“A mais
agradável, a mais desejada sensação do ser humano dentro de todas as suas
emoções é a felicidade. Eu diria que nosso destino é praticar e gerar
felicidade para as pessoas.” A afirmação é do psiquiatra Ururahy Barroso,
idealizador e fundador da Academia da Felicidade, em Rio Preto.
Afelicidade é considerada por
especialistas como a grande missão daqueles que habitam a Terra. Estudos
realizados pela psicóloga Sonja Lyubomirsky, da Universidade da Califórnia, comprovam
que é a felicidade que traz o sucesso - e não o contrário, como se pensava.
Antigamente, acreditava-se que as nossas conquistas, esforços e realizações
eram o que nos faziam felizes. Mas de acordo com Sonja, é a felicidade que
determina as nossas conquistas.
Segundo ela,
pessoas felizes têm mais garra na busca pelos seus objetivos e mais disposição
para adquirir os meios para conquistá-los. Sonja defende que a felicidade gera
confiança, otimismo, energia e sociabilidade. Além disso, a psicóloga afirma
que pessoas felizes são mais preparadas para enfrentar situações difíceis,
tendem a ter relacionamentos mais longos, casamentos melhores, são mais
saudáveis e vivem mais. Barroso, que também é dirigente espiritual, ensina que
praticar a felicidade é fazer de cada momento uma oportunidade para vivenciar a
felicidade. “Devemos acordar, a cada dia, não para trabalhar, mas para praticar
a felicidade através de várias atividades, entre elas o trabalho”, observa.
O promotor
de Justiça e dirigente espiritual Marcos Antonio Lelis Moreira, de Rio Preto,
diz que para ser feliz e gerar felicidade é preciso compreender que a
distribuição de felicidade nasce da prática da regra áurea divulgada por Jesus:
faça aos outros o que gostaria que os outros vos fizesse. “Se agirmos desta
forma, estaremos fazendo o nosso próximo feliz, independentemente da sua
afinidade conosco, se familiares, amigos verdadeiros, colegas de trabalho ou
mesmo estranhos”, diz. Lelis ainda destaca a importância das pessoas aprenderem
que felicidade é um estado d’alma e não uma conquista transitória de coisas,
pessoas ou posições sociais. “Todos renascemos com a possibilidade da conquista
da felicidade relativa, própria deste nosso plano terreno, e é preciso
trabalhar para merecê-la, vencendo o nosso egoísmo e o orgulho. Não há,
portanto, privilégios.
A felicidade
é conseqüência de aprimoramento espiritual de cada um de nós. Exige esforço
contínuo”, explica. Para Lelis, a felicidade pode ser considerada como missão
do processo evolutivo na Terra, já que o objetivo desta vivência é alcançar a
perfeição. “Ensina-nos Jesus: sede perfeitos como o Pai Celestial é perfeito.
Devemos, portanto, atentar para esta necessidade. Buscarmos o autoconhecimento
e iniciarmos a aquisição de valores culturais, morais e espirituais. Este é o
caminho que nos dará a perfeição, a plenitude, quando adquiriremos a real
felicidade e faremos outros que convivem conosco felizes”, diz.
Corrente de
felicidade:
Para o
idealizador da Academia da Felicidade, a partir do momento em que a pessoa
aprende que é dona da própria felicidade, passa a ser fonte geradora de
felicidade para os outros. “Quando a pessoa está em busca da felicidade plena,
também alcançada pela combinação de realização nos campos da espiritualidade,
afetividade, sexualidade, profissional e outras instâncias da existência,
naturalmente, alcança as demais pessoas, criando uma corrente de felicidade”,
diz.
A teoria de
Barroso é confirmada em estudo divulgado há um ano pela revista acadêmica
British Medical Journal, realizado pelos americanos James Fowler, professor de
ciência política da Universidade da Califórnia, e Nicholas Christakis,
professor de sociologia da Universidade de Harvard. O estudo mostra que a
felicidade é contagiosa, já que uma pessoa tem 15% mais chance de se sentir
feliz se estiver em conexão direta com alguém feliz. A teoria
poderá ser conferida no livro “The Surprising Power of Our Social Networks and
How They Shape Our Lives”, lançado pela Editora Campus.
Energia:
O
pesquisador espiritualista, projetor extra físico e autor Wagner Borges, de São
Paulo, diz que a felicidade é fundamental para a nossa energia, especialmente
após a morte. “Nossas energias se apresentam como uma espécie de atmosfera
psíquica multicolorida, uma aura que se irradia em torno de nossos corpos e
reflete justamente o clima do que pensamos, sentimos e fazemos na vida. Logo, a
média de nossas energias revela o que somos realmente, e não aquilo que muitas
vezes queremos aparentar”, explica. De acordo com Borges, a energia de quem
está de bem com a vida e com a auto-estima elevada é brilhante e cheia de viço.
“E o contrário também é real: se a pessoa não está bem com ela mesma e nem com
a vida, suas energias se mostrarão confusas e opacas, sem vitalidade”, diz.
Borges explica
que o corpo espiritual reflete a energia e a maneira de ser da pessoa, ou seja,
o espírito sempre apresenta a energia correspondente ao nível psíquico do que
ela pensa e sente. Além disso, a pessoa feliz está sempre com pensamentos
positivos, focados na atitude de amor pela existência. A felicidade - que
reflete a auto estima e a forma como a pessoa manifesta na vida - possibilita
maior integração com espíritos elevados. “Uma pessoa feliz apresenta uma aura
irradiante, e isso naturalmente a protege de seres astrais negativos, que não
suportam vibrações elevadas e se afastam por eles mesmos”, garante Borges.
Lelis
destaca ainda o poder do pensamento. “Ele é o reflexo de nossa alma e a
expansão do nosso ser. É energia pura e através dele nós nos relacionamos
(encarnados e desencarnados) refletindo a nossa sintonia”, diz. “Pensamentos
felizes e nobres nos ligam aos seres espirituais superiores. Assim devemos
cultuar as idéias dignas, com boas leituras e estudos permanentes, para
alcançar o nosso aperfeiçoamento e, ainda, planejar conquistas espirituais,
buscando concretizá-las, conscientes que não estaremos sozinhos nesta
empreitada, porque entidades espirituais superiores estão solidárias e nos
auxiliarão nestas conquistas”, afirma o promotor.
Por :Rita Fernandjes
Reportagem
publicada na Revista Bem Estar em
São José do
Rio Preto, 4 de outubro de 2009
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