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quarta-feira, 3 de janeiro de 2018

“OS VÍCIOS E VAMPIRISMOS ESPIRITUAIS”

Para o aprendiz dos nefastos vícios humanos, o ato de fumar ou beber são puramente simbólicos. Na adolescência arrazoa que não é mais o “filhinho” da mamãe, que é “durão”, um ousado aventureiro e não um démodé. À medida que o simbolismo psicológico submerge, a consequência farmacológica adota a gerência para conservar a usança. Para o espírita, o vício de fumar ou de beber tem implicações muito graves, especialmente em face das repetidas advertências dos Benfeitores Espirituais, elucidando sobre os danos que causam à mediunidade, por exemplo. O médium, contaminado pelo tabagismo, transforma-se inteiramente numa espécie de “cachimbo” ou “piteira” nas vinculações dos fumantes crônicos do além-túmulo, e o viciado em alcoólicos torna-se mira de obsessão dos indigentes alcoolistas da dimensão espiritual.
O viciado de qualquer matiz se torna cativo ante as garras insaciáveis do parasitismo ou do vampirismo. Experiências de vida que poderiam ser nobres, dignas, proveitosas, tornam-se vergonhosas e inúteis, estimulantes de capitulações desastrosas. Famílias inteiras são, quase sempre, afetadas por essas ruínas morais de profunda repercussão. Na verdade, o vampirismo é apenas um fenômeno de simbiose, que tanto ocorre entre os encarnados quanto entre os desencarnados, isto é, nenhum vício termina com a desencarnação.
Os vícios aqui comentados fustigam as bases da consciência espirita, desarmoniza a estrutura fisiopsíquica e as composições funcionais do perispírito, que se impregna de toxinas. O álcool e o fumo afetam os trilhões de células saturadas de vitalidade que compõem o psicossoma, deixando sequelas específicas. Em verdade, o tabagismo e o alcoolismo atormentam os desencarnados viciados que se angustiam ante a vontade de fumar e de beber, irresistivelmente potencializada.
O desgastante cenário da questão é consubstanciado na inexistência de indústrias de bebidas alcoólicas e de fábricas de cigarros na erraticidade, a fim de abastecer os finados tabagistas e alcoolistas. Em face disso, os “fantasmas” fumantes e beberrões, para materializarem suas baforadinhas e tragadinhas, tornam-se promotores protagonistas da subjugação, transformando-se em artífices da vampirização sobre os encarnados inermes de vontade. Situações em que Espíritos viciados se locupletam nos vapores etílicos e nas deletérias baforadas do malcheiroso cigarro.
Esses são motivos relevantes para nos acautelar contra quaisquer tóxicos, narcóticos, alcoólicos e contra o hábito demasiado de ingestão de drogas que contaminem a composição natural do organismo físico, até porque, disciplina, discernimento e comedimento afiançam o equilíbrio e o bem-estar da nossa casa mental.
Fonte: A LUZ NA MENTE. REVISTA ON LINE DE ARTIGOS ESPIRITAS. Por: Jorge Hessen

www.aluznamente.com.br

terça-feira, 2 de janeiro de 2018

“OS ANJOS SEGUNDO O ESPIRITISMO. COMO ATRAI-LOS? ”

— Não há dúvida de que existem seres dotados de todas as qualidades atribuídas aos anjos. A revelação espírita confirma, nesse ponto, a crença de todos os povos. Mas ao mesmo tempo nos dá a conhecer a natureza e a origem desses seres. As Almas ou Espíritos são criados simples, ou ignorantes, quer dizer: sem conhecimentos e sem a consciência do bem e do mal, mas aptos a adquirir tudo isso que lhes falta. Eles o adquirem pelo trabalho. O alvo, que ó a perfeição, é o mesmo para todos e eles o atingem com maior ou menor rapidez, de acordo com o uso que fizerem do seu livre-arbítrio e na razão dos seus esforços. Todos têm que percorrer os mesmos graus, com o mesmo trabalho a cumprir.
Deus não dá uma obrigação mais pesada nem mais leve a uns do que a outros, porque todos são seus filhos e sendo Ele justo não tem preferência por nenhum. Deus lhes diz: "Eis a Lei que deve guiar a vossa conduta. Só ela vos pode conduzir ao alvo. Tudo o que estiver de acordo com essa Loi pertence ao bem, tudo o que a contrariar pertence ao mal. Sois livres de a observar ou de a infringir, de maneira que sereis os árbitros da vossa própria sorte."Deus, portanto, não criou o mal. Todas as suas Leis conduzem ao bem. Foi o próprio homem quem criou o mal infringindo as Leis de Deus. Se ele as observasse escrupulosamente jamais se afastaria do bom caminho.
— Mas a alma, nas primeiras fases da sua existência, da mesma maneira que a criança, não tem experiência e por isso é falível. Deus não lhe dá a experiência, mas lhe concede os meios de adquiri-la. Cada passo falso no caminho do mal representa um atraso para a alma. Ela sofre as consequências de erro e aprende à própria custa o que deve evitar. É assim que pouco a pouco ela se desenvolve, se aperfeiçoa e avança na hie­rarquia espiritual até chegar ao estado de Espírito puro ou anjo.
Os anjos são, pois, as almas dos homens que atingiram o grau de perfeição acessível à criatura e gozam da felicidade prometida. Antes de haver atingido o grau supremo, gozam de uma felicidade relativa ao seu adiantamento, mas essa felicidade não é a do prazer ocioso. É, pelo contrário, a das funções que Deus lhes confia, a seu pedido, sentindo-se felizes de desempenhá-las, porque estas ocupações são para elas um meio de progredir. (Ver Cap. Ill, O Céu.)
— A Humanidade não está limitada à Terra. Ocupa inumeráveis mundos que circulam no espaço. Ocupou os mundos que já desapareceram e ocupará os que ainda se formarão. Deus criou desde toda a eternidade e cria sem cessar. Muito tempo antes que a Terra existisse, por maior ancianidade que lhe atribuamos, já havia em outros mundos Espíritos encarnados que percorreram as mesmas etapas que nós, Espíritos de formação mais recente, que estamos percorrendo agora o mesmo caminho que eles percorreram, chegando ao seu destino antes mesmo que nós houvéssemos saído das mãos do Criador. Por toda a eternidade sempre houve anjos ou Espíritos puros, mas como a sua existência humana se perde no infinito do passado, temos a impressão, de que eles sempre foram anjos.
— É assim que se nos revela a grande Lei de unidade da Criação. Deus nunca esteve inativo e sempre teve Espíritos puros, experientes e esclarecidos para transmitirem as suas ordens e para dirigirem todo o mecanismo do Universo, desde o governo dos mundos até os mais ínfimos pormenores. Não houve pois necessidade da criação de seres privilegiados, isentos de encargos. Todos, antigos ou novos, conquistaram a sua elevação através da luta e pelos próprios méritos. Todos, enfim, são filhos de suas próprias obras. Assim se cumpre igualmente a soberana justiça de Deus.
Ana Maria Teodoro Massuci
Fonte: ESPIRIT BOOK


