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quarta-feira, 2 de maio de 2018

“COMO É O DESPERTAR DO ESPÍRITO DEPOIS DA MORTE? ”

Ensina o Espiritismo que por ocasião da morte tudo, a princípio, é confuso. O Espírito desencarnante precisa de algum tempo para entrar no conhecimento de si mesmo. Ele se acha como que aturdido, no estado de uma pessoa que despertou de profundo sono e procura orientar-se sobre a sua situação. A lucidez das ideias e a memória do passado lhe voltam aos poucos, à medida que se apaga a influência da matéria que ele acaba de abandonar e se dissipa a espécie de névoa que lhe obscurece os pensamentos.
O processo de desprendimento espiritual é lento ou demorado, conforme o temperamento, o caráter moral e as aquisições espirituais de cada ser. Não existem duas desencarnações iguais. Cada pessoa desperta ou se demora na perturbação, conforme as características próprias de sua personalidade. A perturbação pode, pois, ser considerada o estado normal no instante da morte, e perdurar por tempo indeterminado, variando de algumas horas a alguns anos, de conformidade com o estado evolutivo do Espírito.
Breve no caso das almas elevadas, pode ser longa e penosa no caso das almas culpadas. Para aqueles que já na existência corpórea se identificaram com o estado que os aguardava, menos longa ela é, porque compreendem imediatamente a posição em que se encontram.
As peripécias do que ocorre na agonia, na desencarnação e na readaptação do Espírito à vida espiritual podem ser vistas no livro Voltei, obra psicografada por Chico Xavier.
(Astolfo Olegário de Oliveira Filho)Que acontece com o espírito, quando morre seu corpo? 
André Luiz nos mostra que esse outro lado da vida é muito parecido com o lado de cá. Há muitas semelhanças. Ninguém fica vagando no espaço como alma penada, nem tocando harpa no beiral de uma nuvem. O mundo espiritual, para os espíritos, é tão real e dinâmico quanto o mundo físico é para nós.
É por isso que muitos espíritos não sabem, ou não conseguem acreditar que já morreram. São daqueles que pensam que ao morrer irão para o céu, o purgatório ou mesmo para o inferno, ou então, que a morte irá apagá-los de vez. Mas, ao invés disso, encontram-se quase como antes. Muitos voltam para o lar, para os ambientes do trabalho ou do lazer. Veem as pessoas, falam com elas, mas as pessoas não lhes dão a menor atenção. Alguns pensam que ficaram loucos, ou que estão vivendo um pesadelo interminável. Muitos assistem ao próprio velório e sepultamento, mas não aceitam a ideia de que aqueles funerais sejam os seus. Espíritos nessa condição são popularmente conhecidos como sofredores.
Uma das atividades dos centros espíritas é o esclarecimento a esses irmãos tão necessitados. Eles se incorporam ao médium e o doutrinador conversa com eles explicando-lhes a realidade. O grupo todo envolve o irmão sofredor em vibrações de paz e de amor. É como ele se alivia e consegue melhorar a própria freqüência vibratória. Essa elevação vibratória é necessária para que ele possa ser socorrido e levado para tratamento em local adequado.
Mas há também aqueles que retornam à dimensão espiritual mais ou menos conscientes do que está ocorrendo, ou seja, sabem, ou mesmo desconfiam que desencarnaram, ou “morreram”.
Quando alguém desencarna é muito importante que receba vibrações de paz, em vez das manifestações de desespero que geralmente acontecem nessas situações. 
Muitos espíritos têm relatado através da mediunidade seus dramas, sofrimentos e aflições, por causa do desespero e desequilíbrio dos parentes e amigos, após seus desenlaces. Eles dizem que as lágrimas dos entes queridos que ficaram na Terra, suas vibrações angustiadas, chegam a eles com muita intensidade, provocando-lhes sofrimentos e aflições sem conta.
Por isso, diante da morte, a atitude dos presentes deve ser de respeito, serenidade, equilíbrio e, acima de tudo, prece. O recém-desencarnado necessita de paz e de muita oração.
Fonte: http://www.mundoespiritual.com.br/vida.alem.da.morte.htm

“OS ESPÍRITOS DORMEM EM NOSSA CAMA E COMEM DA NOSSA COMIDA?

