deve combater o gosto pronunciado pelos gozos da matéria.
O melhor meio para isso é praticar a abnegação.
Trata-se de uma virtude que se caracteriza pelo desprendimento e pelo desinteresse.
A ação abnegada importa na superação das tendências egoístas do agente.
Age-se em benefício de uma causa, pessoa ou princípio, sem visar a qualquer vantagem ou interesse pessoal.
Certamente não é uma virtude que se adquire a brincar.
Apenas com disciplina e determinação é que ela se incorpora ao caráter.
Mas como ninguém fará o trabalho alheio, é preciso principiar em algum momento.
Comece, pois, a praticar a abnegação.
Esforce-se em realizar uma série de atitudes com foco no próximo.
Esqueça a sua personalidade e pense com interesse no bem alheio.
Esse esforço inicial não tardará a dar frutos.
O gosto pelo transitório lentamente o abandonará.
Ele será substituído pelos prazeres espirituais.
Você descobrirá a ventura de ser bondoso, de amparar os caídos e de ensinar os ignorantes.
Esses gostos suaves e transcendentes o conduzirão a esferas de sublimes realizações.
Pense nisso.

Redação do Momento Espírita.
Em 25.02.2008.


sábado, 4 de maio de 2013

"MOTIVOS DE RESIGNAÇÃO"



Bem-aventurados os aflitos, porque eles serão consolados. Por estas palavras  Jesus indica, ao mesmo tempo, a compensação que espera os que sofrem e a resignação que nos faz bendizer o sofrimento, como o prelúdio da cura.
Essas palavras podem, também, ser traduzidas assim: deveis considerar-vos felizes por sofrer, porque as vossas dores neste mundo são as dívidas de vossas faltas passadas, e essas dores, suportadas pacientemente na Terra, vos poupam séculos de sofrimento na vida futura. Deveis, portanto, estar felizes por Deus ter reduzido vossa dívida, permitindo-vos quitá-las no presente, o que vos assegura a tranqüilidade para o futuro.
O homem que sofre é semelhante a um devedor de grande soma, a quem o credor dissesse: “Se me pagares hoje mesmo a centésima parte, darei quitação do resto e ficarás livre; se não, vou perseguir-te até que pagues o último centavo”. O devedor não ficaria feliz de submeter-se a todas as privações, para se livrar da dívida, pagando somente a centésima parte da mesma? Em vez de queixar-se do credor, não lhe agradeceria?
É esse o sentido das palavras: “Bem-aventurados os aflitos, porque eles serão consolados”. Eles são felizes porque pagam suas dívidas, e porque, após a quitação, estarão livres. Mas se, ao procurar quitá-las de um lado, de outro se endividarem, nunca se tornarão livres. Ora, cada nova falta aumenta a dívida, pois não existe uma única falta, qualquer que seja, que não traga consigo a própria punição, necessária e inevitável. Se não for hoje, será amanhã; se não for nesta vida, será na outra. Entre essas faltas, devemos colocar em primeiro lugar a falta de submissão à vontade de Deus, de maneira que, se reclamamos das aflições, se não as aceitamos com resignação, como alguma coisa que merecemos, se acusamos a Deus de injusto, contraímos uma nova dívida, que nos faz perder os benefícios do sofrimento. Eis por que precisamos recomeçar, exatamente como se, a um credor que nos atormenta, enquanto pagamos as contas, vamos pedindo novos empréstimos.
Ao entrar no Mundo dos Espíritos, o homem é semelhante ao trabalhador que comparece no dia de pagamento. A uns, dirá o patrão: “Eis a paga do teu dia de trabalho”. A outros, aos felizes da Terra, aos que viveram na ociosidade, que puseram a sua felicidade na satisfação do amor próprio e dos prazeres mundanos, dirá: “Nada tendes a receber, porque já recebestes o vosso salário na Terra. Ide, e recomeçai a vossa tarefa”.
O homem pode abrandar ou aumentar o amargor das suas provas, pela maneira de encarar a vida terrena. Maior é o eu sofrimento, quando o considera mais longo. Ora, aquele que se coloca no ponto de vista da vida espiritual, abrange na sua visão a vida corpórea, como um ponto no infinito, compreendendo a sua brevidade, sabendo que esse momento penoso passa bem depressa. A certeza de um futuro próximo e mais feliz o sustenta encoraja, e em vez de lamentar-se, ele agradece ao céu as dores que o fazem avançar. Para aquele que, ao contrário, só vê a vida corpórea, esta parece interminável, e a dor pesa sobre ele com todo o seu peso. O resultado da maneira espiritual de encarar a vida é a diminuição de importância das coisas mundanas, a moderação dos desejos humanos, fazendo o homem contentar-se com a sua posição, sem invejar a dos outros, e sentir menos os seus revezes e decepções. Ele adquire, assim, uma calma e uma resignação tão úteis à saúde do corpo como à da alma, enquanto com a inveja, o ciúme e a ambição, entregam-se voluntariamente à tortura, aumentando as misérias e as angústias de sua curta existência.
Fonte: “O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO’
ALLAN KARDEC

