Conta-se que um jovem médico procurou
o notável compositor Mozart e lhe perguntou como deveria proceder para escrever
uma sinfonia.
O grande músico lhe respondeu que ele
era muito jovem para pensar em escrever sinfonias e lhe sugeriu que tentasse
antes escrever baladas.
Indignado com a observação, o rapaz
retrucou: Como pode me dizer que sou jovem, se o senhor escreveu sinfonias com
apenas dez anos!
Realmente, concluiu Mozart, eu as
escrevi com aquela idade, mas não perguntei a ninguém como fazê-lo.
A resposta do alegre músico austríaco
nos conduz a destacar o prodígio que são algumas crianças.
O famoso Rembrandt já era pintor
antes de aprender a ler. Miquelângelo, a quem devemos a maravilha das pinturas
da Capela Sistina, no Vaticano, foi considerado um artista completo, aos oitos
anos, por seu mestre.
O célebre escritor francês Victor
Hugo revelou-se literariamente aos treze anos.
Crianças outras demonstraram bem cedo
sua genialidade, qual seja a de dominar várias línguas, como o alemão, francês,
latim, grego e hebraico; compor, pintar; escrever poemas ou outras peças
literárias.
Os Espíritos nos explicam com clareza
que tais fenômenos de prodígio são devidos ao progresso anterior da alma, a uma
lembrança do passado, entendendo-se como passado as vidas anteriores do
Espírito.
Equivale pois a dizer que nada do que
se aprenda é perdido, em tempo algum.
Plenamente concorde com a Lei do
Progresso, tais fatos nos levam a reflexões em torno dos talentos de que somos
portadores, convidando-nos a atentar para o que possamos ter trazido de vidas
passadas.
Descortina-se a razão pois que
renascemos não somente para resgatar débitos, acertar problemas do ontem mas
também para amadurecer avanços iniciados em outras encarnações.
Aqueles que mais sabem, que trazem
melhores mensagens de vida e maiores experiências, são convidados a trabalhar
em prol da vida mais bela e elevada.
É desta forma que benfeitores da
Humanidade retornam vez ou outra ao cenário da Terra, revestidos de uma
roupagem carnal diferente, para atender seus irmãos.
Quem haja se evidenciado nas artes e
tenha brindado o mundo com produções belíssimas, pode retornar para se dedicar
ao bem do próximo, exercitando a sensibilidade de outra forma.
Quem tenha se esmerado na Ciência,
pode retornar servindo à comunidade em outro campo, totalmente diverso, sem
perder jamais, em momento algum, o que aprendeu, exercitou, lecionou.
Isso também explica a facilidade de
algumas pessoas para determinadas áreas do saber, das artes, da indústria, do
comércio, das relações humanas.
Parafraseando Lavoisier: Nada se
perde... tudo se transforma. E diríamos: para melhor.
O fenômeno do Espírito retornar à
carne, em outro corpo especialmente preparado para ele, se chama reencarnação.
A reencarnação constitui excelente
oportunidade de aperfeiçoamento, concedida por Deus, para o Espírito.
Assim, vale a pena aproveitar cada
minuto da presente existência, fazendo o melhor que estiver ao nosso alcance.
Redação do Momento Espírita.
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