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terça-feira, 9 de janeiro de 2018

“O PERIGO DOS ESPÍRITOS OPORTUNISTAS- COMO SABER SE O ESPÍRITO DESENCARNADO TEM BOAS INTENÇÕES? ”

 Uma pessoa oportunista (no sentido negativo da palavra) é quem gosta de tirar proveito de oportunidades em benefício próprio. Ao desencarnar, quem possui essa característica, continua se aproveitando de outros espíritos buscando adquirir vantagens pessoais sem pensar no próximo.
Segundo o escritor e expositor espírita, Alexandre Caldini, a nossa encarnação serve para fazermos evoluir, mas se o espírito não conquistou sua elevação ele ainda manterá esse hábito.
“Quando a gente morre ninguém vira santinho, ninguém muda de qualidade”, disse Caldini no Interpretando a Vida.
Quando nos deparamos com espíritos desta “qualidade” devemos desconfiar de suas reais intenções. “O Evangelho Segundo o Espíritismo” alerta para que fiquemos vigilantes com todos os desencarnados.
“O Espiritismo vem revelar outra categoria de falsos cristos e de falsos profetas, bem mais perigosa, e que não se encontra entre os homens, mas entre os desencarnados”, diz a obra.
Esses espíritos podem ir aos centros espíritas para oferecer conselhos que não beneficiarão os encarnados. Para conhecer se o desencarnado está com boas intenções, fique atento se ele está priorizando seu nome de encarnado. Caldini explica que é importante desconfiar sempre.
“Espíritos, geralmente, não se identificam. O que importa não é a identidade, mas qualidade da mensagem. Veja se tem lógica no que foi dito. Isso vale para espíritos desencarnados e encarnados”, complementou Caldini.
O Evangelho nos ensina como reconhecer os bons espíritos, características sempre morais e jamais materiais. “É sobretudo ao discernimento dos bons e dos maus Espíritos, que podemos aplicar as palavras de Jesus: ‘Reconhece-se à árvore pelos seus frutos; uma boa árvore não pode dar maus frutos, e uma árvore má, não pode dar bons frutos’. Julgam-se os Espíritos pela qualidade de suas obras, como a árvore pela qualidade de seus frutos”.

Para saber mais sobre o assunto, assista o vídeo:
Fonte: Mensagem Espirita

“O ANJO GUARDIÃO PODE NOS ABANDONAR? ”

O Espírito protetor poderá abandonar seu protegido, por esse se mostrar rebelde aos conselhos?
Afasta-se, quando vê que seus conselhos são inúteis e que mais forte é, no seu protegido, a decisão de submeter-se à influência dos Espíritos inferiores. Mas não o abandona completamente e sempre se faz ouvir. É então o homem quem tapa os ouvidos. O protetor volta desde que este o chame . . . (questão 495)
O motorista carregou na bebida.
Pesou no pé direito comprimindo o acelerador.
O ônibus ganhou asas.
Os passageiros, assustados, pediam-lhe que reduzisse a velocidade.
Ele, tranqüilo disse:
- Não se preocupem. Meu santo é forte!
E voava baixo, ziguezagueando por ruas e avenidas.
- Devagar, devagar! Cuidado!
- Calma, gente! Está tudo sob controle. O santo nos protege!
Em pânico, os viajantes começaram a descer, embora sua insistência:
- Fiquem frios! Meu santo não falha!
O coletivo esvaziou-se. Restou derradeiro, heroico passageiro. Segurava-se precariamente ante as freadas bruscas, as curvas fechadas do bólido sobre rodas.
Não resistiu muito tempo. Arrastou-se até o motorista, tocou seus ombros e lhe disse:
- Meu filho, sou seu santo. Também quero descer. Dirigindo assim, nem o Espírito Santo poderá protegê-lo.
E seguiu solitário o "pé de chumbo", que acabou esborrachando-se num espetacular acidente que destruiu o ônibus e o transferiu extemporaneamente para o além.
Confortador, maravilhoso saber que "lá em cima" há amigos generosos dispostos a nos acompanhar e proteger. Devemos buscá-los sempre, em oração, aprendendo a ouvir, na intimidade do coração, sua orientação preciosa.
Consideremos, entretanto, que eles não são babás a satisfazer nossos caprichos ou prestigiar nossos desatinos. Não o imaginemos como um pajem a nos acompanhar nas 24 horas do dia, como se fôssemos criancinhas. Se dirijo um automóvel de forma imprudente, meu mentor não irá no pára-choque fazendo malabarismos para proteger-me. Essencialmente ele é o mentor que, pelos condutos da inspiração, busca nos orientar nos momentos mais importantes, estimulando-nos ao bem. Quando não os ouvimos eles se afastam respeitando nosso livre arbítrio e voltam quando o chamamos.
Richard Simonetti- Grupo de Estudos Allan Kardec

