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sábado, 25 de novembro de 2017

“O MARAVILHOSO E INCANSÁVEL TRABALHO DAS CARAVANAS DE LUZ”

Trabalhando com os caravaneiros da luz.

Irmãos amados, confrades das lides espíritas, com os quais caminhei em minha roupagem terrena.
Sinto-me penalizado, com o coração confrangido ao ver o sofrimento imenso de irmãos nossos, recolhidos das Cidades do Astral Inferior.
Irmãos esses, dentre os quais poderíamos facilmente localizar e identificar antigos esposos e esposas, filhos queridos, pais e mães outrora muito amados, irmãos de sangue, companheiros dos folguedos infantis e peripécias da juventude.
Devido aos revezes da vida, deixaram–se arrastar sob a penosa condição de espíritos delinquentes, indo parar nos charcos imundos do astral inferior. Agora, retirados das masmorras do além-túmulo, esses irmãos sobem, conduzidos por “caravaneiros amigos”, que dedicam seu tempo a auxiliar aqueles que sofrem.
As “caravanas” não param de chegar. São nove, dez comboios por vez, e vêm todos repletos de espíritos carentes. A maioria em estado tão lastimável que nos constrange, até mesmo descrevê-lo; afinal, são irmãs e irmãos nossos.
Embora muitos deles já não apresentem a aparência humana, sabemos que são humanos, pela ficha que os acompanha e que relata sua história. A história que os conduziu até aquele momento.
Senhores, a realidade no plano astral é muitas vezes pior do que a realidade que estais a vivenciar no plano físico, pois aqui, nascem os desequilíbrios e as perturbações, que avançam sobre o mundo material.
No astral da Terra, encontram-se as raízes do mal que acomete a humanidade e se assim compreenderdes, fica fácil concluir o quanto se faz necessário medicar os homens localizados nas esferas invisíveis da vida.
Penosamente, sensibilizado com a realidade dos doentes egressos das Cidades no Astral Inferior, solicitei autorização para descer junto a um Grupo de Combate e embora não seja minha especialidade empunhar espadas e combater, creio que, com a ajuda de Deus, poderei ser útil levando minhas mãos ao encontro dos caídos e dos feridos.
Também posso, com minhas mãos, romper cadeados, abrir as celas e amparar os desvalidos, colaborando assim com a limpeza geral que está sendo realizada.
Segundo o parecer dos Irmãos Superiores, meu desencarne recente, pode ser fator de confrangimento maior, porque as recordações e impressões vividas na matéria ainda se encontram frescas.
Precisamente por essa razão, creio que poderei auxiliar ainda mais e amorosamente aqueles que lá estiverem. Solicitação atendida, mergulho com os Guerreiros da luz, pelo mundo negro dos abismos do astral inferior e lá farei de meus olhos, vossos olhos.
Que em nossa visão possamos elevar-nos ao Altar do Senhor, gratos pela vida e prontos a servir, onde e como Ele queira.
No dia combinado, apresentei-me ao Irmão Ranieri e dizendo-lhe das minhas intenções de servir e meu despreparo como “guerreiro”, entreguei-me como “enfermeiro de almas” ou se assim ele o considerar mais apropriado, “faxineiro do astral”.
Ranieri, irmão marcado pela determinação do pensamento e ação, recebeu-me amavelmente informando-me que Emmanuel, com ele se comunicara dizendo-lhe de minhas intenções e preparando-o para receber-me.
Feliz encontro, o de almas amigas que se reúnem para servir com Jesus!
No dia combinado, alojei-me num dos carros, não sem antes colaborar no carregamento dos equipamentos e medicamentos necessários aos primeiros socorros.
A caravana aproveita a oportunidade para abastecer Postos de Socorro e pequenos Núcleos de Ajuda, sediados em regiões de difícil acesso e que realizam trabalhos espiritual elevado. No astral inferior vivem como em verdadeiras cadeias. Esses Trabalhadores da luz, que são abnegados Servidores do Cristo, entregam-se, voluntariamente, a prisão em nome do amor ao próximo.
