Vemos
frequentemente nos meios de comunicação notícias de desencarnes causados por:
Acidentes automobilísticos envolvendo pessoas alcoolizadas; Quadros clínicos
ligados ao tabagismo; Quadros clínicos ligados à alimentação exagerada ou
prejudicial; Homicídios impulsionados pelo uso de álcool e motivados pelo
orgulho ferido, mau uso do poder e do dinheiro; Overdose de tóxicos;
Na concepção
de Hammed, espírito de profundo conhecimento psicológico, que escreveu através
do médium Francisco do Espírito Santo Neto os consagrados "Renovando
Atitudes" e "As Dores da Alma", temos:“EM VERDADE,VICIADOS SÃO
TODOS AQUELES QUE SE ENFRAQUECERAM DIANTE DA VIDA E SE REFUGIARAM NA
DEPENDÊNCIA DE PESSOAS OU SUBSTÂNCIAS.”
Continua
Hammed: " O vício pode ser um "erro de cálculo “na procura de paz e
serenidade, porque todos queremos ser felizes e ninguém, conscientemente, busca
de propósito viver com desprazer, aflição e infelicidade.
Nossos
hábitos preferidos se formaram e sedimentaram através dos tempos. O que
funcionou muito bem em situações importantes de nossa vida, mantendo nossa
ansiedade controlada e sob domínio, provavelmente será reproduzido em outras
situações. Por exemplo: se na fase infantil descobrimos que, "quando
chorávamos, logo em seguida mamávamos", essa atitude mental poderá ser
perpetuada através de um habito inconsciente que julgamos irresistível. A
estratégia psíquica passa a ser: "quando tenho um problema, preciso comer
algo para resolvê-lo". O que a princípio foi uma descoberta compensadora e
benéfica, mais tarde pode ser um mecanismo desnecessário, tornando-se um
impulso neurótico e desagradável em nosso dia a dia.
(Aí estão a
raiz de muitos casos de obesidade mórbida e bulimia. Podemos citar também os
adultos agressivos, os "coitadinhos", os pedinchões como pessoas
repetidoras de estratégias infantis para alcançar sues objetivos).
Paralelamente,
encontramos nos dependentes o vício alicerçado no "medo de viver". O
temor das provas e dos perigos naturais da caminhada terrena pode nos levar a
uma suposta fuga psíquica.
Aliviam as
carências, as ansiedades, os desajustes, as tensões psicológicas e reduzem os
impulsos energéticos que produzem as insatisfações e o chamado "mal-estar
interior".
Os
dependentes negam seu medo e se escondem à beira do caminho. Interrompem a
"procura existencial", dificultando, assim, o fluxo do
desenvolvimento espiritual que acontece através da busca do novo. Utilizam-se,
sem perceber, do desânimo que serve de estratégia psicológica para fugirem à
decisão de "arregaçarem as mangas" e enfrentar a parte que lhes cabe
na vida. Adiam sistematicamente seus compromissos, vivem de uma maneira no
presente e dizem que vão viver de outra no futuro sem, no entanto, construir
esse futuro."
O vício é
como uma "bengala" adotada por aqueles que se acham sem condições de
continuarem sua caminhada pelas próprias forças. Funciona como uma compensação
para conviver com suas dores internas. Porém, essa compensação, além de tornar
inerte a solução do problema, acaba por aumentar a dor, quando as consequências
inevitáveis da omissão batem à porta. E, o que é pior, estancam o processo
evolutivo-regenerador oferecido através da nova encarnação - pelo processo de
fuga espetacular da sua realidade que adotaram.
A VISÃO
ESPIRITUAL DOS VÍCIOS:
O
espiritismo nos revela que o vício atinge o corpo espiritual, que é a matriz do
corpo físico. Após o desencarne, advém a crise de abstinência como aconteceria
no plano físico. Os vícios morais naturalmente também acompanham o homem no
além-túmulo.