Fonte: Mensagem Espírita

“O VALE DOS SUICIDAS”

O vale dos suicidas é uma região do umbral onde os espíritos desencarnados que praticaram o suicídio quando em vida se agrupam pela lei da atração ou afinidade, uma das leis universais, que pode ser traduzida na máxima “Os iguais se atraem”.
A médium Yvonne Pereira, em seu livro psicografado “Memórias de um suicida”, descrito pelo espírito Camilo Castelo Branco, fala do Vale dos Suicidas, onde os seres desencarnados suicidas vivem os mesmos dramas, dores e aflições, agrupando-se no mesmo vale das trevas.
Da mesma forma, agrupam-se também nas trevas, em vales, por afinidade, os espíritos ligados às drogas, à loucura, aos desequilíbrios sexuais, às guerras, aos abortos.
Mas todo suicida vai parar no Vale dos Suicidas?
Na minha experiência clínica, após conduzir mais de 20.000 sessões de regressão pela TRE (Terapia Regressiva Evolutiva) – A Terapia do Mentor Espiritual, onde os pacientes descrevem suas vidas passadas no umbral após terem praticado o suicídio, posso afirmar que cada caso é um caso.
Muitos – após cometerem o suicídio na vida pretérita – ficam presos ao local do crime, pois não conseguem se libertar por terem transgredido a lei da vida.
Eu me recordo de uma paciente que numa existência passada fora um general autoritário, vaidoso, arrogante e centralizador. Numa das reuniões com seus comandados foi questionado por um auxiliar de sua estratégia de guerra equivocada, onde iria colocar em risco a vida de suas tropas.
Mandou o auxiliar calar a boca por se sentir afrontado em sua autoridade. Mas seu auxiliar estava certo, pois toda a tropa fora dizimada, inclusive seu filho (o general não sabia que ele fora convocado para participar dessa batalha).
Desolado, cabisbaixo, viu seu filho e os soldados ensanguentados, mortos no chão. Pegou o corpo do filho e o enterrou. Após isso, subiu em seu cavalo e foi em direção a um estábulo e pegou uma corda, jogando-a por cima de uma viga do teto, e deu cabo à sua vida, enforcando-se. Após o suicídio, em espírito, ficava observando seu corpo físico balançando na corda.
Não conseguia sair da cena do crime e, mesmo após um longo tempo, continuava vendo seu corpo se decompondo. Transcorrido muitos e muitos anos, apareceu uma senhora vestindo uma túnica branca – era sua mentora espiritual – que lhe disse que havia chegado o momento de sair daquele local e o levou para o plano de luz.
Eu me recordo também de outra paciente, cujo tio, irmão de seu pai, e que havia se suicidado em seu quarto dando um tiro em sua cabeça, apareceu em espírito numa de suas sessões de regressão em meu consultório pedindo ajuda.
Ele não conseguia sair daquele quarto, pois se sentia culpado, bastante arrependido por ter tirado sua própria vida. A paciente orou muito por ele, emanando-lhe diariamente a luz dourada de Cristo, até que em uma das sessões de regressão, seu tio foi levado pelos seres amparadores de luz para uma Luz Maior.
Quero finalizar esse artigo dando um recado aos que pensam em suicídio. O suicídio não é a solução. O suicida materialista pode achar que seja a porta de saída para seus problemas, mas, para o espiritualista que acredita que a vida continua após a morte do corpo físico, o suicídio é porta de entrada para mais problemas, dores e aflições.
Autor desconhecido

Fonte: Mensagem Espirita

“CUIDADOS QUE SE DEVE TER COM DOENTES TERMINAIS. OS MESES FINAIS DE QUEM ESTÁ DESENCARNANDO. ”

