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domingo, 28 de maio de 2017

"RECORDAÇÃO DA EXISTÊNCIA CORPÓREA."

Lembra-se o Espírito da sua existência corporal?
"Lembra-se, isto é, tendo vivido muitas vezes na Terra, recorda-se do que foi como homem e eu te afirmo que frequentemente ri, penalizado de si mesmo."
Tal qual o homem, que chegou à madureza e que ri das suas loucuras de moço, ou das suas puerilidades na meninice.
A lembrança da existência corporal se apresenta ao Espírito, completa e inopinadamente, após a morte?
"Não; vem-lhe pouco a pouco, qual imagem que surge gradualmente de uma névoa, à medida que nela fixa ele a sua atenção."
O Espírito se lembra, pormenorizadamente, de todos os acontecimentos de sua vida? Apreende o conjunto deles de um golpe de vista retrospectivo?
"Lembra-se das coisas, de conformidade com as consequências que deles resultaram para o estado em que se encontra como Espírito errante. Bem compreende, portanto, que muitas circunstâncias haverá de sua vida a que não ligará importância alguma e das quais nem sequer procurará recordar-se."
- Mas, se o quisesse, poderia lembrar-se delas?
"Pode lembrar-se dos mais minuciosos pormenores e incidentes, assim relativos aos fatos, como até aos seus pensamentos. Não o faz, porém, desde que não tenha utilidade."
- Entrevê o Espírito o objetivo da vida terrestre com relação à vida futura?
"Certo que o vê e compreende muito melhor do que em vida do seu corpo. 
Compreende a necessidade da sua purificação para chegar ao infinito e percebe que em cada existência deixa algumas impurezas."
Como é que ao Espírito se lhe desenha na memória a sua vida passada? Será por esforço da própria imaginação, ou como um quadro que se lhe apresenta à vista? 
"De uma e outra formas. São-lhe como que presentes todos os atos de que tenha interesse em lembrar-se. Os outros lhe permanecem mais ou menos vagos na mente, ou esquecidos de todo. Quanto mais desmaterializado estiver, tanto menos importância dará às coisas materiais. Essa a razão por que, muitas vezes, evocas um Espírito que acabou de deixar a Terra e verificas que não se lembra dos nomes das pessoas que lhe eram caras, nem de uma porção de coisas que te parecem importantes. É que tudo isso, pouco lhe importando, logo caiu em esquecimento. Ele só se recorda perfeitamente bem dos fatos principais que concorrem para a sua melhoria."
O Espírito se recorda de todas as existências que precederam a que acaba de ter?
"Todo o seu passado se lhe desdobra à vista, quais a um viajor os trechos do caminho que percorreu. Mas, como já dissemos, não se recorda de modo absoluto de todos os seus atos. Lembra-se destes conforme mente à influência que tiveram na criação do seu estado atual. Quanto às primeiras existências, as que se podem considerar como a infância do Espírito, essas se perdem no vago e desaparecem na noite do esquecimento."
Como considera o Espírito o corpo de que vem de separar-se?
"Como veste imprestável, que o embaraçava, sentindo-se feliz por estar livre dela."
- Que sensação lhe causa o espetáculo do seu corpo em decomposição?
"Quase sempre se conserva indiferente a isso, como a uma coisa que em nada o interessa."
Ao cabo de algum tempo, reconhecerá o Espírito os ossos ou outros objetos que lhe tenham pertencido?
"Algumas vezes, dependendo do ponto de vista, mais ou menos elevado, donde considere as coisas terrenas."
A veneração que se tenha pelos objetos materiais que pertenceram ao Espírito lhe dá prazer e atrai a sua atenção para esses objetos? 
"É sempre grato ao Espírito que se lembrem dele e os objetos que lhe pertenceram trazem-no à memória dos que ele no mundo deixou. Mas, o que o atrai é o pensamento destas pessoas e não aqueles objetos."
E a lembrança dos sofrimentos por que passaram na última existência corporal, os Espíritos a conservam?