Chico Xavier foi instado para entrar em certa residência nos arredores de Pedro Leopoldo.
Os donos da casa, vivendo vida descuidada, sem oração e vigilância, desejavam conversar com o Médium.
O Chico atendeu-os.
Ao entrar, viu sobre a mesa um lindo cacho de bananas-maçãs, justamente as de que mais gosta...
Desejou, pelo pensamento, que lhe oferecessem uma, pelo menos.
Mas a conversa veio sobre um assunto sério e o desejo foi esquecido.
Quando conseguiu atender às consultas dos irmãos visitados, olhou para a porta da rua e viu dois espíritos galhofeiros, e, um deles, dizia:
- Vamos entrar e comer estas bananas. O outro atendeu e ambos entraram. Comeram a bananas e saíram.
Surpreso pelo acontecido, o Chico pede a Emmanuel uma explicação.
E o seu querido guia explica-lhe:
- Isso acontece com as casas cujos moradores não oram e nem vigiam.
Agora, essas bananas, desvitaminadas, apenas farão mal aos que as comerem, em virtude de se acharem impregnadas de fluidos pesados.
Tem razão os nossos irmãos protestantes, quando oram às refeições, porque sabem, por intuição, que, no ato simples da alimentação, no lar, reside a nossa defesa.
A nossa oração aí, além do mais, é um ato de agradecimento ao Pai por tudo que nos concede; atrairemos com ela, as Suas Bênçãos para o que comemos e para o nosso domicílio.
E vieram-nos à lembrança as belas páginas que André Luiz escreveu num de seus instrutivos livros com relação à oração e aos bons assuntos de conversa e leitura, nos atos de dormir e das refeições como, medidas felizes para comermos bem, dormirmos bem, e acordarmos bem.
No Livro Missionários da Luz, André Luiz, na companhia de Alexandre, dirigiu-se à casa de Ester, localizada numa rua bem modesta.
Ao chegarem lá, perceberam grande movimentação de entidades de condição bem inferior.
A família, constituída da viúva, três filhos e um casal de idosos, estavam almoçando.
André Luiz, observou seis entidades, envolvidas em círculos escuros, alimentavam-se, também, PELO SISTEMA DE ABSORÇÃO.
Espantado, perguntou ao mentor Alexandre sobre o que estava vendo e este lhe explicou: 
- André, onde não existe organização espiritual, oração, vigilância, não há defesas da paz de espírito.
Os que desencarnam em condições de excessivo apego, neles encontrando as mesmas algemas, quase sempre mantêm-se ligados à casa, às situações domésticas e aos fluidos vitais da família.
Alimentam-se com a parentela e dormem nos mesmos aposentos onde se desligaram do corpo físico.
Ao ver a satisfação das entidades que absorviam as emanações dos pratos fumegantes, André quis saber se estavam se alimentando de fato.
Alexandre explicou que sim.
Aquelas entidades viciadas nas sensações fisiológicas, encontravam no alimento o mesmo sabor que apreciavam quando estavam no corpo.
E mais, aquelas almas ali estavam ligadas pela sintonia.
Alexandre conclui que, a mesa familiar é sempre um receptáculo de influenciação de natureza invisível.
Por esse motivo, os que tecem comentários maledicentes à mesa atrairão caluniadores invisíveis, os que buscam a ironia, receberão entidades galhofeiras e sarcásticas, os irritados, atrairão entidades em desequilíbrio...
É simbiose espiritual, vampirismo recíproco.
Por isso que a prática do Evangelho no Lar, a oração constante, inclusive antes das refeições, a vigilância do pensamento e das nossas ações fazem a diferença no ambiente doméstico.
Evangeliza os encarnados e também os desencarnados.
O hábito de sentar-se à mesa e ligar TV, comer assistindo programas violentos, programas de fofocas e maledicência, de tragédias, além de não nos fazer bem, somatiza tendências, alimenta a mente invigilante, trazendo sérios prejuízos ao corpo e ao Espírito.
O ideal é cultivar o hábito de após o despertar, fazer uma leitura edificante, uma prece, uma meditação.
No decorrer do dia, ouvir boa música, ler bons livros, assistir a bons filmes....manter a palavra e o pensamento no bem.
Assim protegeremos o nosso ambiente doméstico e estaremos também protegidos.
E antes de deitar, proceder do mesmo modo, para que liberto do corpo pelo sono físico, possamos ser úteis, ser ajudados e até mesmo ajudar a quem necessita mais do que nós mesmos."
Fonte: ESPIRIT BOOK

