Ensina o Espiritismo que por ocasião
da morte tudo, a princípio, é confuso. O Espírito desencarnante precisa de
algum tempo para entrar no conhecimento de si mesmo. Ele se acha como que
aturdido, no estado de uma pessoa que despertou de profundo sono e procura
orientar-se sobre a sua situação. A lucidez das ideias e a memória do passado
lhe voltam aos poucos, à medida que se apaga a influência da matéria que ele
acaba de abandonar e se dissipa a espécie de névoa que lhe obscurece os
pensamentos.
O processo de desprendimento
espiritual é lento ou demorado, conforme o temperamento, o caráter moral e as
aquisições espirituais de cada ser. Não existem duas desencarnações iguais.
Cada pessoa desperta ou se demora na perturbação, conforme as características
próprias de sua personalidade. A perturbação pode, pois, ser considerada o
estado normal no instante da morte, e perdurar por tempo indeterminado,
variando de algumas horas a alguns anos, de conformidade com o estado evolutivo
do Espírito.
Breve no caso das almas elevadas,
pode ser longa e penosa no caso das almas culpadas. Para aqueles que já na
existência corpórea se identificaram com o estado que os aguardava, menos longa
ela é, porque compreendem imediatamente a posição em que se encontram.
As peripécias do que ocorre na
agonia, na desencarnação e na readaptação do Espírito à vida espiritual podem
ser vistas no livro Voltei, obra psicografada por Chico Xavier.
(Astolfo Olegário de Oliveira Filho)Que
acontece com o espírito, quando morre seu corpo?
André Luiz nos mostra que esse outro
lado da vida é muito parecido com o lado de cá. Há muitas semelhanças. Ninguém
fica vagando no espaço como alma penada, nem tocando harpa no beiral de uma
nuvem. O mundo espiritual, para os espíritos, é tão real e dinâmico quanto o
mundo físico é para nós.
É por isso que muitos espíritos não
sabem, ou não conseguem acreditar que já morreram. São daqueles que pensam que
ao morrer irão para o céu, o purgatório ou mesmo para o inferno, ou então, que
a morte irá apagá-los de vez. Mas, ao invés disso, encontram-se quase como
antes. Muitos voltam para o lar, para os ambientes do trabalho ou do lazer. Veem
as pessoas, falam com elas, mas as pessoas não lhes dão a menor atenção. Alguns
pensam que ficaram loucos, ou que estão vivendo um pesadelo interminável.
Muitos assistem ao próprio velório e sepultamento, mas não aceitam a ideia de
que aqueles funerais sejam os seus. Espíritos nessa condição são popularmente
conhecidos como sofredores.
Uma das atividades dos centros espíritas
é o esclarecimento a esses irmãos tão necessitados. Eles se incorporam ao
médium e o doutrinador conversa com eles explicando-lhes a realidade. O grupo
todo envolve o irmão sofredor em vibrações de paz e de amor. É como ele se
alivia e consegue melhorar a própria freqüência vibratória. Essa elevação
vibratória é necessária para que ele possa ser socorrido e levado para
tratamento em local adequado.
Mas há também aqueles que retornam à
dimensão espiritual mais ou menos conscientes do que está ocorrendo, ou seja,
sabem, ou mesmo desconfiam que desencarnaram, ou “morreram”.
Quando alguém desencarna é muito
importante que receba vibrações de paz, em vez das manifestações de desespero
que geralmente acontecem nessas situações.
Muitos espíritos têm relatado através
da mediunidade seus dramas, sofrimentos e aflições, por causa do desespero e
desequilíbrio dos parentes e amigos, após seus desenlaces. Eles dizem que as
lágrimas dos entes queridos que ficaram na Terra, suas vibrações angustiadas,
chegam a eles com muita intensidade, provocando-lhes sofrimentos e aflições sem
conta.
Por isso, diante da morte, a atitude
dos presentes deve ser de respeito, serenidade, equilíbrio e, acima de tudo,
prece. O recém-desencarnado necessita de paz e de muita oração.
Fonte:
http://www.mundoespiritual.com.br/vida.alem.da.morte.htm
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