"Frequentemente assim acontece e essa lembrança lhes faz compreender melhor o valor da felicidade de que podem gozar como Espíritos."
O homem, que neste mundo foi feliz, deplora a felicidade que perdeu, deixando a Terra?
"Só os Espíritos inferiores podem sentir saudades de gozos condizentes com uma natureza impura qual a deles, gozos que lhes acarretam a expiação pelo sofrimento. Para os Espíritos elevados, a felicidade eterna é mil vezes preferível aos prazeres efêmeros da Terra."
Exatamente como sucede ao homem que, na idade da madureza, nenhuma importância liga ao que tanto o deliciava na infância.
Aquele que deu começo a trabalhos de vulto com um fim útil e que os vê interrompidos pela morte, lamenta, no outro mundo, tê-los deixado por acabar?
"Não, porque vê que outros estão destinados a concluí-los. Trata, ao contrário, de influenciar outros Espíritos humanos, para que os ultimem. Seu objetivo, na Terra, era o bem da humanidade; o mesmo objetivo continua a ter no mundo dos Espíritos."
E o que deixou trabalhos de arte ou de literatura, conserva pelas suas obras o amor que lhes tinha quando vivo?
"De acordo com a sua elevação, aprecia-as de outro ponto de vista e não é raro condene o que maior admiração lhe causava."
No além, o Espírito se interessa pelos trabalhos que se executam na Terra, pelo progresso das artes e das ciências?
"Conforme à sua elevação ou à missão que possa ter que desempenhar. Muitas vezes, o que vos parece magnífico bem pouco é para certos Espíritos, que, então, o admiram, como o sábio admira a obra de um estudante. Atentam apenas no que prove a elevação dos encarnados e seus progressos." 
Após a morte, conservam os Espíritos o amor da pátria?
"O princípio é sempre o mesmo. Para os Espíritos elevados, a pátria é o Universo. Na Terra, a pátria, para eles, está onde se ache o maior número das pessoas que lhes são simpáticas."
As condições dos Espíritos e as maneiras por que veem as coisas variam ao infinito, de conformidade com os graus de desenvolvimento moral e intelectual em que se achem. Geralmente, os Espíritos de ordem elevada só por breve tempo se aproximam da Terra. Tudo o que aí se faz é tão mesquinho em comparação com as grandezas do infinito, tão pueris são, aos olhos deles, as coisas a que os homens mais importância ligam, que quase nenhum atrativo lhes oferece o nosso mundo, a menos que para aí os ocupa o propósito de concorrerem para o progresso da humanidade. Os Espírito de ordem intermédia são os que mais frequentemente baixam a este planeta, se bem considerem as coisas de um ponto de vista mais alto do que quanto encarnados. Os Espíritos vulgares, esses são os que aí mais se comprazem e constituem a massa da população invisível do globo terráqueo. Conservam quase que as mesmas ideias, os mesmos gostos e as mesmas inclinações que tinham quando revestidos do invólucro corpóreo. Metem-se em nossas reuniões, negócios, divertimentos, nos quais tomam parte mais ou menos ativa, segundo seus caracteres. Não podendo satisfazer as suas paixões, gozam na companhia dos que a elas se entregam e os excitam a cultivá-las. Entre eles, no entanto, muitos há, sérios, que veem e observam para se instruírem e aperfeiçoarem.
As ideias dos Espíritos se modificam quando na erraticidade?
"Muito; sofrem grandes modificações, à proporção que o Espírito se desmaterializa. Pode este, algumas vezes, permanecer longo tempo imbuído das ideias que tinha na Terra; mas, pouco a pouco, a influência da matéria diminui e ele vê as coisas com maior clareza. É então que procura os meios de se tornar melhor."
Já tendo o Espírito vivido a vida espírita antes da sua encarnação, como se explica o seu espanto ao reingressar no mundo dos Espíritos? 
"Isso só se dá no primeiro momento e é efeito da perturbação que se segue ao despertar do Espírito. Mais tarde, ele se vai inteirando da sua condição, à medida que lhe volta a lembrança do passado e que a impressão da vida terrena se lhe apaga."