terça-feira, 1 de maio de 2018

“COMO UTILIZAR O LIVRE-ARBÍTRIO EM NOSSA ENCARNAÇÃO? ”

Para a Doutrina Espírita não há destino, não há predestinação, não há sorte ou azar. O futuro é construído todos os dias. Através de pensamentos e ações, o espírito e seu grupo cultural escolhem e determinam seus caminhos, exercitando uma característica indissociável do ser inteligente: o livre-arbítrio.
Deus com sua infinita sabedoria, criou as leis divinas que são o ponto de partida para a nossa caminhada na evolução. O livre-arbítrio é algo que nos dá a liberdade de escrevermos a nossa própria história. Temos o poder da escolha com isso somos responsáveis por todos os nossos atos, sem exceções. Tudo o que passamos ou iremos passar é de nossa responsabilidade de nossa escolha.
As dificuldades são as expiações que desejamos passar enquanto encarnados, algumas adquirimos por sermos seres imperfeitos ainda e cometemos erros. Outras são de missões pré planejadas no plano espiritual e aceitas por nós mesmos. Mas nada é imposto, temos o nosso próprio tempo para evoluir.
As situações que o espírito enfrenta ao longo de sua trajetória, tanto no plano espiritual como no material, podem ser uma consequência direta de suas atitudes anteriores. A escolha que o espírito adota diante da situação apresentada é de sua completa responsabilidade. O espírito é responsável pelas consequências, efeitos, e novas situações geradas a partir de suas decisões, tanto as boas quanto as más.
O homem não é fatalmente levado ao mal; os atos que pratica não foram previamente determinados; os crimes que comete não resultam de uma sentença do destino. Ele pode, por prova e por expiação, escolher uma existência em que seja arrastado ao crime, quer pelo meio onde se ache colocado, quer pelas circunstâncias que sobrevenham, mas será sempre livre de agir ou não agir.
Assim, o livre-arbítrio existe para ele, quando no estado de Espírito, ao fazer a escolha da existência e das provas e, como encarnado, na faculdade de ceder ou de resistir aos arrastamentos a que todos nos temos voluntariamente submetido. Cabe à sua consciência combater essas más tendências.
Tenha plena responsabilidade por suas atitudes e saiba usar de seu livre-arbítrio. Por que os conhecimentos de Deus está dentro de você, logo você sabe o que é bom ou não para sua evolução. Saiba de seus limites, se conheça para saber lidar com seus limites, não cometa injustiças com o seu próximo e construa a sua própria história de vida, é essa a felicidade de Deus ver a sua criação evoluindo sozinha, por que ele nos fez perfeito e prontos para viver a vida como desejarmos e assim ir se transformando em um espírito de luz.
TV MUNDO MAIOR | Haila Vicente

segunda-feira, 30 de abril de 2018

“A RELIGIÃO DOS ESPÍRITOS. ”