Provam, pela tarefa extenuante, a força de sua mente renovada, superando a si mesmos, e generosamente doando energias para a recuperação do próximo carente.
Os grupos se dividem. Encontros surpreendentes acontecem.
Antigos amigos, dispersos pelo tempo, reúnem-se pelo trabalho com Jesus. Até nesses pequenos presentes de reencontros a presença do Mestre Jesus agracia nossas almas pequeninas.
Revejo o irmão André Luiz, Bezerra, Joana de Angelis e com eles, num forte abraço relembro os inúmeros contatos mediúnicos.
– Chico! Você por aqui?!
– Sim. Agora, sou também um espírito comunicante!
Todos riem.
OBS: Sinto muita dificuldade em registrar o diálogo entre eles, pois a emoção dominou-me o ser.
Refeitos na alegria dos reencontros, seguimos caravana abaixo, em direção ao cenário constrangedor das trevas.
Verificamos que o astral da Terra permanece mais denso do que nunca. Grossas camadas de uma substância pegajosa estão espalhadas em volta do caminho que percorremos.
Fazem lembrar algodão doce, porém ao contrário do colorido atraente da guloseima infantil, o algodão do astral é negro e nada tem de doce.
Creio que, os espíritos desavisados que atravessarem o espaço no plano astral, podem ser presos nesses grumos de negatividade, o que confirmaram os irmãos e amigos que viajavam ao meu lado.
Durante várias horas descemos, parando apenas em alguns pontos para descarregar equipamentos e mantimentos nos Postos de Socorro.
Também foram sendo registrados, em cada Posto, os nomes de irmãos, em situação que exigia imediata remoção. E assim, começaram as listas dos que subiriam conosco para a cidade onde seriam atendidos. Alguns lugares já estavam comprometidos com os nomes que os coordenadores dos Postos de Socorro nos encaminharam.
Fiquei surpreso ao ver tantos espíritos carentes, necessitando auxílio!
Finalmente, chegamos ao término de longa jornada, naquela região pantanosa. Espantou-me a escuridão do lugar, mas por sorte, já posso regular a chama de luz que ilumina o caminho daqueles que desejam servir e procuro ver a minha volta o lugar onde estamos, fazendo um breve reconhecimento.
Ranieri, sempre manso e ao mesmo tempo firme, orienta-nos para que não utilizemos muita luz, evitando chamar atenção para nossa presença, pois no presente trabalho o efeito surpresa é determinante para o sucesso das operações.
A movimentação tem início. Silenciosamente, e com muito cuidado, os materiais trazidos são retirados dos veículos e espalhados em local seco. Equipamentos e caixas de medicamentos
são colocados em lugar visível e de fácil acesso para todos os trabalhadores.
As macas são estendidas e após tudo arrumado, uma prece de harmonização completa a preparação do grupo. Nessa hora, materializam-se também pequenas, médias e grandes jaulas. Creio que dessa vez também capturaremos animais de médio e grande porte, comentei com os companheiros.
Vem do Alto esse “apoio extra” na fabricação instantânea desses aparatos e, pelas vibrações, já posso reconhecer a presença do amigo extraterrestre, o Comandante Ashtar Sheram. Eles estão conosco, nessa jornada de trabalho.
Somos uma só família e liga-nos o amor pelo próximo e o amor do Pai por nós, a propiciar-nos o trabalho retificador.
Tudo preparado, Ranieri dá o sinal para avançarmos. Na frente, os soldados mais experimentados, batedores guardiões, cujas espadas cintilam na densidade negra do astral.
Logo atrás deles, seguem outros guerreiros, sem espadas, mas fortes, muito fortes de corpo. São eles que fazem a seleção e agrupam as categorias de espíritos para resgate. Após este grupo seguimos nós, enfermeiros, e em seguida, os faxineiros que vêm limpando e fazendo pequena assepsia nos lugares por onde passamos.
