Faz algum tempo que recebi, por
e-mail, uma dúvida provinda de uma frequentadora de um dos centros espíritas da
capital baiana. Dúvida, aliás, sobre um tema que ainda gera um bocado de
controvérsias não apenas no movimento espírita, mas, também, no seio de outras
religiões.
E este tema é tatuagem.
Fazer ou não fazer, eis a questão.
Penso que um dos papéis das religiões
é, justamente, proporcionar condições para que seus profitentes tenham uma
melhor qualidade de vida, sejam felizes e alcancem o objetivo de serem melhores
e mais bem resolvidos consigo mesmos.
Vamos para a dúvida exposta pela
frequentadora espírita. Deixei sua pergunta em itálico para facilitar o
entendimento. Já minha resposta segue em letra padrão.
P – Estou com uma dúvida, pretendo
fazer uma tatuagem pequena, simples e simbólica para mim. Minha mãe também fará
e gostaria de saber se na espiritualidade isso afeta em alguma coisa? Seremos,
eu e minha mãe, punidas por isso? Ficaremos tatuadas no mundo dos Espíritos?
R – Fique tranquila, o problema não é
o que estampa o corpo, mas o que está em nossa mente e coração. Não haverá
punição alguma, até porque você não transgredirá nenhuma lei natural. Aliás, o
espiritismo ensina que Deus não pune, ao contrário, educa. Deus é o maior
educador do universo e não trabalha a espalhar cultura de punição. Isto é coisa
do homem que, em sua limitação não consegue visualizar a majestosa obra de Deus
e, por isso, sai a assustar todo mundo com ideias que não correspondem com a
realidade educativa de Deus.
Entretanto, lanço uma reflexão:
Como estão, mente e coração sobre
isto? Devemos estar tranquilos quanto as nossas decisões, porquanto tatuagem é
coisa séria e, não raro definitiva. Caso você e sua mãe estejam bem resolvidas,
digo que as questões morais são as que realmente importam para o Espírito
imortal. A tatuagem não transformará você em Espírito bom ou mau, tampouco
garantirá sorte ou desdita na vida futura, mas suas atitudes sim.
Quando da desencarnação, o
perispírito, em geral, segue a aparência da mais recente encarnação, então
pode, se assim o Espírito desejar, trazer em si uma ou mais tatuagens que o
caracterizou quando encarnado. Logo,
quando desencarnar você poderá, ainda, ostentar sua tatuagem, mas, repito, se
assim o Espírito desejar.
A propósito, vale lembrar que, caso o
Espírito queira, o perispírito poderá até tomar “formato” de uma outra
encarnação mais antiga.
Recordo-me de ter atendido, certa
feita, um Espírito numa reunião mediúnica que me “mostrava” suas tatuagens e
pedia, insistentemente, para que eu as apreciasse.
Em sua opinião eram obras primas e
ele estava orgulhoso de “tê-las”. Fixado mentalmente nas tatuagens, moldava-as
em seu corpo espiritual tal como as possuía em seu veículo físico antes,
naturalmente, de sua morte.
Em realidade, se o Espírito se desse
conta de que ele pode modelar o seu perispírito a partir de sua vontade e
concentração, aquele desencarnado, se assim o desejasse, não teria as tatuagens
em seu corpo espiritual, ou teria ainda mais delas. Tudo, portanto, dependeria
da vontade do Espírito.
É por ai, o pensamento é para o
Espírito o que a mão é para o homem, ou seja, material de trabalho.
Portanto, se a cuca estiver legal,
tudo certo e resolvido, você não terá nenhum tipo de problema por fazer uma,
duas ou outras tatuagens.
Autor: Wellington Balbo-Fonte: Portal
do Espirito
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