Cada pessoa, na busca de sentido transcendente à própria vida, segue os preceitos espiritualistas que mais lhe convêm e professa a religião que melhor lhe serve aos propósitos.
Observam-se os mais diversos movimentos religiosos em todo o mundo, reflexos da diversidade sociocultural da humanidade e do heterogêneo nível evolutivo dos seres do nosso planeta.
Com relação às crenças dos desencarnados ocorre fenômeno interessante.  Muitos seres, após a morte, seguem professando, ainda que temporariamente, a mesma religião que cultivavam enquanto encarnados. Os espíritos ainda ligados aos condicionamentos e convencionalismos terrenos podem continuar, mesmo desencarnados, reféns de preconceitos e limitações a que se vincularam. Pode-se morrer para o corpo e não para as crenças e tradições cultivadas.
Existem nos planos extra físicos locais em que se reúnem e agrupam seres que compartilham as mesmas concepções religiosas. Tal ocorre por sintonia vibratória. Não somente durante a vida física, mas igualmente além das fronteiras da morte, continua havendo diversidade de crenças e práticas religiosas.
Inúmeros desencarnados não são espíritas. Em muitos países e em diversos povos nunca se ouviu falar de Espiritismo, portanto é natural e compreensível que, ao desencarnar, as almas pertencentes a esses grupos continuem professando a crença religiosa que manifestavam na Terra.
Muitos espíritos nem sequer têm consciência de que desencarnaram, permanecendo por períodos mais ou menos longos em relativa falta de lucidez, portanto temporariamente impedidos de cultivar qualquer forma de espiritualidade. Alguns, mesmo relativamente despertos, seguem condicionados a crenças restritivas e limitadoras, até que lhes seja possível maior nível de compreensão. Outros, mais evoluídos, por sua elevação, rumam a esferas de Luz muito acima da nossa capacidade de compreensão, onde a religiosidade se manifesta além de qualquer concepção humana.
O Espiritismo trouxe ao mundo nova fase de revelações da vida após a morte, retirando diversos véus que havia em torno da existência espiritual. Oferece-nos valiosas informações das mais diversas condições de vida que há nos planos sutis adjacentes à crosta planetária.
A Doutrina Espírita se mostra útil não apenas durante a encarnação, mas igualmente após a morte. Fornece valiosos ensinamentos que, ao serem vivenciados, transformam-se em patrimônio inalienável da alma, a qual se torna portadora de bênçãos que a acompanharão em qualquer plano onde se encontre.
A morte, como sabemos, nada mais é do que mudança de plano vibratório, quando o ser se despoja do envoltório material que usou durante a jornada terrena.
Quem morre continua sendo exatamente quem é, sem mudanças radicais em sua estrutura psíquica. À medida que se adapta à nova dimensão em que passa a viver, os horizontes de entendimento tendem a se ampliar, inclusive quanto às concepções religiosas. Aos desencarnados, livres do envoltório físico denso, torna-se mais fácil compreender certos conceitos espiritualistas, os quais para os encarnados ainda é de difícil assimilação, devido à hipnose que os sentidos físicos exercem na percepção do espírito.
Quem haja sido católico, protestante, muçulmano ou hindu, ao desencarnar, pode conservar os traços da sua religião, bem como os condicionamentos culturais a que se habituou. Há até mesmo os fanáticos que continuam, no Além, presos aos próprios preconceitos. Por outro lado, os seres mais evoluídos facilmente se libertam das injunções do meio a que se vincularam, experimentando a plenitude da vida espiritual. Quanto mais evoluída for a consciência, menos influência conservará do meio material em que viveu.
Existem, nos planos mais elevados, movimentos espiritualistas sem correspondência no mundo em que vivemos. As concepções religiosas mais avançadas para nossa humanidade são noções elementares se comparadas à sublimidade dos planos em que se situam os seres já sublimados no amor e na sabedoria.
Há casos em que os seres mais evoluídos professam, enquanto encarnados, determinada religião como instrumento de serviço e amor aos seus irmãos, sem qualquer apego a dogmas, limitações ou condicionamentos. Quando desencarnam, livres pela consciência pacificada, se despojam de qualquer resquício de crença restritiva, alçando voo aos planos sublimes a que fizeram jus pela pureza que os caracteriza.
Da mesma forma que ocorre aos encarnados, nos planos sutis do nosso planeta existem cultos religiosos, instituições filosóficas, escolas e cursos em que são estudados e ensinados princípios espiritualistas de diversos sistemas doutrinários. Mesmo com as ricas informações mediúnicas que nos foram ofertadas sobre a vida além da matéria, ainda há um universo desconhecido para nós acerca das condições de vida no Além, inclusive quanto às práticas religiosas dos espíritos.
Com relação aos desencarnados, quanto mais elevada for a região espiritual que habitem – reflexo do nível evolutivo que atingiram – mais próximos da verdade estarão os seres que lá vivem, e mais puras as suas manifestações religiosas. À medida que se elevam em consciência, mais se irmanam os seres, e não mais existem as barreiras que os separavam, diluídas pelo Amor universal.
O amor e a sabedoria caracterizam os espíritos superiores, qualquer que tenha sido a religião que hajam professado durante a encarnação. Enquanto na Terra, Francisco de Assis foi católico, Sathya Sai Baba hindu, Paramahansa Yogananda iogue e Chico Xavier espírita. Como espíritos, todos eles são almas libertas que viveram e continuam, além da matéria, inspirando a humanidade terrena e professando a Religião Cósmica do Amor.
Por: André de Paiva Salum. Fonte: União Espírita de Piracicaba.