“O QUE ACONTECE COM O ESPIRITO DE UM SUICIDA? ”

Como sabemos no espiritismo cada caso é um caso e existem inúmeros fatores que podem levar à uma conclusão diferente para cada situação específica. Listarei aqui algumas das possibilidades não sendo elas todas as possíveis, mas as mais comumente contadas em literaturas espíritas e em reuniões mediúnicas.
Ao se suicidar um espírito abaixa seu campo vibracional automaticamente devido ao crime cometido contra a própria vida. Isso leva à todo tipo de sensações de níveis mais baixos podendo causar no espírito incríveis sentimento de culpa, já que no mundo espiritual a consciência do ser tem voz muito mais ativa que no mundo corporal o suicida pode sofrer por muitos anos de uma culpa que corrói o seu psiquismo levando à beira da loucura espiritual.
Também existem casos desses espíritos ficarem de tal forma tão fora de si que acabam sendo presas fáceis dos vampiros energéticos. Espíritos sombrios que aproveitam-se de espíritos errantes em sofrimento para sugar-lhe as energias residuais pós-desencarne (vide a obra Nosso Lar de André Luiz).
Há também um lugar chamado vale dos suicidas, onde energeticamente os espíritos que cometessem tal ato se atraíam mutuamente. A médium Yvonne Pereira, em seu livro “Memórias de um Suicida”, fala do Vale dos Suicidas. Existem notícias em reuniões mediúnicas que o grupo de espíritos responsáveis pelo resgate neste campo espiritual chamados de Legião dos Servos de Maria. Atualmente correm notícias confirmadas em algumas reuniões mediúnicas de que o vale fora desfeito devido às reurbanizações espirituais (um tipo de limpeza energética que começa a ser feita lentamente nas regiões espirituais próximas à crosta devido à chegada do momento de elevação do planeta Terra para um mundo de regeneração). Sendo confirmado ou não se sabe que ainda existem várias regiões no umbral onde espíritos em sofrimento, inclusive suicidas se reúnem devido à simpatia de pensamentos.
Ao reencarnar muitos suicidas vem com o órgão que foi atacado pelo suicídio indireto marcado, isso explica muitos defeitos congênitos. Podem ser espíritos que em vidas anteriores cometeram algum tipo de excesso que lhes causou uma marca perispiritual de tanta profundidade que ainda em outra vida os efeitos desta ação são percebidos em forma de distúrbios de saúde apresentados desde a infância.
Como evitar o suicídio ou que um ente amado tenha tais tendências?
Kardec nos responde dizendo que somente o trabalho, ou seja, uma ocupação útil que lhe traga a satisfação de estar sendo útil para o mundo e para si mesmo. Aos que possuem qualquer tipo de desordem mental, seja depressão ou qualquer tipo de problemas psicológicos, deve procurar sempre ajuda profissional, pois que a medicina na terra não deixa de ter efeito de forma alguma. Lembre-se, a vida continua e o suicídio não irá lhe salvar de problemas e sim aumenta-los!
Busque os amigos, a família, que tem importante papel no auxílio para a recuperação do equilíbrio emocional do indivíduo. Ande com fé, tente ser grato às coisas que tem, já parou para pensar que muita pessoa na África por exemplo tem muito menos que você e buscam sempre sobreviver?
É verdade que é uma situação complicada mas Deus está ao seu lado! Aos irmãos que possuem amigos que tentaram suicídio ou tem tendências sérias à isso digo: não os desamparem! Continuem orientando-os e buscando auxiliar lhes a encontrar algo que possa lhes salvar de si mesmo.
Por fim Quero desejar que Deus ampare o coração de todos que se suicidaram e encontram-se em dor devido ao ato impensado contra a própria vida, que a luz se faça na vida de cada um e que possam reparar seu erro. Espero que o artigo tenha sido útil, apesar de um pequeno resumo espero que ajude nas discussões e debates referentes ao assunto!
Muita Paz!

Fonte: Site Espiritismo da Alma (Página de conteúdo Espírita cristão com base na doutrina codificada por Kardec)

Fonte: Espiritbook

“O QUE VOCÊ FEZ EM OUTRAS ENCARNAÇÕES PARA MERECER O QUE ESTÁ PASSANDO AGORA????

Tão logo começamos a estudar a Doutrina Espírita, começamos também a interpretar os acontecimentos de nossas vidas do ponto de vista espiritual, principalmente quando nos encontramos diante de dificuldades. Não tardamos a nos perguntar o que fizemos, numa outra encarnação, para merecer aquilo que vemos como uma punição, um castigo. E, muitas vezes, incapazes de adivinharmos o passado, nós julgamos injustiçados.
Não nos lembramos dos momentos passados na erraticidade, isto é, no plano espiritual, antes de reencarnar. Existem, é claro, muitos casos diferentes, pois cada um de nós é um espírito individual, com uma história e uma evolução próprias — mas muito comum é o espírito que, quando desencarnado, dá-se conta do peso de seus erros, compreendendo ter perdido tempo com propósitos desimportantes, e pede uma nova chance de reencarnar na Terra.
Nesta nova chance, suplica o espírito que quer passar por difíceis provas e expiações – doenças dolorosas, dificuldades financeiras, incompreensões — para mais rapidamente “expurgar” seus erros e assim avançar espiritualmente. Porém, Deus, em sua infinita e incansável misericórdia, não pede sacrifícios, que além de não ajudarem, às vezes mais ainda atrapalham a jornada evolutiva do espírito — e embora muitos de nós ainda devam passar por duras provas, mais numerosos são aqueles que têm seus pesares aliviados, através de uma missão.
Esta missão, que tem por objetivo resgatar as dívidas do espírito através do trabalho, não é necessariamente algo grandioso — muitos de nós, quando ouvem a palavra “missão” pensam automaticamente em espíritos altamente evoluídos como Jesus ou Ghandi. Uma missão pode ser simples como trabalhar em favor das crianças sem lar, dos idosos abandonados, ser médium em um centro espírita, entre outros — em suma, uma missão é um trabalho que nos é atribuído de acordo com nossas capacidades e talentos para que possamos ajudar o outro enquanto nos ajudamos a nós mesmos.
Quando encarnados, não nos lembramos de nada disso, mas recebemos a inspiração de espíritos superiores para que compreendamos a tarefa — seja através de mensagens mediúnicas, de sonhos ou de simples pensamentos que nos aparecem como qualquer outro. Não nos lembramos claramente de nossos compromissos, mas somos sempre intuídos, e por isso é importante prestarmos atenção em nossos pensamentos e intuições. Infelizmente, nem todo espírito que reencarna com uma missão termina por cumpri-la — frequentemente nos deixamos envolver por outras preocupações, adiando sempre aquilo que é espiritual, importante para nosso espírito, até que seja tarde demais.
Quando chega a hora do desencarne, nada pode ser feito pelo tempo perdido, e uma reencarnação passada sem avanços espirituais é uma perda imensa, um desserviço que fazemos a nós mesmos.
Como as dores dos que ficaram afetam os espíritos?
Não deixemos que isso aconteça. Ainda que não nos lembremos dos compromissos assumidos, trabalhemos sempre pela nossa transformação interior, perdoando e ajudando sempre. Seguindo os princípios morais do amor pregados por Jesus, temos a certeza de estar fazendo o melhor para nosso próximo e para nós mesmos.
KARDEC RIO PRETO | Fernando Rossit