sexta-feira, 3 de maio de 2013

“CAMINHO, VERDADE E VIDA”


"Se um irmão parece desviado aos teus olhos mortais, faze o possível por ouvir as palavras de Jesus ao pescador de Cafarnaum: “Que te importa a ti? Segue-me tu.”

"Quando te sentires cansado, lembra-te de que Jesus está trabalhando. Começamos ontem nosso humilde labor e o Mestre se esforça por nós, desde quando?"
"É contra-senso valer-se do nome de Jesus para tentar a continuação de antigos erros."
"Se teu próximo não pode alçar-se ao plano espiritual em que te encontras, podes ir ao encontro dele, para o bom serviço da fraternidade e da iluminação, sem aparatos que lhe ofendam a inferioridade."
"Conforto espiritual não é como o pão do mundo, que passa, mecanicamente, de mão em mão, para saciar a fome do corpo, mas, sim, como o Sol, que é o mesmo para todos, penetrando, porém, somente nos lugares onde não se haja feito um reduto fechado para as sombras."
"Em Cristo tudo deve ser renovado, O passado delituoso estará morto, as situações de dúvida terão chegado ao fim, as velhas cogitações do homem carnal darão lugar a vida nova em espírito, onde tudo signifique sadia reconstrução para o futuro eterno."
"Os desejos aviltantes, os impulsos deprimentes, a ingratidão, a má-fé, o traço do traidor, nunca foram da carne."
"Se queres que Jesus venha santificar as tuas atividades, endireita os caminhos da existência, regenera os teus impulsos. Desfaze as sombras que te rodeiam e senti-Lo-ás, ao teu lado, com a sua bênção."
"Será muito fácil ao homem confessar a aceitação de verdades religiosas, operar a adesão verbal a ideologias edificantes... Outra coisa, porém, é realizar a obra da elevação de si mesmo, valendo-se da auto-disciplina, da compreensão fraternal e do espírito de sacrifício."
"Os que afirmam apenas na forma verbal que o Mestre se encontra aqui ou ali, arcam com profundas responsabilidades. A preocupação de proselitismo é sempre perigosa para os que se seduzem com as belezas sonoras da palavra sem exemplos edificantes." 
"O discípulo sincero sabe que dizer é fácil, mas que é difícil revelar os propósitos do Senhor na existência própria. É imprescindível fazer o bem, antes de ensiná-lo a outrem, porque Jesus recomendou ninguém seguisse os pregoeiros que somente dissessem onde se poderia encontrar o Filho de Deus."
"Ninguém olvide a verdade de que o Cristo se encontra no umbral de todos os templos religiosos do mundo, perguntando, com interesse, aos que entram: “Que buscais?”
"Deus é o Pai magnânimo e justo. Um pai não distribui padecimentos. Dá corrigendas e toda corrigenda aperfeiçoa."
"Haja, pois, suficiente cuidado em nós, cada dia, porquanto o bem ou o mal, tendo sido semeados, crescerão junto de nós, de conformidade com as leis que regem a vida."
"Não nos esqueçamos, pois, de que é sempre fácil assinalar a linguagem do Senhor, mas é preciso apresentar-lhe o coração vazio de resíduos da Terra, para receber-lhe, em espírito e verdade, a palavra divina."
"A união fraternal é o sonho sublime da alma humana, entretanto, não se realizará sem que nos respeitemos uns aos outros, cultivando a harmonia, à face do ambiente que fomos chamados a servir. Somente alcançaremos semelhante realização “procurando guardar a unidade do espírito  pelo vínculo da paz.” 
"Ninguém progride sem renovar-se." "Pregadores que não gastam e nem se gastam pelo engrandecimento das idéias redentoras do Cristianismo são orquídeas do Evangelho sobre o apoio problemático das possibilidades alheias; mas aquele que ensina e exemplifica, aprendendo a sacrificar-se pelo erguimento de todos, é a árvore robusta do Eterno Bem, manifestando o Senhor no solo rico da verdadeira fraternidade."
"Afastemo-nos das nossas inibições e aprendamos com o Cristo a “sair para semear”.
"Vives sitiado pela dor, pela aflição, pela sombra ou pela enfermidade? Renova o teu modo de sentir, pelos padrões do Evangelho, e enxergarás o Propósito Divino da Vida, atuando em todos os lugares, com justiça e misericórdia, sabedoria e entendimento."
"É preferível que a morte nos surpreenda em serviço, a esperarmos por ela numa poltrona de luxo."
"Quando plantares a alegria de viver nos corações que te cercam, em breve as flores e os frutos de tua sementeira te enriquecerão o caminho."
"Transforma as tuas energias em bondade e compreensão redentoras para toda gente, gastando, para isso, o óleo de tua boa-vontade, na renúncia e no sacrifício, e a tua vida, em Cristo, passará realmente a brilhar."
"Se há mais alegria em dar que em receber, há mais felicidade em servir que em ser servido."
"Tua vida pode converter-se num manancial de bênçãos para os outros e para tua alma, se te aplicares, em verdade, ao Mestre do Amor. Lembra-te de que não és tu quem espera pela Divina Luz. É a Divina Luz, força do Céu ao teu lado, que permanece esperando por ti."
EMMANUEL

