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quarta-feira, 9 de julho de 2014

"CIÊNCIA E ESPIRITUALIDADE"


Por mais que neguem os materialistas, a espiritualidade é um atributo que faz parte da essência do ser humano. Desde os tempos primitivos o Homem percebeu que existem forças que transcendem o seu domínio e passou a respeitar, a temer e a se subjugar diante das ameaças dos fenômenos da natureza, da conjunção dos astros e da incerteza do futuro.
Nasceram assim as crenças, os mitos, os deuses. as magias, os sortilégios, o misticismo, organizaram-se templos e igrejas com suas liturgias, seus sacerdotes e prosperaram as “instituições religiosas”. Neste clima vários deuses disputavam o poder e a força do verdadeiro Deus.
Conquistando a razão no decurso dos milênios que a evolução lhe exigia percorrer, o Homem percebia que sua experiência psíquica ultrapassava a realidade limitada pela experiência que os sentidos lhe permitia perceber. No seu íntimo, a vida transcendia a própria morte e as lembranças dos seu antepassados, que lhes pareciam visitar nos sonhos ou nas recordações, o faziam pressupor que uma vida futura deveria reunir a todos.
Os séculos se sucederam sem que no entanto o ser humano conseguisse atravessar a fronteira da morte sem temor e sobressaltos. A espiritualidade permanecia como uma conquista sempre adiada para depois, uma viagem sem volta ou uma terra que se comprava com promessas, lamentações ou indulgências.
A caminhada de Jesus pela Terra traçou rumos, comprovou a imortalidade, estabeleceu a comunhão com o Pai, dialogou com os Espíritos e revelou os gozos da vida futura. O Homem, persistiu, porem, nos desvios irresponsáveis, preferindo as vantagens que a Terra e as conquistas materiais o permitia possuir.
Nos dias de hoje as palavras do Cristo de novo ressoam nas páginas do Consolador prometido. A “Pátria do Evangelho” se ergueu revelando-se como o grande “portal da Espiritualidade” a insistir com o Homem que Deus existe, que a vida continua, que somos espíritos imortais, que na Casa do Senhor há muitas moradas onde nossos entes queridos nos aguardam e que este mundo e o “outro” se relacionam num vai e vem de interferências múltiplas.
A mesma doutrina do Cristo, agora codificada por Kardec, nos expôs, ao lado dos cânticos da Boa Nova, a fé raciocinada, permitindo a constatação do fenômeno espiritual com os paradigmas de uma “nova ciência”.
A espiritualidade, quando avaliada cientificamente, esbarra, porem, em uma série de dificuldades. Primeiro a sua própria conceituação, depois, sua distinção com religião e misticismo.
A Religião implica numa organização institucional com uma maior ou menor participação do indivíduo. Nas religiões tradicionais são prescritas crenças, dogmas, rituais, práticas litúrgicas e compromissos sociais com a instituição. A exploração da espiritualidade é historicamente uma prática comum às religiões, que se aproveitam de alguns conceitos que são compartilhados entre ambos : a relação transcendente com Deus ( uma “força suprema” ou uma “energia universal”) e a veneração por aquilo que é tido como sagrado.
A dimensão espiritual implícita na natureza humana é aceita por uns mas, não por outros, e aquilo que permite alguém ter aceso à esta dimensão, não terá nenhum significado para aquele que não admite a sua existência.
Cada indivíduo pode ser caracterizado por sua religiosidade, suas crenças particulares e práticas relativas a sua religião, sem, no entanto, manterem um vínculo estreito com a espiritualidade.
A vivência espiritual comumente é uma experiência subjetiva, individual, particular, que algumas vezes pode ser compartilhada com os outros. Algumas pessoas experienciam sua espiritualidade como um assunto altamente pessoal e privado, focalizando elementos intangíveis que os suprem de vitalidade e grande significado em suas vidas. Espiritualidade não envolve religião necessariamente.
Cada pessoa define sua espiritualidade particularmente. Ela deve ser vista como um atributo do indivíduo dentro de um conceito complexo e multidimensional. Possivelmente tem alguma coisa a ver com caráter, com personalidade e com cultura.
Para uns, a espiritualidade se manifesta ou é vivenciada em um momento de ganhos materiais prazerosos tão simples como, pisar na relva descalço ou caminhar pela noite solitário, para outros, será um momento de contemplação, de meditação, uma reflexão profunda sobre o sentido da vida, uma sensação de íntima conexão com o que pensa amar ou um contacto psíquico com seres espirituais.
Podemos perceber que a espiritualidade se manifesta em três domínios pelos quais podemos sistematizar sua avaliação com critérios científicos: os domínios da “prática”, das “crenças” e o da própria “experiência espiritual”.
Na “prática”, quando se exercita a contemplação, a meditação, a prece ou uma atividade de culto religioso.
O domínio das “crenças” espirituais varia com a cultura dos povos e inclui a crença na existência de Deus, da Alma, da vida após a morte e da realidade da dimensão espiritual para além do nosso conhecimento sensorial e intelectual.
Por fim, no domínio da “experiência espiritual” há uma série enorme de situações que parecem sugerir contacto direto com a espiritualidade. Incluem-se aqui, por exemplo, aquelas vivências rotineiras, representadas pelo encontro íntimo e pessoal que cada um faz com o transcendente e o sagrado e aqueles outros quadros freqüentemente mais dramáticos, quase sempre súbitos, acompanhados de forte transformação pessoal que se seguem a um acontecimento psíquico marcante na vida. Mais significativas ainda, incluem-se , entre outros, os relatos de experiências de quase morte (near death experience) e as projeções fora do corpo físico (out of body experience) nos quais, o indivíduo transita com sua consciência por outras dimensões, vivenciando a plenitude da vida espiritual
No Brasil, podemos afirmar que, em termos de “experiência espiritual”, nada supera a mediunidade. Entre nós, parece que a espiritualidade convive dentro de casa dirigindo cada passo de nossas vidas. Pelos nossos médiuns os recados do outro lado tem sido tão freqüentes que as portas da morte não isolam mais nosso contacto com os que mais amamos.
Estamos diante de um “campo de experimentação” extraordinário onde é corriqueira a comprovação da intercomunicação entre nós e o “outro lado da vida”. Qualquer cientista sem preconceito pode sistematizar suas observações dentro dos três domínios que apresentamos para a análise da espiritualidade e confirmar que na “prática”, nas crenças” e nas “experiências espirituais” nos seus vários matizes, a espiritualidade toda se manifesta, revelando a centelha divina e imortal que habita em todos nós.