Fonte: Chico de Minas Xavier

segunda-feira, 1 de janeiro de 2018

PSICOGRAFIA DA JOVEM “VIVIANE”, DE OSÓRIO-RS., DESENCARNADA HÁ 35 ANOS POR “AVC”,

Apegada a matéria, ficou 35 anos procurando seus bens, socorrida nos trabalhos Mediúnicos do Grupo Socorrista Obreiros do Senhor Gerônimo Mendonça Ribeiro.
Que péssima hora pra vir me incomodar, não vê que estou ocupada? Estou na pista de conseguir encontrar as minhas coisas. Tenho muito o que procurar, não tenho tempo pra conversas, não vê você? Percebe que estão me atrapalhando, tudo o que eu tinha, sumiu, ou foi tirado de mim. Mas eu vou encontrar. Onde que eu vou, sem nada? Se me acharem sem nada, vão pensar que eu sou uma ninguém. Levei anos e dois casamentos pra conseguir meu patrimônio, de repente, me vejo aqui, somente com a roupa do corpo. Eu não aceito isso, não aceito.
Quem me furtou, trate de devolver, porque nesse ambiente, em que eu não encontro ninguém, nem reconheço nada, o que será de mim sem dinheiro? Não entende?
Eles falaram que de nada adianta agora os bens que eu possuía, que aqui isso não vale de nada.
Que desespero! Então o que vou fazer? Por favor, me ajude a resolver isso.
Eles falaram que é exatamente isso que estão fazendo, que é pra eu aceitar, que breve irei compreender tudo, falaram que é pra agradecer a Deus, que tudo que preciso me será dado, sem que eu precise ter bens pra isso.
Estou vendo que tem mesmo muitas coisas que eu preciso aprender, porque ainda não entendi. Graças a Deus, muito obrigada a vocês, eu vou entender, preciso aprender a viver, de novo.
Viviane.
Explicação da Médium: “De Osório – RS, com extremo apego material, após desencarne repentino por avc, há 35 anos, deparou-se consigo mesma sem posses, perdeu muito tempo procurando. Socorrida, Graças a Deus”.

Psicografia obtida pelos médiuns do Grupo Socorrista Obreiros do Senhor Gerônimo Mendonça Ribeiro nos trabalhos Mediúnicos da noite de 12/12/2016. 

“O QUE O ESPIRITISMO PODE NOS OFERECER? O QUE O ESPIRITISMO PODE NOS DAR?

Encontrei um amigo querido, num centro espírita onde fui fazer uma palestra. Cumprimentamo-nos alegremente e ele me contou que estava sofrendo muito, e com problemas de saúde, além do seu relacionamento familiar, que estava péssimo.
Disse ele, que logo foi submeter-se ao passe, água fluida e ouvir palestras. Tomou a iniciativa de comprar os livros de Allan Kardec, Leon Denis Chico Xavier, Divaldo Pereira Franco e outros autores, e passou mais de um ano lendo e fazendo o tratamento.
De repente, disse ele, percebi que estava atrás de um prato de lentilhas, quando o Espiritismo me oferecia muito mais, oferecia a minha progenitura. Percebi então que estava pedindo ao Espiritismo coisas como, saúde, bem-estar, equilíbrio...
E ele me oferecia a verdade que liberta, a certeza da imortalidade, o conhecimento da reencarnação, da mediunidade, da lei de causa e efeito, do progresso, a transformação do meu mundo interior, para que depois eu pudesse atuar no mundo exterior.
Entre outras coisas compreendi que sou o construtor do meu destino. Que Deus me criou com todas as potencialidades das perfeições, e me criou da luz das estrelas.
Aprendi que posso alcançar tudo que eu quiser, porque Deus mora dentro do meu coração.
Abracei meu amigo carinhosamente, pois ele percebeu em pouco tempo, aquilo que muitos não percebem, mesmo após anos de frequência em centros espíritas.
Não peçam ao Espiritismo aquilo que ele não pode dar, e não terão decepções. Entretanto é bom saber aquilo que o Espiritismo não pode nos dar.
Com certeza ele não dará riquezas materiais, nem meios de enriquecer sem fazer força. Ele não fará revelações bombásticas, nem facilitará descobertas e invenções.
Em resumo, o Espiritismo se ocupa das coisas do Espírito. Parece pouco? Mas não é. Allan Kardec escreveu, já em 1861, que o Espiritismo tem duas forças preponderantes. A primeira, é que torna felizes os que o conhece, compreende e pratica.
Com certeza está aí uma grande força realmente, pois existe muita gente infeliz, que ao conhecer o Espiritismo, muda suas vidas e melhoram o seu caráter. A compreensão dos aspectos espirituais da vida tranquiliza as pessoas, porque mostra que não precisamos de muita coisa para viver.
A Segunda razão lógica do Espiritismo, é que a Doutrina não repousa numa única cabeça. Embora seja habitual afirmar que ela é dos espíritos, na verdade, é a conjugação dos esforços dos homens e dos espíritos, principalmente de Allan Kardec.
O próprio Kardec disse: O espiritismo não repousa na cabeça de um único homem que possa ser derrubado. Os espíritos estão por toda parte e podem se comunicar onde quiserem, pois não existe um só lugar, uma só família que não tenha um médium em seu seio.
Uma prova dessa versatilidade é que o Espiritismo feneceu na França e firmou-se no Brasil, enraizando-se de forma extraordinária. Hoje somos o país mais espírita do mundo, e pouco a pouco o Espiritismo vencerá todas as barreiras.
Prossegue Kardec: Porque enfim o Espiritismo é uma ideia e não há barreiras impenetráveis à idéias, nem bastante altas para que estas não as transponham. A Doutrina Espírita tem a vocação de expandir-se.
Foi por isso que Allan Kardec afirmou que o Espiritismo amplia os horizontes da humanidade. E como amplia! Ser espírita é trazer o coração leve, e a certeza da imortalidade, das finalidades superiores da vida. Se você é espírita, ame-o com muito carinho, e valorize-o.
Amílcar Del Chiaro Filho
Fonte: Portal do Espírito



domingo, 31 de dezembro de 2017

“EXISTE MEDIUNIDADE INFANTIL?

