Seguidores

segunda-feira, 24 de julho de 2017

“ESPAÇOS ESPIRITUAIS. ”

"Não se turbe o vosso coração. Credes em Deus e também em mim. Há muitas moradas na casa de meu Pai; se não fosse assim, já vos teria dito, pois vou vos preparar lugar, e depois que me tenha ido, e preparado o lugar, voltarei e vos retirarei para mim, a fim de que onde eu estiver também vós estejais" (Jesus - Evangelho São João, Cap. 14; Vers. de 1 a 3).
Um dos assuntos que mais intrigam os adeptos das Doutrinas Espiritualistas é o assunto que trata do local onde as almas, retiradas do mundo físico depois da "morte", irão estacionar. A maioria das religiões, seitas e doutrinas diversas, falam em moradas celestes, como o céu, o paraíso, ou lugares venturosos, onde os eleitos de Deus ou de Jesus ficariam felizes numa espécie de adoração beatífica, sem nada fazer, e aí, encontraria a felicidade que não estaria na Terra.
Do mesmo modo, essas Instituições Religiosas indicam lugares tenebrosos, sombrios e de grande sofrimento, como: o inferno, purgatório, umbral, trevas, abismo e outras denominações de locais circunscritos, em que as almas penadas sofreriam por muito tempo, até resgatar os pecados que contraíram junto aos companheiros e companheiras de jornada evolutiva aqui na Terra. A Doutrina Espírita não aceita a ideia de lugares fixos ou circunscritos, em nenhuma hipótese, do bem ou do mal, e sim, adverte, que cada ser humano, ao desencarnar, leva para o outro lado da vida, o Céu ou o Inferno que construiu dentro de si mesmo.
O Papa João Paulo II, já desencarnado, afirmou antes de morrer em um Jornal de Roma, e que foi republicado no Jornal O Globo, um texto sobre esse assunto, em que ele disse o seguinte: “O Céu, o Inferno e o Purgatório, não existem como lugares fixos ou circunscritos, e sim, são ‘estados da alma’, demonstrando de uma forma cabal e completa, que passamos a vivenciar no além, o nosso estado mental íntimo, obedecendo sempre os valores conquistados por cada um de nós”.
Na mesma entrevista, o Papa afirma categoricamente que: “A morte não representa o fim e não separa as pessoas, pois aqueles que atravessam as águas enigmáticas do rio da ‘morte’, não estão perdidos no espaço, e sim em algum lugar; recebendo com muita alegria e felicidade, nossos pensamentos e sentimentos de bondade em relação a eles”, deixando uma ideia clara e precisa de que "ninguém morre". Outro ponto importante desse assunto, é que muitas religiões e crenças acreditam que as almas permanecem nesses lugares em posição estacionária, o que contraria a Lei da Evolução, que faz com que todos os seres caminhem sempre para frente e para cima, mesmo quando estão em condições desfavoráveis.
É claro que o avanço mais rápido vai depender do esforço de cada um; do desejo intenso de crescer, superar e transcender, utilizando para isso o corpo físico, instrumento divino de apresentação externa, mas que, se bem utilizado, certamente dará ao espírito imortal, esse viajor da eternidade, esse nômade do espaço, esse andarilho do infinito, as condições ideais para o seu aprendizado durante a jornada terrena. O importante para o ser humano é saber de antemão que nunca estará sozinho ou desamparado, tendo sempre ao seu lado seu guia espiritual, e também membros de sua parentela familiar, independente de sua condição moral ou intelectual. As moradas da casa do pai estão disseminadas no espaço infinito e, com certeza, teremos acesso a todas elas dependendo apenas do nosso avanço moral e intelectual, galgando sempre aos poucos, a escada infinita que separa esses mundos do Universo de Deus.
Ainda segundo muitos filósofos, pensadores, e escritores, o céu seria habitado por espíritos bons, ditosos e celestiais, enquanto o inferno seria habitado pelos espíritos maus, invejosos, cruéis, vaidosos e assassinos, que ali sofreriam todo tipo de castigo jamais imaginado pela mente humana; até que cansados e arrependidos, pudessem voltar à normalidade evolutiva. O espiritismo rejeita essa premissa, e diz que o castigo é a dor da consciência culpada, que pode desaparecer, se forem usados os antídotos do perdão, do remorso e do arrependimento; e o empreendimento num trabalho incessante em benefício dos outros. Quando conseguimos plantar nos corações daqueles que nos cercam a alegria e a felicidade, a felicidade dos outros nos buscará, aonde quer que possamos estar, aqui ou no além, a fim de implantar em definitivo, a nossa suprema ventura.

Djalma Santos-Correio Espírita

domingo, 23 de julho de 2017

“DEPOIS DA MORTE...”