quinta-feira, 2 de maio de 2013

"CIÊNCIA E ESPIRITUALIDADE"


Por mais que neguem os materialistas, a espiritualidade é um atributo que faz parte da essência do ser humano. Desde os tempos primitivos o Homem percebeu que existem forças que transcendem o seu domínio e passou a respeitar, a temer e a se subjugar diante das ameaças dos fenômenos da natureza, da conjunção dos astros e da incerteza do futuro.
Nasceram assim as crenças, os mitos, os deuses. as magias, os sortilégios, o misticismo, organizaram-se templos e igrejas com suas liturgias, seus sacerdotes e prosperaram as “instituições religiosas”. Neste clima vários deuses disputavam o poder e a força do verdadeiro Deus.
Conquistando a razão no decurso dos milênios que a evolução lhe exigia percorrer, o Homem percebia que sua experiência psíquica ultrapassava a realidade limitada pela experiência que os sentidos lhe permitia perceber. No seu íntimo, a vida transcendia a própria morte e as lembranças dos seu antepassados, que lhes pareciam visitar nos sonhos ou nas recordações, o faziam pressupor que uma vida futura deveria reunir a todos.
Os séculos se sucederam sem que no entanto o ser humano conseguisse atravessar a fronteira da morte sem temor e sobressaltos. A espiritualidade permanecia como uma conquista sempre adiada para depois, uma viagem sem volta ou uma terra que se comprava com promessas, lamentações ou indulgências.
A caminhada de Jesus pela Terra traçou rumos, comprovou a imortalidade, estabeleceu a comunhão com o Pai, dialogou com os Espíritos e revelou os gozos da vida futura. O Homem, persistiu, porem, nos desvios irresponsáveis, preferindo as vantagens que a Terra e as conquistas materiais o permitia possuir.
Nos dias de hoje as palavras do Cristo de novo ressoam nas páginas do Consolador prometido. A “Pátria do Evangelho” se ergueu revelando-se como o grande “portal da Espiritualidade” a insistir com o Homem que Deus existe, que a vida continua, que somos espíritos imortais, que na Casa do Senhor há muitas moradas onde nossos entes queridos nos aguardam e que este mundo e o “outro” se relacionam num vai e vem de interferências múltiplas.
A mesma doutrina do Cristo, agora codificada por Kardec, nos expôs, ao lado dos cânticos da Boa Nova, a fé raciocinada, permitindo a constatação do fenômeno espiritual com os paradigmas de uma “nova ciência”.
A espiritualidade, quando avaliada cientificamente, esbarra, porem, em uma série de dificuldades. Primeiro a sua própria conceituação, depois, sua distinção com religião e misticismo.
A Religião implica numa organização institucional com uma maior ou menor participação do indivíduo. Nas religiões tradicionais são prescritas crenças, dogmas, rituais, práticas litúrgicas e compromissos sociais com a instituição. A exploração da espiritualidade é historicamente uma prática comum às religiões, que se aproveitam de alguns conceitos que são compartilhados entre ambos : a relação transcendente com Deus ( uma “força suprema” ou uma “energia universal”) e a veneração por aquilo que é tido como sagrado.
A dimensão espiritual implícita na natureza humana é aceita por uns mas, não por outros, e aquilo que permite alguém ter aceso à esta dimensão, não terá nenhum significado para aquele que não admite a sua existência.
