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domingo, 31 de dezembro de 2017

“ANO NOVO NA VIISÃO ESPÍRTA”

Serão novos os anos que passam, os séculos e os milênios que se sucedem na ampulheta do tempo?
Não são. O tempo, qual o concebemos, não passa de uma ilusão. Não há tempos novos, nem tempos velhos. O tempo é sempre o mesmo, porque o tempo é a eternidade. Todas as mudanças que constatamos em nós e em torno de nós, são produto da transformação da matéria. Esta, realmente, passa por constantes modificações. A mutabilidade é inerente à matéria e não ao tempo.
A matéria é volúvel como as ondas e instável como as nuvens que se movimentam no espaço assumindo variadas conformações que se sucedem numa instabilidade constante.
O nosso envelhecimento não é obra do tempo como costumamos dizer. É a matéria que se vai transformando desde que entramos no cenário terreno. Nascemos, crescemos, atingimos as cumeadas do desenvolvimento compatível com a natureza do nosso corpo. Após esse ciclo, as mudanças tornam-se menos rápidas. Há como que ligeiro repouso. Depois, segue-se a involução, isto é, o curso descendente que nos leva à velhice, à decrepitude e à morte, quando esta não intervém acidentalmente, pelas moléstias, cortando o fio da existência em qualquer de suas fases.
Todos esses acontecimentos nada têm que ver com o tempo. Trata-se de manifestações da evolução da matéria organizada, vitalizada e acionada pela influência do Espírito.
O Espírito é tudo. Por ele, e para ele, é que as moléculas se agrupam, se associam, tomando forma, neste ou naquele meio, na Terra ou em outras infinitas moradas da casa do Pai, que é o Universo.
Na eternidade e na imensidade incomensurável do espaço, o Espírito se agita procurando realizar o senso da Vida, que é a evolução. Para consumá-la percorre as incontáveis terras do céu. Veste e despe centenas de indumentos, assumindo milhares de formas e aspectos.
A matéria é o instrumento, é o meio através do qual ele consegue a sua ascensão ininterrupta.
Nada significam, portanto, os anos que passam e os anos que despontam nos calendários humanos. O importante na vida do Espírito são as arrancadas para a frente, são as etapas vencidas, o saber adquirido através da experiência, e as virtudes conquistadas pela dor e pelo amor. O que denominamos – passado – é apenas a lembrança de condições inferiores por onde já transitamos. De outra sorte – o futuro não é mais que a esperança que nutrimos de alcançar um estado melhor. O presente eterno eis a realidade.
Encaremos assim o tempo e, particularmente, o ano novo que ora se inicia. Façamos o propósito de alcançar no seu transcurso a maior soma possível de aperfeiçoamento.
É o que, de coração, desejamos aos nossos leitores.
(Vinícius. Em: Na Seara do Mestre)


sábado, 30 de dezembro de 2017

“O QUE É LÍCITO, (O QUE PODEMOS) PEDIR AOS ESPÍRITOS? ”