Nubor Orlando Facure
Portal do Espirito


terça-feira, 8 de julho de 2014

“CONSTRUÇÃO DA FELICIDADE”

Não há no mundo quem não deseje uma vida de felicidades. Sonhamos e desejamos que nossos dias sejam de alegrias intensas e plenas.
Anelamos que o sorriso nos venha fácil, que os dias nos sejam leves e que seja de venturas o nosso caminhar.
É natural que assim seja. Somos seres fadados à felicidade e esse é o sentimento que encontra na alma os mais profundos significados.
Porém, na ânsia da felicidade, imaginamos que temos que buscá-la em algum ponto, que a encontraremos em algum momento, que a atingiremos em um dia determinado.
Lembramos o soneto do poeta Vicente de Carvalho que afirma que a felicidade é uma árvore de dourados pomos, porém que não a alcançamos, porque sempre está onde a pomos e nunca a pomos onde nós estamos.
Ao imaginar a felicidade como uma meta a alcançar nos esquecemos que, na verdade, a felicidade é caminho a se traçar, é trilha a se percorrer, é história a se construir.
Quando imaginamos que a felicidade chegará um dia, perdemo-nos nos dias e não enxergamos a felicidade que nos chega.
Ou não será felicidade poder deparar-se com um pôr-de-sol tingindo de vermelho um céu que há pouco era de um azul profundo? Há tantos que desejariam ver um pôr-de-sol…
Quanta felicidade pode haver em escutar as primeiras palavras de um filho, uma declaração de amor de quem queremos bem, ou ainda, o assovio do vento chacoalhando suave as folhas da árvore? Há tantos que nada escutam, nem ouvem ou percebem…
Como somos felizes por poder pensar, criar, sonhar e, num piscar de olhos, viajar no mundo e no espaço, conduzidos pela imaginação, guiados pela mente! São tantos que permanecem carcereiros de si mesmos em suas distonias mentais, nos desequilíbrios emocionais…
Preocupamo-nos tanto em buscar a felicidade, que nos esquecemos que já temos motivos de sobra para sermos felizes.
E, efetivamente, não nos damos conta que a felicidade não está em chegar, mas que ela mora no próprio caminhar.
Ser feliz é ter o olhar de gratidão perante a vida, de entendimento do seu propósito, da percepção de que ela se mostra sempre generosa a cada um de nós.
Ser feliz não é negar que na vida também haverá embates, lutas e desafios cotidianos. Afinal, esses são componentes de nosso viver e, naturalmente, podem trazer dificuldades e dissabores.
Porém, ser feliz é também perceber que os embates produzem amadurecimento, que as lutas nos fazem mais fortes e nos oferecem aprendizado.
Assim, de forma alguma vale a pena ficarmos esperando o dia em que nossa felicidade se completará.
Ser feliz é compromisso para hoje, que se inicia pelo olhar para as coisas do mundo, passa pelo coração em forma de reconhecimento pelos presentes que nos chegam, completa-se em gratidão, oferecendo à vida o que ela nos dá em abundância.

