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terça-feira, 2 de janeiro de 2018

“O QUE ACONTECE COM O ESPIRITO DE UM SUICIDA? ”

Como sabemos no espiritismo cada caso é um caso e existem inúmeros fatores que podem levar à uma conclusão diferente para cada situação específica. Listarei aqui algumas das possibilidades não sendo elas todas as possíveis, mas as mais comumente contadas em literaturas espíritas e em reuniões mediúnicas.
Ao se suicidar um espírito abaixa seu campo vibracional automaticamente devido ao crime cometido contra a própria vida. Isso leva à todo tipo de sensações de níveis mais baixos podendo causar no espírito incríveis sentimento de culpa, já que no mundo espiritual a consciência do ser tem voz muito mais ativa que no mundo corporal o suicida pode sofrer por muitos anos de uma culpa que corrói o seu psiquismo levando à beira da loucura espiritual.
Também existem casos desses espíritos ficarem de tal forma tão fora de si que acabam sendo presas fáceis dos vampiros energéticos. Espíritos sombrios que aproveitam-se de espíritos errantes em sofrimento para sugar-lhe as energias residuais pós-desencarne (vide a obra Nosso Lar de André Luiz).
Há também um lugar chamado vale dos suicidas, onde energeticamente os espíritos que cometessem tal ato se atraíam mutuamente. A médium Yvonne Pereira, em seu livro “Memórias de um Suicida”, fala do Vale dos Suicidas. Existem notícias em reuniões mediúnicas que o grupo de espíritos responsáveis pelo resgate neste campo espiritual chamados de Legião dos Servos de Maria. Atualmente correm notícias confirmadas em algumas reuniões mediúnicas de que o vale fora desfeito devido às reurbanizações espirituais (um tipo de limpeza energética que começa a ser feita lentamente nas regiões espirituais próximas à crosta devido à chegada do momento de elevação do planeta Terra para um mundo de regeneração). Sendo confirmado ou não se sabe que ainda existem várias regiões no umbral onde espíritos em sofrimento, inclusive suicidas se reúnem devido à simpatia de pensamentos.
Ao reencarnar muitos suicidas vem com o órgão que foi atacado pelo suicídio indireto marcado, isso explica muitos defeitos congênitos. Podem ser espíritos que em vidas anteriores cometeram algum tipo de excesso que lhes causou uma marca perispiritual de tanta profundidade que ainda em outra vida os efeitos desta ação são percebidos em forma de distúrbios de saúde apresentados desde a infância.
Como evitar o suicídio ou que um ente amado tenha tais tendências?
Kardec nos responde dizendo que somente o trabalho, ou seja, uma ocupação útil que lhe traga a satisfação de estar sendo útil para o mundo e para si mesmo. Aos que possuem qualquer tipo de desordem mental, seja depressão ou qualquer tipo de problemas psicológicos, deve procurar sempre ajuda profissional, pois que a medicina na terra não deixa de ter efeito de forma alguma. Lembre-se, a vida continua e o suicídio não irá lhe salvar de problemas e sim aumenta-los!
Busque os amigos, a família, que tem importante papel no auxílio para a recuperação do equilíbrio emocional do indivíduo. Ande com fé, tente ser grato às coisas que tem, já parou para pensar que muita pessoa na África por exemplo tem muito menos que você e buscam sempre sobreviver?
É verdade que é uma situação complicada mas Deus está ao seu lado! Aos irmãos que possuem amigos que tentaram suicídio ou tem tendências sérias à isso digo: não os desamparem! Continuem orientando-os e buscando auxiliar lhes a encontrar algo que possa lhes salvar de si mesmo.
Por fim Quero desejar que Deus ampare o coração de todos que se suicidaram e encontram-se em dor devido ao ato impensado contra a própria vida, que a luz se faça na vida de cada um e que possam reparar seu erro. Espero que o artigo tenha sido útil, apesar de um pequeno resumo espero que ajude nas discussões e debates referentes ao assunto!
Muita Paz!

Fonte: Site Espiritismo da Alma (Página de conteúdo Espírita cristão com base na doutrina codificada por Kardec)

Fonte: Espiritbook

“O QUE VOCÊ FEZ EM OUTRAS ENCARNAÇÕES PARA MERECER O QUE ESTÁ PASSANDO AGORA????