Autor

Allan Kardec

“AFEIÇÃO ESPIRITUAL. ”

As vezes nos completamos com alguém de uma forma tão maravilhosa e tão intensa que chega a fugir do nosso controle, e por vezes é um relacionamento que naquele momento não pode se concretizar, por diversas situações, o que nos causa um profundo momento de infelicidade, mas fica sempre em nossos sentidos guardado como se fosse uma joia de muito valor, aguardando o tempo certo de ser usada, segue uma matéria que para mim fez bastante sentido se aproxima desse assunto.
Afeição, amor: "a atração fluídica atraindo um ser para outro, unindo-os no mesmo sentimento. Esta atração pode ser de duas naturezas diversas, pois os fluidos são de duas naturezas: material e espiritual".
A afeição que tem por base a atração de fluidos materiais, sem estabelecer ou criar laços espirituais, permanece enquanto houver satisfação dos motivos que a criaram. Mas, desde que haja uma alteração no relacionamento ou nas condições materiais, ela termina. Então se diz: —"O amor acabou".
Sim, esse amor personalizado e materializado termina com a morte ou antes dela, porque ama-se por amor a si próprio, por interesse ou por comodidade, não pela pessoa amada. Ama-se pelo que a pessoa possa proporcionar para quem ama. Houve uma atração fluídica entre fluidos materializados. Não houve formação de laços espirituais.
Nesse sentimento personalizado, que se ama pelo que o outro proporciona ou possa proporcionar, seja prazer sexual, prazer de possuir, prazer financeiro, ou outros, cuja meta é ser servido, beneficiar-se, usufruir, existe sempre o componente materializado, que não alcança o campo espiritual. Trata-se de uma afeição terrena, baseada em prazeres e valores materiais, através da qual o homem procura ser amado, mas não amar.
Enquanto o homem deixar-se dominar pela matéria, pelos prazeres que ela proporciona, pelos seus valores, as afeições serão sempre frágeis, rompendo-se com facilidade.
Daí a necessidade do desenvolvimento da sensibilidade espiritual, que descobre novos valores, novos prazeres, sobrepondo-se aos materiais.
Para que se estabeleça a afeição espiritual, necessário que haja afinidade de fluidos espirituais, determinando a simpatia. É a alma que ama a alma e esta afeição se desenvolve pela manifestação dos sentimentos da alma.
É o prazer de estar juntos, independente do que se tem, do que se é, do lugar em que se está. Esse amor não acaba nunca, é eterno, mesmo estando separados e até não lembrados, como por exemplo, um encarnado no Brasil e outro encarnado na China. Quando se reencontram é aquela felicidade!
É claro que na afeição espiritual, quando encarnados, existe a atração de fluidos materializados, como consequência do amor de alma para alma; existe a atração sexual, prazer do contato físico, muito importante na manutenção do relacionamento de um casal, mas como efeito, resultado, e não como determinante do sentimento.
Quando existe a afeição espiritual, realmente, pode-se amar o outro como pai, como mãe, como filho, irmão, esposo, amigo, porque esse é o sentimento eterno, constituído por laços espirituais, que nada pode romper.
A cada situação nova, em nova reencarnação, este amor cresce em intensidade e sensibilidade.
É este sentimento que inspira e produz abnegação, devotamento, sem qualquer interesse pessoal, egoístico, em relação aos seres amados, proporcionando prazeres que o homem em geral, ainda muito materializado, não consegue imaginar.
É este amor eterno que estamos todos desenvolvendo no decorrer dos milênios, através de reencarnações na Terra, porque é ele desenvolvido dentro de nós, o que nos tornará perfeitos, conforme a determinação de Jesus: "Sede perfeitos…"
Joanna de Ângelis, no seu livro Convites da Vida, lição 2, escreve: "O amor é o estágio mais elevado do sentimento. O homem apenas atinge a plenitude quando ama. Enquanto anseia e busca ser amado, foge à responsabilidade de amar e padece infância emocional"
Fonte:  Fórum Espirita.
Bibliografia:
Revista Espírita, de Allan Kardec, fevereiro de l864: Estudos sobre a reencarnação item IV



“VIVER É TROCAR ENERGIAS. ”