É bastante comum se ouvir comentários de que quem morre não volta. Em torno desta assertiva, muitos ousam afirmar que, portanto, ninguém tem certeza se há mesmo algo para além deste mundo.
Estão equivocados, contudo, os que assim pensam e se expressam. Os Espíritos retornam, sim, depois da morte física, para atestarem o seu amor aos que deixaram na Terra.
Ou para dizerem da sua dor, do seu arrependimento por algumas atitudes tomadas, enquanto estavam por aqui.
Você pode pensar que tudo isso é somente uma questão de crença.
Mas, não é verdade. Se você é cristão, deve recordar que o nosso Mestre e Senhor deu a maior prova de que se pode retornar após a morte.
Enquanto entre os homens, Ele, certo dia, subiu ao Monte Tabor e ali, ante os Apóstolos Pedro, Tiago e João, conversou com os Espíritos materializados de Moisés e Elias.
Ora, Elias era um profeta que morrera há muitos séculos. Moisés, da mesma forma.
Portanto, eram Espíritos que ali se manifestaram, conversando com Jesus.
Depois da morte na cruz, Jesus se apresenta para Maria Madalena, no Jardim de José de Arimateia.
Ela O reconhece como sendo o seu Senhor. E, sai, feliz, para a cidade, a fim de contar a novidade para os amigos do colégio apostólico.
No caminho de Emaús, dois discípulos encontram um estranho que segue com eles. Conversam a respeito dos últimos acontecimentos de Jerusalém.
A prisão do Mestre, o julgamento arbitrário na calada da noite, o suplício, a morte na cruz.
O estranho lhes fala e os elucida a respeito de coisas que não haviam entendido.
Quando chegam ao seu destino, convidam-no a ficar com eles. Afinal, desce a noite.
Durante a refeição, ao partir o pão, eles se dão conta que aquele é o Mestre que voltara do vale da morte.
No cenáculo, Jesus aparece aos Apóstolos reunidos. Identifica-se: Sou Eu, não temais!
Fica com eles. Conforta-lhes os corações.
Aparece e desaparece, muitas vezes, em lugares totalmente fechados.
Em outro momento, os aguarda na praia. Orienta-os no rumo da divulgação da Sua doutrina.
Depois de quarenta dias, aos olhos de uma quase multidão de quinhentas pessoas, Ele desaparece.
Mais tarde, apareceria presente outra vez, no caminho de Damasco, para o jovem de Tarso.
Não somente aparece. Mas indaga e orienta a Saulo acerca do que deve fazer.
E, ainda, apareceria ao velho Apóstolo Pedro, na Via Ápia, na manhã de luz, a caminho de Roma.
Aonde vais, Senhor? Indaga o velho Apóstolo.
Eu vou para Roma, Pedro, para tornar a ser crucificado. Vou para ficar com os meus, desde que tu os abandonas.
E Pedro, envergonhado, volta para o cárcere, entregando-se voluntariamente, a fim de morrer, pouco tempo depois com heroísmo.
Ora, se nosso Modelo e Guia tantos exemplos deu de que o Espírito vive e retorna após a morte física, que desejamos mais para crer?
A morte não é o fim. É a continuidade da vida em outra dimensão.
Você pode não crer e achar que está certo.
Ou você pode pensar a respeito e concluir que racionalmente assim deve ser.
Somente não negue aos amores que partiram a sua certeza de que eles continuam a amá-lo, além das fronteiras da vida física.
Pense nisso!

Redação do Momento Espírita.-

"DURANTE PRECE MÉDIUM DIZ INCORPORAR CHICO XAVIER. SERÁ? SE FOI IMITAÇÃO FOI MUITO BEM FEITO."


“DIÁRIO DE UMA CRIANÇA QUE NÃO NASCEU. ”

