“Os verdadeiros
caminhos que o Espiritismo abre são os do conhecimento espiritual, ensejando a
reforma íntima e o progresso”.
Assunto bastante discutido e estudado nos dias atuais. Seu
significado é simples e de fácil assimilação, pois significa voltar à carne,
tornar a nascer. Equivale a renascimento. Usa-se outro termo: palingenesia (ou
palingênese) que etimologicamente provém do grego: palin=de novo, e
gignomai=gerar, isto é, novo nascimento. Esta é uma das mais usadas definições,
pois não traz complicações para o entendimento por pessoas simples, e por
pessoas de grande padrão intelectual.
Na questão 166 do Livro dos espíritos, Kardec faz a seguinte
indagação aos Espíritos: A alma que não atingiu a perfeição durante a vida
corpórea, como acaba de depurar-se? E os Espíritos respondem: Submetendo-se à
prova de uma nova existência. No mesmo questionamento letra A, vem à indagação:
Como ela realiza nova existência ? Pela sua transformação como Espírito? Ao se
depurar, a alma sofre sem dúvida uma transformação, mas para isso necessita da
prova da vida corpórea. No item B: A alma tem muitas existências corpóreas?
Sim, todos nós temos muitas existências. Os que dizem o contrário querem
manter-vos na ignorância em que eles mesmos se encontram; esse é o seu desejo.
No item C, parece resultar, desse principio, que após ter deixado o corpo à
alma toma outro. Dito de outra maneira, que ela se reencarna em novo corpo. É
assim que se deve entender? É evidente. Já no questionamento 167. Vem a
seguinte indagação: Qual a finalidade da reencarnação? Expiação, melhoramento
progressivo da Humanidade. Sem isso, onde estaria a justiça?
Nas questões 168, 169, 170, 171 você poderá ter mais algumas
explicações dadas pelos Espíritos a Kardec quando da Codificação ou elaboração
da primeira obra da Doutrina Espírita.
Algumas pessoas menos esclarecidas perguntam: “A
Reencarnação destroe a família”. Para quem exercita o raciocínio, às vezes a
paciência, questionando acerca da lógica da doutrina reencarnacionista, eis
mais uma interrogação a que nos submetem com freqüência relativa: Se para a
doutrina espírita não existe a morte, já que continuamos a viver sem o envoltório
carnal, fatalmente nos encontraremos após o desencarne com nossos parentes. A
pluralidade de existência tão bem explícita no Livro dos espíritos, Porém
alguém de mente fértil pode auferir certa indagação com o sentido de
menosprezo, ou teste de capacidade aos espiritistas, Considerando a pluralidade
das existências, teremos a esdrúxula situação de nos depararmo-nos no mundo
espiritual com a presença de dezenas de esposas, mães, pais, e centenas de
filhos. Perder-se-ia o sentido da família.
Primeiro temos que chamar a atenção para o fato de que as
ligações a nível reprodutivo são adequadas ao mundo físico onde a máxima
“crescei e multiplicai-vos” depende fundamentalmente da diferenciação de sexos
e do intercâmbio sexual entre as criaturas encarnadas. A conceituação de
família a nível espiritual não se prende ao convencionalismo civil nem tampouco
a reprodução das espécies, mesmo porque os espíritos não baseiam suas afeições
em moldes e necessidades idênticas aos terráqueos. O rótulo de parentesco nada
significa quando não há semelhança energética. Poderíamos ir mais além, mas
temos a afirmar que as ligações familiares não sofrem destruição alguma com a
Reencarnação, como alguns inquisidores possam supor, pelo contrário,
verificaremos que as mesmas tornam-se mais autênticas e duradouras.
No mundo extrafísico, os espíritos constituem famílias
interligadas pelo amor e pela simpatia. Parentes que se estimam, atesta
ligações pretéritas, uma tendência natural de reencarnação no mesmo meio
familiar. Faz muito tempo, que a reencarnação era considerada por uns como um
dogma, por outros como uma forma de crença supersticiosa antiga e sem apoio nos
fatos. Entretanto, a partir da segunda metade do século passado, estudos sérios
têm sido empreendidos, por vários cientistas (estes estudos redundaram em
confirmações plausíveis, que os diga o Doutor Yan Stevenson), visando
investigar até que ponto a reencarnação pode ser comparada ou considerada uma
ilusão ou uma realidade. Os resultados obtidos após rigorosos inquéritos feitos
em milhares de casos que sugerem reencarnação estão dando decisivo apoio à
crença nesta.