"Tratai todos os homens da mesma maneira que gostaríeis que eles vos tratassem".
(Jesus Cristo)
Trocamos muito mais energia do que podemos imaginar, e o conceito de energia transcende à "propriedade de um sistema material que lhe permite realizar trabalho", conforme nos informa o dicionário.
Trocamos energia principalmente no olhar, no beijo, no abraço, no ato de respirar e até na conversa com um desconhecido através do contato de auras, que é a energia que envolve o nosso corpo físico.
AURA E PENSAMENTO   
A aura, na verdade, é a energia que além de nos identificar perante o universo, revela o estágio evolutivo ao   qual nos encontramos. É por intermédio do pensamento que sintonizamos com seres afins, por isso a importância de cultivarmos bons pensamentos e paz de espírito, base para uma frequência vibratória de bom nível.
MEDIUNIDADE
Os médiuns ou sensitivos sentem as energias espirituais ou físicas bem mais do que o indivíduo que não possui essa faculdade desenvolvida. A mediunidade-esponja, por exemplo, conhecida pelo fato de seu portador "absorver" as energias que encontram-se nos ambientes, ou pelo contato físico como um abraço ou um aperto de mão, exige estudo, conhecimento e autocontrole para que o médium não sinta desconforto ao aproximar-se de certos ambientes ou pessoas.
Por outro lado, independentemente do indivíduo ser ou não médium, a busca do equilíbrio baseado na escolha de saudáveis energias na interação pessoal e social é a fórmula de se adquirir a sensação de bem-estar na vida.
A energia que harmoniza está presente em todos os atos de solidariedade e caridade com o próximo. Está presente no ato sexual quando este é realizado com entrega mútua e amor. Encontra-se presente também no beijo carinhoso, no abraço fraternal, na mão estendida e em todos os gestos onde não haja "segunda intenções".
ENERGIA SEXUAL
Nada compara-se à energia da atração sexual, onde muita energia química e espiritual entram no jogo da conquista e do estímulo que desencadeia a intensa energia da paixão. Por isso, até hoje confundimos paixão com amor. Não compreendemos as suas divisas energéticas pelo fato do envolvimento gerar um turbilhão de sentimentos e emoções que nos fazem flutuar e sair fora de nossa "órbita normal". Por esse motivo, idealizamos a alma gêmea como modelo de relacionamento eterno. Uma prova de que, inconscientemente, buscamos uma relação que una as energias da paixão e do amor em completa harmonia.
Na energia sexual, através da sexualidade, revelamos a nossa capacidade criativa e transcendental. No ato sexual, canalizamos os nossos desejos, muitas vezes reprimidos e comungamos carne e espírito na intensidade do toque e da entrega.
LIVRE ARBÍTRIO
Viver é trocar energias e se as nossas escolhas contemplarem a harmonia, estaremos naturalmente protegidos contra a tentativa de energias invasoras que possam nos desestabilizar. Contudo, o livre arbítrio permanece orientando as nossas escolhas, tanto para a energia que nos harmoniza como para a energia que nos desarmoniza. A opção será sempre nossa!
A minha intenção ao escrever esse artigo, conspira a favor ou contra mim. Tudo é uma questão de fluência energética no âmbito do pensamento e das intenções manifestas ou imanifestas que existem por trás de cada escolha que fazemos pela orientação do livre arbítrio.
A intenção é uma energia a qual desconhecemos, ou seja, não imaginamos o quanto a sua ação na prática ou via pensamento pode ajudar ou prejudicar pessoas.
AMBIENTE DO LAR
No nível doméstico, o ambiente encontra-se saturado de energias que carregamos conosco após um dia ou uma noite de contatos com outras energias. Nesse sentido, o Espiritismo orienta que o Evangelho no lar ou o hábito diário de elevar o pensamento através de uma prece espontânea, ajudam a "limpar" o ambiente no qual residimos.
O OLHAR
O olhar humano é significativo na emissão ou intercâmbio de energias relacionadas ao jogo de sedução e conquista amorosa, bem como nas relações que representam autoridade e hierarquia, como entre pai e filho, patrão e empregado, oficial e soldado, entre outros. Embora estabeleça um vínculo entre duas ou mais pessoas, essa energia torna-se imperceptível aos nossos sentidos normais.
CONCLUSÃO :
Viver é trocar energias positivas ou negativas, sendo que cabe a nós escolher as energias que iremos trocar com o ambiente, com as pessoas de nosso convívio ou com desconhecidos. Portanto, não espere mais para abraçar e ser abraçado, beijar e ser beijado, elogiar e ser elogiado, porque toda troca nesse nível gera uma energia que se multiplicada é capaz de transformar realidades ao espalhar luz e consciência onde havia sombra e inconsciência.

Autor - Fonte: Flávio Bastos

𝗖𝗢𝗠𝗢 𝗢𝗦 𝗥𝗘𝗟𝗔𝗖𝗜𝗢𝗡𝗔𝗠𝗘𝗡𝗧𝗢𝗦 𝗙𝗜𝗖𝗔𝗠 𝗔𝗧𝗥𝗘𝗟𝗔𝗗𝗢𝗦 𝗡𝗔𝗦 𝗥𝗘𝗘𝗡𝗖𝗔𝗥𝗡𝗔𝗖̧𝗢̃𝗘𝗦.

Os ajustes dos relacionamentos problemáticos de outras existências. Pelas reencarnações os espíritos têm a oportunidade de reestabelecer os ...