Na Doutrina Espírita não há rituais,
nem simpatias, nem imagens, nem amuletos, nem talismãs, nem cor de vestimenta
especifica...
Nós espíritas acreditamos que estas
coisas não trazem poder para as pessoas, essa expectativa de poder mágico que é
depositado nestas superstições não existe senão segundo O Livro dos Espíritos
na questão 552: na imaginação de pessoas supersticiosas, ignorantes das
verdadeiras leis da natureza.
Estas simpatias e superstições levam
as pessoas a buscarem segurança, melhoramento de vida em coisas materiais,
assim é um objetivo material do que moral. Não é comer um determinado tipo de
comida, ou vestir uma roupa de determinada cor, ou pular ondas, não é carregar
amuletos... que vai mudar aspectos da vida de um indivíduo.
No O Livro dos Médiuns, de Allan
Kardec, na segunda parte, cap. XXV, item 282-17ª, encontramos a seguinte
questão:
Pergunta: Certos objetos, como
medalhas e talismãs, tem a propriedade de atrais ou repelir os espíritos, como
pretendem algumas pessoas?
Resposta: Pergunta inútil, pois
sabeis que a matéria não exerce nenhuma ação sobre os espíritos. Ficais certos
de que jamais um espírito bom aconselha semelhantes absurdos. A virtude dos
talismãs, de qualquer natureza, só existe na imaginação das criaturas
supersticiosas.
Então, o que vai mudar a sua vida é a
sua atitude de querer muda-la. E não formulas, ou ritos, ou simpatias de final
de ano, réveillon.
O que temos que desenvolver em nós é
a capacidade que carregamos de decisão , de superação do que queremos de
melhorar em nossa vida. Temos que firmar a nossa fé na razão, acreditar em nós
mesmos, na ação dos bons espíritos, na harmonia universal, e acima de tudo em
Deus, e não em formulas materiais, em superstições, pois, como por exemplo:
você não vai se tornar uma pessoa com paz interior se você vestir uma roupa
branca no réveillon. A paz é uma conquista árdua que vamos construindo em nosso
espírito, porque para ofertar a paz temos que desenvolve-la em nosso interior,
pelo simples fato que não podemos dar o que não possuímos. Ou simpatias para
ganhar dinheiro, se não trabalharmos com dedicação não haverá dinheiro para
nosso sustento material. E assim com as demais simpatias e superstições.
O que precisamos para nossa vida é de
mudança de atitude. É praticar diariamente os ensinos que Mestre Jesus nos
trouxe, é saber servir sem esperar nada em troca, é sentir amor. O azar não
existe, o que existe é o merecimento perante as leis universais de um esforço
de boa conduta para a vida.
Para finalizar é preciso deixar claro
que nós espíritas não somos contra quem realiza simpatias, rituais, ou usa
amuletos... O conteúdo da postagem é para explicar o tema a luz do Espiritismo.
Alcione é a estrela central da
constelação de Plêiades.
No livro Amanhecer de Uma Nova Era, o
espírito Manoel Philomeno de Miranda, por meio da psicografia de Divaldo
Franco, nos faz conhecer no capítulo 16 um trabalho muito especial e de grande
magnitude, que está sendo realizado aqui no planeta Terra. Manoel Philomeno de Miranda, guiado por
Bezerra de Menezes, nos esclarece que:
Existem nobres Comunidades que se
encontram espalhadas na Terra, servindo de laboratórios especiais para a preparação da reencarnação
de espíritos vindo de Alcione. Manoel Philomeno de Miranda conta-nos a sua
visita a uma dessas sedes, chamada de Santuário da Esperança, localizada em uma
linda praia; sendo o Santuário da Esperança uma bela e colossal construção
fluídica, quase uma cidade espiritual, que apresentava expressiva movimentação
de entidades laboriosas, correspondendo a uma cidade terrestre de médio porte.
Edifícios de grandes dimensões, porém, não muito altos, multiplica-se,
encantando com as suas formas originais toda a paisagem urbana, adornada de
jardins com árvores que desconhecemos, enquanto que veículos diferentes dos
nossos, flutuam acima do solo em movimentação equilibrada, sem exageros de velocidade. Aves canoras de
belíssima plumagem, são vistas vez que outra, cortando o ar embelezando a
natureza, em si mesma rica de imagens coloridas.
Esses santuários vem sendo
construídos em muitos países da Terra, desde o fim do século passado, quando
começaram a hospedar nossos generosos amigos benfeitores vindos de Alcione.
Essas edificações exteriorizam uma luminosidade especial, por causa das
atividades superiores que são realizados
nestes locais; e uma projeção de especial claridade envolve toda a construção
para impedir qualquer tipo de invasão por seres inferiores.
É de algumas dessas edificações que
se tem partido os construtores da Era Nova. E outros espíritos missionários do
passado, virão diretamente para a Terra, deixando os seus redutos de iluminação
onde ora se encontram, para o mergulho direto no mundo celular.
O processo de transição apresenta-se,
há um bom tempo com fases específicas: as ocorrências sísmicas, que são de
todos os períodos, agora, porém, estão mais aceleradas, os sofrimentos morais
que vem de doenças geradas pelas próprias criaturas humanas, em razão de terem
optado pelos roteiros mais difíceis, as enfermidades dilaceradoras que
encontram campo de expansão naqueles que se encontram receptivos, as dores
coletivas resultantes dos interesses subalternos dos déspotas, dos ambiciosos,
dos que se fazem carrascos da humanidade, assessorados por outros semelhantes
que os mantêm na condição infeliz. E outros processos igualmente afligentes,
convidando todas as criaturas a reflexão em torno das mudanças que se estão
operando e que prosseguirão com mais severidade.