Há pessoas que procuram na religião a satisfação utilitarista. Acreditam que a religião deverá lhes dar a vitória, o sucesso, a felicidade para essa vida, e a salvação eterna para a outra. Hoje, algumas seitas religiosas pregam isso abertamente, e convidam os que querem deixar para traz a infelicidade, o fracasso, a se unirem a elas.
Algumas pessoas chegam a dizer, que resolveram mudar de religião, para serem felizes. No dia a dia dos centros espíritas temos deparados com essa situação. Muitos o procuram no desejo de obter benefícios imediatos, como: curas, enriquecimento, conquistas amorosas, anular um desafeto, e outras coisas mais.
Contudo, a finalidade do Espiritismo não é o de arranjar a vida das pessoas. Os espíritos superiores, embora nos amem e nos auxiliem, não são serviçais à nossa disposição para os pequenos interesses humanos.
Quando as pessoas insistem nesses pedidos, e não percebem o extraordinário novo campo de visão que se lhe abre à frente, acabam por perder a proteção dos bons espíritos, e os maus, os ignorantes tomam conta da situação, pois estão sempre prontos a atender a todos os pedidos, mesmo os injustos. Esses espíritos podem satisfazer certos pedidos, porém cobram muito caro a satisfação concedida.
Quando Jesus de Nazaré ofereceu a Água Viva do Evangelho para a mulher samaritana, afirmando que quem bebesse da água que ele oferecia nunca mais teria sede, a mulher pediu para que o Rabi Galileu lhe desse da tal água, porque assim ela não precisaria buscá-la diariamente. Ela não compreendeu que o Mestre não a isentava do trabalho, das lutas evolutivas, do aperfeiçoamento, mas alargava os seus horizontes espirituais.
O que devemos procurar no Espiritismo? Devemos procurar a elevada compreensão do processo que é a vida. O Espiritismo oferece essa compreensão. Ele é, no dizer de Herculano Pires, a plataforma para as novas conquistas da humanidade.
É proibido, então, à mãe que chora a perda de seu filhinho, buscar notícias que a console? É proibido ao homem que vê a esposa doente, em risco de vida, pedir a cura ou a esperança? Aquele que não consegue um emprego e precisa sustentar a família não pode pedir aos espíritos que o ajude a se empregar? O homem de negócios que está atormentado pelos fracassos sucessivos, não pode ir buscar orientação junto a uma casa espírita? Nada disso é proibido, e é natural que o centro espírita preste esse socorro e vários outros, mas é preciso que ensine a libertação, ou seja, o conhecimento espírita. É preciso que compreendam que os espíritos não fazem pelo homem, aquilo que ao homem compete fazer.
É comum ao ser humano, o desejo de se ver liberto das dores, angústias e dificuldades. É comum procurarem meios mais ou menos mágicos para resolver seus problemas. No Espiritismo não poderia ser diferente. Quase sempre, aqueles que se decepcionam com a Doutrina Espírita e a abandonam, são os que querem soluções mágicas. Não existem soluções sem esforços, luta, trabalho.
Não raro a dor, o problema aparentemente insolúvel, é o chamamento para uma nova postura, um novo caminho, um novo ideal. O fato de sermos espíritas ou médiuns, não nos dá privilégios, e sim responsabilidades. Não feche os olhos para a luz. Não peça o que o Espiritismo não lhe pode dar, e não se decepcionará com ele.
Amílcar Del Chiaro Filho
Fonte:  Portal do Espírito


“QUAIS OS MOTIVOS QUE NOS LEVAM A CASA ESPÍRITA? ”

