A história do país das múmias, dos
hieróglifos e das pirâmides. Egiptóloga da Universidade de Cambridge confirma
tese espírita sobre as pirâmides.
Um dos mais antigos e enigmáticos
mistérios do antigo Egito foi elucidado no ano de 2001 de modo brilhante,
confirmando as tese espíritas.
Está claro, agora, que os faraós
construíram suas maiores pirâmides - as do Vale de Gizé, a 10 quilômetros do
centro do Cairo - alinhadas em direção ao norte e que eles utilizavam as
estrelas para determinar a direção. Para chegar a essas conclusões a arquiteta,
e egiptóloga Kate Spencer, da Universidade de Cambridge, na Inglaterra,
analisou meticulosamente a posição dos astros em torno do ano 2500 a.C (data
aproximada ao erguimento das pirâmides). Kate revela que antes de começar a
ergue-las, os egípcios reuniam-se à noite em uma cerimônia religiosa na qual os
sacerdotes traçavam no céu uma linha imaginária, ligando a estrela Beta da
constelação da Ursa Maior à estrela Zeta da Ursa Menor. O ponto em que a linha
tocava o horizonte dava a posição exata do norte. Os lados dos grandes templos
eram então projetados de modo a ficar paralelos a essa direção (veja o desenho
abaixo). Esse método, diz a cientista, era seguro; o problema é que as estrelas
mudam ligeiramente de lugar com o tempo, devido ao próprio movimento do Sol
pela Via Láctea. Tanto que, passados quase 5.000 anos do tempo dos faraós,
algumas das pirâmides estão ligeiramente voltadas para oeste e outras, para
leste. Esse fato até hoje confundia os egiptólogos.
Outro feito de Kate Spence: conseguiu
datar com precisão, pela primeira vez, a construção das pirâmides, que, quanto
mais se afastam do norte, atualmente, mais velhas são. A mais antiga pirâmide é
a de Quéfren, construída em 2467 a.C.
Como foram construídas as pirâmides?
Encontramos a resposta na Revista
Espírita do ano de 1858 através do Espírito de Mehemet-Ali, quando pontuou a
Allan Kardec, eis o diálogo:
AK - Desde que vivestes ao tempo dos
faraós, podereis dizer-nos com que fim foram construídas as pirâmides? R: São
sepulcros; sepulcros e templos. Ali se davam grandes manifestações.
AK - Tinham estas um objetivo
científico? R: Não. O interesse religioso absorvia tudo.
AK - Podereis dar-nos uma ideia dos
meios empregados na construção das pirâmides? R: Massas de homens gemeram sob o
peso destas pedras que atravessaram os séculos. A máquina era o homem.
AK - De onde tiravam os egípcios os
gosto pelas coisas colossais, em vez do das coisas graciosas, que distinguia os
gregos, posto tivessem a mesma origem? R:
O egípcio era tocado pela grandeza de Deus. Procurava igualá-lo,
superando as suas próprias forças. Sempre o homem!
Dentre todas os povos degredados na
Terra, os que constituíram a civilização egípcia foram os que mais se
destacavam na prática do bem e no culto a verdade.
Ressalta Emmanuel que eram eles os
que menos débitos possuíam perante o tribunal da justiça divina. Em razão dos
seus elevados patrimônios morais, guardaram no íntimo uma lembrança mais viva
das experiências de uma pátria distante.
Culto à morte - Metempsicose
A civilização egípcia foi a que mais
se preocupou com a ideia da morte. Sua vida era apenas um esforço para bem
morrer. Seus papiros e afrescos estão cheios dos consoladores mistérios do
além-túmulo.
Natural era que o grande povo dos
faraós guardasse a reminiscência do seu doloroso degredo na face obscura do
mundo terreno. E tanto lhe doía semelhante humilhação, que, na lembrança do
pretérito, criou a teoria da metempsicose, acreditando que a alma de um homem
podia regressar ao corpo de um irracional, por determinação punitiva dos
deuses. A metempsicose era exatamente o fruto amargo da sua impressão, a
respeito do exílio penoso que lhe fora infligido no ambiente terrestre.
Inventou-se, desse modo, uma série de rituais e cerimônias para solenizar o
regresso dos seus irmãos à Pátria espiritual.
Os mistérios de Ísis e Osíris e toda
uma influenciação na cultura da mitologia grega eram símbolos das forças
espirituais que presidiam aos fenômenos da morte.
A constelação de Capela
Nos mapas zodiacais, que os
astrônomos terrestres compulsam em seus estudos, observa-se desenhada uma
grande estrela na Constelação do Cocheiro, que recebeu, na Terra, o nome de
Cabra ou Capela. Magnífico sol entre os astros que nos são mais vizinhos, ela,
na sua trajetória pelo Infinito, faz-se acompanhar, igualmente, da sua família
de mundos, cantando as glórias divinas do Ilimitado.
Sua luz gasta cerca de 42 anos para
chegar à face da Terra, considerando-se, desse modo, a regular distância
existente entre a Capela e o nosso planeta, já que a luz percorre o espaço com
a velocidade aproximada de 300.000 quilômetros por segundo.
A Constelação do Cocheiro é formada
por um grupo de estrelas de várias grandezas, dentre as quais se inclui a
Capela, de primeira grandeza, que, por isso mesmo, é alfa da constelação.