Jesus providenciou o retorno dos Seus
mensageiros que marcaram as suas épocas com as características de amor e
sabedoria, de modo que impulsionaram o progresso da humanidade até este momento
culminante, agora necessários para o grande enfrentamento com as heranças
enfermiças que permanecem na psicosfera do planeta, em razão da condição
primaria de alguns dos seus habitantes. Simultaneamente, torna-se indispensável
a presença de missionários de outra dimensão que, ao lado desses conseguirão
vencer as urdiduras e programações dos desastres morais, modificando a
estrutura moral da Terra, que irá elevar-se a situação mais própria a mundo de
regeneração.
À medida que os espíritos progridem,
as funções do corpo intermediário são absorvidas lentamente pelo ser imortal,
em face da desnecessidade de construir corpos com os sinais do processo
evolutivo, corrompidos, degenerados, limitados... Atingindo uma faixa mais
elevada, o ser espiritual proporciona o renascimento através de automatismo,
tendo como modelo a forma saudável e bela, cada vez mais sutil e nobre até
alcançar o estado de plenitude, o reino dos céus interior...
Esses espíritos vindos do outro orbe,
necessitam de algumas adaptações perispiritual para ficar compatíveis com a
vibração do planeta Terra, assim como também a adaptação à psicosfera do novo
domicílio temporário. Pois, do orbe de onde veem o estágio vibratório é
diferente do nosso. Deste modo, os que vem de fora do nosso sistema passam por
uma fase de adaptação perispiritual necessária ao êxito do ministério que irão
desempenhar, submetendo-se a experimentos especiais, de modo que a sua
adaptação ao novo corpo, que deverão modelar, seja menos penosa. Isto porque,
no orbe em que viviam as dores e enfermidades físicas não existem mais, na
condição de procedimentos depuradores, tornando-lhe indispensável condensar,
sintetizar no perispírito energias
próprias para poder habitar o planeta Terra.
Nesses laboratórios os espíritos do
outro orbe ficam sob forte jato de energia luminosa em concentração profunda.
Neste estado, concentrados nos objetivos que os traziam à Terra, desdobram as
características de expansibilidade perispiritual, neles quase que absorvidas
pelo espírito, a fim de poderem plasmar as necessidades típicas do veículo
carnal de que se revestiriam quando no ministérios reencarnatorio. Esta
operação delicada de remodelagem perispiritual faculta ao espírito o retorno
psíquico ao período em que as reencarnações eram-lhe penosas, e, portanto
imprimiam nos tecidos delicados da sua estrutura as necessidades evolutivas.
Enquanto o processo de recuperação
perispiritual nos moldes terrenos é realizado, ocorre que, aparelhos delicados
acoplados à cabeça, transmite acontecimentos planetários do nosso orbe, para
ele se acostumar com as ocorrências do cotidiano, com o objetivo de
facilitar-lhes o trânsito com os demais membros da grande família humana.
Essas construções haviam sido
programadas e executadas por engenheiros de Alcione que, antes da chegada dos
que se deveriam reencarnar, criaram os pousos onde ficariam preparando-se, para
depois poderem transitar na psicosfera terrestre, comunicando-se mediunicamente
e participando dos labores espirituais.
Esses espíritos missionários do orbe
de Alcione estarão reencarnado nas mais diversas áreas do conhecimento, assim
como nos mais variados segmentos da sociedade.
Amanhecer de Uma Nova Era.
Psicografia de Divaldo Franco. Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda-Fonte:
Blog Jardim Espirita
Noventa anos, dos quais 50 dedicados
ao espiritismo, mais de 250 livros publicados e 70 países visitados para
participar de palestras e conferências. Discípulo de Chico Xavier, o médium
baiano Divaldo Pereira Franco é considerado a principal liderança espírita da
atualidade.
Reconhecido pelo trabalho com jovens
carentes – já adotou 689 crianças e fundou, em 1952, a Mansão do Caminho,
espaço de 83 mil m² em Salvador que já acolheu 35 mil jovens em situação de
vulnerabilidade – ele é tomado por muitos como uma celebridade religiosa. Mesmo
com a fama, demonstra humildade por onde passa e diz que só prega uma coisa:
amor e tolerância.
Em visita a Porto Alegre no último
fim de semana para participar do 9º Congresso Espírita do Rio Grande do Sul, na
PUCRS, onde devotos formaram fila e choraram de emoção, Divaldo conversou com o
GaúchaZH sobre espiritualidade, felicidade e crise de valores.
Assista aqui a entrevista ou leia o
conteúdo a seguir:
— Apesar do avanço tecnológico, o
homem moderno não encontrou a paz que procurava. Ao possuir coisas,
defrontou-se com o vazio interior. Esse vazio somente é preenchido, como diria
Platão, através do autoconhecimento. No momento em que nos identificamos,
sabemos qual é a finalidade da vida — refletiu.
Confira os principais trechos da
entrevista:
O Brasil vive hoje um momento
difícil. Há uma crise político-econômica, a violência aumenta e enfrentamos
momentos de intolerância. Que leitura o senhor faz desse cenário?
Toda a vez em que a civilização
atinge um ápice de progresso, há uma curva de afirmação de valores. E
naturalmente, uma decadência. (Isso ocorre) Desde a antiga Babilônia até a
Europa moderna, que atingiu um alto nível na civilização e, no entanto, não
pode evitar duas guerras. É um fenômeno natural e histórico no processo da evolução.