05 de outubro.
Hoje teve início a minha vida. Papai e mamãe não sabem. Eu sou menor que um alfinete, contudo, sou um ser individual.
Todas as minhas características físicas e psíquicas já estão determinadas. Terei os olhos de papai e os cabelos castanhos e ondulados da mamãe. E isso também é certo: eu sou uma menina.
19 de outubro.
Hoje começa a abertura de minha boca. Dentro de um ano poderei sorrir quando meus pais se inclinarem sobre meu berço.
A minha primeira palavra será Mamãe. Seria verdadeiramente ridículo afirmar que eu sou somente uma parte de minha mãe. Isso não é verdade, pois sou um ser individual.
25 de outubro.
O meu coração começou a bater. Ele continuará sua função sem parar jamais, sem descanso, até o fim dessa minha existência. De fato, é isso uma grande dádiva de Deus.
02 de novembro.
Os meus braços e as minhas perninhas começaram a crescer até ficarem perfeitas para o trabalho; isto requererá algum tempo, mesmo depois de meu nascimento. Assim que for possível, enroscarei meus bracinhos no pescoço da mamãe e lhe direi o quanto eu a amo.
20 de novembro.
Hoje, pela primeira vez, minha mãe percebeu, pelo seu coração, que me traz em seu seio. Acho que ela teve uma grande alegria.
28 de novembro.
Todos os meus órgãos estão completamente formados. Eu sou muito grande.
02 de dezembro.
Logo mais poderei ver, porém, meus olhos ainda estão costurados com um fio.
Luz, cor, flores... como deve ser magnífico! Sobretudo, enche-me de alegria o pensamento de que deverei ver minha mãe... Oh! Se não tivesse que esperar tanto tempo! Faltam ainda mais de seis meses.
12 de dezembro.
Crescem-me os cabelos e as sobrancelhas. Já imagino como minha mãe ficará contente com a sua filhinha!
24 de dezembro.
O meu coraçãozinho está pronto. Deve haver crianças que nascem com o coração defeituoso. Nesse caso, precisam sujeitar-se a delicada cirurgia para corrigir o defeito. Graças a Deus o meu coração não tem nenhuma anomalia, e serei uma menina cheia de vida e forças. Todos ficarão alegres com meu nascimento.
28 de dezembro.
Hoje minha mãe amanheceu diferente, está um pouco angustiada. Mas uma coisa é certa: nós vamos sair para um passeio.
Creio que ela quer se distrair um pouco, talvez comprar roupinhas para mim. É isso mesmo, estamos saindo para algum lugar.
Ih! Acho que estamos entrando em uma clínica. Deve ser para checar se a minha saúde vai bem. Que ótimo! Quando eu sair daqui, direi à minha mamãe o quanto lhe sou grata.
O médico está chegando...
Mas... esses instrumentos não são para um exame... Não, mamãe! Não o deixe se aproximar!
Ai, que horror! Esta é uma clínica de abortamento! Socorro! Deixem-me nascer!
... Ninguém escuta meus gritos!
E meus sonhos de felicidade...
Minha vontade de ver a luz, as flores, as cores...
Tudo acabado...
Sim... Hoje... Hoje minha mãe me assassinou...
A história é dramática e triste, mas, infelizmente, se repete diariamente nas clínicas de abortamento do nosso país ou em casas de pessoas que se alimentam com o dinheiro ganho com o sangue de vítimas indefesas.
Hoje já não se pode mais alegar que o feto não é um ser individual, distinto da mãe, pois a ciência afirma o contrário todos os dias.
Assim, tanto quem pratica o abortamento quanto quem o consente, deverá responder perante as Leis Divinas sobre esse crime.
Pensemos nisso!
Redação do Momento Espírita, com base em texto atribuído a  H. Schwab ( Nur ein Hinderland ist ein Vaterland), ed. Herder.


sábado, 22 de julho de 2017

"OS MÉDIUNS E SEUS CALVÁRIOS."