Reproduzimos a seguir matéria da revista Isto é, que aborda a temática da mediunidade ainda na infância. A página Chico de Minas Xavier orienta que os pais busquem auxilio na casa espírita de confiança e não esqueça de convidar o jovem a participar do Evangelho no Lar.
ISTOÉ | Joédson Alves
Diana embalava o filho em frente a uma parede repleta de fotos na casa de sua mãe, em Brasília. Uma delas, envelhecida pelo tempo, chamou a atenção do pequeno Roberto, então com pouco mais de um ano. O garoto apontou a jovem que aparecia no retrato: “Vovó. ” A mãe achou estranho. “Sim, esta era a minha avó, sua bisa”, explicou. E perguntou como ele adivinhara, já que ninguém havia mostrado aquela imagem ao menino. Roberto apenas tocou o colo da moça no retrato. “Dodói”, disse. Na foto, nenhum machucado aparente. O assombro tomou conta da sala quando Liana se recordou que a avó, já idosa, faleceu em decorrência de um câncer de mama. “Meu filho sabia daquilo sem que ninguém tivesse lhe contado”, resume o pai, Ricardo Movits. Ninguém deste mundo, é bom ressaltar.
Antes de tachar a história do menino Roberto de mentira, fantasia ou maluquice, vale lembrar que Chico Xavier, o maior médium brasileiro, teve sua primeira experiência mediúnica aos cinco anos, quando sua mãe faleceu e, em espírito, passou a visitá-lo. Roberto, hoje com quatro anos, também diz receber a visita de parentes falecidos. E de modo assíduo. Contou que a avó frequenta sua casa para lhe ensinar coisas sobre a vida e a morte. “Ela disse que as pessoas que morrem viram anjinhos e depois voltam a ser bebês”, afirma. Em outra ocasião, Roberto surpreendeu o pai ao comentar que o avô havia morrido porque fumava demais. “Entrou muita fumaça no peito dele”, completou. Essas supostas habilidades do menino poderiam ser explicadas por meio da mediunidade. Estudada por religiosos, psiquiatras e até neurologistas, a mediunidade é a capacidade de ver e ouvir espíritos ou realizar fenômenos paranormais – como incorporação e clarividência – por intermédio de agentes externos. Ou seja, de entidades espirituais que utilizam o corpo do médium como veículo para se manifestar.
Relatos desse tipo são cada vez mais comuns. Mesmo nos consultórios. A psicologia e a medicina, no entanto, buscam outras formas de justificar esses fenômenos. Se a criança parece possuída por uma entidade sobrenatural, por exemplo, é feito diagnóstico de transtorno de personalidade ou estado de transe e possessão, cujo tratamento alia psicoterapia e medicamentos. A comunicação com amigos invisíveis aos olhos dos pais costuma ser encarada como mera fantasia. “Há momentos em que a ilusão predomina e a criança transforma em real o que é apenas o seu desejo inconsciente”, considera a psicanalista Ana Maria Sigal, coordenadora do grupo de trabalho em psicanálise com crianças do Instituto Sedes Sapientiae. “Ao brincar com um amigo imaginário, ela nega a solidão e cria um espaço no qual é dona e senhora. Já falar com parentes falecidos é uma forma de negar uma realidade dolorosa e se sentir onipotente, capaz de reverter a morte”, acrescenta Ana Maria.
A interpretação é a mesma da maioria dos pediatras. Presidente do Instituto da Família, que estuda as relações familiares, o médico Leonardo Posternak afirma que esse tipo de fantasia permite à garotada chamar atenção. Segundo ele, as crianças percebem se os pais demonstram admiração por seu suposto dom. Ou se aproveitam do carinho especial recebido quando os pais desconfiam que o filho tem algum distúrbio psíquico. Mas e quando surgem fatos capazes de assombrar os mais céticos, como o pequeno subitamente falar outra língua? “É importante que sejamos humildes para admitir que muita coisa ainda escapa à medicina cartesiana. Em vez de dizer aos pais que o filho não tem nada ou que os sintomas vão passar, seria mais honesto dizer que a medicina vigente não é capaz de diagnosticar o que se passa com ele”, afirma Posternak. O presidente da Associação Brasileira de Neurologia e Pediatria Infantil, César de Moraes, lembra que o estado de transe e possessão, embora citado no Código Internacional de Doenças, ainda não foi esclarecido. “Pode resultar de alguma desordem física ou mental ou, de fato, ser obra do sobrenatural”, sugere.
No vácuo deixado pela medicina, avançam cada vez mais as explicações alternativas que conciliam ciência e transcendência. Se uma criança descreve e dá nome a um amigo imaginário e a família descobre, ao investigar, que a descrição corresponde à de uma pessoa de verdade, que habitou a casa no passado, a linha entre ficção e realidade desaparece. É o que assegura Reginaldo Hiraoka, coordenador do curso de parapsicologia das Faculdades Integradas “Espírita”, a única do gênero no Brasil, em Curitiba. “O mesmo ocorre quando crianças afirmam se lembrar de vidas passadas e citam episódios verídicos sem jamais terem ouvido algo a respeito”, acrescenta. Para estudiosos da parapsicologia, há uma alta frequência de relatos sobrenaturais na infância devido ao fato de a mediunidade, inata a todas as pessoas, ainda não ter sido reprimida nessa fase. “Crianças com menos de sete anos não veem nada de anormal nessas experiências”, afirma a psicóloga infantil Athena A. Drewes, consultora da Parapsychology Foundation, com sede em Nova York. “Elas as aceitam até que outras pessoas comecem a reagir negativamente a seus relatos. O bloqueio ocorre ao entrarem na escola e descobrirem que nem todos vivem as mesmas experiências. ”
Mas nem sempre a convivência com o sobrenatural é tranquila. Às vezes, os amiguinhos imaginários são substituídos por monstros que atrapalham o sono dos pequenos e os tornam arredios, agressivos ou profundamente tímidos. Como no filme Sexto sentido, de Night Shyamalan, crianças se dizem assombradas por imagens de espíritos que vagam com ferimentos ou fraturas expostas, exatamente como estavam quando morreram. Segundo a doutrina espírita, isso acontece quando os espíritos desencarnados não conseguem se desprender do plano físico, seja por não terem se dado conta da morte, seja por não a aceitarem. Também é possível que um espírito persiga uma criança por ter sido ligado a ela em uma vida pregressa. “Imagine se seu bebê foi uma pessoa má na encarnação anterior e prejudicou alguém que, agora, se sente no direito de atrapalhar seu caminho”, cogita a autora do livro Mediunidade em crianças, Agnes Henriques Leal. Conforme a tese espírita, é possível que esse filho sofra horrores com a influência de seres assustadores.
Nessas horas, de acordo com o espiritismo, a criança deve ser encaminhada a tratamento com passes para dispersar energias negativas. Os espíritas podem ainda trazer a entidade a uma reunião no centro – por intermédio de um médium – para tentar demovê-la da perseguição. Leituras diárias do Evangelho também ajudariam. “Se os pais não participarem do processo de cura, nada será atingido. Para tanto, deverão conhecer a doutrina e se dispor a estabelecer, no lar, um clima vibratório de harmonia e paz”, ensina o médium paraense Nazareno Tourinho, autor de Experiências mediúnicas com crianças e adolescentes. Ele ressalta, no entanto, que nenhum auxílio científico deve ser desprezado. “Primeiro, deve-se procurar um profissional de saúde. Se o resultado não for satisfatório, resta buscar ajuda de espíritas competentes”, orienta.
Outra opção é consultar um especialista que seja ao mesmo tempo médico e religioso. Há muitos psiquiatras adeptos do espiritismo que atendem crianças e adultos atormentados por fenômenos inexplicáveis. Um deles é Sérgio Felipe de Oliveira, diretor da Associação Médico-Espírita de São Paulo e autor da tese de que a mediunidade nada mais é do que uma atividade sensorial – como a visão e o olfato – capaz de captar estímulos do mundo extra físico. O órgão responsável pela mediunidade, diz Oliveira, é a glândula pineal, localizada no cérebro, que controla também o ritmo de crescimento e, na adolescência, avisa a hora de dar início à liberação dos hormônios sexuais. Descrita por Descartes como a sede da alma em 1641, a pineal tem sido pesquisada há séculos, e, desde a década de 1980, é comprovada sua capacidade de converter ondas eletromagnéticas em estímulos neuroquímicos. Para confirmar sua tese, Oliveira realizou diversos exames neurológicos (como tomografia e eletroencefalograma) em pacientes em transe. “Verificamos a atividade na pineal durante esses momentos. Ela é uma espécie de antena que capta estímulos da alma de outras pessoas, vivas ou mortas, como se fosse um olho sensível à energia eletromagnética”, diz.
Mesmo que não veja ou ouça espíritos desencarnados, é a mediunidade que faz com que uma criança seja capaz de sentir se um ambiente está carregado e a faz chorar quando um estranho com energias ruins a pega no colo. Em sua clínica, Oliveira não descarta o uso de medicamentos, mas não tem dúvida dos benefícios da atividade espiritual, prescrita por ele como terapia complementar. Oliveira diz que, antes de se afirmar que uma criança está sob influência de um espírito, é preciso descartar as hipóteses de fantasia e de distúrbios psíquicos. A primeira etapa é entrevistar o paciente em busca de elementos que não poderiam ser ditos por ele. “É difícil diagnosticar como fantasiosa uma criança de três anos que se põe a analisar quadros de Botticelli ou a conversar em francês sem nunca ter estudado o idioma”, exemplifica. Finalmente, exames neurológicos são feitos para se verificar se a atividade no cérebro é equivalente à registrada em convulsões ou surtos de epilepsia. Normalmente, a reação é outra.
Médicos adeptos do espiritismo afirmam que a infância é o período em que a ação da glândula pineal está no auge, embora a criança não tenha o arcabouço intelectual necessário para interpretar os estímulos de forma consciente. Com o desenvolvimento completo do cérebro, a mediunidade seria sublimada na maioria das pessoas. Ou voltaria ainda mais forte naqueles que aprenderam a exercitá-la. No Livro dos médiuns, Allan Kardec, codificador da doutrina, avisa que a mediunidade não deve ser estimulada em crianças, o que pode ser perigoso, já que os organismos delicados das crianças sofreriam grandes abalos. “É de se desejar que uma criança dotada de faculdade mediúnica não a exercite, senão sob a vigilância de pessoas experientes”, escreveu. Por esse motivo, em geral os pais são orientados a não incentivar os filhos a exercê-la. “Muitas crianças sentem dor porque o corpo não está preparado para receber esse impacto”, diz a psicóloga Inês Ignácio, do Centro Espírita Francisco de Assis, no Rio de Janeiro.
Em outras religiões espiritualistas, como candomblé e umbanda, a presença de crianças nos rituais costuma ser permitida. Muitos templos oferecem acompanhamento adulto para a iniciação. “É preciso frequentar o centro como se fosse uma escola”, alerta Aguinaldo Cravo, adepto do candomblé e babalorixá na Casa de Caridade Cabana de Oxossi, no Rio de Janeiro. Crianças também exercem sua religiosidade nas giras de umbanda do Templo Cacique Pai Pena Branca, em São Paulo. “Algumas já têm um canal de vidência elevado, enquanto outras só vêem vultos e precisam desenvolver seu dom”, diz a ialorixá Mãe Norma de Iansã, que oferece aos domingos um curso de mediunidade aberto às novas gerações. Delas surgirá, quem sabe, um novo Chico Xavier.
Fonte: Chico de Minas Xavier