Apesar disso, nunca houve na humanidade tanto amor, tanta bondade e tanto
sacrifício. A crise nos afeta muito. Mas é necessário descobrir os valores que
estão ocultos e que os exaltemos. A crise é uma preparação de mudança – de
natureza social ou tecnológica. É para a adaptação.
Como sair dessa crise e redescobrir
nossos valores?
Quando cada um de nós realizar uma
mudança de valores. Em vez de nos preocuparmos tanto com os valores externos,
com a posição social ou em atingir topo, (deveríamos) nos preocupar com a
harmonia interna. Com essa modificação, haverá um contágio de sentimentos.
O senhor já fez milhares de
conferências em quase 70 países. Quais os anseios e dificuldades que o senhor
nota em comum em pessoas de diferentes lugares?
O grande desafio da criatura humana é
a própria criatura humana. O indivíduo muda somente de nome e de endereço. Os
conflitos psicológicos, as ânsias e as necessidades emocionais são as mesmas,
porque falta às pessoas aquele conhecimento profundo de si para dar à sua vida
um objetivo e uma natureza existenciais. Apesar das conquistas tecnológicas, o
homem moderno não encontrou aquela paz que procurava. Ao possuir coisas,
defrontou-se com o vazio interior. Esse vazio somente é preenchido, como diria
Platão, através da observação daquela proposta de Sócrates: o autoconhecimento.
No momento em que nos identificamos, sabemos qual é a finalidade da vida.
O senhor é conhecido por dedicar a
vida a crianças em situação de vulnerabilidade social. Qual é o maior prejuízo
para uma criança furtada de condições dignas de alimentação, educação, higiene,
afeto e cuidado?
Surgem as patologias sociológicas do
abandono. A sociedade passa a ser detestada. E a criança que não recebeu vai
cobrar. Torna-se um vândalo e invariavelmente, sai marginalizado e vai para os
departamentos do crime e da droga. Nesses momentos, ele se torna um indivíduo
pernicioso à comunidade. Somos responsáveis pela violência. O que negamos aos
necessitados, eles vêm tomar pela força. É a lei do universo. Faltando a
cooperação, surge a violência.
Como resgatá-los?
Dando-lhes oportunidade. Amando-os.
Fazendo com que despertem para a vida. Com esse sentimento, eles se tornam
elementos úteis da sociedade e passam a ser membros de um novo corpo – o corpo
da era nova.
O senhor adotou muitas crianças. É um
pai para muitos…
Compreendi que não bastava dar
comida, roupa e escola. Era necessário dar segurança e carinho. Todos nós somos
carentes. Aquele que foi rejeitado ou que padeceu em função da orfandade tem
sede de amor muito grande. E como eu tinha sede de amor também, procurei
dar-me. Dar qualquer um faz, mas para dar-se é necessário renunciar ao ego para
tornar feliz o outro.
O senhor recebeu o título de
embaixador da paz no mundo em 2005 por uma universidade de Genebra, na Suíça.
De lá para cá, o que mudou?
A sociedade passou a perceber muito
os valores da vida. A ecologia desenvolveu valores adormecidos. O sentimento de
amor ampliou-se muito, particularmente aos animais. Não só evitando a
exterminação em massa de vidas que caminhavam para o extermínio, mas também o acompanhamento
deles para a solidão. Mudaram os sentimentos, que antes eram ególatras e
voltados para dentro. Ao amarmos o animal, facilmente iremos amar a criatura
humana.
O senhor dedicou a vida ao
espiritismo. Que mensagem o senhor traz da sua caminhada e do espiritismo, até
para que não é espírita ou não tem religião?
Que vale a pena amar. O amor
desabrocha através do respeito pela vida e se consolida pela amizade.
Posteriormente, pela aglutinação de sentimentos. Através desses sentimentos,
tornamos o mundo melhor e o ser humano se torna parte do universo. Ele (o ser
humano) o é (é parte do universo), mas não sabe. É como no caso do holograma:
cada pedaço tem o todo e o todo tem os pedaços. Nós carregamos o mundo dentro
de nós. Quando nos dermos conta de que somos cédulas utilíssimas dessa
realidade universal, mudaremos interiormente e voltaremos, com sentimento de
amor, em alta escala de progresso. E a vida será melhor.
O senhor já declarou que é melhor não
ter religião e ser digno do que ter religião e não ter dignidade. Por quê?
Muitas vezes a religião é um rótulo.
É como um produto que está designado por um nome mas, por dentro, tem outro
significado. A função da religião é apresentar a pedagogia da boa conduta. Por
isso, toda religião que não leva ao fanatismo é boa. Mas, invariavelmente, o
indivíduo tem a religião como ato social e não se impregna de todos os
postulados. Ou em outras vezes, não tem religião e tem sentimento de nobreza.
Se olharmos os grandes construtores da sociedade, veremos que não eram
religiosos. Sua religião era a prática do bem, o desejo de fomentar o progresso
e de promover o indivíduo ao status de cidadania.
Em 2014, o senhor publicou o livro
“Seja Feliz Hoje”. Como ser feliz hoje?
Ao realizar o estado de paz interior.