Redação do Momento Espírita.
Em 25.11.2011.Sabino Rodrigues


“CASAMENTO E DIVÓRCIO”

Divórcio, edificação adiada, resto a pagar no balanço do espírito devedor. Isso geralmente porque um dos cônjuges, sócio na firma do casamento, veio a esquecer que os direitos na instituição doméstica somam deveres iguais. 
A Doutrina Espírita elucida claramente o problema do lar, definindo responsabilidades e entremostrando os remanescentes do trabalho a fazer, segundo os compromissos anteriores em que marido e mulher assinaram contrato de serviço, antes da reencarnação. 
Dois espíritos sob o aguilhão do remorso ou tangidos pelas exigências da evolução, ambos portando necessidades e débitos, combinam encontro ou reencontro no matrimônio, convencidos de que união esponsalícia é, sobretudo, programa de obrigações regenerativas. 
Reincorporados, porém, na veste física, se deixam embair pelas ilusões de antigos preconceitos da convenção social humana ou pelas hipnoses do desejo e passam ao território da responsabilidade matrimonial, quais sonâmbulos sorridentes, acreditando em felicidade de fantasia como as crianças admitem a solidez dos pequeninos castelos de papelão. 
Surgem, no entanto, as realidades que sacodem a consciência. 
Esposo e esposa reconhecem para logo que não são os donos exclusivos da empresa. Sogro e sogra, cunhados e tutores consanguíneos são também sócios comanditários, cobrando os juros do capital afetivo que emprestaram, e os filhos vão aparecendo na feição de interessados no ajuste, reclamando cotas de sacrifício. 
O tempo que durante o noivado era todo empregado no montante dos sonhos, passa a ser rigorosamente dividido entre deveres e pagamentos, previsões e apreensões, lutas e disciplinas e os cônjuges desprevenidos de conhecimento elevado, começam a experimentar fadiga e desânimo, quanto mais se lhes torna necessária a confiança recíproca para que o estabelecimento doméstico produza rendimento de valores substanciais em favor do mundo e da vida do espírito. 
Descobrem, por fim, que amar não é apenas fantasiar, mas acima de tudo, construir. E construir pede não somente plano e esperança, mas também suor e por vezes aflição e lágrimas. 
Auxiliemos, na Terra, a compreensão do casamento como sendo um consórcio de realizações e concessões mútuas, cuja falência é preciso evitar. 
Divulguemos o princípio da reencarnação e da responsabilidade individual para que os lares formados atendam à missão a que se destinam. 
Compreendamos os irmãos que não puderem evitar o divórcio porquanto ignoramos qual seria a nossa conduta em lugar deles, nos obstáculos e sofrimentos com que foram defrontados, mas interpretemos o matrimônio por sociedade venerável de interesses da alma perante Deus.

Waldo Vieira. Da obra: Sol nas Almas.