E o que acontece? Assistimos palestras, recebemos o passe, tomamos água fluidificada, Trabalho Mediúnico e vamos embora. .🤔Somos espíritas apenas dentro da Casa Espírita, estas atitudes irão se repetir por longo tempo. Mas à medida que vamos estudando e compreendendo melhor os ensinamentos espíritas, sentimos que necessitamos nos integrar mais nas ações de reforma moral da sociedade, e nada melhor para fazermos isso do que iniciando por nós mesmos, ou seja, que sejamos espíritas na convivência com o mundo, e isso nos leva à nossa reforma moral.
Todo espírita estudioso caminha neste sentido, porque compreende que o Espiritismo como filosofia busca atingir o seu mais nobre objetivo, que é a reforma moral da criatura.
A grande maioria dos livros escritos pelas vias mediúnicas são ricos de ensinamentos e verdadeiros tratados de saúde mental, com uma terapia baseada no Evangelho de Jesus e na Codificação Kardequiana.
Livros como: “Autoconhecimento”, “O Homem Integral”, “O Ser Consciente”, “Espelho D’alma”, “Momentos de Renovação” e outros não necessariamente espíritas, nos indicam a importância da Reforma Íntima, ou renovação de atitudes, como fator essencial para alcançarmos o progresso moral e espiritual, visando à nossa felicidade relativa.
Duas afirmativas nos chamam à reflexão:
1. Renovação de atitudes...
Um jovem foi ao médico, queixando-se de dores abdominais. Tendo sido atendido pelo médico, este atencioso, realizou exames, fez entrevistas, e ao final chegou ao diagnóstico: Cirrose hepática, doença do fígado por ingestão de bebida alcoólica. Enfermidade conhecida e facilmente tratável, receitou um tratamento, onde o paciente deveria tomar uma medicação, fazer caminhadas diárias, ao final da caminhada realizar algumas ginásticas.
O paciente saiu satisfeito pois veria-se livre de suas dores. Ao final de um mês, retornou novamente o paciente ao consultório médico, onde o doutor o atendeu solícito.
Há doutor! O tratamento não deu resultado, pois continuo a sentir dores. O profissional estranhou, pois tinha confiança em seu diagnóstico, mas voltou a examiná-lo.
- O senhor tomou o remédio que lhe receitei? Sim senhor doutor, certinho, três vezes ao dia!
- O senhor fez as caminhadas para melhorar a circulação? Cinco quilômetros todos os dias doutor!
- O senhor fez as ginásticas como recomendado? Uma hora diária após as caminhadas doutor!
- O senhor parou de beber? Não doutor... doutor continua doendo...
A medicina terrena trata das enfermidades do corpo físico, o Espiritismo trata das enfermidades do espírito (estando ele encarnado ou não). O médico nos escuta, analisa, faz exames e nos recomenda um tratamento. A Casa Espírita, nos escuta, analisa, consola, e também nos recomenda mudanças de atitudes; mas esta vai mais além em nosso benefício, pois nos fornece o passe magnético, a água fluidificada e em alguns casos tratamentos de desobssessões.
Mas assim como no caso do paciente enfermo, se quisermos melhorar, cumpre que façamos a nossa parte mudando as nossas tendências negativas, ou ficaremos indefinidamente tomando remédios, realizando caminhadas, fazendo ginásticas, recebendo passes, tomando água fluidificada...
Emmanuel, em uma de suas mensagens no diz: “O pastor conduz o seu rebanho, mas são as ovelhas que andam com as próprias pernas”.
2. Felicidade relativa...(Em virtude da afirmativa de Jesus – “A felicidade não é deste mundo” Bíblia/Eclesiastes, Evangelho Segundo o Espiritismo/ Capítulo V, item 20). Analisando esta afirmativa do Cristo apenas pela letra que mata e não pelo espírito que vivifica, muitos apressados, inimigos do estudo e cultores do negativismo atribuem que estamos na Terra para sofrer, que este é um vale de lágrimas, aqui só há dores e aflições, etc. Semelhantes afirmativas são no mínimo equivocadas e inconsequentes, pois espalham o desânimo, pessimismo, descrença, resignação incondicional.