“ANO NOVO NA VIISÃO ESPÍRTA”

Serão novos os anos que passam, os séculos e os milênios que se sucedem na ampulheta do tempo?
Não são. O tempo, qual o concebemos, não passa de uma ilusão. Não há tempos novos, nem tempos velhos. O tempo é sempre o mesmo, porque o tempo é a eternidade. Todas as mudanças que constatamos em nós e em torno de nós, são produto da transformação da matéria. Esta, realmente, passa por constantes modificações. A mutabilidade é inerente à matéria e não ao tempo.
A matéria é volúvel como as ondas e instável como as nuvens que se movimentam no espaço assumindo variadas conformações que se sucedem numa instabilidade constante.
O nosso envelhecimento não é obra do tempo como costumamos dizer. É a matéria que se vai transformando desde que entramos no cenário terreno. Nascemos, crescemos, atingimos as cumeadas do desenvolvimento compatível com a natureza do nosso corpo. Após esse ciclo, as mudanças tornam-se menos rápidas. Há como que ligeiro repouso. Depois, segue-se a involução, isto é, o curso descendente que nos leva à velhice, à decrepitude e à morte, quando esta não intervém acidentalmente, pelas moléstias, cortando o fio da existência em qualquer de suas fases.
Todos esses acontecimentos nada têm que ver com o tempo. Trata-se de manifestações da evolução da matéria organizada, vitalizada e acionada pela influência do Espírito.
O Espírito é tudo. Por ele, e para ele, é que as moléculas se agrupam, se associam, tomando forma, neste ou naquele meio, na Terra ou em outras infinitas moradas da casa do Pai, que é o Universo.
Na eternidade e na imensidade incomensurável do espaço, o Espírito se agita procurando realizar o senso da Vida, que é a evolução. Para consumá-la percorre as incontáveis terras do céu. Veste e despe centenas de indumentos, assumindo milhares de formas e aspectos.
A matéria é o instrumento, é o meio através do qual ele consegue a sua ascensão ininterrupta.
Nada significam, portanto, os anos que passam e os anos que despontam nos calendários humanos. O importante na vida do Espírito são as arrancadas para a frente, são as etapas vencidas, o saber adquirido através da experiência, e as virtudes conquistadas pela dor e pelo amor. O que denominamos – passado – é apenas a lembrança de condições inferiores por onde já transitamos. De outra sorte – o futuro não é mais que a esperança que nutrimos de alcançar um estado melhor. O presente eterno eis a realidade.
Encaremos assim o tempo e, particularmente, o ano novo que ora se inicia. Façamos o propósito de alcançar no seu transcurso a maior soma possível de aperfeiçoamento.
É o que, de coração, desejamos aos nossos leitores.
(Vinícius. Em: Na Seara do Mestre)


sábado, 30 de dezembro de 2017

“O QUE É LÍCITO, (O QUE PODEMOS) PEDIR AOS ESPÍRITOS? ”