Seu trabalho é extraordinário, pois os produtos de limpeza que utilizam derramando aqui e ali em alguns pontos do caminho, contém substâncias repelentes que afastam e paralisam seres de baixa vibração. O líquido por eles utilizado é fosforescente e parece queimar como fogo de artifício.
Chegamos e é dado o sinal de combate. Mais uma cidade do astral Inferior é invadida. A muralha dos fundos é derrubada e entramos. Eles não esperavam. O setor onde chegamos primeiro, parece ser o das festas, pois os seres embriagados, entorpecidos e anestesiados nem sequer oferecem resistência à nossa presença.
Jonas, o guerreiro que comandava o Grupo, acende uma pira, tocando-a com a ponta de sua espada. Nessa hora, a forte e diferente luz, que brilha no local, provoca pânico entre os presentes.
Correrias, gritos e muito desespero se abatem sobre o grupo.
Alguns avançam sobre nós, nossos guerreiros reagem e um a um, os delinquentes da vida, caem abatidos pela “força maior”.
Os chefes do lugar fogem para dar o alarme da invasão. Nossos guerreiros seguem-nos. Ficamos prestando auxílio aos primeiros caídos no local. Homens e mulheres encontram-se em condições lastimáveis. A luxúria reinava nesse ambiente; alguns dos homens, encontram-se com os pés e mãos deformados.
No lugar dos dedos e palmas, grossos cascos de bode, nas costas e pernas, pelos grosseiros recobrem o corpo. As regiões genitais de ambos os sexos são chagas vivas, desgastadas
pelo uso excessivo e desvirtuadas das funções naturais.
Inchados e enegrecidos, outros seres apresentam os órgãos genitais com aparência de uma fase anterior a gangrena que deu origem às chagas que vimos.
Confuso diante do que via, perguntei-me mentalmente: Por que não pararam de ferir-se, chegando a esse ponto?
Um experiente enfermeiro, conhecedor do problema, ouviu meus pensamentos e respondeu: eles já não possuem vontade própria. As orgias que aqui reinavam eram comandadas por “seres poderosos”, cuja mente dominava o grupo.
A pira, incendiada por Jonas, queimou sem parar, roupas e objetos lascivos que foram lançados ali.
Um dos equipamentos trazidos, segundo me informaram, é de origem extraterrestre e assemelha se em tudo, a um extintor de incêndios, todavia, lança água.
A água é diferente da nossa, pois lava sem molhar e ao escorrer vai evaporando-se sem tocar no chão.
Os seres que recebem essa ducha deixam no chão, abaixo dos pés, lama fétida e caem desmaiados de dor como se lhes houvessem arrancado a pele.
Assim prosseguia o trabalho exaustivo, denso e doloroso.
Erra quem pensa que espíritos desencarnados nada fazem.
Trabalhamos e muito. Erram também as pessoas que pensam haver fórmulas mágicas para renovação espiritual. A única mágica de que tive notícias até o momento é a mágica
do trabalho com Jesus, que tudo transforma e do velho faz o novo, do sujo faz o limpo e do doente faz o são.
Prosseguimos lavando, suturando, medicando, operando, aspirando por toda noite, avançando a madrugada até o raiar do dia. Centenas de irmãos foram atendidos nos primeiros socorros e pelo mesmo caminho que chegamos iniciamos o retorno, levando os corpos para depositar nos comboios que esperavam.
Enquanto auxiliava como podia, vi aproximar-se o irmão Ranieri informando da vitória do Grupo de Jonas sobre as Forças de Comando daquela cidade. Então ele me convidou a percorrer outros setores, conhecendo-lhes a organização e funções.
Segui-o entre contente pela oportunidade das revelações contidas na visita e triste pelas duras realidades a serem descobertas.
Percorremos setores da cidade destinados a aglomeração dos espíritos de pessoas que foram homens e mulheres, cujo trabalho em vida foi a prostituição. Compreendi então o porquê de tantas deformidades vistas nos órgãos genitais desses irmãos.
A cidade é repleta de casas noturnas com fraca iluminação e possui muitos ambientes confortáveis para a prática do sexo livre.