Tão logo começamos a estudar a Doutrina Espírita, começamos também a interpretar os acontecimentos de nossas vidas do ponto de vista espiritual, principalmente quando nos encontramos diante de dificuldades. Não tardamos a nos perguntar o que fizemos, numa outra encarnação, para merecer aquilo que vemos como uma punição, um castigo. E, muitas vezes, incapazes de adivinharmos o passado, nós julgamos injustiçados.
Não nos lembramos dos momentos passados na erraticidade, isto é, no plano espiritual, antes de reencarnar. Existem, é claro, muitos casos diferentes, pois cada um de nós é um espírito individual, com uma história e uma evolução próprias — mas muito comum é o espírito que, quando desencarnado, dá-se conta do peso de seus erros, compreendendo ter perdido tempo com propósitos desimportantes, e pede uma nova chance de reencarnar na Terra.
Nesta nova chance, suplica o espírito que quer passar por difíceis provas e expiações – doenças dolorosas, dificuldades financeiras, incompreensões — para mais rapidamente “expurgar” seus erros e assim avançar espiritualmente. Porém, Deus, em sua infinita e incansável misericórdia, não pede sacrifícios, que além de não ajudarem, às vezes mais ainda atrapalham a jornada evolutiva do espírito — e embora muitos de nós ainda devam passar por duras provas, mais numerosos são aqueles que têm seus pesares aliviados, através de uma missão.
Esta missão, que tem por objetivo resgatar as dívidas do espírito através do trabalho, não é necessariamente algo grandioso — muitos de nós, quando ouvem a palavra “missão” pensam automaticamente em espíritos altamente evoluídos como Jesus ou Ghandi. Uma missão pode ser simples como trabalhar em favor das crianças sem lar, dos idosos abandonados, ser médium em um centro espírita, entre outros — em suma, uma missão é um trabalho que nos é atribuído de acordo com nossas capacidades e talentos para que possamos ajudar o outro enquanto nos ajudamos a nós mesmos.
Quando encarnados, não nos lembramos de nada disso, mas recebemos a inspiração de espíritos superiores para que compreendamos a tarefa — seja através de mensagens mediúnicas, de sonhos ou de simples pensamentos que nos aparecem como qualquer outro. Não nos lembramos claramente de nossos compromissos, mas somos sempre intuídos, e por isso é importante prestarmos atenção em nossos pensamentos e intuições. Infelizmente, nem todo espírito que reencarna com uma missão termina por cumpri-la — frequentemente nos deixamos envolver por outras preocupações, adiando sempre aquilo que é espiritual, importante para nosso espírito, até que seja tarde demais.
Quando chega a hora do desencarne, nada pode ser feito pelo tempo perdido, e uma reencarnação passada sem avanços espirituais é uma perda imensa, um desserviço que fazemos a nós mesmos.
Como as dores dos que ficaram afetam os espíritos?
Não deixemos que isso aconteça. Ainda que não nos lembremos dos compromissos assumidos, trabalhemos sempre pela nossa transformação interior, perdoando e ajudando sempre. Seguindo os princípios morais do amor pregados por Jesus, temos a certeza de estar fazendo o melhor para nosso próximo e para nós mesmos.
KARDEC RIO PRETO | Fernando Rossit

Fonte: Chico de Minas Xavier

segunda-feira, 1 de janeiro de 2018

PSICOGRAFIA DA JOVEM “VIVIANE”, DE OSÓRIO-RS., DESENCARNADA HÁ 35 ANOS POR “AVC”,

Apegada a matéria, ficou 35 anos procurando seus bens, socorrida nos trabalhos Mediúnicos do Grupo Socorrista Obreiros do Senhor Gerônimo Mendonça Ribeiro.
Que péssima hora pra vir me incomodar, não vê que estou ocupada? Estou na pista de conseguir encontrar as minhas coisas. Tenho muito o que procurar, não tenho tempo pra conversas, não vê você? Percebe que estão me atrapalhando, tudo o que eu tinha, sumiu, ou foi tirado de mim. Mas eu vou encontrar. Onde que eu vou, sem nada? Se me acharem sem nada, vão pensar que eu sou uma ninguém. Levei anos e dois casamentos pra conseguir meu patrimônio, de repente, me vejo aqui, somente com a roupa do corpo. Eu não aceito isso, não aceito.
Quem me furtou, trate de devolver, porque nesse ambiente, em que eu não encontro ninguém, nem reconheço nada, o que será de mim sem dinheiro? Não entende?
Eles falaram que de nada adianta agora os bens que eu possuía, que aqui isso não vale de nada.
Que desespero! Então o que vou fazer? Por favor, me ajude a resolver isso.
Eles falaram que é exatamente isso que estão fazendo, que é pra eu aceitar, que breve irei compreender tudo, falaram que é pra agradecer a Deus, que tudo que preciso me será dado, sem que eu precise ter bens pra isso.
Estou vendo que tem mesmo muitas coisas que eu preciso aprender, porque ainda não entendi. Graças a Deus, muito obrigada a vocês, eu vou entender, preciso aprender a viver, de novo.
Viviane.
Explicação da Médium: “De Osório – RS, com extremo apego material, após desencarne repentino por avc, há 35 anos, deparou-se consigo mesma sem posses, perdeu muito tempo procurando. Socorrida, Graças a Deus”.