Há pessoas que procuram na religião a satisfação utilitarista. Acreditam que a religião deverá lhes dar a vitória, o sucesso, a felicidade para essa vida, e a salvação eterna para a outra. Hoje, algumas seitas religiosas pregam isso abertamente, e convidam os que querem deixar para traz a infelicidade, o fracasso, a se unirem a elas.
Algumas pessoas chegam a dizer, que resolveram mudar de religião, para serem felizes. No dia a dia dos centros espíritas temos deparados com essa situação. Muitos o procuram no desejo de obter benefícios imediatos, como: curas, enriquecimento, conquistas amorosas, anular um desafeto, e outras coisas mais.
Contudo, a finalidade do Espiritismo não é o de arranjar a vida das pessoas. Os espíritos superiores, embora nos amem e nos auxiliem, não são serviçais à nossa disposição para os pequenos interesses humanos.
Quando as pessoas insistem nesses pedidos, e não percebem o extraordinário novo campo de visão que se lhe abre à frente, acabam por perder a proteção dos bons espíritos, e os maus, os ignorantes tomam conta da situação, pois estão sempre prontos a atender a todos os pedidos, mesmo os injustos. Esses espíritos podem satisfazer certos pedidos, porém cobram muito caro a satisfação concedida.
Quando Jesus de Nazaré ofereceu a Água Viva do Evangelho para a mulher samaritana, afirmando que quem bebesse da água que ele oferecia nunca mais teria sede, a mulher pediu para que o Rabi Galileu lhe desse da tal água, porque assim ela não precisaria buscá-la diariamente. Ela não compreendeu que o Mestre não a isentava do trabalho, das lutas evolutivas, do aperfeiçoamento, mas alargava os seus horizontes espirituais.
O que devemos procurar no Espiritismo? Devemos procurar a elevada compreensão do processo que é a vida. O Espiritismo oferece essa compreensão. Ele é, no dizer de Herculano Pires, a plataforma para as novas conquistas da humanidade.
É proibido, então, à mãe que chora a perda de seu filhinho, buscar notícias que a console? É proibido ao homem que vê a esposa doente, em risco de vida, pedir a cura ou a esperança? Aquele que não consegue um emprego e precisa sustentar a família não pode pedir aos espíritos que o ajude a se empregar? O homem de negócios que está atormentado pelos fracassos sucessivos, não pode ir buscar orientação junto a uma casa espírita? Nada disso é proibido, e é natural que o centro espírita preste esse socorro e vários outros, mas é preciso que ensine a libertação, ou seja, o conhecimento espírita. É preciso que compreendam que os espíritos não fazem pelo homem, aquilo que ao homem compete fazer.
É comum ao ser humano, o desejo de se ver liberto das dores, angústias e dificuldades. É comum procurarem meios mais ou menos mágicos para resolver seus problemas. No Espiritismo não poderia ser diferente. Quase sempre, aqueles que se decepcionam com a Doutrina Espírita e a abandonam, são os que querem soluções mágicas. Não existem soluções sem esforços, luta, trabalho.
Não raro a dor, o problema aparentemente insolúvel, é o chamamento para uma nova postura, um novo caminho, um novo ideal. O fato de sermos espíritas ou médiuns, não nos dá privilégios, e sim responsabilidades. Não feche os olhos para a luz. Não peça o que o Espiritismo não lhe pode dar, e não se decepcionará com ele.
Amílcar Del Chiaro Filho
Fonte:  Portal do Espírito


“QUAIS OS MOTIVOS QUE NOS LEVAM A CASA ESPÍRITA? ”

