Chico Xavier foi instado para entrar
em certa residência nos arredores de Pedro Leopoldo.
Os donos da casa, vivendo vida
descuidada, sem oração e vigilância, desejavam conversar com o Médium.
O Chico atendeu-os.
Ao entrar, viu sobre a mesa um lindo
cacho de bananas-maçãs, justamente as de que mais gosta...
Desejou, pelo pensamento, que lhe
oferecessem uma, pelo menos.
Mas a conversa veio sobre um assunto
sério e o desejo foi esquecido.
Quando conseguiu atender às consultas
dos irmãos visitados, olhou para a porta da rua e viu dois espíritos
galhofeiros, e, um deles, dizia:
- Vamos entrar e comer estas bananas.
O outro atendeu e ambos entraram. Comeram a bananas e saíram.
Surpreso pelo acontecido, o Chico
pede a Emmanuel uma explicação.
E o seu querido guia explica-lhe:
- Isso acontece com as casas cujos
moradores não oram e nem vigiam.
Agora, essas bananas, desvitaminadas,
apenas farão mal aos que as comerem, em virtude de se acharem impregnadas de
fluidos pesados.
Tem razão os nossos irmãos
protestantes, quando oram às refeições, porque sabem, por intuição, que, no ato
simples da alimentação, no lar, reside a nossa defesa.
A nossa oração aí, além do mais, é um
ato de agradecimento ao Pai por tudo que nos concede; atrairemos com ela, as
Suas Bênçãos para o que comemos e para o nosso domicílio.
E vieram-nos à lembrança as belas
páginas que André Luiz escreveu num de seus instrutivos livros com relação à
oração e aos bons assuntos de conversa e leitura, nos atos de dormir e das
refeições como, medidas felizes para comermos bem, dormirmos bem, e acordarmos
bem.
No Livro Missionários da Luz, André
Luiz, na companhia de Alexandre, dirigiu-se à casa de Ester, localizada numa
rua bem modesta.
Ao chegarem lá, perceberam grande
movimentação de entidades de condição bem inferior.
A família, constituída da viúva, três
filhos e um casal de idosos, estavam almoçando.
André Luiz, observou seis entidades,
envolvidas em círculos escuros, alimentavam-se, também, PELO SISTEMA DE
ABSORÇÃO.
Espantado, perguntou ao mentor
Alexandre sobre o que estava vendo e este lhe explicou:
- André, onde não existe organização
espiritual, oração, vigilância, não há defesas da paz de espírito.
Os que desencarnam em condições de
excessivo apego, neles encontrando as mesmas algemas, quase sempre mantêm-se
ligados à casa, às situações domésticas e aos fluidos vitais da família.
Alimentam-se com a parentela e dormem
nos mesmos aposentos onde se desligaram do corpo físico.
Ao ver a satisfação das entidades que
absorviam as emanações dos pratos fumegantes, André quis saber se estavam se
alimentando de fato.
Alexandre explicou que sim.
Aquelas entidades viciadas nas
sensações fisiológicas, encontravam no alimento o mesmo sabor que apreciavam
quando estavam no corpo.
E mais, aquelas almas ali estavam
ligadas pela sintonia.
Alexandre conclui que, a mesa
familiar é sempre um receptáculo de influenciação de natureza invisível.
Por esse motivo, os que tecem
comentários maledicentes à mesa atrairão caluniadores invisíveis, os que buscam
a ironia, receberão entidades galhofeiras e sarcásticas, os irritados, atrairão
entidades em desequilíbrio...
É simbiose espiritual, vampirismo
recíproco.
Por isso que a prática do Evangelho
no Lar, a oração constante, inclusive antes das refeições, a vigilância do
pensamento e das nossas ações fazem a diferença no ambiente doméstico.
Evangeliza os encarnados e também os
desencarnados.
O hábito de sentar-se à mesa e ligar
TV, comer assistindo programas violentos, programas de fofocas e maledicência,
de tragédias, além de não nos fazer bem, somatiza tendências, alimenta a mente
invigilante, trazendo sérios prejuízos ao corpo e ao Espírito.
O ideal é cultivar o hábito de após o
despertar, fazer uma leitura edificante, uma prece, uma meditação.
No decorrer do dia, ouvir boa música,
ler bons livros, assistir a bons filmes....manter a palavra e o pensamento no
bem.
Assim protegeremos o nosso ambiente
doméstico e estaremos também protegidos.
E antes de deitar, proceder do mesmo
modo, para que liberto do corpo pelo sono físico, possamos ser úteis, ser
ajudados e até mesmo ajudar a quem necessita mais do que nós mesmos."
Fonte: ESPIRIT BOOK
Nenhum comentário:
Postar um comentário