Confundimos a felicidade com o prazer. O prazer é fugidio, resultado da vida
sensorial. A felicidade é o aprofundamento de valores. Podemos ser felizes na
doença, na pobreza, na situação deplorável. Mas logo vem a ânsia do prazer. A
verdadeira felicidade é dar-se para que a vida seja útil. Quando ela se torna
útil a alguém, torna também ao indivíduo. É a proposta de Jesus Cristo: ele
veio para servir, e não se serviu de nós para evoluir. A lição dele está no
espiritismo, que nos oferece, na caridade, o meio de exaltação do self.
Buscamos sempre o prazer e esquecemos da felicidade. Muitas vezes temos as
respostas físicas, mas não temos a paz interior para a plenitude.
Há quem diga que hoje existe uma
obsessão pela felicidade e que é por isso que as pessoas se frustram. Como o
senhor avalia isso?
A felicidade é pelo ter. Corremos
atrás de coisas e esquecemos dos valores individuais. Muitas vezes renuncio a
determinado prazer para encontrar a paz. Somente quando nos preenchemos de
valores éticos é que as coisas perdem o significado. Elas têm o valor que nós
atribuímos. No momento em que a dor nos surpreende, esses valores desaparecem.
Mas quando temos certeza de que a dor é um apelo do universo para que nos
tornemos melhores, a felicidade aparece.
A felicidade envolve renúncia?
Sim. Sem a renúncia, não há
felicidade. A renúncia é prova de amor, não exigir que o outro seja como nós
queremos, mas ser feliz com aquilo que o indivíduo tiver. Qual a sua mensagem
para os espíritas e para quem não é também? Que procure tudo para fazer o bem
do outro. Quando mudamos, o mundo se transforma. Esperamos que os valores
venham das autoridades governamentais. Mas eles são cidadãos. Se foram felizes,
serão excelentes autoridades. Mas se tiverem caráter dúbio, acostumados ao
suborno das paixões, eles mudam somente de postura e pioram aquelas tendências.
Vale a pena amar, mas no sentido de tornar o outro feliz. Quando tornamos o
outro feliz, ficamos felizes.
A mudança é difícil?
Não. É questão de adaptação. Vivemos
um mundo de hábitos. Se algo me apraz, eu repito. Se me desagrado, cancelo. Se
coloco uma meta produtiva que me planifica, eu me adapto e isso se torna uma
realidade.
"Dando início a uma destas
reuniões mediúnicas num centro espírita orientado pela doutrina de Allá Kardec,
foi feita a prece a abertura por um dos presentes. Iniciando-se as
manifestações, pequenas mensagens de consolo e apoio foram dadas pelos desencarnados
aos membros da reunião. Quando se abriu o espaço destinado à comunicação de
Espíritos necessitados, ocorreu o inesperado, a médium Letícia fica sob a
influência de um Espírito...O dirigente Sr. Antenor, como sempre fez nos seus
vinte anos de prática espírita, deu-lhes as boas-vindas, em nome de Jesus.
- Seja bem-vindo, meu irmão, nesta
casa de caridade.
O espírito respondeu:
- Boa noite fio. Suncê me dá licença
pra eu me aproxima de seus trabaios, fio?
- Claro, meu companheiro, nosso
centro espírita está aberto a todos os que desejam progredir. – respondeu o
dirigente da mesa. Todos os presentes perceberam que a entidade comunicante era
um Preto-Velho. A entidade continuou:
- Vós mecê não tem ai uma bebida pra
eu bebê, fio?
- Não, não temos. Você precisa se
libertar destes costumes que traz dos terreiros, que é o de ingerir bebidas
alcoólicas. O espírito precisa evoluir – disse-lhe o Sr. Anestor.
- Vósmecê, num tem ai um pito? To com
vontade de pita um cigarrinho, fio.
- Ora meu irmão, você deve deixar o
mais breve possível este hábito adquirido nas práticas de terreiro, se é que
queres progredir. Que benefícios traria isso a você?
O Preto-Velho respondeu :
- Preto Veio gosto muito de suas
falas, mas suncê e mais alguns dos médiuns não faz uso do cigarro, fio? Suncê
mesmo num toma suas bebidinhas nos finar de semana? Vós mecê pode me explica a
diferença que tem o seu Espírito que beberica whisky do meu Espírito que quer
beber aqui dentro? Ou explica pra mim, a diferença do cigarrinho que suncês
fuma na rua, daquele que eu quero pita aqui dentro?
Sr.Anestor não pode explicar, mas
resolveu arriscar :
- Ora, meu amigo, nós estamos num
templo espírita é preciso respeitar os trabalho de Jesus.
Fio, ou se suncê preferi...Caro
dirigente, na escola espiritual da qual faço parte, temos aprendido que o
verdadeiro templo não se constitui nas quatro paredes a que chamais centro
espírita. Para nós, estudiosos da alma, o templo da verdade é o do Espírito. E
é ele que está sendo profanado com o uso do álcool e do fumo, como vêm
procedendo os senhores. Vosso exemplo na sociedade, perante os estranhos e
mesmo seus familiares, não tem sido dos melhores. O hábito, mesmo social, de
beber e fumar deve ser combatido por todos os que trabalham na terra em nome do
Cristo. A lição do próprio comportamento é fundamental na vida de quem quer
ensinar. Houve grande silencio diante de tal argumentação segura.Pouco depois,
o Espírito continuou :
- Suncê me adescurpa a visitação que
fiz hoje, e o tempo que tomei do seu trabaio. Vou-me embora pra donde vim, mas
antes, fio, queria deixa a suncêis um conseio: que tomem cuidado com suas
obras, pois, como diria Nosso Sinhô, tem gente coando mosquito e engolindo
camelos. Cuidado irmãos, muito cuidado. Preto-Véio deixa a todos um pouco da
paz que vem de Deus. Ficam meus sinceros votos de progresso a todos os que
militem nesta respeitável Seara.