E o que acontece? Assistimos palestras, recebemos o passe, tomamos água fluidificada, Trabalho Mediúnico e vamos embora. .🤔Somos espíritas apenas dentro da Casa Espírita, estas atitudes irão se repetir por longo tempo. Mas à medida que vamos estudando e compreendendo melhor os ensinamentos espíritas, sentimos que necessitamos nos integrar mais nas ações de reforma moral da sociedade, e nada melhor para fazermos isso do que iniciando por nós mesmos, ou seja, que sejamos espíritas na convivência com o mundo, e isso nos leva à nossa reforma moral.
Todo espírita estudioso caminha neste sentido, porque compreende que o Espiritismo como filosofia busca atingir o seu mais nobre objetivo, que é a reforma moral da criatura.
A grande maioria dos livros escritos pelas vias mediúnicas são ricos de ensinamentos e verdadeiros tratados de saúde mental, com uma terapia baseada no Evangelho de Jesus e na Codificação Kardequiana.
Livros como: “Autoconhecimento”, “O Homem Integral”, “O Ser Consciente”, “Espelho D’alma”, “Momentos de Renovação” e outros não necessariamente espíritas, nos indicam a importância da Reforma Íntima, ou renovação de atitudes, como fator essencial para alcançarmos o progresso moral e espiritual, visando à nossa felicidade relativa.
Duas afirmativas nos chamam à reflexão:
1. Renovação de atitudes...
Um jovem foi ao médico, queixando-se de dores abdominais. Tendo sido atendido pelo médico, este atencioso, realizou exames, fez entrevistas, e ao final chegou ao diagnóstico: Cirrose hepática, doença do fígado por ingestão de bebida alcoólica. Enfermidade conhecida e facilmente tratável, receitou um tratamento, onde o paciente deveria tomar uma medicação, fazer caminhadas diárias, ao final da caminhada realizar algumas ginásticas.
O paciente saiu satisfeito pois veria-se livre de suas dores. Ao final de um mês, retornou novamente o paciente ao consultório médico, onde o doutor o atendeu solícito.
Há doutor! O tratamento não deu resultado, pois continuo a sentir dores. O profissional estranhou, pois tinha confiança em seu diagnóstico, mas voltou a examiná-lo.
- O senhor tomou o remédio que lhe receitei? Sim senhor doutor, certinho, três vezes ao dia!
- O senhor fez as caminhadas para melhorar a circulação? Cinco quilômetros todos os dias doutor!
- O senhor fez as ginásticas como recomendado? Uma hora diária após as caminhadas doutor!
- O senhor parou de beber? Não doutor... doutor continua doendo...
A medicina terrena trata das enfermidades do corpo físico, o Espiritismo trata das enfermidades do espírito (estando ele encarnado ou não). O médico nos escuta, analisa, faz exames e nos recomenda um tratamento. A Casa Espírita, nos escuta, analisa, consola, e também nos recomenda mudanças de atitudes; mas esta vai mais além em nosso benefício, pois nos fornece o passe magnético, a água fluidificada e em alguns casos tratamentos de desobssessões.
Mas assim como no caso do paciente enfermo, se quisermos melhorar, cumpre que façamos a nossa parte mudando as nossas tendências negativas, ou ficaremos indefinidamente tomando remédios, realizando caminhadas, fazendo ginásticas, recebendo passes, tomando água fluidificada...
Emmanuel, em uma de suas mensagens no diz: “O pastor conduz o seu rebanho, mas são as ovelhas que andam com as próprias pernas”.
2. Felicidade relativa...(Em virtude da afirmativa de Jesus – “A felicidade não é deste mundo” Bíblia/Eclesiastes, Evangelho Segundo o Espiritismo/ Capítulo V, item 20). Analisando esta afirmativa do Cristo apenas pela letra que mata e não pelo espírito que vivifica, muitos apressados, inimigos do estudo e cultores do negativismo atribuem que estamos na Terra para sofrer, que este é um vale de lágrimas, aqui só há dores e aflições, etc. Semelhantes afirmativas são no mínimo equivocadas e inconsequentes, pois espalham o desânimo, pessimismo, descrença, resignação incondicional.
A nossa razão nos mostra que podemos e temos momentos felizes mesmo no estágio evolutivo em que nos encontramos, pois quem não fica feliz com um casamento? O nascimento do primeiro filho? Uma formatura? O primeiro emprego? No aniversário, receber aquele presente tão esperado? Jesus, profundo conhecedor, não iria contrariar as Leis Naturais, negando estes fatos. Ele se referia tão somente à felicidade plena, que é atributo apenas dos Mundos Felizes e Angélicos.
Sabemos então que para evoluirmos espiritualmente temos que realizar a nossa Reforma Íntima, mas algumas perguntas nos assaltam:
• O que é Reforma Íntima? Ela deve ser compreendida como a chave mestra para o sucesso de sua melhora interior e, consequentemente, da sua felicidade exterior.
• Para que serve? Renovar as esperanças interiores tendo por meta o fortalecimento da fé, a solidificação do amor, a incessante busca do perdão, o cultivo dos sentimentos positivos e a finalização no aperfeiçoamento do ser.
• O que fazer? Realizar atos isolados, no dia-a-dia levando-nos a melhorar as nossas atitudes, alterando para melhor a nossa conduta aproximando-a tanto quanto possível do ideal cristão.
• Por onde começar? Pela auto crítica.
• Como fazer a reforma íntima? Bem .....
(Cairbar Schutel – “Fundamentos da Reforma Íntima” Abel Glaser).
Embora uma linha de pensadores espíritas entenda que os meios de o conseguir é obra e esforço de cada um, as obras literárias estão repletas de indícios e dicas.
Em “O Livro dos Espíritos” no capítulo Conhecimento de si mesmo, à pergunta 919, Allan Kardec questiona aos Espíritos:
- Qual o meio prático mais eficaz que tem o homem de se melhorar nesta vida e de resistir à atração do mal?
“Um sábio da antiguidade vo-lo disse: Conhece-te a ti mesmo.”
Allan Kardec, profundo conhecedor das deficiências humanas, investiga mais a fundo no desdobramento da questão acima.
919a) - Conhecemos toda a sabedoria desta máxima, porém a dificuldade está precisamente em cada um conhecer-se a si mesmo. Qual o meio de consegui-lo?
“Fazei o que eu fazia, quando vivi na Terra: ao fim do dia, interrogava a minha consciência, passava revista ao que fizera e perguntava a mim mesmo se não faltara a algum dever, se ninguém tivera motivo para de mim se queixar...(SANTO AGOSTINHO).( O Livro dos Espíritos - Allan Kardec)
Parece resultar daí que o conhecimento de si mesmo é, a chave do progresso individual.
(esta é uma tarefa que compete a cada um individualmente).
Ocorre-nos lembrar de Benjamin Franklin, Estadista, escritor e inventor norte americano (inventor do para-raio, Boston 17-01-1706 - Filadélfia 17-04-1790).
Benjamin Franklin era um tipógrafo na Filadélfia homem fracassado e cheio de dívidas, achava que tinha aptidões comuns mas acreditava que seria capaz de adquirir os princípios básicos de viver com êxito, se pudesse apenas encontrar o método certo. Método este encontrado e relatado em seu livro a “Autobiografia de Benjamin Franklin” (1771-1788).
Benjamin Franklin, em sua juventude era um homem de muita inteligência e perspicácia, apesar de ter estudado apenas até o segundo ano primário. Era hávido por conhecimento e lia muito, estudava e escrevia ensaios e poesias.
Estudava sobre tudo que lhe interessava, principalmente sobre os grandes vultos da história de todos os tempos. Por isso mesmo tinha uma grande cultura e um conceito moral muito rígido, e cobrava-se muito, bem como, cobrava aos outros a mais correta e ilibada conduta.
Em suas reuniões sociais, tecia críticas francas e ácidas sobre todos os deslizes de seus colegas, sentindo um prazer mórbido em derrotar verbalmente aos seus oponentes, fato que ao longo do tempo foi deixando-o só e isolado nas reuniões a que eram “obrigados” a convidá-lo pelo seu cargo político.
Sentindo o peso deste isolamento, em conversa com um amigo muito chegado, comentou esta aversão das pessoas de seu convívio.
Tendo sido localizada a causa deste sentimento de aversão, com uma tenacidade que só as almas valorosas possuem, empreendeu luta acirrada ao combate às suas imperfeições.
Mas por mais que se esforçasse, controlava uma imperfeição mas caía invariavelmente em outra, quando esta outra recebia a sua atenção novo deslize fazia-o tropeçar, e a situação não avançava. Era como se estivesse tentando reter água com as mãos que, não obstante, escorria por entre seus dedos.
O isolamento continuava e até acentuava-se.
Lembrando-se das habilidades bélicas de Napoleão Bonaparte, que adotava a estratégia de “dividir para vencer”, de espírito inventivo, Franklin imaginou um método tão simples, porém tão prático, que qualquer pessoa poderia empregá-lo.
Franklin escolheu treze princípios que julgava ser necessário ou desejável aprender e procurar praticar. Escreveu-os em pequenos pedaços de cartolina, com breve resumo do assunto, e dedicou uma semana da mais rigorosa atenção a cada um desses princípios separadamente. Desse modo, pode percorrer a lista toda em treze semanas, e repetir o processo quatro vezes por ano.
Quando passava ao princípio seguinte não esquecia os anteriores, e cada vez que se pegava em falha, fazia uma pequena marca no verso do cartão, assim no retorno àquele princípio dedicava maior atenção e esforço.
Manteve em segredo o que estava fazendo, pois receava que os outros se rissem dele. (é triste constatar que até aos dias de hoje nos vangloriamos de atos incorretos, falcatruas, engodos, vícios que cometemos, mas temos vergonha de admitirmos que estamos tentando melhorar praticando alguma virtude).
Ao fim de um ano Franklin havia completado quatro cursos, e constatou que já buscava com naturalidade o controle de suas falhas, apesar de estar longe de dominar com perfeição qualquer daqueles princípios.
Este procedimento deu tão certo que Franklin utilizou-o ao longo de toda a sua vida, embora mudando os princípios uma vez já tendo controlado aquela deficiência combatida.
Os treze princípios de Benjamin Franklin eram
(Autobiografia de Benjamin Franklin): (tais como escreveu e na ordem que lhes deu)
Temperança – Não coma até o embotamento; não beba até a exaltação.
Silêncio – Não fale sem proveito para os outros ou para si mesmo; evite a conversação fútil.
Ordem- Tenha um lugar para cada coisa; que cada parte do trabalho tenha seu tempo certo.
Resolução – Resolva executar aquilo que deve; execute sem falta o que resolve.
Frugalidade – Não faça despesa sem proveito para os outros ou para si mesmo; ou seja nada desperdice.
Diligência – Não perca tempo; esteja sempre ocupado em algo útil; dispense toda atividade desnecessária.
Sinceridade – Não use de artifícios enganosos; pense de maneira reta e justa, e, quando falar, fale de acordo.
Justiça – A ninguém prejudique por mau juízo, ou pela omissão de benefícios que são dever.
Moderação – Evite extremos; não nutra ressentimentos por injúrias recebidas tanto quanto julga que o merecem.
Asseio – Não tolere falta de asseio no corpo, no vestuário, ou na habitação.
Tranquilidade – Não se perturbe por coisas triviais, acidentes comuns ou inevitáveis.
Castidade – Evite a prática sexual sem ser para a saúde ou procriação; nunca chegue ao abuso que o enfraqueça, nem prejudique a sua própria saúde, ou a paz de espírito ou reputação de outrem.
Humildade – Imite Jesus e Sócrates.
A quantos desejarem experimentá-lo, sugere-se analisarem-se, buscando aquelas deficiências mais comuns e corriqueiras, que sabemos possuir, ou as qualidades que não temos mas que gostaríamos de ter, adaptando o método às necessidades e interesses de cada um.
Ao alcançar uma conquista, alterar a meta, buscando por outra, que vão surgindo ao longo do tempo, mas cuidando sempre para que não incorram em recaída.
Este não é o primeiro e nem será o último método inventado, que visa à melhoria das pessoas através da reforma íntima, mas com certeza, nos aponta mais uma alternativa palpável e simples, que está ao alcance de quantos tiverem a coragem e a vontade firme de empreender esta luta íntima na escalada evolutiva.
Não é um caminho fácil. Não existe caminho fácil. Mas é um caminho seguro.
Em “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, no capítulo XVII, SEDE PERFEITOS, Allan Kardec escreveu:
“Reconhece-se o verdadeiro Espírita pela sua transformação moral, e pelos esforços que emprega para domar as suas más inclinações”.
Na Bíblia em “O Novo Testamento”, Tiago em suas epístolas nos adverte: “Fé sem obras é estéril”.
Que Jesus nos ilumine e guie. Muita Paz.
Gorete Piesigilli.