domingo, 29 de abril de 2018

“NA INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL HÁ ESPÍRITOS LIGADOS AOS EMBRIÕES DESCARTADOS? ”

A reencarnação ocorre por dois meios: o natural e o artificial. Em outras palavras, pela comunhão sexual ou por fertilização artificial, esta última, frequentemente, quando um ou os dois cônjuges são estéreis.
No primeiro caso, isto é, na reencarnação natural, o Espírito reencarnante é atraído pelo campo vibratório que se forma durante a comunhão sexual. Já no segundo caso – uma reencarnação planejada – a ação da medicina, conjugada com a dos mentores espirituais, torna-se imprescindível para que a reencarnação se processe.
Esclarecem-nos os Mentores que a ligação do Espírito reencarnante se dá no momento da concepção, isto é, no momento em que o óvulo é fecundado. Referem-se, evidentemente, à concepção realizada por meios naturais, isto é, através da comunhão sexual. (1)
Pelo fato de ainda não existirem naquela época meios artificiais de fertilização, que só surgiram após o avanço da ciência, os Espíritos não desenvolveram a questão (não havia como se falar sobre algo que ainda não existia).
É certo que, junto com a equipe médica, uma equipe de técnicos espirituais em reencarnação acompanha com cuidado e contribui para o sucesso do procedimento.
Como se trata do retorno de espíritos para a vida física, os Mentores incumbidos da seleção e preparo dos espíritos reencarnantes fazem-se necessários.
No procedimento, os médicos preparam vários embriões que são escolhidos pela capacidade de desenvolverem-se ou não. Nesse aspecto, vê-se, tão somente, as condições orgânicas, puramente físicas da vida prosperar. Os que estiverem em melhores condições, poderão ter chance de desenvolver uma vida.
Quando existirem muitos embriões com condições favoráveis ao desenvolvimento, é possível mantê-los com vida latente por meio do congelamento, para que mais tarde possam ser utilizados na mesma mãe ou em outras incapazes de gerar, naturalmente, bem como em pesquisas. 
A legislação brasileira permite o congelamento e utilização em pesquisas de células-tronco. Sobre o descarte, ela é omissa. Senão, vejamos:
A Lei de Biossegurança (Lei 11.105/05), em seu artigo 5º, aduz que é “permitida, para fins de pesquisa e terapia, a utilização de células-tronco embrionárias obtidas de embriões humanos produzidos por fertilização in vitro e não utilizados no respectivo procedimento, atendidas as seguintes condições: (1) sejam embriões inviáveis; ou (2) sejam embriões congelados há três anos ou mais”.
Não há, portanto, permissão nem vedação expressa ao descarte de embriões humanos.
Do ponto de vista espiritual, a dúvida é – existe a presença de Espíritos ligados aos embriões quando são congelados?
A razão e a lógica dizem que não.
É um assunto controverso no meio espírita, pois existem confrades que defendem a ideia de que existem espíritos ligados à vida iniciante. Nessa linha de pensamento, o congelamento ou descarte de embriões implicaria em aborto.
Minha opinião coaduna-se com a de Richard Simonetti:
“O processo reencarnatório (no caso de inseminação artificial) se inicia quando há perspectiva de desenvolvimento da vida, a partir da implantação do óvulo fecundado no útero materno. Não consigo imaginar os mentores espirituais sustentando em uma geladeira, indefinidamente, uma reencarnação que não irá além do embrião.”. (2)
Assim, raciocinando, no caso de congelamento de embriões, o que há de fato é apenas vida orgânica, sem a presença de Espírito.
Acreditamos que o mesmo raciocínio seja válido para os embriões descartados.
Fernando Rossit- Fonte: Agenda Espírita