A nossa razão nos mostra que podemos e temos momentos felizes mesmo no estágio evolutivo em que nos encontramos, pois quem não fica feliz com um casamento? O nascimento do primeiro filho? Uma formatura? O primeiro emprego? No aniversário, receber aquele presente tão esperado? Jesus, profundo conhecedor, não iria contrariar as Leis Naturais, negando estes fatos. Ele se referia tão somente à felicidade plena, que é atributo apenas dos Mundos Felizes e Angélicos.
Sabemos então que para evoluirmos espiritualmente temos que realizar a nossa Reforma Íntima, mas algumas perguntas nos assaltam:
• O que é Reforma Íntima? Ela deve ser compreendida como a chave mestra para o sucesso de sua melhora interior e, consequentemente, da sua felicidade exterior.
• Para que serve? Renovar as esperanças interiores tendo por meta o fortalecimento da fé, a solidificação do amor, a incessante busca do perdão, o cultivo dos sentimentos positivos e a finalização no aperfeiçoamento do ser.
• O que fazer? Realizar atos isolados, no dia-a-dia levando-nos a melhorar as nossas atitudes, alterando para melhor a nossa conduta aproximando-a tanto quanto possível do ideal cristão.
• Por onde começar? Pela auto crítica.
• Como fazer a reforma íntima? Bem .....
(Cairbar Schutel – “Fundamentos da Reforma Íntima” Abel Glaser).
Embora uma linha de pensadores espíritas entenda que os meios de o conseguir é obra e esforço de cada um, as obras literárias estão repletas de indícios e dicas.
Em “O Livro dos Espíritos” no capítulo Conhecimento de si mesmo, à pergunta 919, Allan Kardec questiona aos Espíritos:
- Qual o meio prático mais eficaz que tem o homem de se melhorar nesta vida e de resistir à atração do mal?
“Um sábio da antiguidade vo-lo disse: Conhece-te a ti mesmo.”
Allan Kardec, profundo conhecedor das deficiências humanas, investiga mais a fundo no desdobramento da questão acima.
919a) - Conhecemos toda a sabedoria desta máxima, porém a dificuldade está precisamente em cada um conhecer-se a si mesmo. Qual o meio de consegui-lo?
“Fazei o que eu fazia, quando vivi na Terra: ao fim do dia, interrogava a minha consciência, passava revista ao que fizera e perguntava a mim mesmo se não faltara a algum dever, se ninguém tivera motivo para de mim se queixar...(SANTO AGOSTINHO).( O Livro dos Espíritos - Allan Kardec)
Parece resultar daí que o conhecimento de si mesmo é, a chave do progresso individual.
(esta é uma tarefa que compete a cada um individualmente).
Ocorre-nos lembrar de Benjamin Franklin, Estadista, escritor e inventor norte americano (inventor do para-raio, Boston 17-01-1706 - Filadélfia 17-04-1790).
Benjamin Franklin era um tipógrafo na Filadélfia homem fracassado e cheio de dívidas, achava que tinha aptidões comuns mas acreditava que seria capaz de adquirir os princípios básicos de viver com êxito, se pudesse apenas encontrar o método certo. Método este encontrado e relatado em seu livro a “Autobiografia de Benjamin Franklin” (1771-1788).
Benjamin Franklin, em sua juventude era um homem de muita inteligência e perspicácia, apesar de ter estudado apenas até o segundo ano primário. Era hávido por conhecimento e lia muito, estudava e escrevia ensaios e poesias.
Estudava sobre tudo que lhe interessava, principalmente sobre os grandes vultos da história de todos os tempos. Por isso mesmo tinha uma grande cultura e um conceito moral muito rígido, e cobrava-se muito, bem como, cobrava aos outros a mais correta e ilibada conduta.
Em suas reuniões sociais, tecia críticas francas e ácidas sobre todos os deslizes de seus colegas, sentindo um prazer mórbido em derrotar verbalmente aos seus oponentes, fato que ao longo do tempo foi deixando-o só e isolado nas reuniões a que eram “obrigados” a convidá-lo pelo seu cargo político.
Sentindo o peso deste isolamento, em conversa com um amigo muito chegado, comentou esta aversão das pessoas de seu convívio.
Tendo sido localizada a causa deste sentimento de aversão, com uma tenacidade que só as almas valorosas possuem, empreendeu luta acirrada ao combate às suas imperfeições.
Mas por mais que se esforçasse, controlava uma imperfeição mas caía invariavelmente em outra, quando esta outra recebia a sua atenção novo deslize fazia-o tropeçar, e a situação não avançava. Era como se estivesse tentando reter água com as mãos que, não obstante, escorria por entre seus dedos.