Fonte: Grupo Socorrista Obreiros do Senhor Gerônimo Mendonça Ribeiro 
Bibliografia:
O Evangelho Segundo o Espiritismo. (Allan Kardec).
O Livro dos Espíritos. (Allan Kardec).
O Homem Integral.( Divaldo Pereira Franco – Joanna de Angelis).
Autobiografia de Benjamin Franklin.

Fundamentos da Reforma Íntima. (Abel Glaser – Cairbar Schutel)

sexta-feira, 29 de dezembro de 2017

“EU NÃO ACREDITO EM DEUS. VOCÊ ACREDITA?

Sim, eu afirmo de forma peremptória que não acredito em Deus segundo os homens O idealizaram, mas em um Deus que fizeram os homens.
Acreditar significa crer, ter ciência de, convencer; contudo quem crê, pode um dia desacreditar. Então, tenho certeza, plena convicção de Sua existência; não como um dogma ou um mistério que não podemos questionar ou dialogar sobre, mas uma verdade lógica pela evidência das coisas. Diria que um percentual muito grande das pessoas acredita na existência de Deus. Pode ser até difícil apresentar tese sobre Sua inexistência; usando evidências científicas, filosóficas e culturais podemos até atingir “um voo curto de galinha”. Todavia, seja qual for sua tese defendida é de bom alvitre sempre respeitar e ouvir a pessoa com quem você dialoga, é uma questão de boa educação.
Ora, como há muitas doenças, seres humanos de vários tipos, posicionamentos sociais, dores e sofrimentos dos mais variáveis, com Deus sendo justo e bom, não poderia ter isso evitado? Pois os mesmos sendo seus filhos, deveria criá-los todos iguais em termos de belezas, riquezas, felicidades, etc., e não uns sofrendo ou mesmo serem tão diferentemente quanto os outros. Há uma injustiça nesse caso. Essa é uma entre tantas argumentações dentro da ciência mecanicista que poderia ser usada. Outra, em uma guerra, um tsunami, ou hecatombe qualquer, por que morre tantas crianças, idosos e/ou pessoa boas que, aparentemente nunca foram voltadas ao mal?
A doutrina reencarnacionista espírita, que propugna a evolução constante e que nada ocorre por acaso, explica de forma objetiva, direta e cristalina o questionamento filosófico sobre de onde viemos, o que estamos aqui fazendo e em função do que aqui fizermos, para onde vamos. E mais, a razão da dor, do sofrimento, do por que da tudo certo para uns e a outros sempre em provações e expiações enormes?
Faço aqui minhas, as palavras de Einstein que, quando perguntado sobre se acreditava em Deus o mesmo disse que acreditava segundo o Deus de Spinoza: um Deus que se revela em si Mesmo na harmonia de tudo que existe e não em Deus que se interessa pelas ações e sorte dos homens. Ademais, devo admitir que sorte é o aproveitar de uma oportunidade, é você estar preparado naquele momento. Não ficar nesses templos lúgubres, rezando, orando sempre e só pedindo e nada doando. Vá em frente, desfrute a vida, Deus o criou para ser feliz. Deus está, além de  nós, na beleza da vida, no som da cachoeira, no voar de um colibri, na harmonia das coisas. Esse Mesmo Deus não precisa perdoar, castigar ou punir. Por Ele ser perfeito em todas as coisas, não sente raiva, mágoa, paixão, malefícios de nós, os humanos. Então, por tudo isso eu não acredito nesse Deus antropomórfico que as pessoas conceberam: um Deus julgador, mosaico, olho por olho, dente por dente, um Deus segundo o meu julgamento. E como Deus sendo causa primária e inteligência suprema criadoras de todas as outras coisas, não posso ou devo julgá-lo ou concebê-lo segundo os meus parâmetros.
Bjs em vossos corações e que Deus esteja conosco agora, hoje e sempre!
Décio Naves

𝗖𝗢𝗠𝗢 𝗢𝗦 𝗥𝗘𝗟𝗔𝗖𝗜𝗢𝗡𝗔𝗠𝗘𝗡𝗧𝗢𝗦 𝗙𝗜𝗖𝗔𝗠 𝗔𝗧𝗥𝗘𝗟𝗔𝗗𝗢𝗦 𝗡𝗔𝗦 𝗥𝗘𝗘𝗡𝗖𝗔𝗥𝗡𝗔𝗖̧𝗢̃𝗘𝗦.

Os ajustes dos relacionamentos problemáticos de outras existências. Pelas reencarnações os espíritos têm a oportunidade de reestabelecer os ...