Pode ser causada por influência
obsessiva ou ter origem em vidas passadas, mas não é possível generalizar.
(Ricardo Di Bernardi)
Antes de comentarmos os aspectos
energéticos e espirituais, cumpre-nos dar uma rápida repassada no conceito e na
sintomatologia da enxaqueca.
A enxaqueca é também denominada de
hemicrânia ou migrânea, além de ser, impropriamente, denominada de hemialgia,
cefalalgia ou até cefaleia. No vernáculo popular recebe denominações regionais
como mururu ou macacoa.
Trata-se de uma dor de cabeça neurovascular,
recidivante, em geral intensa e pulsátil, devido à constrição seguida de
dilatação das artérias da cabeça. Sua causa não está totalmente esclarecida.
Costuma vir em associação com diversos sintomas, que são variáveis, mas, em
resumo, os mais comuns são: dor de cabeça, latejante ou não, dor no pescoço,
nos olhos, no rosto, na testa e nos dentes, náuseas ou vômitos, sensibilidade à
luz, sensibilidade ao barulho ou ao cheiro. Em geral há visualização de flashes
luminosos, visão embaraçada, tonturas, vertigem, ansiedade e fadiga.
Aura da enxaqueca: Denomina-se de
aura da enxaqueca os sintomas que precedem a crise de dor. São percepções
visuais estranhas ou sensoriais que podem levar minutos ou horas antes da dor.
Causas: A enxaqueca pode ter causas orgânicas
da vida atual, causas oriundas de vidas passadas e causas com forte
participação de influências espirituais desequilibradas, ou seja, obsessões.
Causas da vida atual: Tanto a aura da
enxaqueca bem como toda a enxaqueca podem ter causas totalmente orgânicas e
aparentemente oriundas de fatos da vida atual, por exemplo: parto traumático
por fórceps. No entanto, as condições fisiológicas do feto e da parturiente
foram exteriorizadas ou construídas pelos modelos perispirituais da mãe e do
filho, isto é, as tendências que ambos traziam arquivadas nos campos
energéticos do corpo espiritual – construídas em vidas passadas – ocasionaram
essa tendência para a lesão pelo trauma de parto.
Causas em vidas passadas: Em mais de
um caso, constatamos em terapia regressiva às vivências passadas que pacientes
atualmente com enxaqueca foram vítimas de violentos traumas cranianos em
reencarnações anteriores, às vezes em mais de uma vida. Alguns até com
ferimento de morte na cabeça. Tal constatação permite concluir que, nem sempre,
a enxaqueca está relacionada a uma falta grave cometida em vida anterior, mas,
a um trauma grave que sofreu, persistindo as “feridas da alma” não
cicatrizadas.
Outra situação ocorre quando houve,
realmente, uma falta grave em vida anterior e a recordação inconsciente dessa
falta, recalcada no inconsciente (espírito), cria um “nódulo de forças mentais
desequilibradas” (ou a denominada “zona de remorso”[1]). Este nódulo de forças
desequilibradas produz ondas contínuas em circuito fechado, atingindo o
perispírito e lesando o corpo físico, ocasionando a patologia (no caso,
enxaqueca). O distúrbio orgânico ou patologia está sendo uma drenagem das
energias, visando a eliminar o problema que tende a se curar, caso haja uma
mudança do padrão mental.
Causas decorrentes de influências
espirituais desequilibradas: Em geral, as influências espirituais não são o
único fator ou a causa primária, mas são fatores complementares. A origem de
toda influência espiritual desequilibrada é, via de regra, uma consequência de
problemas do próprio indivíduo que atraiu o espírito perturbador, ora designado
obsessor. Temos observado na vida profissional e nas lides mediúnicas espíritas
a presença constante, junto ao paciente de enxaqueca, de um espírito obsessor
que faleceu com ferimento na cabeça e, ainda, está psicologicamente preso ao
fato. Esse espírito acha-se imantado à psicosfera da “vítima” com quem teve
vínculos em vidas passadas e comprometida com aquele espírito.
Ainda relativo à influência de
espíritos perturbados, pode-se constatar a perversa manipulação de ectoplasma
por essas entidades obsessoras que inserem artefatos fluídicos, também
denominados aparelhos parasitas, no cérebro astral da vítima. A aura da
enxaqueca ou todo o quadro clínico da enxaqueca pode ter forte participação de
influências espirituais.
Os fatores desencadeantes são muito
pessoais e, sobretudo, não são a verdadeira causa das crises da enxaqueca.