O isolamento continuava e até acentuava-se.
Lembrando-se das habilidades bélicas de Napoleão Bonaparte, que adotava a estratégia de “dividir para vencer”, de espírito inventivo, Franklin imaginou um método tão simples, porém tão prático, que qualquer pessoa poderia empregá-lo.
Franklin escolheu treze princípios que julgava ser necessário ou desejável aprender e procurar praticar. Escreveu-os em pequenos pedaços de cartolina, com breve resumo do assunto, e dedicou uma semana da mais rigorosa atenção a cada um desses princípios separadamente. Desse modo, pode percorrer a lista toda em treze semanas, e repetir o processo quatro vezes por ano.
Quando passava ao princípio seguinte não esquecia os anteriores, e cada vez que se pegava em falha, fazia uma pequena marca no verso do cartão, assim no retorno àquele princípio dedicava maior atenção e esforço.
Manteve em segredo o que estava fazendo, pois receava que os outros se rissem dele. (é triste constatar que até aos dias de hoje nos vangloriamos de atos incorretos, falcatruas, engodos, vícios que cometemos, mas temos vergonha de admitirmos que estamos tentando melhorar praticando alguma virtude).
Ao fim de um ano Franklin havia completado quatro cursos, e constatou que já buscava com naturalidade o controle de suas falhas, apesar de estar longe de dominar com perfeição qualquer daqueles princípios.
Este procedimento deu tão certo que Franklin utilizou-o ao longo de toda a sua vida, embora mudando os princípios uma vez já tendo controlado aquela deficiência combatida.
Os treze princípios de Benjamin Franklin eram
(Autobiografia de Benjamin Franklin): (tais como escreveu e na ordem que lhes deu)
Temperança – Não coma até o embotamento; não beba até a exaltação.
Silêncio – Não fale sem proveito para os outros ou para si mesmo; evite a conversação fútil.
Ordem- Tenha um lugar para cada coisa; que cada parte do trabalho tenha seu tempo certo.
Resolução – Resolva executar aquilo que deve; execute sem falta o que resolve.
Frugalidade – Não faça despesa sem proveito para os outros ou para si mesmo; ou seja nada desperdice.
Diligência – Não perca tempo; esteja sempre ocupado em algo útil; dispense toda atividade desnecessária.
Sinceridade – Não use de artifícios enganosos; pense de maneira reta e justa, e, quando falar, fale de acordo.
Justiça – A ninguém prejudique por mau juízo, ou pela omissão de benefícios que são dever.
Moderação – Evite extremos; não nutra ressentimentos por injúrias recebidas tanto quanto julga que o merecem.
Asseio – Não tolere falta de asseio no corpo, no vestuário, ou na habitação.
Tranquilidade – Não se perturbe por coisas triviais, acidentes comuns ou inevitáveis.
Castidade – Evite a prática sexual sem ser para a saúde ou procriação; nunca chegue ao abuso que o enfraqueça, nem prejudique a sua própria saúde, ou a paz de espírito ou reputação de outrem.
Humildade – Imite Jesus e Sócrates.
A quantos desejarem experimentá-lo, sugere-se analisarem-se, buscando aquelas deficiências mais comuns e corriqueiras, que sabemos possuir, ou as qualidades que não temos mas que gostaríamos de ter, adaptando o método às necessidades e interesses de cada um.
Ao alcançar uma conquista, alterar a meta, buscando por outra, que vão surgindo ao longo do tempo, mas cuidando sempre para que não incorram em recaída.
Este não é o primeiro e nem será o último método inventado, que visa à melhoria das pessoas através da reforma íntima, mas com certeza, nos aponta mais uma alternativa palpável e simples, que está ao alcance de quantos tiverem a coragem e a vontade firme de empreender esta luta íntima na escalada evolutiva.
Não é um caminho fácil. Não existe caminho fácil. Mas é um caminho seguro.
Em “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, no capítulo XVII, SEDE PERFEITOS, Allan Kardec escreveu:
“Reconhece-se o verdadeiro Espírita pela sua transformação moral, e pelos esforços que emprega para domar as suas más inclinações”.
Na Bíblia em “O Novo Testamento”, Tiago em suas epístolas nos adverte: “Fé sem obras é estéril”.
Que Jesus nos ilumine e guie. Muita Paz.
Gorete Piesigilli.