Dado o conselho, afastou-se para o
mundo invisível. Dr. Anertor ainda quis perguntar-lhe o porque de falar
"daquela forma", mas não houve resposta. No ar ficou um profundo
silêncio, uma fina sensação de paz e uma importante lição para todos
meditarem."
(Isso aconteceu na Casa Espírita
Seara Bendita e foi repassada por uma das médiuns presentes)
"Várias vezes visitei com
Emmanuel e André Luiz, as regiões do Umbral... Não vi por lá uma criança
sequer, mas pude observar muitos pais que se responsabilizaram pela queda dos
filhos - mais pais do que mães!..."
Fazer filho qualquer homem pode
fazer. Mas ser PAI vai além de uma simples satisfação sexual. Há as
responsabilidades com aquele espírito que está voltando. E que, antes de ser
nosso filho, é filho de Deus.
Sabemos que muitos pais são
responsáveis, ás vezes, mais que as mães. A eles deixamos nosso respeito. Mas,
precisamos alertar os irresponsáveis. Infelizmente, nossa sociedade ainda é
machista. E grande culpa é de quem cria os meninos com este conceito. Observem
que, a mulher é "mãe solteira", o homem não recebe o título de
"pai solteiro". A mulher é chamada de "vadia, vagabunda, sem
vergonha", etc., e o homem de "garanhão". Não vemos homens
recebendo os mesmos títulos. Quem sofre com o estupro, é a mulher. Quem entra
na Justiça para buscar pensão é a mulher. Na certidão de nascimento vemos
"pai desconhecido" e não o contrário. Então, aos homens, diremos que,
se cuidem, pois na próxima encarnação poderão nascer num corpo feminino e nele
sofrer o mesmo abuso e desrespeito que estão fazendo as mulheres passarem, além
de passar um tempinho no Umbral. E para as mulheres diremos, cuidem-se,
valorizem-se e se acaso o homem que você escolheu para ser pai de seu filho não
correspondeu às suas expectativas, crie seu filho com dignidade e
responsabilidade. Pois, há muitas mulheres iludidas com os prazeres
"passageiro" do mundo e negligenciando a maternidade. Algumas delegam
a terceiros a guarda do filho em nome da "liberdade". Outras, quando
formam nova família descartam o filho do primeiro casamento. A estas dizemos:
"lembrem-se, vocês também responderão perante a lei divina."
Os encontros mais importantes, já
foram combinados pelas almas antes mesmo que os corpos se vejam… (Paulo Coelho)
Dizem que vivemos várias vidas… Se
formos analisar a vida do espírito, podemos dizer que vivemos uma só, ora em um
corpo físico e ora fora dele, na construção do Eu que se modifica e engrandece
nas várias existências, em diversos corpos e diversas “personalidades”, embora
essas nunca percam sua essência.
Uma vez conquistado ou aprendido um
atributo do espírito, como a paciência, resiliência, capacidade de perdoar,
etc., esses não se perdem. Carregamos sempre conosco esses bens espirituais,
nossos verdadeiros tesouros.
Não somos os mesmos de outras
existências físicas, assim como não somos os mesmos de 10 anos, 5 anos, 1 ano,
1 mês atrás. Pois estamos em constante mudança, crescimento e renovação íntima.
Mas os laços que criamos com aqueles que nos relacionamos não desatam, apenas
se esticam ou se afrouxam. E sendo a vida contínua, as histórias provavelmente
não terminam com a morte do corpo físico, e sim quando atingido seu objetivo.
E se formos considerar uma vida sendo
uma história construída com pessoas específicas, podemos considerar que em uma
existência física vivemos várias vidas, pois vivemos várias histórias com
pessoas distintas.
Hoje em dia tudo virou “carma”, seja
bom ou ruim. No caso do ruim sentimos, por exemplo, aquela impressão do “meu
santo não bate com o dele”, e enquanto não nos acertarmos com o outro podemos
sim viver a mesma história com a mesma pessoa por várias existências físicas.
(Pode ser então que eu tenha que suportar o mesmo marido ou mulher por várias
outras vidas além dessa?)
Temos que ter em mente que não
estamos aqui para suportarmos uns aos outros, e sim para aprendermos a amar.
Enquanto estivermos suportando ficamos presos, quando aprendemos a amar, nos
libertamos.Com relação ao carma bom, é aquela sensação boa de reencontro,
simpatia, alegria. O que faz com que queiramos nos relacionar com uns ao invés
de outros. Sendo a história do espírito uma escrita constante, ela não cessa
com as mudanças físicas, e sim retoma do ponto anterior, após uma pequena ou
longa pausa. Daí vem o especial, a saudade sem razão, as fortes emoções, etc.
Pois quando as almas vibram na mesma
sintonia elas se atraem e se reconhecem, independente dos corpos que habitam.
Perguntemos a Maria de Magdala, onde
e quando nasceu Jesus.
E ela nos responderá:
Jesus nasceu em Betânia. Foi certa
vez, que a sua voz, tão cheia de pureza e santidade, despertou em mim a
sensação de uma vida nova com a qual até então jamais sonhara.
Perguntemos a Francisco de Assis o
que ele sabe sobre o nascimento de Jesus.
Ele nos responderá:
- Ele nasceu no dia em que, na Praça
de Assis entreguei minha bolsa, minhas roupas e até meu nome para segui-Lo
incondicionalmente, pois sabia que somente ele é a fonte inesgotável de amor.