Ditado pelo Espírito André Luiz.

sexta-feira, 4 de julho de 2014

"PEGUE A SUA CRUZ E SIGA-ME"



Dizem que  quê  Jesus veio a mundo para nos salvar. Que Deus sacrificou seu único filho para salvação  do mundo... para salvação da humanidade. Mas salvar de quê???Se o mundo tivesse mudado; se a humanidade tivesse melhorado; se justificaria este pensamento.   Mas...o mundo continua o mesmo. Calamidades. Epidemias. Terremotos. etc. E a humanidade? Melhorou muito. Tanto cientifica quanto moralmente; mas ainda estamos muito longe de pelo menos chegarmos perto dos pensamentos do Cristo.
Além disso eu pergunto a você caro leitor. Se você tivesse vários filhos, e entre  eles um que fosse realmente santo. Um homem de bem. Os outros todos de idoneidade duvidosa. Você sacrificaria seu filho bom para salvar os demais??   Tenho certeza que não.  Se nos que somos humanos não faríamos isso, porque Deus o Faria.?
Logo...Jesus não veio para nos salvar! Veio para nos ensinar como se salva.  Veio nos mostrar o caminho da salvação.
“EU SOU O CAMINHO...A VERDADE E A VIDA. NIGUÉM VAI AO PAI SE NÃO POR MIM”. Quer dizer: “Ninguém  chega até ao meu Pai se não seguir os meus exemplos. Se não viver como eu vivi. “ Se queres a salvação: Pegue a tua cruz e siga-me! Mas carregue-a com dignidade...sem lamentações; morra abraçado com ela se preciso for.
Jesus não deixou nada escrito. Tudo que sabemos sobre ele, foi escrito pelos seus amigos. Mas nos deixou uma ética de vida.
Quando lhe perguntaram qual era o maior mandamento; foi claro:
 “ Ame ao senhor teu Deus de todo o teu coração e ao próximo como a ti mesmo.” Eis aí toda a lei e os profetas”! E disse mais: “ Nunca faças ao outros aquilo que não queres te  façam;  pois tudo que fizerdes ao teu próximo, é a mim que o fazes.”
Quer dizer: É impossível amar a  Deus  se não amarmos o nosso próximo!
 Jesus não fundou nenhuma religião. Quando disse: Sobre esta pedra edificarei a minha Igreja. Ele disse Igreja. Não disse religião. A Igreja Une. Às  religiões segregam, separam.     “ As religiões são o ópio das massas”. (Divaldo Franco) Pois, ao invés de unir as pessoas elas segregam, separam as pessoas.
O Espiritismo não é religião, é Doutrina. Também não é contra nenhuma religião. Apesar de muitos donos de Igrejas aproveitarem da ignorância das pessoas para ganhar dinheiro.Toda religião tem o seu lado bom. Elas aproximam as pessoas de Deus, e isso é bom.  O que é lamentável, é o pensamento: “Fora da Igreja não há salvação.” Veja bem. Se eu sigo esta, ou aquela religião, no meu modo de pensar, só as pessoas que seguem a minha religião serão salvas.  O meu Deus é melhor que os outros Deuses.  Mas e as pessoas que seguem outras religiões?. Elas acreditam no mesmo Deus que eu acredito; porque não seriam salvas???? 
Todos  podemos ser salvos independente da religião que seguimos.  Quando entendermos que só o CRISTO salva.
Se  queres a salvação... pegue  a sua cruz...e siga-o! 

sexta-feira, 27 de junho de 2014

"AMOR DIVINO"

Para Deus, todas as criaturas possui o seu valor inalienável, estejam mergulhados no lodo do crime ou assentados sobre o mais elevado trono das virtudes.
Todas as criaturas são oriundas da mesma fonte soberana e embebidas nas mesmas celestes vibrações, donde se pode entender que para o Amor Divino, todos os seres são dignos de sua proteção.
Haverá os mais imaturos e inexperientes, como os mais avançados  dedicados no aprendizados das Leis Universais. Todavia, para todos estão abertas as portas da compaixão e das oportunidades de aprender  novas lições, repetindo as que foram mal conduzidas, através da generosa concessão das muitas existências.
E ainda que as pessoas pensem que o regresso à vida material será um novo desafio que as conduzirá aos mesmos erros, isto é, apenas a visão limitada da ignorância que habita em cada um de nós, já que cada nova reencarnação apresentará nuances específicos  que possibilitarão aos espíritos  comprometidos aprimorarem-se em áreas de seu desenvolvimento espiritual, ainda que voltem a cometer erros semelhantes em outros setores de experiência.
Além do mais, não é apenas através do sofrimento que se abrem as portas do crescimento e da evolução espiritual.
Notadamente é através do Bem que se canalizam as possibilidades evolutivas. Uma nova jornada física possibilitará que novas condutas generosas sejam estabelecidas, novas fontes de sementes férteis sejam descerradas e, apesar dos erros, outras flores surjam no trajeto do espírito que renasce.
Não devemos nunca nos esquecer que, no pendão verde que sustenta a rosa perfumada, os espinhos aparecem antes do que a flor esbelta e linda.
No entanto, não há quem não se anime em enfrentar o desafio dos espinhos até colher a beleza inspiradora da rosa.       
ANDRÉ LUIZ RUIZ. Pelo Espírito:”Lúcios”
Da obra: “A FORÇA DA BONDADE”.