Apesar da inferioridade das vibrações do lugar, há uma certa organização das preferências de cada grupo humano. Os setores dividem-se para atendimento dessas preferências que consideramos desnecessário descreve-los, pois basta conhecer o que se passa na superfície da Terra, nessa área, que podereis compreender o que se passa no astral inferior; com a diferença de que aqui, nada é velado. As práticas sexuais, as tendências de cada um e suas manifestações, são absolutamente livres, cada qual se dirigindo ao “setor da cidade” em que deseja dar vazão aos seus instintos e desejos inferiores.
Apenas um setor descreveremos, suplicando a atenção de todos. É a ala dos pequeninos seres, ainda em tenra idade e aprisionados para servirem de escravos sexuais de homens e
mulheres adultos.
Pedofilia das mais abjetas no plano astral.
Há um depósito deles, repletos de crianças de várias idades, todos amontoados como animais no curral. Convivem com seus dejetos e longe da claridade artificial que ilumina a cidade. Assustam-se com a presença dos Servidores da luz.
Muitos, por medo recusam-se a sair de onde estão.
Assustados, resistem. Alguns correm e tentam fugir. Mas, todos são recolhidos e levados amorosamente para os vagões de resgate. Os mais rebeldes xingam, gritam e desferem socos e pontapés nos trabalhadores.
Deus do céu, o que vejo! Tanta inocência roubada e transformada no mais amargo fel de violência e sofrimento!
Perturbam-se as fibras dos corações sensíveis. Do alto, e deve ser das naves, desce uma torre de luz intensa e, pela primeira vez, desde que partimos da Colônia, suave brisa nos alcança, renovando nossas forças para o retorno à crosta.
A assepsia feita pela torre de luz bloqueia o acesso à cidade, evitando que seja ocupada por grupos nômades de seres trevosos.
Deixando atrás de nós aquele lugar, seguimos em direção aos carros de transporte, e, qual não foi a minha surpresa ao retornar e ver as grandes jaulas todas preenchidas, por seres os mais estranhos e violentos. Ranieri informa que são os “Chefões” que tinham o comando da cidade. Cada um era especializado em uma prática cruel.
Verdadeiras feras que só a luz das naves espaciais as anestesiaram, acalmando e tolhendo os arroubos violentos.
Iniciamos a jornada de retorno, parando em algumas localidades para recolher espíritos, previamente selecionados e seguimos até a crosta.
De volta ao local de onde partimos e tendo visto a dura tarefa dos Caravaneiros do Astral Inferior, agradeci ao Pai a oportunidade do aprendizado, que agora repasso a todos, na forma de súplica, para que se juntem a nós no trabalho. Especialmente aos espíritas dirijo minhas palavras, por compreender que seus pensamentos já envolvidos com os conhecimentos estudados acerca da vida espiritual, poderão compreender melhor essas palavras.
Irmãos, por mais que façamos nosso muito, ainda é muito pouco diante da imensidão de descalabros existentes na hora presente deste planeta.
A humanidade adoecida, não conhece as dores e os sofrimentos a que se alia, nas práticas inconsequentes dos prazeres materiais.
Não basta divulgar a Boa Nova convidando à reflexão, é necessário, antes de tudo, colocarmos mãos a obra, auxiliando os que necessitam, interrompendo assim a cadeia de fatos, acontecimentos e interferências que se interligam tornando dependentes o mundo astral e o plano físico.
Pais, orientai vossos jovens. Filhos, atendei aos chamados de correção de seus pais.
Homens, contenhais vossos impulsos animais. Mulheres, valorizai-vos. Não vos entregueis nas bandejas de prata da moda sedutora, como repasto vivo das feras cruentas, sedentas.
E a todos lanço um apelo: cuidai de vossas crianças. Sedes firmes com os pequeninos para que ainda em tenra idade compreendam o sentido da vida e pautem suas existências
nas escolhas sadias e dignificantes da condição humana.
Nós seguiremos do astral, servindo e amando como o bondoso Jesus nos ensinou.
Paz a todos
Chico, em 26/04/2008

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