Capela é uma estrela inúmeras vezes
maior que o nosso Sol, e se este fosse colocado em seu lugar, mal seria
percebido por nós, à vista desarmada.
Na abóbada celeste Capela está
situada no hemisfério boreal, limitada pelas constelações da Girafa, Perseu e
Lince, e, quanto ao Zodíaco, sua posição é entre Gêmeos e Touro.
Conhecida desde a mais remota
antiguidade, Capela é uma estrela gasosa, segundo afirma o célebre astrônomo e
físico inglês Arthur Stanley Eddington (1822-1924), e de matéria tão fluídica
que sua densidade pode ser confundida com a do ar que respiramos. Sua cor é
amarela, o que demonstra ser um Sol em plena juventude, e, como um Sol, os
orbes que arrasta devem ser habitados por uma humanidade bastante evoluída.
Há muitos milênios um deles, que
guarda muitas afinidades com o globo terrestre, atingira a culminância de um
dos seus extraordinários ciclos evolutivos. As lutas finais de um longo
aperfeiçoamento estavam delineadas, como ora acontece convosco, relativamente
às transições esperadas no século XX, neste crepúsculo de civilização.
Alguns milhões de Espíritos rebeldes
lá existiam, no caminho da evolução geral, dificultando a consolidação das
penosas conquistas daqueles povos cheios de piedade e virtudes, mas uma ação de
saneamento geral os alijaria daquela humanidade, que fizera jus à concórdia
perpétua, para a edificação dos seus elevados trabalhos.
As grandes comunidades espirituais,
diretoras do Cosmos, deliberam, então, localizar aquelas entidades, que se
tornaram pertinazes no crime, aqui na Terra longínqua, onde aprenderiam a
realizar, na dor e nos trabalhos penosos do seu ambiente, as grandes conquistas
do coração e impulsionar, simultaneamente, o progresso dos seus irmãos
inferiores.
Único desejo, voltar à Capela
Os egípcios eram animados pelo desejo
de trabalhar devotadamente para regressar, um dia, aos seus penates
resplandecentes. Uma saudade torturante do céu foi a base de todas as suas
organizações religiosas. Em nenhuma civilização da Terra o culto da morte foi
tão altamente desenvolvido. Morava em seus corações a ansiedade de voltar ao
orbe distante, ao qual se sentiam presos pelos mais santos afetos. Foi por esse
motivo que, representando uma das mais belas e adiantadas civilizações de todos
os tempos, as expressões do antigo Egito desapareceram para sempre do plano
tangível do planeta. Depois de perpetuarem nas pirâmides os seus avançados
conhecimentos, todos os Espíritos daquela região africana regressaram à Pátria
Sideral.
Religião e sociedade egípcia
A partir da Pré-História - se assim
podemos dizer - todos os povos passaram pelas fases de fetichismo, do animismo
e do politeísmo. Ainda hoje, aqui e ali, se encontram vestígios disso em vários
lugares e religiões.
Os egípcios também passaram por isso.
Vencida a fase de culto aos totens eles chegaram ao culto dos deuses. Além do
Deus Pré-Existente e único - Amon-Rá, Osíres, o deus do Infinito, do Espaço, do
Tempo e Senhor da Luz, que também era o protetor da terra e da vegetação.
Os egípcios acreditavam na
reencarnação e de certo modo mantinham o intercâmbio com os desencarnados.
Havia uma religião secreta professada pelos sacerdotes, que também era ciência,
englobando a matemática, a física, a química, a astronomia, a medicina, a
meteorologia, etc. Conheciam o magnetismo, o sonambulismo, curavam pelo sono
provocado e praticavam largamente a sugestão. É o que denominavam de magia.
A Bíblia Sagrada do povo egípcio foi
o " Livro dos Mortos" . Continha 165 capítulos e dele emanaram todas
as religiões do ramo ocidental, dogmas, etc. A civilização egípcia antiga
desenvolveu-se no nordeste africano (margens do rio Nilo) entre 3200 a.C
(unificação do norte e sul) a 32 a.C (domínio romano).
A sociedade egípcia estava dividida
em várias camadas, sendo que o faraó era a autoridade máxima, chegando a ser
considerado um deus na Terra. Sacerdotes, militares e escribas (responsáveis
pela escrita) também ganharam importância na sociedade. Esta era sustentada
pelo trabalho e impostos pagos por camponeses, artesãos e pequenos
comerciantes. Os escravos também compunham a sociedade egípcia e, geralmente,
eram pessoas capturadas em guerras. Trabalhavam muito e nada recebiam por seu
trabalho, apenas água e comida.
A escrita egípcia também foi algo
importante para este povo, pois permitiu a divulgação de ideias, comunicação e
controle de impostos. Existiam duas formas de escrita: a demótica (mais
simplificada) e a hieroglífica (mais complexa e formada por desenhos e símbolos).
As paredes internas das pirâmides eram repletas de textos que falavam sobre a
vida do faraó, cultos e mensagens para espantar possíveis saqueadores. Uma
espécie de papel, chamada papiro, que era produzida a partir de uma planta de
mesmo nome, também era utilizado para receber seus escritos.
Saulo de Tarso
Fonte: Correio Espirita
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