quarta-feira, 25 de junho de 2014

“‘ATRIBULADOS E PERPLEXOS”

Desde os primeiros tempos do Evangelho, os leais seguidores de Jesus conhecem tribulações e perplexidades, por permanecerem na fé.Quando se reuniam em Jerusalém, recordando o Mestre nos serviços do Reino Divino, conheceram a lapidação, a tortura, o exílio e o confisco dos bens; quando instituíram os trabalhos apostólicos de Roma, ensinando a verdade e o amor fraterno, foram confiados aos leões do circo, aos espetáculos sangrentos e aos postes de martírio.Desde então, experimentam dolorosas surpresas em todas as partes do mundo.A idade medieval, envolvida em sombras, tentou desconhecer a missão do Cristo e acendeu-lhes fogueiras, conduzindo-os, além disso, a tormentos inesperados e desconhecidos, através dos tribunais políticos e religiosos da Inquisição.E, ainda hoje, enquanto oram confiantes, exemplificando o amor evangélico, reparam o progresso dos ímpios e sofrem a dominação dos vaidosos de todos os matizes. Enquanto triunfam os maus e os indiferentes, nas facilidades terrestres, são eles relegados a dificuldades e tropeços, à frente das situações mais simples. Apesar da evolução inegável do direito no mundo, ainda são chamados a contas pelo bem que fazem e vigiados, com rudeza, devido à verdade consoladora que ensinam.Mas todos os discípulos fiéis sabem, com Paulo de Tarso, que “em tudo serão atribulados e perplexos”, todavia, jamais se entregarão à angústia e ao desânimo. Sabem que o Mestre Divino foi o Grande Atribulado e aprenderam com Ele que da perplexidade, da aflição, do martírio e da morte, transfere-se a alma para a Ressurreição Eterna.
Chico Xavier. Emmanuel-Vinha de Luz



“ ALMAS PROBLEMAS”

A pessoa que renteia contigo, no processo evolutivo, não te é
desconhecida... O filhinho-dificuldade que te exige doação integral, não
se encontra ao teu lado por primeira vez.
O ancião-renitente que te parece um pesadelo contínuo, exaurindo-te as
forças, não é encontro fortuito na tua marcha...
O familiar de qualquer vinculação que te constitui provação, não é
resultado do acaso que te leva a desfrutar da convivência dolorosa.
Todos eles provêm do teu passado espiritual.                       
Eles caíram, sim, e ainda se ressentem do tombo moral, estando, hoje, a
resgatar injunção penosa. Mas, tu também.
Quando alguém cai, sempre há fatores preponderantes, que induzem e levam
ao abismo. Normalmente, oculto, o causador do infortúnio permanece
desconhecido do mundo. Não, porém, da consciência, nem das Soberanas Leis.
Renascem em circunstâncias e tempos diferentes, todavia, volvem a
encontrar-se, seja na consanguinidade, através da parentela corporal, ou
mediante a espiritual, na grande família humana, tornando o caminho das
reparações e compensações indispensáveis.
Não te rebeles contra o impositivo da dor, seja como se te apresente.
Aqui, é o companheiro que se transforma em áspero adversário; ali, é o
filhinho rebelde, ora portador de enfermidade desgastante; acolá, é o
familiar vitimado pela arteriosclerose tormentosa; mais adiante, é alguém
dominado pela loucura, e que chegam à economia da tua vida depauperando os
teus cofres de recursos múltiplos.
Surgem momentos em que desejas que eles partam da Terra, a fim de que repouses... Horas soam em que um sentimento de surda animosidade contra eles te cicia o anelo de ver-te libertado...
Ledo engano!
Só há liberdade real, quando se resgata o débito. Distância física não
constitui impedimento psíquico. Ausência material não expressa
impossibilidade de intercâmbio. O Espírito é a vida, e enquanto o amor não
lene as dores e não lima as arestas das dificuldades, o problema prossegue
inalterado.               
Arrima-te ao amor e sofre com paciência. Suporta a alma-problema que se
junge a ti e não depereças nos ideais de amparar e prosseguir.
Ama, socorrendo.            
Dia nascerá, luminosos, em que, superadas as sombras que impedem a clara
visão da vida, compreenderás a grandeza do teu gesto e a felicidade da tua
afeição a todos.
O problema toma a dimensão que lhe proporcionas.
Mas o amor, que "cobre a multidão dos pecados" voltado para o bem, resolve
todos os problemas e dificuldades, fazendo que vibre, duradoura, a paz por
que te afadigas.                   
Joanna de Ângelis
Divaldo Pereira Franco