Cada indivíduo pode ser caracterizado por sua religiosidade, suas crenças particulares e práticas relativas a sua religião, sem, no entanto, manterem um vínculo estreito com a espiritualidade.
A vivência espiritual comumente é uma experiência subjetiva, individual, particular, que algumas vezes pode ser compartilhada com os outros. Algumas pessoas experienciam sua espiritualidade como um assunto altamente pessoal e privado, focalizando elementos intangíveis que os suprem de vitalidade e grande significado em suas vidas. Espiritualidade não envolve religião necessariamente.
Cada pessoa define sua espiritualidade particularmente. Ela deve ser vista como um atributo do indivíduo dentro de um conceito complexo e multidimensional. Possivelmente tem alguma coisa a ver com caráter, com personalidade e com cultura.
Para uns, a espiritualidade se manifesta ou é vivenciada em um momento de ganhos materiais prazerosos tão simples como, pisar na relva descalço ou caminhar pela noite solitário, para outros, será um momento de contemplação, de meditação, uma reflexão profunda sobre o sentido da vida, uma sensação de íntima conexão com o que pensa amar ou um contacto psíquico com seres espirituais.
Podemos perceber que a espiritualidade se manifesta em três domínios pelos quais podemos sistematizar sua avaliação com critérios científicos: os domínios da “prática”, das “crenças” e o da própria “experiência espiritual”.
Na “prática”, quando se exercita a contemplação, a meditação, a prece ou uma atividade de culto religioso.
O domínio das “crenças” espirituais varia com a cultura dos povos e inclui a crença na existência de Deus, da Alma, da vida após a morte e da realidade da dimensão espiritual para além do nosso conhecimento sensorial e intelectual.
Por fim, no domínio da “experiência espiritual” há uma série enorme de situações que parecem sugerir contacto direto com a espiritualidade. Incluem-se aqui, por exemplo, aquelas vivências rotineiras, representadas pelo encontro íntimo e pessoal que cada um faz com o transcendente e o sagrado e aqueles outros quadros freqüentemente mais dramáticos, quase sempre súbitos, acompanhados de forte transformação pessoal que se seguem a um acontecimento psíquico marcante na vida. Mais significativas ainda, incluem-se , entre outros, os relatos de experiências de quase morte (near death experience) e as projeções fora do corpo físico (out of body experience) nos quais, o indivíduo transita com sua consciência por outras dimensões, vivenciando a plenitude da vida espiritual
No Brasil, podemos afirmar que, em termos de “experiência espiritual”, nada supera a mediunidade. Entre nós, parece que a espiritualidade convive dentro de casa dirigindo cada passo de nossas vidas. Pelos nossos médiuns os recados do outro lado tem sido tão freqüentes que as portas da morte não isolam mais nosso contacto com os que mais amamos.
Estamos diante de um “campo de experimentação” extraordinário onde é corriqueira a comprovação da intercomunicação entre nós e o “outro lado da vida”. Qualquer cientista sem preconceito pode sistematizar suas observações dentro dos três domínios que apresentamos para a análise da espiritualidade e confirmar que na “prática”, nas crenças” e nas “experiências espirituais” nos seus vários matizes, a espiritualidade toda se manifesta, revelando a centelha divina e imortal que habita em todos nós.