Psicografia obtida pelos médiuns do Grupo Socorrista Obreiros do Senhor Gerônimo Mendonça Ribeiro nos trabalhos Mediúnicos da noite de 12/12/2016. 

“O QUE O ESPIRITISMO PODE NOS OFERECER? O QUE O ESPIRITISMO PODE NOS DAR?

Encontrei um amigo querido, num centro espírita onde fui fazer uma palestra. Cumprimentamo-nos alegremente e ele me contou que estava sofrendo muito, e com problemas de saúde, além do seu relacionamento familiar, que estava péssimo.
Disse ele, que logo foi submeter-se ao passe, água fluida e ouvir palestras. Tomou a iniciativa de comprar os livros de Allan Kardec, Leon Denis Chico Xavier, Divaldo Pereira Franco e outros autores, e passou mais de um ano lendo e fazendo o tratamento.
De repente, disse ele, percebi que estava atrás de um prato de lentilhas, quando o Espiritismo me oferecia muito mais, oferecia a minha progenitura. Percebi então que estava pedindo ao Espiritismo coisas como, saúde, bem-estar, equilíbrio...
E ele me oferecia a verdade que liberta, a certeza da imortalidade, o conhecimento da reencarnação, da mediunidade, da lei de causa e efeito, do progresso, a transformação do meu mundo interior, para que depois eu pudesse atuar no mundo exterior.
Entre outras coisas compreendi que sou o construtor do meu destino. Que Deus me criou com todas as potencialidades das perfeições, e me criou da luz das estrelas.
Aprendi que posso alcançar tudo que eu quiser, porque Deus mora dentro do meu coração.
Abracei meu amigo carinhosamente, pois ele percebeu em pouco tempo, aquilo que muitos não percebem, mesmo após anos de frequência em centros espíritas.
Não peçam ao Espiritismo aquilo que ele não pode dar, e não terão decepções. Entretanto é bom saber aquilo que o Espiritismo não pode nos dar.
Com certeza ele não dará riquezas materiais, nem meios de enriquecer sem fazer força. Ele não fará revelações bombásticas, nem facilitará descobertas e invenções.
Em resumo, o Espiritismo se ocupa das coisas do Espírito. Parece pouco? Mas não é. Allan Kardec escreveu, já em 1861, que o Espiritismo tem duas forças preponderantes. A primeira, é que torna felizes os que o conhece, compreende e pratica.
Com certeza está aí uma grande força realmente, pois existe muita gente infeliz, que ao conhecer o Espiritismo, muda suas vidas e melhoram o seu caráter. A compreensão dos aspectos espirituais da vida tranquiliza as pessoas, porque mostra que não precisamos de muita coisa para viver.
A Segunda razão lógica do Espiritismo, é que a Doutrina não repousa numa única cabeça. Embora seja habitual afirmar que ela é dos espíritos, na verdade, é a conjugação dos esforços dos homens e dos espíritos, principalmente de Allan Kardec.
O próprio Kardec disse: O espiritismo não repousa na cabeça de um único homem que possa ser derrubado. Os espíritos estão por toda parte e podem se comunicar onde quiserem, pois não existe um só lugar, uma só família que não tenha um médium em seu seio.
Uma prova dessa versatilidade é que o Espiritismo feneceu na França e firmou-se no Brasil, enraizando-se de forma extraordinária. Hoje somos o país mais espírita do mundo, e pouco a pouco o Espiritismo vencerá todas as barreiras.
Prossegue Kardec: Porque enfim o Espiritismo é uma ideia e não há barreiras impenetráveis à idéias, nem bastante altas para que estas não as transponham. A Doutrina Espírita tem a vocação de expandir-se.
Foi por isso que Allan Kardec afirmou que o Espiritismo amplia os horizontes da humanidade. E como amplia! Ser espírita é trazer o coração leve, e a certeza da imortalidade, das finalidades superiores da vida. Se você é espírita, ame-o com muito carinho, e valorize-o.
Amílcar Del Chiaro Filho
Fonte: Portal do Espírito



domingo, 31 de dezembro de 2017

“EXISTE MEDIUNIDADE INFANTIL?

