Em tempo de noticiários
recheados de informações sobre o andamento dos processos judiciais envolvendo
altas autoridades, e da divulgação em massa dos crimes perpetrados pelo homem
comum, permitimo-nos transcrever o capítulo vinte e seis do livro Evolução em
Dois Mundos, ditado pelo Espírito André Luiz aos médiuns Francisco Cândido
Xavier e Waldo Vieira, no ano de mil novecentos e cinquenta e oito.
Lembremo-nos que a
matéria se refere a todos os filhos de Deus.
O nome do capítulo é o
mesmo deste ensaio e tem o seguinte texto:
“- Como atua o
mecanismo da Justiça no Plano Espiritual?
– No mundo espiritual,
decerto, a autoridade da Justiça funciona com maior segurança, embora saibamos
que o mecanismo da regeneração vige, antes de tudo, na consciência do próprio
indivíduo.
Ainda assim, existem
aqui, como é natural, santuários e tribunais, em que magistrados dignos e
imparciais examinam as responsabilidades humanas, sopesando-lhes os méritos e
deméritos. A organização do júri, em numerosos casos, é aqui observada,
necessariamente, porém, constituída de Espíritos integrados no conhecimento do
Direito, com dilatadas noções de culpa e resgate, erro e corrigenda, psicologia
humana e ciências sociais, a fim de que as sentenças ou informações proferidas
se atenham à precisa harmonia, perante a Divina Providência, consubstanciada no
amor que ilumina e na sabedoria que sustenta.
Há delinquentes tanto
no plano terrestre quanto no plano espiritual e, em razão disso, não apenas os
homens recentemente desencarnados são entregues a julgamento específico, sempre
que necessário, mas também as entidades desencarnadas que, no cumprimento de
determinadas tarefas, se deixam, muitas vezes, arrastar a paixões e caprichos
inconfessáveis.
É importante anotar,
contudo, que quanto mais baixo é o grau evolutivo dos culpados, mais sumário é
o julgamento pelas autoridades cabíveis, e, quanto mais avançados os valores
culturais e morais do indivíduo, mais complexo é o exame dos processos de
criminalidade em que se emaranham, não só pela influência com que atuam nos
destinos alheios, como também porque o Espírito, quando ajustado à consciência
dos próprios erros, ansioso de reabilitar-se perante a vida e diante daqueles
que mais ama, suplica por si mesmo a sentença punitiva que reconhece
indispensável à própria restauração”.
Pensemos nisso.
Fonte: Agenda Espírita-
Por: Antônio Carlos Navarro
www.agendaespiritabrasil.com.br/
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