Assim, salsicha e embutidos, sorvete, feijão, queijo, café, refrigerantes,
hormônios, nitratos, stress, alterações climáticas e outros são apenas gatilhos
que acionam a explosão da crise. Embora não seja a proposta deste trabalho,
convém informar não existirem, até o momento, exames específicos que
diagnostiquem a enxaqueca, porém são úteis para excluir outras causas, como
tumores etc. O diagnóstico é clínico.
Por que tenho enxaqueca? É uma
indagação comum. A resposta é: devido a uma sensibilidade individual, anatômica
e fisiológica. Trata-se de um locus minoris resistentiae, ou seja, um local de
menor resistência. Mas por que eu tenho essa sensibilidade? Como espíritas,
estudamos que a anatomia e a fisiologia atuais refletem as fragilidades ou
desarmonias do corpo astral.
Como eu adquiri essa fragilidade no
corpo astral, para atualmente ter enxaqueca? Assim como a anatomia e fisiologia
atuais refletem fragilidades e desarmonias do corpo astral, por sua vez, estas
refletem as desarmonias do corpo mental ou do inconsciente (espírito). Da mesma
forma, a razão dos diferentes níveis de gravidade dos sintomas da enxaqueca, de
uma pessoa para outra, decorre da individualidade anatômica e fisiológica que
reflete a individualidade energética e o histórico de cada espírito encarnado.
Há informações da existência de genes
relacionados à enxaqueca. Como adequar esta informação científica aos
conhecimentos espirituais? De fato, há cinco estruturas de DNA (genéticas) que
predispõem à enxaqueca. Cogita-se em mais de 100 subtipos. Os conhecimentos
espirituais explicam que, no caso da enxaqueca, o perispírito foi quem
sintonizou e atraiu os genes. O magnetismo do corpo espiritual, isto é, as
matrizes energéticas do perispírito estimularam a liberação de um óvulo (oócito
de segunda ordem) com a predisposição para este tipo de problema. Em seguida, a
célula feminina envolvida e magnetizada pelas vibrações do reencarnante com
essa tendência, carregando as energias (fluidos) do histórico espiritual,
atrairá o espermatozoide cujos genes vibram na mesma frequência de energia,
isto porque portam os genes correspondentes à enxaqueca, neste caso específico
em estudo.
Indagam-nos: por que eu tenho
enxaqueca, e não o meu irmão gêmeo? Além da epigenética (fator mesológico ou
ambiental) ser muito importante, o que significa dizer a vida presente,
lembramos que gêmeos podem ter corpos com genes idênticos, mas seus genes tem
uma expressividade maior ou menor conforme o diferente magnetismo das matrizes
perispirituais que registraram o modus vivendi do passado. Portanto, os genes
do seu irmão têm expressividade menor, bloqueados pelo merecimento (neste
aspecto), decorrente dos registros energéticos das estruturas astrais.
É correto se considerar que sempre
estamos “pagando” erros da vida anterior? Não, não é correto radicalizar. São
inúmeros os casos observados de pessoas com enxaqueca que efetuaram terapia
regressiva às vidas passadas, por exemplo o Dr. Harrison, oftalmologista, em
caso citado pelo Dr. Netherton, que teve grave trauma com seu crânio esfacelado
em vida passada. Casos similares, nós também constatamos.
Como tratar a enxaqueca?
Acompanhamento médico clássico, terapias energéticas, terapias de regressão às
vidas passadas, medicação homeopática que mobiliza energias vitais (fluido
vital), tratamento espiritual de eventual obsessão. Todos são válidos, porém, a
mudança de atitude é fundamental. Alimentação correta e vida mais organizada,
educação, trabalho, pensamentos e sentimentos em equilíbrio. Os pensamentos e
sentimentos suaves, de um espírito nobre, emitem ondas de alta frequência,
luminosas, brilhantes e perfumadas. Partem do corpo mental, criando no corpo
astral campos magnéticos organizados refletindo no corpo físico e modelando um
corpo biológico saudável e harmonizado. São os caminhos da cura, nesta vida ou
na próxima.
1. Nódulos de forças mentais
desequilibradas ou zonas de remorso constituem as dívidas cármicas.
Fonte: XAVIER, Francisco Cândido.
Evolução em Dois Mundos. Pelo espírito André Luiz. Cap. 19 – Predisposições
mórbidas. FEB.
Fonte: ESPIRIT BOOK
www.espiritbook.com.br/
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