Reproduzimos a seguir matéria da revista Isto é, que aborda a temática da mediunidade ainda na infância. A página Chico de Minas Xavier orienta que os pais busquem auxilio na casa espírita de confiança e não esqueça de convidar o jovem a participar do Evangelho no Lar.
ISTOÉ | Joédson Alves
Diana embalava o filho em frente a uma parede repleta de fotos na casa de sua mãe, em Brasília. Uma delas, envelhecida pelo tempo, chamou a atenção do pequeno Roberto, então com pouco mais de um ano. O garoto apontou a jovem que aparecia no retrato: “Vovó. ” A mãe achou estranho. “Sim, esta era a minha avó, sua bisa”, explicou. E perguntou como ele adivinhara, já que ninguém havia mostrado aquela imagem ao menino. Roberto apenas tocou o colo da moça no retrato. “Dodói”, disse. Na foto, nenhum machucado aparente. O assombro tomou conta da sala quando Liana se recordou que a avó, já idosa, faleceu em decorrência de um câncer de mama. “Meu filho sabia daquilo sem que ninguém tivesse lhe contado”, resume o pai, Ricardo Movits. Ninguém deste mundo, é bom ressaltar.
Antes de tachar a história do menino Roberto de mentira, fantasia ou maluquice, vale lembrar que Chico Xavier, o maior médium brasileiro, teve sua primeira experiência mediúnica aos cinco anos, quando sua mãe faleceu e, em espírito, passou a visitá-lo. Roberto, hoje com quatro anos, também diz receber a visita de parentes falecidos. E de modo assíduo. Contou que a avó frequenta sua casa para lhe ensinar coisas sobre a vida e a morte. “Ela disse que as pessoas que morrem viram anjinhos e depois voltam a ser bebês”, afirma. Em outra ocasião, Roberto surpreendeu o pai ao comentar que o avô havia morrido porque fumava demais. “Entrou muita fumaça no peito dele”, completou. Essas supostas habilidades do menino poderiam ser explicadas por meio da mediunidade. Estudada por religiosos, psiquiatras e até neurologistas, a mediunidade é a capacidade de ver e ouvir espíritos ou realizar fenômenos paranormais – como incorporação e clarividência – por intermédio de agentes externos. Ou seja, de entidades espirituais que utilizam o corpo do médium como veículo para se manifestar.
Relatos desse tipo são cada vez mais comuns. Mesmo nos consultórios. A psicologia e a medicina, no entanto, buscam outras formas de justificar esses fenômenos. Se a criança parece possuída por uma entidade sobrenatural, por exemplo, é feito diagnóstico de transtorno de personalidade ou estado de transe e possessão, cujo tratamento alia psicoterapia e medicamentos. A comunicação com amigos invisíveis aos olhos dos pais costuma ser encarada como mera fantasia. “Há momentos em que a ilusão predomina e a criança transforma em real o que é apenas o seu desejo inconsciente”, considera a psicanalista Ana Maria Sigal, coordenadora do grupo de trabalho em psicanálise com crianças do Instituto Sedes Sapientiae. “Ao brincar com um amigo imaginário, ela nega a solidão e cria um espaço no qual é dona e senhora. Já falar com parentes falecidos é uma forma de negar uma realidade dolorosa e se sentir onipotente, capaz de reverter a morte”, acrescenta Ana Maria.
A interpretação é a mesma da maioria dos pediatras. Presidente do Instituto da Família, que estuda as relações familiares, o médico Leonardo Posternak afirma que esse tipo de fantasia permite à garotada chamar atenção. Segundo ele, as crianças percebem se os pais demonstram admiração por seu suposto dom. Ou se aproveitam do carinho especial recebido quando os pais desconfiam que o filho tem algum distúrbio psíquico. Mas e quando surgem fatos capazes de assombrar os mais céticos, como o pequeno subitamente falar outra língua? “É importante que sejamos humildes para admitir que muita coisa ainda escapa à medicina cartesiana. Em vez de dizer aos pais que o filho não tem nada ou que os sintomas vão passar, seria mais honesto dizer que a medicina vigente não é capaz de diagnosticar o que se passa com ele”, afirma Posternak. O presidente da Associação Brasileira de Neurologia e Pediatria Infantil, César de Moraes, lembra que o estado de transe e possessão, embora citado no Código Internacional de Doenças, ainda não foi esclarecido. “Pode resultar de alguma desordem física ou mental ou, de fato, ser obra do sobrenatural”, sugere.