Perguntemos a Pedro quando deu o
nascimento de Jesus.
Ele nos responderá:
- Jesus nasceu no pátio do palácio de
Caifas, na noite em que o galo cantou pela terceira vez, no momento em que eu o
havia negado. Foi nesse instante que acordou minha consciência para a
verdadeira vida.
Perguntemos a Paulo de Tarso, quando
se deu o nascimento de Jesus.
Ele nos responderá:
- Jesus nasceu na Estrada de Damasco
quando, envolvido por intensa luz que me deixou cego, pude ver a figura nobre e
serena que me perguntava: Saulo, Saulo porque me persegue? E na cegueira passei
a enxergar um mundo novo quando eu lhe disse:
- Senhor, o que queres que eu faça?!
Perguntemos a Joana de Cusa onde e
quando nasceu Jesus.
E ela nos responderá:
- Jesus nasceu no dia em que,
amarrada ao poste do circo em Roma, eu ouvi o povo gritar: -Negue! Negue! E o
soldado com a tocha acesa dizendo: -Este teu Cristo ensinou-lhe apenas a
morrer?
Foi neste instante que, sentindo o
fogo subir pelo meu corpo, pude com toda certeza e sinceridade dizer:
- Não me ensinou só isso, Jesus
ensinou-me também a amá-lo.
Perguntemos a Tomé onde e quando
nasceu Jesus.
Ele nos responderá:
- Jesus nasceu naquele dia
inesquecível em que ele me pediu para tocar as suas chagas e me foi dado
testemunhar que a morte não tinha poder sobre o filho de Deus. Só então
compreendi o sentido de suas palavras:
Eu sou o caminho, a verdade e a vida.
Perguntemos à mulher da Samaria o que
ela sabe sobre o nascimento de Jesus.
E ela nos responderá:
- Jesus nasceu junto à fonte de Jacob
na tarde em que me pediu de beber e me disse:
- Mulher Eu posso te dar a água viva
que sacia toda a sede, pois vem do amor de Deus e santifica as criaturas.
Naquela tarde soube que Jesus era realmente um profeta de Deus e lhe pedi:
- Senhor, dá-me desta água.
Perguntemos a João Batista quando se
deu o nascimento de Jesus.
Ele nos responderá:
- Jesus nasceu no instante em que,
chegando ao rio Jordão, pediu-me que o batizasse. E ante a meiguice do Seu
olhar e a majestade da sua figura pude ouvir a mensagem do Alto:
- "Este é o Meu Filho Amado, no
qual pus a minha complacência! " Compreendi que chegara o momento de Ele
crescer e eu diminuir, para a glória de Deus.
Perguntemos a Lázaro onde e quando
nasceu Jesus?
Ele nos responderá:
- Jesus nasceu em Betânia, na tarde
em que visitou o meu túmulo e disse:
- Lázaro! Levanta. Neste momento
compreendi finalmente quem Ele era...
A Ressurreição e a Vida!
Perguntemos a Judas Iscariotes quando
se deu o nascimento de Jesus.
Ele nos responderá:
- Jesus nasceu no instante em que eu
assistia ao seu julgamento e a sua condenação. Compreendi que Jesus estava
acima de todos os tesouros terrenos.
Perguntemos a Bezerra de Menezes o
que ele sabe sobre o nascimento de Jesus.
E ele nos responderá:
- Jesus nasceu no dia em que desci as
escadas da Federação Espírita Brasileira e um homem se aproximou dizendo:
- Vim devolver-lhe o abraço que me
deste em nome de Maria, porque renovei minha fé e a confiança em Deus. Foi
naquele instante que percebi a Sua misericórdia e o Seu imenso amor pelas
criaturas.
Perguntemos, finalmente, a Maria de
Nazaré onde e quando nasceu Jesus.
E ela nos responderá:
-Jesus nasceu em Belém, sob as
estrelas, que eram focos de luzes guiando os pastores e suas ovelhas ao berço
de palha. Foi quando segurei em meus braços pela primeira vez que senti se
cumprir a promessa de um novo tempo através daquele Menino que Deus enviara ao
mundo, para ensinar aos homens a lei maior do amor.
Agora pensemos um pouquinho: E para
nós, quando Jesus nasceu?
Pensemos mais um pouquinho: E se
descobrirmos que ele não nasceu?
Então, procuremos urgentemente fazer
com que ele nasça um dia destes, porque, quando isso acontecer, teremos
finalmente entendido o Natal e verdadeiramente encontrado a luz.
FONTE: Texto retirado da apostila de
Evangelização Infantil da Aliança Espírita Evangélica
As emoções são propriedades físicas
geradas a partir do organismo corpóreo e da ligação à matéria que espíritos
imperfeitos ainda possuem. Raiva, tristeza, medo, dor, calor, frio; emoções
essas como a mágoa e o rancor.
Os aborrecimentos surgem de
experiências desagradáveis ou traumatizantes. O desgosto pelos obstáculos ou
desapontamentos da vida causados pelo outro deixa o espírito amargurado e
preenchido com o ódio irracional e os instintos primitivos que os distanciam da
elevação moral.
Nas relações entre os espíritos
encarnados, muitos das mesmas famílias, a mágoa é algo recorrente dentro do
plano de provas e expiações. É comum, inclusive, existir uma encarnação
dedicada para que ambos os espíritos reparem suas ligações buscando o perdão.