Envolta em auréola mítica por largos séculos, a mediunidade tem sido confundida, na sua realidade paranormal, transitando do estado de graça à condição de demonopatia ou degeneração psicológica da natureza humana. 
Homenageada em alguns períodos da História, noutros detestada e perseguida com dureza, ainda permanece ignorada pela presunção de uns, pela ignorância de outros, pelo preconceito que, teimosamente, se demoram, dominadores, no organismo sociocultural dos nossos dias. 
Allan Kardec foi o corajoso estudioso que lhe penetrou as causas e estudou à saciedade, estabelecendo critérios justos de avaliação e técnicas próprias para a compreensão, estudo e desdobramento das suas possibilidades psíquicas.
As suas análises abrem espaços científicos e culturais para um conhecimento lógico dessa faculdade, desvestindo-a de todas as superstições, fantasias e acusações de que tem sido vítima. 
Mediante linguagem clara e fácil ao entendimento de todos, examinou a mediunidade sob os pontos de vista orgânico, psicológico, psiquiátrico e sociológico, concluindo pela sua legitimidade e amplos recursos para a perfeita integração do homem na harmonia da Natureza, estabelecendo diretrizes morais para o seu exercício e regras comportamentais para a sua demonstração científica, elaborando um tratado extraordinário, que permanece o mais completo a respeito da paranormalidade humana, que é o insuperável O livro dos médiuns.
 Apesar disso, a mediunidade e os médiuns prosseguem como motivo de surpresa, admiração e sarcasmo, conforme o meio social em que se apresentem. 
Utilizados, invariavelmente, para futilidades e divertimentos, sofrem o barateamento da ingerência de pessoas astutas, porém desinformadas, que pretendem conduzi-los em proveito próprio ou para exibição em espetáculos que se caracterizam pelo ridículo decorrente da ignorância de que são portadores. 
Chamam a atenção pelo exibicionismo vulgar e logo desaparecem, quais cometas que passam com celeridade, sem maior benefício, para o zimbório sombrio, por onde deambulam errantes. 
A mediunidade, exercida com elevação de propósito, séria e digna, tem sofrido a incompreensão e agressividade daqueles que gostariam de utilizá-la nos jogos da ilusão e do prazer. Por consequência, os médiuns sinceros e honestos, de conduta moral incorruptível pagam alto preço pela vida moral a que se entregam e por se fazerem dóceis às orientações dos seus guias espirituais, que não convivem com ideias, discussões estéreis, rivalidades de indivíduos, grupos, nem sociedades que se entregam ao campeonato da vaidade.
Atacados os próprios arraiais do Movimento no qual laboram, são levados à praça público do ridículo por companheiros apressados, sem nenhuma folha de serviço apresentada à Causa Espírita, mas, hábeis, nos aranzéis da agressão, escrevendo ou falando, desta forma, por mecanismo de transferência psicológica, atirando no trabalhador o que se encontra neles próprios e descarregando a mal disfarçada inveja que os leva a competir, às vezes, inconvenientemente, quando deveriam compartir e participar do serviço de iluminação de consciências ao qual aquele se entrega. 
Sucede que se encontram teleguiados por mentes insanas, as quais sempre combateram e perseguiram os instrumentos das Vozes lúcidas do Além-Túmulo que vêm despertar os homens e adverti-los das ciladas preparadas por esses adversários desencarnados, incansáveis nos seus malfadados programas de perturbação e crimes, obsessão e loucura...
 Além destes, que medram com exuberância nos dias atuais, a dureza dos descrentes e gozadores sempre está disposta a agredir os médiuns e acusá-los de serem portadores de desequilíbrios da mente, do sexo, da conduta, por serem diferentes, isto é, por adotarem um comportamento saudável, que aqueles têm como incompatível com os dias de luxúria e abuso de toda natureza, ora vigentes. 
Outros perseguidores ainda repontam em pessoas que procuram depender emocionalmente do amigo da mediunidade, as quais, contrariadas por este ou aquele motivo, verdadeiro ou falso, se levantam para infligir maior soma de sofrimentos a quem sempre lhes aturou com paciência a preguiça mental e as irregularidades morais, brindando-os com palavras amigas e consoladoras... 
Já não se apedrejam, nem se encarceram ou conduzem à fogueira os médiuns. Todavia, a maledicência e a acrimônia, a crítica sistemática e as exigências de consultas largas quão inócuas constituem prova e martírio para os instrumentos abnegados que se entregam ao ministério com unção. Além do círculo de erro exterior que os comprime, a sua condição humana exige-lhes muitas renúncias silenciosas, que os amigos fingem não ver, por considerarem que a mediunidade, segundo alguns, é um privilégio que libera o seu portador das aflições e processos de evolução pela dor. 
Carregando todos os problemas inerentes à sua situação evolutiva, remuneram a alto preço a existência, em holocaustos admiráveis e perseverantes no Bem, que os credenciam a receber maior assistência e amor dos seus amigos espirituais. 
Por fim, sofrem o assédio tanto das entidades inimigas do progresso da Humanidade, como dos seus próprios adversários espirituais, que não os perdoam pela tarefa que desempenham em favor de si mesmos e das demais criaturas. 
O calvário dos médiuns é oculto e deve ser vivido com dignidade, sem queixas ou reclamações, pois que é, também, o pórtico da ressurreição gloriosa, de onde se alarão às regiões felizes, depois de cumpridas as tarefas de amor e esclarecimento, de caridade e perdão para as quais reencarnaram. 
Têm por modelo Jesus, que lhes permanece como o Conquistador Inconquistado que, morrendo por amor, distribui vida para todos aqueles que o buscam e nele creem, servem e passam, rumando na direção da Imortalidade... 
Vianna de Carvalho
Psicografia de Divaldo Pereira Franco, na sessão mediúnica de 20
de abril de 1988, no Centro Espírita Caminho da Redenção, em Salvador Bahia.

Em 19.7.2017.

𝗖𝗢𝗠𝗢 𝗢𝗦 𝗥𝗘𝗟𝗔𝗖𝗜𝗢𝗡𝗔𝗠𝗘𝗡𝗧𝗢𝗦 𝗙𝗜𝗖𝗔𝗠 𝗔𝗧𝗥𝗘𝗟𝗔𝗗𝗢𝗦 𝗡𝗔𝗦 𝗥𝗘𝗘𝗡𝗖𝗔𝗥𝗡𝗔𝗖̧𝗢̃𝗘𝗦.

Os ajustes dos relacionamentos problemáticos de outras existências. Pelas reencarnações os espíritos têm a oportunidade de reestabelecer os ...