Nubor Orlando Facure
Portal do Espirito

quarta-feira, 1 de maio de 2013

"AMAR A DEUS"


Muito se tem dito sobre  o significado das palavras do Mestre Nazareno.  No Ocidente, quase a totalidade das pessoas se dizem cristã. É indiscutível ter sido Jesus o Espírito mais evoluído de que temos conhecimento, expoente em valores e qualidades dentre todos os instrutores conhecidos pela nossa humanidade. E nós, cristãos, conhecemos ou deveríamos compreender os ensinamentos de Jesus e ter seu exemplo como meta de vida.  Vangloriamo-nos sempre de sermos seus seguidores. Porém a maioria de nossas atitudes, nossas reações diante das relações  que a vida nos impõe e nosso relacionamento não diferem muito das pessoas ditas não cristãs.  Não estará algo errado?  Admitindo-se  que sim, não serão  os ensinamentos de Jesus, mas a maneira de entende-lo ou traduzi-lo na nossa maneira de viver.
Criamos uma complexidade enorme em nossa estrutura psíquica, em nosso patrimônio espiritual, ficando repletos de créditos, de conhecimentos e  posições adquiridas por uma auto-valorização de nossos próprios atos. Não costumamos gravitar em torno do centro da vida, que é Deus.  Com algumas exceções, o centro em torno do qual gravitamos é o nosso próprio ego. Todos os nossos  pensamentos e ações tem o seu próprio beneficio como fim. Aprendemos a adorar a Deus, o que é muito fácil. Não nos exige nenhum esforço físico e perda pecuniária. Não sabemos ainda vê-lo e amá-lo nas suas manifestações. Amá-lo na sua onipresença requer sensibilidade e visão acurada da realidade dos fatos da vida.
Temos conhecimento, por meios de relatos de desencarnados, que esse sentimento de ganho e perda nos acompanha  após a desencarnação. Institui-se nas colônias, o bônus hora para que os recém-chegados, condicionados ao ganho,  não se sintam desestimulados  para o trabalho.  O bônus hora é um incentivo ao espírito ocioso ou, em outras palavras, ao espírito que ainda vive em função da sua própria  pessoa e que ainda não sabe o valor do bem coletivo. Recebem para que tenham estímulos para trabalhar em seu beneficio e do bem do seu próximo.
Amar a Deus é tê-lo como centro da própria vida, vê-lo, senti-lo, ter afeto por ele em todas as suas manifestações.  Jesus disse: “ Senhor, bem aventurado por ter ocultado isto aos sábios e prudentes e revelados aos simples e pequeninos”. Sábio não é sinônimo de erudito, daquele que muito conhece,  que tem a qualquer momento de cor as citações do patrimônio intelectual e religioso da humanidade. Não condenamos o conhecimento dos livros sacros, eles nos são necessários, mas sim a maneira como muitos o utilizam.
Eles são meios para que conheçamos a vivência daqueles que nos antecederam. Esses arquivos proporcionam ao ser humano a evolução e, interminavelmente, devemos crescer pela mente e pelo espírito.
Para que esses ensinos façam parte da nossa vida, é necessário que os exemplos do Divino Mestre sejam compreendidos e não decorados, como temos feito a quase dois mil anos.  Ao compreende-lo, veremos  o que Jesus via e vivia, assim já não mais faremos a sua vontade e sim a nossa, que passa a ser como a dele, porque veremos como ele o que é falso e o que é verdadeiro.
Disse Jesus aos seus apóstolos: “Ide, ensinai, curai para que quando os homens virem suas boas obras glorifiquem  o Pai que está nos céus.” Quanta simplicidade! Quanta humildade!  Fazer os maiores benefícios  à humanidade e esquecer-se não só do ganho pecuniário como também de qualquer agradecimento ou reconhecimento do beneficiado. Fazer por amor à vida que se manifesta no necessitado e em si mesmo. Agir de tal forma que possamos ver em cada ser humano a manifestação de Deus.
Fonte: “ O VÔO DA GAIVOTA. Vera Lúcia Marinzeck de Carvalho.
Pelo Espírito:“  Patrícia”.         

terça-feira, 30 de abril de 2013

"A IGREJA LIVRE"