No vácuo deixado pela medicina, avançam cada vez mais as explicações alternativas que conciliam ciência e transcendência. Se uma criança descreve e dá nome a um amigo imaginário e a família descobre, ao investigar, que a descrição corresponde à de uma pessoa de verdade, que habitou a casa no passado, a linha entre ficção e realidade desaparece. É o que assegura Reginaldo Hiraoka, coordenador do curso de parapsicologia das Faculdades Integradas “Espírita”, a única do gênero no Brasil, em Curitiba. “O mesmo ocorre quando crianças afirmam se lembrar de vidas passadas e citam episódios verídicos sem jamais terem ouvido algo a respeito”, acrescenta. Para estudiosos da parapsicologia, há uma alta frequência de relatos sobrenaturais na infância devido ao fato de a mediunidade, inata a todas as pessoas, ainda não ter sido reprimida nessa fase. “Crianças com menos de sete anos não veem nada de anormal nessas experiências”, afirma a psicóloga infantil Athena A. Drewes, consultora da Parapsychology Foundation, com sede em Nova York. “Elas as aceitam até que outras pessoas comecem a reagir negativamente a seus relatos. O bloqueio ocorre ao entrarem na escola e descobrirem que nem todos vivem as mesmas experiências. ”
Mas nem sempre a convivência com o sobrenatural é tranquila. Às vezes, os amiguinhos imaginários são substituídos por monstros que atrapalham o sono dos pequenos e os tornam arredios, agressivos ou profundamente tímidos. Como no filme Sexto sentido, de Night Shyamalan, crianças se dizem assombradas por imagens de espíritos que vagam com ferimentos ou fraturas expostas, exatamente como estavam quando morreram. Segundo a doutrina espírita, isso acontece quando os espíritos desencarnados não conseguem se desprender do plano físico, seja por não terem se dado conta da morte, seja por não a aceitarem. Também é possível que um espírito persiga uma criança por ter sido ligado a ela em uma vida pregressa. “Imagine se seu bebê foi uma pessoa má na encarnação anterior e prejudicou alguém que, agora, se sente no direito de atrapalhar seu caminho”, cogita a autora do livro Mediunidade em crianças, Agnes Henriques Leal. Conforme a tese espírita, é possível que esse filho sofra horrores com a influência de seres assustadores.
Nessas horas, de acordo com o espiritismo, a criança deve ser encaminhada a tratamento com passes para dispersar energias negativas. Os espíritas podem ainda trazer a entidade a uma reunião no centro – por intermédio de um médium – para tentar demovê-la da perseguição. Leituras diárias do Evangelho também ajudariam. “Se os pais não participarem do processo de cura, nada será atingido. Para tanto, deverão conhecer a doutrina e se dispor a estabelecer, no lar, um clima vibratório de harmonia e paz”, ensina o médium paraense Nazareno Tourinho, autor de Experiências mediúnicas com crianças e adolescentes. Ele ressalta, no entanto, que nenhum auxílio científico deve ser desprezado. “Primeiro, deve-se procurar um profissional de saúde. Se o resultado não for satisfatório, resta buscar ajuda de espíritas competentes”, orienta.