Lições de um espírito obsessor
O rancor pode ainda existir, tanto em
quem ficou no mundo físico, quanto aquele que está no plano espiritual. Não
deixa de ser descartados nesses casos a obsessão mútua. As emoções exacerbadas
perpetuam o ressentimento e formam uma ponte entre as consciências, uma
atrapalhando a outra.
Para a pessoa encarnada, a mágoa pelo
espírito desencarnado pode influenciar no controle de seus instintos, impedindo
o uso da razão e da liberdade com responsabilidade. O temperamento instituído
pelo condicionamento das emoções podem
alimentar prejudicialmente o rancor.
QUAL A VISÃO ESPÍRITA SOBRE RANCOR?
É necessário compreender o próximo e
sobrepor os sentimentos e a espiritualidade à mágoa que adquirimos. Apesar das
oportunidades de várias encarnações é fundamental aplicarmos o perdoar hoje.
Para a libertação de ambos, encarnado e desencarnado, a quebra das emoções
instintivas como o rancor proporcionará melhores aprendizados futuros.
Jesus nos deixou um valioso ensinamento,
perdoar setenta vezes sete, ou seja, incansavelmente, não importa os erros
cometidos. O perdão é nobre e libertador, pois é um sentimento descendente do
espírito e um valor preciso por ser uma prática de amor.
Qual a visão espírita da possessão?
Se a mágoa ou o rancor pelo irmão
espiritual desencarnado lhe aflige, ore por ambos. Peça a iluminação dos
mentores em busca da clareza dos sentimentos. Perdoe aquele que possa ter te
magoado no passado e que qualquer mal seja irrelevante diante do amor de Jesus.
Em prece, vibre amor e proteção pelo
desencarnado. Que a espiritualidade superior o receba e o preencha de luz.
Através de seus pensamentos perdoe todos os ressentimentos, seu recado chegará
até o plano espiritual, assim como o perdão e o amor emanado. Livre-se agora
das mágoas e rancores e viva com o amor de Jesus.
Muitas pessoas carregam marcas de
nascença, chegando a virar até uma identidade pessoal em alguns. E vem a
curiosidade sobre a marca, do por que dela. No entanto, a curiosidade é algo
inevitável para que tem marca de nascença. No entanto, será que estamos realmente
preparados para saber da sua origem?
Na visão espírita as marcas, os
sinais, as manchas de nascença, são indícios que evidenciam uma vida anterior,
à vida atual, ou seja, é uma evidência da reencarnação.
Quanto maior o trauma, ou ferimento
de grande intensidade, e pouco tempo antes da morte, ou qualquer outra causa
que afetou profundamente o emocional do indivíduo como uma queimadura, ou
ferida, ou determinados tipos de morte trágica, acidentais... Pode deixar
marcas que atingem de certa forma o corpo espiritual, isto é, o perispírito; a
intensidade emocional do acontecimento, cria uma marca semelhante no
perispírito; então as informações que o perispírito carrega, transmite para o
corpo que está se formando na gestação, dessa vez com a marca. Ou seja, o
Espiritismo nos esclarece que as marcas de nascença existem por causa de
experiências vivenciadas com muita intensidade emocional em alguma vida
passada, e tais experiências intensas ficam gravadas na consciência do
espírito, que não superou tal acontecimento, e assim quando tal espírito
reencarna novamente ainda carregando tais lembranças transporta para o corpo
físico em forma de marca tais experiências do seu passado na matéria, para
superar tais acontecimentos do passado com as experiências adquiridas na vida
atual.
Por que não lembramos do
acontecimento que causou tais marcas? Por que não lembramos das nossas vidas
passadas?
Deus, como um pai que protege os seus
filhos, e em Sua Infinita Sabedoria, sabendo que AINDA não somo capazes de
superar o nosso passado nem de aceitar o passados das outras pessoas, Lançou o
véu do esquecimento sobre nós; o fato de não lembrarmos do passado é porque não
seria interessante para nós. As lembranças do passado só vem quando
necessitamos realmente e quando Deus permite lembrarmos ou receber informações
do nosso passado para o nosso próprio bem, em que vai ter proveito para algum
entendimento que estejamos necessitados. E a espiritualidade benfeitora nos
informa que nem sempre estamos preparados para saber a origem de tais marcas,
que é melhor a vida seguir, e não dar tanta importância para as marcas, porque
algumas vezes podemos ficar abalados com tais informações da sua origem, e não
sermos maduros o bastante para saber administrar tais informes.
O que se tem a fazer é conviver com
tais marcas, no entanto, quando se estiver liberto do corpo físico pelo
desencarne, as marcas vão desaparecer do perispírito a medida em que o espírito
compreender os fatos e for se depurando, isto é, for removendo as suas
impurezas, as suas imperfeições, os seus erros; pois cada vida é uma história,
embora acontecimentos tenham marcado o individuo de tal forma que reflete no
corpo físico atual, estes fatos tem que ser superados, pois o passado existe
para ser aceitado e superado, existe para que o perdão seja exercido tanto para
com outros como a si mesmo. A curiosidade bate obviamente, mas é esta
curiosidade que diz: “É passado, estou em uma nova vida, em uma nova
oportunidade, em uma nova experiência. Isto passou”.
