Quando ainda
se encontra na condição de inquilino temporário das colônias espirituais, o
Espírito se arrepende da falhas cometidas e, com o coração transbordando de
boas intenções, solicita nova oportunidade reencarnatória na qual propõe, por desejo legítimo, se
recompor com desafetos do passado, reparar o mal praticado anteriormente,
retomar o bem negligenciado no passado, ser bom, caridoso, paciente e
compreensivo.
Neste breve
espaço de tempo, entre uma existência e outra, em que Espírito se encontra em estágio nas colônias
de recuperação, sente-se fortalecido, porque as vibrações que envolvem a
atmosfera dessas paragens espirituais são de amor, de equilíbrio, de bondade e
compreensão. Nessas condições, o
espírito é o Juiz de si mesmo, porque é a própria consciência que identifica
onde falhou, os erros cometidos, o bem que negligenciou e as oportunidades que
desperdiçou.
Envergonhado,
solicita a benção de mais uma experiência reencarnatória, e seu pedido será
analisado cuidadosamente, planejado com muito critério para que o espírito
reencarnante seja alertado para não assumir compromissos superiores às sua
próprias forças. Assim funciona a misericórdia divina, pois o espírito infrator
pode resgatar seu passado delituoso de forma suave, de acordo com as
possibilidades de cada um.
Os
instrutores encarregados do planejamento reencarnatório analisam cada petição
e, juntamente com os mentores responsáveis, ponderam sobre a missão que cada um
pode assumir, o que, via de regra, reduz drasticamente as pretensões das
reencarnações . Porém, quando desperta na matéria, a maioria de nós tem
dificuldade para cumprir o mínimo do que prometemos no plano espiritual.
As vibrações
são heterogêneas e antagônicas, e, todos os dias, o espírito reencarnado é
submetido a provas e tentações constantes. O benfazejo esquecimento do passado
permite que possa retomar suas lições do zero e recomeçar, mas, em sua
consciência, está gravado o sentimento do compromisso assumido e do dever a
cumprir.
Contudo, na
matéria, tudo é muito difícil, porque a maioria dos espíritos ainda não
Conseguiram
se desprender as mazelas milenares que ainda se encontram arraigadas em nossos
instintos adormecidos e, dessa forma, o comodismo e a indolência, a porta larga
da vida, nos leva mais uma vez a negligenciar os compromissos assumidos na
espiritualidade.
É muito
triste verificar que existem muitos espíritos que só acordam após a visita da
dor ; que
muitos de nós ainda esperem pela dor, quando muitos sofrimentos e dissabores
poderiam ser evitados se nos dispuséssemos à pratica do amor, do perdão e da
caridade.
Os amigos
protetores no inspiram sobre a necessidade do bem, mas, na maioria das vezes,
fazemos ouvidos surdos; insuflam-nos idéias felizes, mas simplesmente as
dispersamos e, assim, diante das tentações da matéria, adiamos mais e mais até
que chega o momento em que recebemos a visita da dor; nos resgates coletivos,
nos acontecimentos dolorosos da perda de um ente querido na fatalidade de um
trágico acidente, na doença incurável, para que, em espírito, possamos
despertar para a realidade da vida, da evolução espiritual, que é o destino de
todos nós, seja pelo amor ou pela dor.
Mensagem
tirada do Livro: “O SÉTIMO SELO.”
Médium:”ANTONIO
DEMARCHI”. Pelo Espírito:”IRMÃO
VIRGILIO”.
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