Quem é que nunca fez nada de errado?
Naturalmente, todos nós, algumas vezes na vida, cometemos
erros, seja intencionalmente ou não.
O erro faz parte do aprendizado.
Por trás de todo erro está a ignorância, o orgulho, ou o
egoísmo.
O ignorante erra por desconhecer, o orgulhoso por se julgar
mais importante do que as demais pessoas e o egoísta por pensar somente em si.
O que caracteriza o erro não são os padrões sociais ou as
diretrizes éticas estabelecidas, mas sim suas conseqüências sobre o indivíduo e
a sociedade.
O que torna algum gesto desacertado são os seus efeitos
malignos.
Erramos quando nossos atos ferem alguém. Quando invadimos o
direito à felicidade do próximo. Quando destruímos, ao invés de construir.
Numa palavra, erramos sempre que geramos sofrimento para os
outros ou para nós mesmos.
Por estar vinculado ao sofrimento, vemos que o erro não é um
bom negócio.
Entretanto, se formos sábios, saberemos tirar frutos dele.
De uma forma muito especial, Deus sempre cuida para que, dos
nossos equívocos, tiremos algo de bom.
Isto acontece por meio da Lei de Causa e Efeito, que faz com
que todo o bem, como todo o mal realizado retorne ao seu realizador.
No campo dos sofrimentos isto se chama expiação.
Mas para tornar o processo menos penoso, podemos recorrer ao
arrependimento e à reparação.
Arrepender-se é, portanto, o primeiro passo na correção de
um desatino.
Existem pessoas que só se arrependem dos seus erros quando
estão colhendo as conseqüências.
Quanto mais demoramos a nos arrepender, mais sofremos.
O arrependimento deve provocar um desejo de reparação, que
consiste em fazer o bem a quem se havia feito mal.
Mas nem todas as faltas implicam em prejuízos diretos e
efetivos.
Quer dizer, nem sempre teremos de expiar, ou sofrer.
Nesses casos, a reparação se opera fazendo-se o que deveria
e foi negligenciado. Cumprindo deveres desprezados, missões não preenchidas.
Quem tem sido orgulhoso, buscará tornar-se humilde. O rude
procurará ser amável. O ocioso passará a ser útil e o egoísta, caridoso.
Costuma-se dizer que errar é humano.
Nós poderíamos inverter o raciocínio dizendo que corrigir
erros é que é humano, pois o homem não pode desprezar a sua fantástica
capacidade de racionalização ao persistir em atitudes que somente o
infelicitam.
Reconhece-se, então, o homem de bem pela capacidade com que
ele substitui seus defeitos por virtudes superiores.
Os efeitos dos nossos atos se estendem, muitas vezes, para
além da existência atual.
Isso explica os sofrimentos atuais, cujas causas não se
encontram no presente.
Várias vezes estamos recebendo hoje os efeitos de nossos
atos de vidas passadas.
Nenhum Espírito atinge a perfeição, sem antes reparar os
erros do seu caminho evolutivo.
Por isso, hoje é o dia de fazer o melhor!
Redação do Momento Espírita
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