Nós espíritas sabemos que existe algo
muito mais importante do que um capricho de curiosidade, que é dedicarmos ao
nosso aperfeiçoamento com os ensinos de Jesus Cristo, e assim seguir cada vez
mais o caminho do bem, da caridade do amor ao próximo, é compreender a nós
mesmos para nos elevarmos e ir depurando, limpado o espírito das suas
imperfeições, dos seus erros, sabemos que devemos viver para nos aprimorar
sempre deixando para traz os traumas que o espírito carrega, para ir educando-o
para o autoprogresso. O que tem que ser motivo de nossa curiosidade é Jesus,
que os seus ensinamentos nos ensina a descobrir a nós mesmos, a nos superar, a
deslumbrar novos horizontes, a ter a vontade de fazer nossa própria luz brilhar
e assim desfazermos das nossas imperfeições e lembranças amargas do passado.
Lembrando que é apenas com a
permissão de Deus que podemos saber de algo do passado, ninguém está apto para
decifrar o passado de ninguém, apenas se Deus assim o permitir, e Deus só
permite quando é necessário. Pois, se for por termos de curiosidade, Ele sabe
que não é necessário. Precisamos nos aceitar. Deus sabe o que Faz. E Jesus é o
remédio para tudo, pois é com ele que tudo compreendemos.
Uma das maiores tristezas que pode
vivenciar o espírito que acabou de desencarnar é ver e sentir, do plano
espiritual, o que seus filhos ou parentes mais próximos fazem pela herança que
ele deixou.
Em O Livro dos Espíritos se diz que o
espírito desencarnado, que acabou de ascender à pátria espiritual, pode ver e
sentir claramente as ações e comportamentos dos seus parentes e das pessoas
mais próximas. O espírito pode não apenas ver tudo, como sentir tudo o que
acontece. Ele pode captar facilmente o sentimento daqueles que ficaram. Pode
sentir a emoção de cada um em seu próprio enterro; pode desvendar as intenções
mais ocultas de cada um dos presentes; pode perceber de forma transparente a
falsidade daqueles que antes lhe sorriam e agora agradecem sua partida; pode
entrever com exatidão o interesse mesquinho daqueles que ficaram na Terra e só
pensam em bens e dinheiro; pode também sentir o desprezo que cada pessoa tem
por ele, as más intenções e pode captar com clareza o desejo pelo desencarne
rápido para que assim o encarnado possa ter acesso a herança.
O recém-desencarnado finalmente
percebe as futilidades da vida humana; ele vê como é a vida espiritual e
entende como a vida na matéria era apenas um campo de miragens, de ilusão, onde
tudo passa e onde nada é eterno. Por isso, ele compreende dentro de si o quanto
as brigas terrenas pelo dinheiro, pelo poder, pelas posses, por estar certo,
por fazer tudo do seu jeito, pela fama, pelo sucesso, etc… o quanto tudo isso é
desnecessário e não traz nada de positivo ao espírito. Ao ter contato com a
realidade espiritual ele percebe um universo de infinitas possibilidades que se
descortina diante dele… Dessa forma, ele constata o caráter banal e pueril das
brigas pelos bens materiais.
O espírito toma consciência de um
reservatório infinito de bênçãos espirituais que existe a sua disposição…
aquilo que podemos descrever como a paz infinita e a felicidade infinita.
Apenas para efeito de comparação, é possível comparar a vida espiritual com um
oceano imenso… e as coisas que tanto valorizamos na terra como sendo apenas um
copinho de água. Esse copinho de água não mata nossa sede e mesmo depois que o
bebemos, após um tempo já estamos com sede novamente. O espírito que percebe
seus filhos e parentes brigando pela herança que ele deixou se entristece
muito, pois considera essa briga semelhante a duas pessoas se digladiando por
um pequeno copinho de água ao lado de um oceano sem limites. Como ainda não
percebem o oceano infinito ao seu lado, eles se matam pelo copinho de água que
não sacia sua sede. Ao invés de matarem sua sede com as águas sagradas da fonte
universal da vida, eles ficam brigando pelo copinho de água, que simbolizam os
bens materiais, o sentimento de posse, o egoísmo, o orgulho, a boa fama, o
desejo pelo elogio, o desejo pelo afeto, o apoio emocional em coisas e pessoas,
as brigas, disputas e exigências que o ego faz para se satisfazer, etc.
O espírito que agora compreende as bênçãos
infinitas de Deus vê tudo com tristeza, porém se é um espírito mais elevado,
não se deixa abalar por isso… Ele compreende que os encarnados enfurecidos
pelas disputas de herança ainda tem um longo caminho pela frente em sua
aprendizagem e quanto mais tempo demorarem para perceber a pequenez de tudo
isso… mais vão sofrer no vale da lágrimas da existência material. O espírito
finalmente consegue compreender o quão estéril são essas brigas… ele vê tudo
tal como o adulto percebe a briga de duas crianças que se batem para ver quem
vai ficar com o doce… Briga essa que não tem a menor importância diante de tudo
o que elas têm pela frente em suas vidas.
Não se esqueça que os espíritos
desprendidos da matéria podem ver e sentir tudo o que se passa conosco; eles
captam até mesmo nossas mais ocultas intenções. Eles enxergam com clareza
nossas falsidades, nossa ganância e o caráter medíocre de nossas disputas pela
herança e por todas as demandas da vida material. O que os espíritos costumam
dizer a esse respeito é que ninguém deveria se rebaixar por tão pouco… ninguém
deveria se materializar mais do que já está materializado… nenhum espírito
encarnado deveria se preocupar com questões tão pequenas e grosseiras… e se
desentender, se digladiar, se desrespeitar ou ficar aflito para receber os bens
daquele que se foi… Isso não apenas entristece o espírito que já não está mais
entre nós, como nos degrada moralmente e espiritualmente.