Fonte: Grupo Socorrista Obreiros do Senhor Gerônimo Mendonça Ribeiro 
Bibliografia:
O Evangelho Segundo o Espiritismo. (Allan Kardec).
O Livro dos Espíritos. (Allan Kardec).
O Homem Integral.( Divaldo Pereira Franco – Joanna de Angelis).
Autobiografia de Benjamin Franklin.

Fundamentos da Reforma Íntima. (Abel Glaser – Cairbar Schutel)

sexta-feira, 29 de dezembro de 2017

“EU NÃO ACREDITO EM DEUS. VOCÊ ACREDITA?

Sim, eu afirmo de forma peremptória que não acredito em Deus segundo os homens O idealizaram, mas em um Deus que fizeram os homens.
Acreditar significa crer, ter ciência de, convencer; contudo quem crê, pode um dia desacreditar. Então, tenho certeza, plena convicção de Sua existência; não como um dogma ou um mistério que não podemos questionar ou dialogar sobre, mas uma verdade lógica pela evidência das coisas. Diria que um percentual muito grande das pessoas acredita na existência de Deus. Pode ser até difícil apresentar tese sobre Sua inexistência; usando evidências científicas, filosóficas e culturais podemos até atingir “um voo curto de galinha”. Todavia, seja qual for sua tese defendida é de bom alvitre sempre respeitar e ouvir a pessoa com quem você dialoga, é uma questão de boa educação.
Ora, como há muitas doenças, seres humanos de vários tipos, posicionamentos sociais, dores e sofrimentos dos mais variáveis, com Deus sendo justo e bom, não poderia ter isso evitado? Pois os mesmos sendo seus filhos, deveria criá-los todos iguais em termos de belezas, riquezas, felicidades, etc., e não uns sofrendo ou mesmo serem tão diferentemente quanto os outros. Há uma injustiça nesse caso. Essa é uma entre tantas argumentações dentro da ciência mecanicista que poderia ser usada. Outra, em uma guerra, um tsunami, ou hecatombe qualquer, por que morre tantas crianças, idosos e/ou pessoa boas que, aparentemente nunca foram voltadas ao mal?
A doutrina reencarnacionista espírita, que propugna a evolução constante e que nada ocorre por acaso, explica de forma objetiva, direta e cristalina o questionamento filosófico sobre de onde viemos, o que estamos aqui fazendo e em função do que aqui fizermos, para onde vamos. E mais, a razão da dor, do sofrimento, do por que da tudo certo para uns e a outros sempre em provações e expiações enormes?
Faço aqui minhas, as palavras de Einstein que, quando perguntado sobre se acreditava em Deus o mesmo disse que acreditava segundo o Deus de Spinoza: um Deus que se revela em si Mesmo na harmonia de tudo que existe e não em Deus que se interessa pelas ações e sorte dos homens. Ademais, devo admitir que sorte é o aproveitar de uma oportunidade, é você estar preparado naquele momento. Não ficar nesses templos lúgubres, rezando, orando sempre e só pedindo e nada doando. Vá em frente, desfrute a vida, Deus o criou para ser feliz. Deus está, além de  nós, na beleza da vida, no som da cachoeira, no voar de um colibri, na harmonia das coisas. Esse Mesmo Deus não precisa perdoar, castigar ou punir. Por Ele ser perfeito em todas as coisas, não sente raiva, mágoa, paixão, malefícios de nós, os humanos. Então, por tudo isso eu não acredito nesse Deus antropomórfico que as pessoas conceberam: um Deus julgador, mosaico, olho por olho, dente por dente, um Deus segundo o meu julgamento. E como Deus sendo causa primária e inteligência suprema criadoras de todas as outras coisas, não posso ou devo julgá-lo ou concebê-lo segundo os meus parâmetros.
Bjs em vossos corações e que Deus esteja conosco agora, hoje e sempre!
Décio Naves

quinta-feira, 28 de dezembro de 2017

“COMO O ESPÍRITO É RESGATADO NO VELÓRIO? ”