  
“Mas a Jerusalém que é de cima, é livre, a qual é mãe de todos nós.” - Paulo. (Gálatas, 4:26.)Igreja livre

O exame isolado deste versículo sugere um tema de infinita grandeza para os discípulos religiosos do Cristianismo.
A palavra do apóstolo aos gentios recorda-nos a igreja liberta do Cristo, não na esfera estreita dos homens, mas no ilimitado pensamento divino.
O espírito orgulhoso e sectário, há tanto tempo dominante nas atividades da fé, encontra na afirmativa de Paulo de Tarso um antídoto para as suas venenosas preocupações.
Em todas as épocas, têm vivido na Terra os nobres excomungados, os incompreendidos valorosos e os caluniados sublimes.
Passaram, nos círculos das criaturas, qual acontece ainda hoje, perseguidos e desprezados, entre o sarcasmo e a indiferença.
Por vezes, sofrem o degredo social por não se aviltarem ante as explorações delituosas do fanatismo; em outras ocasiões, são categorizados à conta de ateus pelas suas idéias mal interpretadas.
É que, de quando em quando, rajadas de ódios e dúvidas sopram nas igrejas desprevenidas da Terra. Os crentes olvidam o “não julgueis” e confiam-se a lutas angustiosas.
Semelhantes atritos, contudo, não alteram a consciência tranqüila dos anatematizados que se sentem sob a tutela do Divino Poder. Instintivamente, reconhecem que além da esfera obscura da ação física resplandece o templo soberano e invisível em que Jesus recolhe os servidores fiéis, sem deter-se na cor ou no feitio de suas vestimentas.
Benfeitores e servos excomungados dos caminhos humanos, se tendes uma consciência sem mácula, não vos magoe a pedrada dos homens que se distanciam uns dos outros pelo separatismo infeliz! Há uma Igreja augusta e livre, na vida espiritual, que é acolhedora mãe de todos nós!...

Chico Xavier-Emmanuel. Vinha de Luz

segunda-feira, 29 de abril de 2013

"MEDIANTE ESFORÇO"


A siderurgia transforma a estrutura dos metais e os trabalha para finalidades compatíveis com programas antes estabelecidos.
Artistas alteram as formas de pedras, do bronze, do cobre, do ouro, da prata e lhes transmitem vida, lhes arrancando das entranhas, sob inspiração e esforço, a beleza e a utilidade para enriquecimento da sociedade.
Débil raiz cravada na frincha de uma rocha, obedecendo ao finalismo da sua existência, fende a pedra rude e sustenta a planta que sobre ela se desenvolve.
A vida responde de acordo com a ação desencadeada.
O violento tropeça com a truculência a cada passo.
A paciência encontra a harmonia quando persiste.
O sanguinário torna-se vítima da própria impetuosidade.
O pacifista adquire tranquilidade enquanto defende os ideais que o dominam.
O intrigante padece da neurose do medo.
A lealdade produz confiança.
A irritabilidade leva às ulcerações gástricas, duodenais e ao desequilíbrio da emoção.
A concórdia gera harmonia em toda pessoa e lugar.
O mal é sombra pelo caminho de quem lhe sofre a ação.
O bem é luz irradiante a produzir alegria.
Allan Kardec, em sua obra O céu e o inferno, ao abordar o tema Código penal da vida futura, afirma:
O Espírito sofre, quer no mundo corporal, quer no espiritual, a consequência das suas imperfeições.
As misérias, as vicissitudes padecidas na vida corpórea, são oriundas das nossas imperfeições, são expiações de faltas cometidas na presente ou em precedentes existências.
O sofrimento é inerente à imperfeição.
Toda imperfeição, assim como toda falta dela promanada, traz consigo o próprio castigo nas consequências naturais e inevitáveis:
Assim, a moléstia pune os excessos e da ociosidade nasce o tédio, sem que haja mister de uma condenação especial para cada falta ou indivíduo.
Da parte do bem que se faz, podemos aplicar o mesmo raciocínio: toda virtude traz consigo sua felicidade própria.
 Quando cumprimos as leis Divinas - inscritas na consciência - recebemos por consequência imediata a harmonia, o refazimento e a paz íntima.
É Deus dentro de nós afirmando diariamente que os caminhos do amor são os mais seguros, e os únicos que nos levam à anelada felicidade plena e aos braços do Criador.
Que nos possamos moldar ao programa do dever de crescer para Deus, domando as más inclinações.
A princípio, essa atitude deve ser concentrada nas imperfeições de pequena monta.
Esse exercício, feito com disciplina e seriedade, já é caminho para a vitória sobre as paixões mórbidas que procedem do passado delituoso.
O alvo permanente deve ser nos libertarmos delas.
O homem torna-se o que se trabalha.
Não há milagre de transformação moral, em quem não se exercitou nas realizações humanas para a própria sublimação pessoal.
 Pensemos nisso.