Outra opção é consultar um especialista que seja ao mesmo tempo médico e religioso. Há muitos psiquiatras adeptos do espiritismo que atendem crianças e adultos atormentados por fenômenos inexplicáveis. Um deles é Sérgio Felipe de Oliveira, diretor da Associação Médico-Espírita de São Paulo e autor da tese de que a mediunidade nada mais é do que uma atividade sensorial – como a visão e o olfato – capaz de captar estímulos do mundo extra físico. O órgão responsável pela mediunidade, diz Oliveira, é a glândula pineal, localizada no cérebro, que controla também o ritmo de crescimento e, na adolescência, avisa a hora de dar início à liberação dos hormônios sexuais. Descrita por Descartes como a sede da alma em 1641, a pineal tem sido pesquisada há séculos, e, desde a década de 1980, é comprovada sua capacidade de converter ondas eletromagnéticas em estímulos neuroquímicos. Para confirmar sua tese, Oliveira realizou diversos exames neurológicos (como tomografia e eletroencefalograma) em pacientes em transe. “Verificamos a atividade na pineal durante esses momentos. Ela é uma espécie de antena que capta estímulos da alma de outras pessoas, vivas ou mortas, como se fosse um olho sensível à energia eletromagnética”, diz.
Mesmo que não veja ou ouça espíritos desencarnados, é a mediunidade que faz com que uma criança seja capaz de sentir se um ambiente está carregado e a faz chorar quando um estranho com energias ruins a pega no colo. Em sua clínica, Oliveira não descarta o uso de medicamentos, mas não tem dúvida dos benefícios da atividade espiritual, prescrita por ele como terapia complementar. Oliveira diz que, antes de se afirmar que uma criança está sob influência de um espírito, é preciso descartar as hipóteses de fantasia e de distúrbios psíquicos. A primeira etapa é entrevistar o paciente em busca de elementos que não poderiam ser ditos por ele. “É difícil diagnosticar como fantasiosa uma criança de três anos que se põe a analisar quadros de Botticelli ou a conversar em francês sem nunca ter estudado o idioma”, exemplifica. Finalmente, exames neurológicos são feitos para se verificar se a atividade no cérebro é equivalente à registrada em convulsões ou surtos de epilepsia. Normalmente, a reação é outra.
Médicos adeptos do espiritismo afirmam que a infância é o período em que a ação da glândula pineal está no auge, embora a criança não tenha o arcabouço intelectual necessário para interpretar os estímulos de forma consciente. Com o desenvolvimento completo do cérebro, a mediunidade seria sublimada na maioria das pessoas. Ou voltaria ainda mais forte naqueles que aprenderam a exercitá-la. No Livro dos médiuns, Allan Kardec, codificador da doutrina, avisa que a mediunidade não deve ser estimulada em crianças, o que pode ser perigoso, já que os organismos delicados das crianças sofreriam grandes abalos. “É de se desejar que uma criança dotada de faculdade mediúnica não a exercite, senão sob a vigilância de pessoas experientes”, escreveu. Por esse motivo, em geral os pais são orientados a não incentivar os filhos a exercê-la. “Muitas crianças sentem dor porque o corpo não está preparado para receber esse impacto”, diz a psicóloga Inês Ignácio, do Centro Espírita Francisco de Assis, no Rio de Janeiro.
Em outras religiões espiritualistas, como candomblé e umbanda, a presença de crianças nos rituais costuma ser permitida. Muitos templos oferecem acompanhamento adulto para a iniciação. “É preciso frequentar o centro como se fosse uma escola”, alerta Aguinaldo Cravo, adepto do candomblé e babalorixá na Casa de Caridade Cabana de Oxossi, no Rio de Janeiro. Crianças também exercem sua religiosidade nas giras de umbanda do Templo Cacique Pai Pena Branca, em São Paulo. “Algumas já têm um canal de vidência elevado, enquanto outras só vêem vultos e precisam desenvolver seu dom”, diz a ialorixá Mãe Norma de Iansã, que oferece aos domingos um curso de mediunidade aberto às novas gerações. Delas surgirá, quem sabe, um novo Chico Xavier.
Fonte: Chico de Minas Xavier


𝗖𝗢𝗠𝗢 𝗢𝗦 𝗥𝗘𝗟𝗔𝗖𝗜𝗢𝗡𝗔𝗠𝗘𝗡𝗧𝗢𝗦 𝗙𝗜𝗖𝗔𝗠 𝗔𝗧𝗥𝗘𝗟𝗔𝗗𝗢𝗦 𝗡𝗔𝗦 𝗥𝗘𝗘𝗡𝗖𝗔𝗥𝗡𝗔𝗖̧𝗢̃𝗘𝗦.

Os ajustes dos relacionamentos problemáticos de outras existências. Pelas reencarnações os espíritos têm a oportunidade de reestabelecer os ...