O momento da morte representa um impacto emocional muito forte para a maioria dos seres humanos. Isto se aplica tanto aos próprios desencarnantes como aos seus entes queridos. Como ninguém sabe ao certo quando será sua morte, ou, em outras palavras, por quanto durará o resto da sua própria existência física e a dos seus amigos e familiares, a morte quase sempre representa uma surpresa e um grande choque emotivo.
Sendo assim, a preparação para o enfrentamento da complexa transição desencarnatória consiste em uma tarefa espiritual relevante, urgente e contínua. De fato, a preparação para a morte, bem como a auto estruturação para a vida requer um processo de “educação continuada” para o Espírito que almeja passar bem por estes dois estágios da vida imortal.
COMO AGE AS EQUIPES DE RESGATE NOS VELÓRIOS?
Entretanto, grande número de criaturas desencarna diariamente na Crosta terrestre sem uma preparação prévia mínima para enfrentar esta difícil transição. O mesmo vale para a maioria dos amigos e familiares do desencarnante que muitas vezes não está preparada para encarar adequadamente este tipo de ocorrência, a começar pelo comportamento de disciplina espiritual requisitada no chamado “velório”.
O velório consiste em um período de mais ou menos 24 horas em que os indivíduos próximos “velariam” a alma desencarnante, em etapa preparatória para a fase decisiva e terminal do processo em questão, que seria a inumação definitiva dos despojos carnais. O velório funcionaria também como um momento de despedida e de assimilação emocional do choque por parte dos entes queridos.
Além disso, o velório ainda apresenta uma relevância pragmática e significativa, que obviamente tinha uma maior importância nos séculos passados, que consiste em evitar que o indivíduo seja enterrado vivo. Antigamente, os critérios para certificação da morte, bem como a assistência médica, eram de qualidade precária. Isto ocorria em muitos rincões distantes das grandes cidades e em situações caóticas como a guerra, onde as certidões de óbito não eram proporcionadas ou eram emitidas de forma irresponsável. Assim, o intervalo de tempo respeitado desde a pressuposta morte até o enterro seria de vital importância para que muitas pessoas não fossem inumadas vivas. De fato, há muitos casos documentados no Brasil e no exterior de indivíduos que “acordaram” durante o seu próprio velório, em função de estados de letargia ou catalepsia associados à negligência e/ou imperícia dos responsáveis pela identificação e caracterização do óbito.
Do ponto de vista espiritual, a tradição de nossa sociedade de respeitar um período de vigília entre o óbito propriamente considerado e o enterro é totalmente justificada. As preces e o amor dos amigos ajudariam muito o desencarnante nessa viagem, muitas vezes perturbadora, para o mundo espiritual. Até porque as preces e as vibrações ambientes podem gerar, quando realmente elevadas, barreiras magnéticas que impeçam a presença de Espíritos sofredores e/ou vampirizadores que possam vir a prejudicar o desenlace de nosso irmão.
Respondendo sobre cremação, Emmanuel recomendou que se respeitasse um mínimo de 72 horas antes de se efetuar tal procedimento, pois isso evitaria sofrimentos desnecessários para o Espírito desencarnante, uma vez que tal período seria, a priori, suficiente para o total desligamento dos últimos liames que manteriam o perispírito conectado ao corpo físico. Tal informação denota que a desvinculação do perispírito não seria algo trivial e, ademais, demonstra que o processo crematório pode gerar repercussões em relação ao perispírito do Espírito que ainda não se libertou totalmente das impressões do corpo. De qualquer maneira, a recomendação do Benfeitor Espiritual demonstra como é importante nossa atuação efetiva do ponto de vista espiritual durante o velório.
Considerando esse contexto relevante e complexo de natureza espiritual, seria interessante frisar alguns comportamentos interessantes para todos aqueles que se dirigirem a um velório:
1) Somente permanecer presente no velório enquanto puder manter uma postura de vigilância;
2) Orar com sinceridade em favor do desencarnante e de sua família, compreendendo que mais cedo ou mais tarde chegará a nossa hora e que, então, constataremos o gigantesco valor da prece a nós dirigida em situações como a desencarnação;
3) Esforçar-se para não lembrar episódios infelizes envolvendo o desencarnante, compreendendo que todo pensamento tem elevada repercussão espiritual;
4) Estar sempre disponível para o chamado “atendimento fraterno” com os irmãos presentes, mas não esquecer que o velório não é uma situação adequada a debates de natureza filosófico-religiosa;
5) Respeitar a religião de todos os presentes e os cultos correspondentes a essas crenças, buscando contribuir efetivamente para a psicosfera de solidariedade do ambiente mesmo que em silêncio;
6) Não perder o foco do objetivo maior da presença no velório que é o auxílio espiritual ao desencarnante e aos familiares assim como aos Espíritos desencarnados que estejam no local necessitando de auxílio fluídico através da oração para contribuir no desligamento do desencarnante;
7) Estar disponível, na medida do possível, para contribuir espiritual e/ou materialmente com os irmãos presentes, sobretudo aqueles que estiverem sob maior impacto pela morte do irmão;
8) Se convidado a enunciar prece ou algumas palavras de homenagem ao desencarnante, tomar o cuidado de manter sempre a brevidade, a objetividade e o otimismo, evitando quaisquer imagens negativas que possam ser sugeridas por nossas palavras em relação aos irmãos presentes, sejam eles encarnados ou desencarnados;
9) Aproveitar a ocasião para refletir sobre a impermanência de todas as situações materiais da vida física, fortalecendo o nosso desejo de amar e servir durante o tempo que ainda nos resta no corpo físico.
10) Guardar a certeza de que o Espiritismo é “O Consolador” prometido por nosso Mestre Jesus e que a mensagem da Imortalidade da Alma desvelada por Jesus e por Kardec é a base de todas as nossas buscas de amor e fraternidade, bem como nosso refúgio em momentos dolorosos como a morte, sendo antes de tudo uma mensagem de alegria e otimismo, verdadeiramente a nossa “Boa Nova”.
O CONSOLADOR | Leonardo Marmo Moreira

Fonte: Chico de Minas Xavier

𝗖𝗢𝗠𝗢 𝗢𝗦 𝗥𝗘𝗟𝗔𝗖𝗜𝗢𝗡𝗔𝗠𝗘𝗡𝗧𝗢𝗦 𝗙𝗜𝗖𝗔𝗠 𝗔𝗧𝗥𝗘𝗟𝗔𝗗𝗢𝗦 𝗡𝗔𝗦 𝗥𝗘𝗘𝗡𝗖𝗔𝗥𝗡𝗔𝗖̧𝗢̃𝗘𝗦.

Os ajustes dos relacionamentos problemáticos de outras existências. Pelas reencarnações os espíritos têm a oportunidade de reestabelecer os ...