Redação do Momento Espírita,

domingo, 28 de abril de 2013

"CORPO FLUÍDICO DE JESUS"


… Falar de coisas muito distantes da humanidade é sujeitar-se a controvérsias de todas as qualidades; entretanto, quando é hora de dizer, não se deve calar. Os primeiros profetas falaram da vinda do Cristo a Terra, quase mil anos antes da sua chegada a este planeta. Foram ridicularizados e mesmo apedrejados, passando pelos maiores vexames; mas falaram e, após eles, outros vieram dizendo a mesma coisa. Até hoje os homens não se matam por simples motivos e idéias, com quase aconteceu com Galileu Galilei, quando afirmou que a Terra era redonda e que girava em torno de si mesma e em torno do Sol? Mas reagem e criticam quando surgem outras leis, dando garantias e liberdade aos próprios homens.
Desde a vinda do Cristo, até os dias presentes, divergem alguns sobre a natureza do corpo do Mestre: se o Cristo tinha um corpo de carne ou se era um corpo celestial. E muitas discussões foram travadas por tão simples assunto, quando não era ainda tempo adequado para dele tratar. Até mesmo muitos espíritas se dividem no campo destas opiniões e, possivelmente, continuarão a se dividir no tocante a esse controverso assunto. Respeitamos todas as teorias dos homens e Espíritos, porque sabemos da sinceridade em querer levar o evangelho aos corações dos que sofrem.
Falamos de muitos assuntos que, por vezes, nos interessa falar; no entanto, o objetivo maior do Grande Mensageiro de Deus é a reforma do homem, é melhorar as condições dos Espíritos no tocante aos seus pensamentos e suas atitudes, é fazer conhecido o verdadeiro amor, aquele que se subdivide inúmeras virtudes para nos educar e, por vezes, nos instruir em todos os sentidos. Não é o crer ou deixar de crer que irá atrasar um Espírito ou impedir que ele atinja planos superiores; haverá um dia em que todos estaremos aceitando a verdade sem nenhuma variante, encarando o sol sem as suas temer as claridades.
Na verdade, existem mundos grosseiros, onde os Espíritos estão nas primeiras encarnações, mundos primitivos como era a Terra, ao chegarem a ela essas falanges de Espíritos mais esclarecidos nas diversas áreas do conhecimento, mas em precária condição moral, provindos de pátrias distantes, assim como há mundos venturosos, onde o corpo que serve aos Espíritos é quase fluídico, onde a contextura da própria matéria chegou a um grande aprimoramento, capaz de fornecer à alma meios seguros para o seu total desempenho na arte de despertar de todas as suas qualidades espirituais.
Certamente que existem leis em todos os mundos, de acordo com as suas evoluções, mas essas leis nunca fecham. São as mesmas para todas as criaturas. Cada um respeita essas regras de acordo com a evolução própria atingida. Podes notar na Terra certas leis respeitadas por uns, que para outros não tem valia, como, por exemplo, os sinais de trânsito. Para determinadas autoridades, elas perdem o valor. O sinal vermelho para um veículo presidencial não tem significação, uma vez que outros critérios passam ocupar primeiro plano, no caso, a segurança do chefe da nação. Isso estamos mencionando para que possa avaliar as leis siderais. Para o nascimento de um grande ser, as leis que regulam as outras, como as que o assistem. Não é que esse ser seja privilegiado; ele apenas recebe o que merece, no âmbito de sua grandeza espiritual...
