A fim de que
possamos melhor avaliar a posição de inferioridade a que se aferram os
espíritos que habitam as regiões umbralinas, é preciso entender que o ser
humano é o somatório de seus atos, pensamentos e sentimentos.
Na estrutura
de suas vibrações pessoais, está definido o padrão de sua personalidade, como a
impressão digital magnética inconfundível, que atesta o nível de elevação, de
compromisso como o espelho fiel do seu caráter geral.
Dessa
maneira, uma vez perdido o envoltório carnal, os espíritos, que até a morte
física estavam levando a sua vida de acordo com seus hábitos, seus costumes e
com aquilo que se costuma chamar de “imposição do meio social”, despertam no
lado espiritual ostentando em si próprio o padrão luminoso ou escuro de todos
os seus comportamentos, sem poder evitar que, no caso da ausência de luz
pessoal, isso tenha sido produzido pela sua adesão ao tipo comum da conduta da
maioria das pessoas.
Ser normal
como a maioria das pessoas, fazer o que todo mundo faz, andar pelos mesmos
caminhos e se desculpar, nos erros cometidos, alegando que nada mais fez do que
seguir o grande rebanho dos inconsequentes, não servirá a ninguém como escusa
ou argumento capaz de melhorar a sua posição vibratória.
Na realidade
do mundo espiritual, a questão da essência é fundamental. Seremos,
efetivamente, aquilo que fizemos de nós próprios, ainda que o tenhamos feito
tão somente para agradar aos outros ou para não destoarmos da maioria. Esteja
certo que a maioria das pessoas também estará mal como aqueles indivíduos que
imitou e se manteve sem melhoras significativas.
Deste modo,
surpreendido no plano do espírito, a maioria dos indivíduos se sente fustigada
por essa aparente contradição, alegando de maneira infantil que conduziu sua
existência por um caminho que lhe parecia justo e correto. Muitos costumam
dizer: Eu não fiz mal a ninguém; nunca prejudiquei o meu semelhante, nunca
tirei o que não me pertencia. Então, como é que vim parar aqui? Onde está o paraíso.
E, quando
lhes é perguntado acerca do Bem que espalharam, se perdoaram os que os
prejudicaram ou se dividiram o que lhes pertencia com os que nada possuíam, as
respostas desaparecem e o desejo de encontrar o paraíso murcha diante da
realidade da omissão, do egoísmo, da indiferença para com os que eram seus
semelhantes.
Por isso,
quando o espírito recém-chegado da Terra se conscientiza de que não será capaz
de esconder coisa nenhuma de suas intenções mais vis, de seus pensamentos maus ocultos e de seus
atos mais inferiores- coisa que todo mundo está acostumado a fazer num mundo
físico que admite todo tipo de máscaras e disfarces,- se vê desnudado na sua
maneira verdadeira de ser e, por mais que suas palavras digam o contrário- já
que continuará tentando fantasiar a verdade com tênue véu da fantasia- seu perispírito, como espelho de sua alma,
denunciará a sua realidade à vista de todas as pessoas.
Será como o
bêbedo falando que não bebeu, mas sendo denunciado pelo próprio hálito.
Isso é o que
espera pela maioria dos indiferentes, dos que se consideram razoáveis
Indivíduos,
que muitas vezes se têm até mesmo na conta dos que são eleitos de Deus.
Quando, no
entanto, sobre a consciência do espírito pesam atos nocivos, erros clamorosos,
deliberadamente cometidos sob a condescendência de um caráter ao mesmo tempo
cruel e fraco, os efeitos de tais ações se cristalizam na estrutura sutil de
seu envoltório energético e o deformam, desestruturando a sua harmonia pelo
exercício de sentimentos contrários à lei de Amor que rege o Universo.
JOSÉ LUIZ
RUIZ. Pelo Espírito: “LUCIUS”.
Da obra: “ A
Força da Bondade.”
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