Esclarece-nos
o Mestre: “Escutai e compreendei bem isto: - Não é o que entra na boca que
macula o homem; o que sai da boca do homem é que o macula. - O que sai da boca
procede do coração e é o que torna impuro o homem; - porquanto do coração é que
partem os maus pensamentos, os assassínios, os adultérios, as fornicações, os
latrocínios, os falsos-testemunhos, as blasfêmias e as maledicências. - Essas
são as coisas que tornam impuro o homem" ( S. Mateus, cap. XV, vv. 1 a
20.). Também observa: O que é nascido da carne é carne e o que é nascido do
Espírito é Espírito. - Não te admires de que eu te haja dito ser preciso que
nasças de novo. (S. JOÃO, cap. III, vv. 1 a 12.)
Por estas
duas passagens, vemos que não é o corpo que torna o homem vicioso, é o espírito
que reencarna com suas tendências, manifestando-as no decorrer da existência, e
permanecendo com elas no modo em que estavam quando desencarnou.
Antes de tudo, poderíamos dividir os vícios em físicos e
morais:
VÍCIOS
FÍSICOS: VÍCIOS MORAIS
• Glutonia •
Orgulho
• Tabagismo
• Egoísmo
• Alcoolismo
• Maledicência
•
Toxicomania • Inveja
• Sexolatria
• Vaidade
• Apego ao
poder
• Ciúme
• Avareza
• Cupidez
• Rancor
• Vingança
•
Agressividade
•
Intolerância
•
Impaciência
• Ociosidade
•
Negligência
Espiritualmente
falando, podemos ver o que nossa alma, destinada pelo Criador para felicidade e
a perfeição, perde nos estados viciosos:
VÍCIO
VIRTUDE
— É um
desforço — É uma conquista
—
Manifestação do primarismo — Manifestação de conquista espiritual
— Fonte de
satisfação externa e finita — Fonte de satisfação interna e permanente
— Desagregam
o perispírito — Geram equilíbrio, luz e leveza ao corpo espiritual
— Geradores
de carmas negativos — Gerador de carmas positivos
— Sintonia
com entidades viciosas / obsessoras — Mente interconectada ao Mais Alto
— Substitui
Deus nos bons e maus momentos — Manifesta o sentimento da divindade existente
no homem - FÉ
André Luiz
passou pelo local aonde a alta densidade espiritual nos posiciona: o umbral.
Cada emoção ou sensação abaixo produz uma massa energética de baixa qualidade
que fica impressa no perispírito, e parte dela é expurgada nos locais de
sombras - os umbrais - onde, enquanto a criatura não altera os pensamentos e
sentimentos, é continuamente convidada a uma revisão íntima pelas vias
evolutivas do sofrimento.
O que fazer?
Todos temos vícios físicos ou espirituais. Todos somos mais ou menos egoístas e
orgulhosos, rancorosos, etc... Esses sentimentos são os entraves para
atingirmos o reino dos céus, interno e externo, prometidos por Jesus.
Parece que,
quanto mais tentamos extirpar nossos defeitos, mais tenazes eles se tornam.
Como muitos deles tem origem no instinto básico de preservação da vida, parece
que reagem para não desaparecerem, auto preservando-se.
Deste modo,
uma saída viável é focar nossos esforços em desenvolver dentro de nós virtudes,
que são o contrário dos vícios. A aquisição de uma virtude acaba por
"dissolver" nossos hábitos negativos, sem que sintamos que eles
esmaecem nesse processo. Combater uma má tendência é difícil, pois nos
concentramos nela, e focar nossa atenção em bons hábitos é a melhor maneira de
deixar os vícios para trás.
Vejamos os
bons hábitos:
Virtude: a
antítese do vício
— Todos os
hábitos que conduzem o homem ao bem;
— Atitudes
positivas que geram bem a sí e ao próximo.
• Humildade
• Modéstia
• Sensatez
•
Companheirismo / renúncia
•
Beneficência
• Perdão
• Brandura
• Paciência
•
Afabilidade / doçura
• Abnegação
•
Responsabilidade
• Fé
• Sabedoria
• Compaixão
Então? Vamos
praticar?
Fonte: Rede
Amigo Espírita.
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