Não tardará muito para a reencarnação ser reconhecida como
uma lei biológica, á qual todos os seres vivos se acham submetidos. Podemos
aqui citar o caso do Doutor Bryan Weiss, médico norte-americano que através da
terapia hipnótica em sua paciente de nome Elizabeth, ter se conscientizado que
a reencarnação realmente existe.
Como afirma o nosso Confrade Hernani Guimarães Andrade em
seu livro “Você e a Reencarnação”, além da pesquisa de casos de crianças com
memória reencarnatória, há outras fontes de evidencia que dá apoio á hipótese
da reencarnação. São numerosas as circunstâncias que podem provocar o
despertamento de lembranças completas ou fragmentárias, de episódios vividos em
encarnações passadas (Pág 63).
Enfim é mais fácil e mais conveniente se colocar um Espírito
num corpo já formado através da fecundação, do que pegar o pó e reconstituí-lo
e mesmo assim será um ser sem vida e para ficar durinho, terá que passar pelo
processo de aquecimento a altas temperaturas.
Enfim, a doutrina da reencarnação, isto é, a que consiste em
admitir para o Espírito muitas existências sucessivas; é a única que
corresponde á idéia que formamos da justiça de Deus para com os homens que se
acham em condição moral inferior; a única que pode explicar o futuro e firmarem
as nossas esperanças, pois que nos oferece os meios de resgatarmos os nossos
erros por novas provações. A razão no-la indica e os espíritos a ensinam. Dogma
de, praticamente, de todas as religiões antigas, cada qual com sua versão, a
reencarnação vem a ser elevada a condição de Lei Universal pelo Espiritismo,
como condição sine qua non para a evolução de todos os seres viventes. Trata-se
da doutrina da pluralidade das existências corpóreas, do renascimento, das
muitas vidas corpóreas sucessivas que um espírito necessita para aprender e
aperfeiçoar-se , tanto na terra como em outros planetas habitados do Universo.
Saindo da reencarnação e passando para ressurreição veremos
a brutal diferença entre as duas palavras. Ressurreição vem do latim
(resurrectione), no seio do povo hebreu (também no gregoanastasis) a palavra
correlata designava diversos fenômenos que eram confundidos na mentalidade da
época. O seu significado literal é voltar à vida, assim o ato de devolver uma
pessoa considerada morta era chamada ressurreição; a aparição de um Espírito
também era chamada ressurreição; o mesmo acontecendo com a possibilidade de um
indivíduo nascer de novo pela reencarnação. Existe a conotação escatológica
para esse termo que é a ressurreição dos mortos no dia do juízo, mas também
nisso os teólogos estão enganados.
A tão falada ressurreição dos mortos não é mais do que a
vulgarização da comunicabilidade dos espíritos pela mediunidade, como ocorre
nos dias de hoje, quando os Espíritos se comunicam por todo mundo, e a Doutrina
espírita está para tudo explicar. A palavra ressuscitar é fazer voltar à vida;
ressurgir, quando um médico consegue através de massagens cardíacas ou através
de aparelhos trazer novamente a vida o corpo chama-se na linguagem médica
ressuscitação. Dogma dos Judeus antigos e de algumas correntes cristãs pela
qual , no final dos tempos , os despojos de todos os corpos humanos, já
dispersos e reduzidos a pó, seriam novamente reunidos para a reconstituição
daqueles corpos , e novamente unidos substancialmente às respectivas almas para
o julgamento final de deus.” Ressuscitar e ressurreição” (Jesus) sempre as
empregou, figuradamente, num sentido oculto aos homens e em acepções diversas,
conforme aos lugares, aos casos, às circunstancias ; conforme se tratava de uma
morte aparente, ou de dar um ensino.
Nunca porém, as empregou no sentido que os homens as
atribuíam, de acordo com o estado de suas inteligências, com as suas impressões,
tradições e preconceitos, no da volta ao do Espírito a um cadáver, a uma
podridão, depois de ocorrida à morte real. O caso de Lázaro, Jesus o
ressuscitou, pois Lázaro não estava morto, ele se encontrava num estado de
letargia profundo. A Ressurreição de Jesus, após a morte na cruz, é o
testemunho máximo da perpetuidade da nossa vida no seio da eternidade, pois ele
se despojou do corpo carnal assumindo um corpo sutil, materializado. Jesus
subiu aos céus em Espírito, sua vestimenta carnal ficou na terra em local
secreto ou implodiu como afirmam vários teólogos e exegetas. .
(ANTONIO PAIVA RODRIGUES - OFICIAL SUPERIOR DA POLÍCIA
MILITAR - GESTOR DE EMPRESAS - ESTUDANTE DE JORNALISMO DA FGF - BACHAREL EM
SEGURANÇA PÚBLICA).
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