Frases de Chico Xavier


Frases de Allan Kardec


terça-feira, 24 de junho de 2014

“ASSIM OS FIZEMOS “


Os familiares desagradáveis são hoje o que deles fizemos ontem. Nada acontece por acaso, sem razão, em nossas vidas. Por isso diz Emmanuel: "Talvez o contato deles agora nos desagrade pela tisna de sombra que já deixamos de ter ou de ser.". Nesta própria existência terrena isso acontece com freqüência.
Ao nos tornarmos adultos não suportamos as peraltices das crianças, sem nos lembrarmos das que também já fizemos quando crianças. Ao nos enriquecermos não toleramos os peditórios ou a incapacidade dos parentes pobres, esquecidos do que fazíamos quando necessitados. Ao nos ilustrarmos não suportamos nos outros a ignorância em que ontem vivíamos.
Educamos mal os nossos filhos e muitas vezes os deseducamos a gritos e pancadas. Mas quando eles crescem não suportamos o seu comportamento desrespeitoso, pelo qual somos responsáveis. Não os corrigimos em criança nem os ajudamos na adolescência, mas os fizemos desorientados e depois não os toleramos. Nas vidas sucessivas, através das reencarnações, procedemos também dessa maneira. E quando eles voltam ao nosso convívio não queremos aceitar e muito menos corrigir os seus defeitos.
Na verdade, se não os aceitarmos hoje como são, teremos de aceitá-los amanhã, pois as leis da vida exigem, segundo ensinou Jesus, que nos entendamos com os companheiros "enquanto estivermos a caminho com eles".
A fuga aos deveres atuais será paga mais tarde com os juros devidos. Usando o livre arbítrio podemos rejeitá-los hoje, mas a contabilidade divina anotará o nosso débito para depois, com os acréscimos legais.
O item 8 do Capítulo XIV de O Evangelho Segundo o Espiritismo trata do problema das famílias corporais e espirituais e o item 9 desse mesmo capítulo nos explica a mecânica dos pagamentos de dívidas morais através da reencarnação. Os que desejarem aprofundar este problema devem ler com atenção os dois tópicos citados.

 Do livro “Na Era do Espírito”. Psicografia de Francisco C. Xavier e Herculano Pires. Espíritos Diversos

Frases Espíritas


𝗖𝗢𝗠𝗢 𝗢𝗦 𝗥𝗘𝗟𝗔𝗖𝗜𝗢𝗡𝗔𝗠𝗘𝗡𝗧𝗢𝗦 𝗙𝗜𝗖𝗔𝗠 𝗔𝗧𝗥𝗘𝗟𝗔𝗗𝗢𝗦 𝗡𝗔𝗦 𝗥𝗘𝗘𝗡𝗖𝗔𝗥𝗡𝗔𝗖̧𝗢̃𝗘𝗦.

Os ajustes dos relacionamentos problemáticos de outras existências. Pelas reencarnações os espíritos têm a oportunidade de reestabelecer os ...