A humanidade, por assim dizer, evolui por meio de trocas em todos os mundos. A sequencia evolutiva das raças depende de enxertos provindos de fora, de maneira tão sutil, que os próprios homens não desconfiam. A evolução do Espírito requer corpos adequados para a sua ascensão. Almas altamente evoluídas sentirão na sua formação congênita, enxertos admiráveis, concedidos pela própria natureza, não aceitos pelo homem comum. Como foi dito acima, as leis são as mesmas para todos. Os raios solares, o ar e a agua são entregues para os homens e animais com as mesmas riquezas, mas cada qual extrai desses meios de vida o que a sua evolução ordenar. Cada raça mãe, de vez em quando, recebe um enxerto de outros mundos, para compensar o estimulo biológico e este compartilhar com o esquema divino do engrandecimento da alma.
A matéria deve acompanhar o Espírito na sua escalada evolutiva; de outra forma ele não suportaria a vida nos liames da carne, que certamente evolui, mas não tanto quanto o Espírito. Já em determinada faixa evolutiva, a ascensão dos seres espirituais já acordados para a luz tem maior rapidez, visto que a própria vida lança mão de todos os recursos para acompanhá-los e, dentre eles se encontra essa troca de valores de que estamos tentando falar. Uma chama divina que se move em um corpo de um animal, o que faria ligada a um complexo humano? É a mesma coisa ligarmos corrente elétrica de baixa voltagem para acionar um motor de elevada potencia e este por em movimento a maquina.
Ocorre inversamente, com um espírito de altas vibrações, como no caso de Jesus, ao ser internado em um corpo físico de um ser humano comum. Este não suportaria as correntes vibratórias dessa alma e poderia até desintegrar-se no momento de ser concebido. Basta um pouco de raciocínio para percebermos. Certamente que isto não é derrogar as leis; estas é que cedem às conveniências, mudando suas ações de acordo com a evolução da alma. Os altos instrutores da humanidade já fizeram várias experiências neste sentido, enxertando raças humanas, como se fosse uma espécie híbrida, como no caso que se faz com os animais e plantas na Terra. A diferença é que, na Terra, o híbrido não dá continuidade à raça; no caso espiritual, o híbrido tem a mesma fecundidade, com os valores altamente proliferadores.
Como um corpo puramente físico poderia suportar um Espírito de alta pureza espiritual como o Cristo? As próprias leis físicas nos dão essa explicação: correntes de alta voltagem somente podem passar em fios apropriados.
Um Espírito da qualidade do Cristo não suportaria uma permanência em corpo de carne e osso qual comum; ele se dissociaria imediatamente, mesmo na sua formação congênita. Por outro lado, as vibrações da Terra são tão pesadas e densas, que não existem condições para um corpo fluídico permanecer os anos que o Mestre viveu entre os homens. Mesmo Espíritos de considerável elevação, cuja vibração se assemelhe aos que reencarnam neste globo, a não ser com um preparo muito grande, paciente e demorado, podem nele permanecer por muito tempo, atuando em favor dos homens. Hoje, pode-se dizer que não existiram equívocos nas teorias – se as podemos chamar de teorias – quanto ao corpo de Jesus, por sabermos, como os próprios homens, que matéria é acumulação de fluidos e que os fluidos são matéria dispersa. Fluidos e matéria se confundem na grande ciência da vida infinita! ...
Em relação ao Messias, o caso não foi outro. Ele era de natureza humana e divina; até o seu corpo foi um bio-corpo, para que pudesse ficar entre a Terra e o céu, em completo domínio das suas atividades nos dois campos de trabalho, celestial e humano.
Ela era filho de Deus e Filho do Homem.

Trecho retirado do livro Maria de Nazaré, pelo espirito Miramez, paginas 307 a 313.

𝗖𝗢𝗠𝗢 𝗢𝗦 𝗥𝗘𝗟𝗔𝗖𝗜𝗢𝗡𝗔𝗠𝗘𝗡𝗧𝗢𝗦 𝗙𝗜𝗖𝗔𝗠 𝗔𝗧𝗥𝗘𝗟𝗔𝗗𝗢𝗦 𝗡𝗔𝗦 𝗥𝗘𝗘𝗡𝗖𝗔𝗥𝗡𝗔𝗖̧𝗢̃𝗘𝗦.

Os ajustes dos relacionamentos problemáticos de outras existências. Pelas reencarnações os espíritos têm a oportunidade de reestabelecer os ...