Referências Bibliográficas:
(1) O Livro dos Espíritos, questões 136-a (2) e 344 (1).
(2) Reencarnação, Inseminação Artificial – Richard Simonetti

sexta-feira, 27 de abril de 2018

MORTE E DESLIGAMENTO DO CORPO FÍSICO.

Morte física e desencarne não ocorrem simultaneamente. O indivíduo morre quando o coração deixa de funcionar. O Espírito desencarna quando se completa o desligamento, o que demanda algumas horas ou alguns dias.
Basicamente o Espírito permanece ligado ao corpo enquanto são muito fortes nele as impressões da existência física.
Indivíduos materialistas, que fazem da jornada humana um fim em si, que não cogitam de objetivos superiores, que cultivam vícios e paixões, ficam retidos por mais tempo, até que a impregnação fluídica animalizada de que se revestem seja reduzida a níveis compatíveis com o desligamento.
Certamente os benfeitores espirituais podem fazê-lo de imediato, tão logo se dê o colapso do corpo. No entanto, não é aconselhável, porquanto o desencarnante teria dificuldades maiores para ajustar-se às realidades espirituais. O que aparentemente sugere um castigo para o indivíduo que não viveu existência condizente com os princípios da moral e da virtude, é apenas manifestação de misericórdia. Não obstante o constrangimento e as sensações desagradáveis que venha a enfrentar, na contemplação de seus despojes carnais em decomposição, tal circunstância é menos traumatizante do que o desligamento extemporâneo.
Há, a respeito da morte, concepções totalmente distanciadas da realidade. Quando alguém morre fulminado por um enfarte violento, costuma-se dizer:
"Que morte maravilhosa! Não sofreu nada!"
No entanto, é uma morte indesejável.
Falecendo em plena vitalidade, salvo se altamente espiritualizado, ele terá problemas de desligamento e adaptação, pois serão muito fortes nele as impressões e interesses relacionados com a existência física.
Se a causa da morte é o câncer, após prolongados sofrimentos, em dores atrozes, com o paciente definhando lentamente, decompondo-se em vida, fala-se:
"Que morte horrível! Quanto sofrimento!"
Paradoxalmente, é uma boa morte.
Doença prolongada é tratamento de beleza para o Espírito. As dores físicas atuam como inestimável recurso terapêutico, ajudando-o a superar as ilusões do Mundo, além de depurá-lo como válvulas de escoamento das impurezas morais. Destaque-se que o progressivo agravamento de sua condição torna o doente mais receptivo aos apelos da religião, aos benefícios da prece, às meditações sobre o destino humano. Por isso, quando a morte chega, ele está preparado e até a espera, sem apegos, sem temores.
Algo semelhante ocorre com as pessoas que desencarnam em idade avançada, cumpridos os prazos concedidos pela Providência Divina, e que mantiveram um comportamento disciplinado e virtuoso. Nelas a vida física extingue-se mansamente, como uma vela que bruxuleia e apaga, inteiramente gasta, proporcionando-lhes um retomo tranquilo, sem maiores percalços.
Livro: Quem tem medo da Morte – Richard Simonetti

𝗖𝗢𝗠𝗢 𝗢𝗦 𝗥𝗘𝗟𝗔𝗖𝗜𝗢𝗡𝗔𝗠𝗘𝗡𝗧𝗢𝗦 𝗙𝗜𝗖𝗔𝗠 𝗔𝗧𝗥𝗘𝗟𝗔𝗗𝗢𝗦 𝗡𝗔𝗦 𝗥𝗘𝗘𝗡𝗖𝗔𝗥𝗡𝗔𝗖̧𝗢̃𝗘𝗦.

Os ajustes dos relacionamentos problemáticos de outras existências. Pelas reencarnações os espíritos têm a oportunidade de reestabelecer os ...