A jornada na Terra sempre chega ao fim. Algumas vezes é necessário que o processo da velhice, doença e morte seja acompanhada de perto por alguém.
Esta pessoa pode ser você, que terá a responsabilidade de garantir o respeito, a dignidade e o conforto físico de seu parente amado.
Acredito eu que não exista gesto mais nobre de amor. Tenho a certeza que também não existe momento mais oportuno para o aprendizado e para a vivência espiritual.
Muitas pessoas sentem-se desconfortáveis frente à morte. Mas, acredite, para o espírito é um momento belo e grandioso. Este texto tem a missão de desmistificar a morte, facilitar sua vida ao lado da pessoa que se prepara para partir e te ajudar a viver plenamente o amor que existe dentro de você (sem medo e sem receio).
"A separação da alma e do corpo é dolorosa?
— Não; o corpo, frequentemente, sofre mais durante a vida que no momento da morte; neste, a alma nada sente. Os sofrimentos que às vezes se provam no momento da morte são um prazer para o Espírito, que vê chegar o fim do seu exílio.
No momento da morte, a alma tem, às vezes, uma aspiração ou êxtase, que lhe faz entrever o mundo para o qual regressa?
— A alma sente, muitas vezes, que se quebram os liames que a prendem ao corpo, e então emprega todos os seus esforços para os romper de uma vez. Já parcialmente separada da matéria, vê o futuro desenrolar-se ante ela e goza por antecipação do estado de Espírito."
Ajudar alguém nos últimos meses ou anos é uma das maiores responsabilidades que alguém pode ter. Sob certos aspectos é bem mais difícil que criar uma criança. A criança coleciona conquistas, o idoso ou o doente coleciona dificuldades. Mas, porém, virão conquistas; conquistas para o espírito e para o amadurecimento pessoal. Nesta fase os grandes ganhos não são exteriores, são interiores.
Tenha claro esta realidade: há muito aprendizado nos últimos anos de vida.
E mais, são alguns dos aprendizados mais importantes para o futuro do espírito.
Uma criança nasce e aprende a falar e a andar. São ganhos que parecem grandes, mas que se perdem com o falecimento. Já os aprendizados dos últimos anos são realmente centrais para o espírito. Por exemplo: uma pessoa muito orgulhosa, ao se ver necessitada de ajuda, descobriu na humildade a paz que lhe faltou por toda a vida. Ela dizia: "Meu Deus, porque não aprendi a viver assim antes?" Não aprendeu antes, mas aprendeu quando as limitações físicas se fizeram mais fortes.
Alguém poderia dizer; "antes tarde do que nunca". Quem conhece a vida espiritual sabe que NUNCA é tarde para esta transformação positiva. Esta transformação será muito importante por décadas e séculos.
Por isto, não fique tão triste com as perdas que acompanham a velhice e as doenças. São oportunidades únicas. São oportunidades importantíssimas.
Primeiro porque "tira de cima da pessoa" o peso da sociedade. A sociedade é uma prisão brutal para grande parte das pessoas. Somos orgulhosos, esta é a verdade. São raríssimos os seres humanos que não são orgulhosos. A doença e as limitações da idade jogam por terra grande parte das vaidades, orgulho e desejo de ser aceito (os místicos dizem: tudo desaba). É um choque que coloca o ego da pessoa lá embaixo; algumas até deprimem. Mas, a queda do ego é a porta aberta para a emersão do que é realmente importante para o espírito.
São bilhões de pessoas que tem na velhice e nas doenças as últimas oportunidades para realizar seu progresso espiritual.
Importante: aprenda a olhar para a pessoa amada como um espírito que dá os últimos passos e que tem as últimas oportunidades de realizar conquistas nesta vida (nesta encarnação).
O corpo perde, mas o espírito pode ganhar. O corpo vai finalizar, mas a vida espiritual ainda é longa. Por isto, tranquilize-se com as perdas. Tenha serenidade para acompanhar estas perdas. Cuide com carinho, mas treine-se para o desligamento. Aceite cada passo que a natureza der; traga conforto e use sempre um diálogo espiritualizado para facilitar o entendimento e a superação das dificuldades.
Treine com a mensagem de Jesus: "seja feita a Sua vontade". Nada é perda, tudo é transformação. Tenha paciência, porque você é apenas alguém que acompanha uma trajetória que é muito pessoal e especial - a trajetória do seu ente querido até a libertação do corpo.
Veja a morte como saudade para quem fica e liberdade para quem vai. É uma libertação, porque chegará um momento em que os aprendizados serão pequenos; este é o momento de voltar para a vida espiritual.
As pessoas tem medo da morte, porque não confiam de fato na realidade espiritual. A morte é dar um salto de confiança rumo a um novo nascimento, desta vez para a vida sem o corpo físico. A morte "bem morrida" é uma morte repleta de confiança. É caminhar para o que o corpo desconhece com a confiança de que ali está o melhor para si mesmo.
A morte é, na imensa maioria das vezes, o melhor que a pessoa pode esperar. Mesmo uma mãe que deixa seus filhos pequenos deve se soltar e entrar em confiança: "este é o melhor caminho". Estamos treinados para perceber a morte como ruim, como triste, como sofrimento. Dizemos do morto: "coitado!" Esta ideia é fruto de uma concepção errada. Do outro lado há, muitas vezes, uma festa. É chegada a hora, o melhor está acontecendo, existem reencontros - porque não seria festa?
"O Espírito encontra imediatamente aqueles que conheceu na Terra e que morreram antes dele?
— Sim, segundo a afeição que tenham mantido reciprocamente. Quase sempre eles o vêm receber na sua volta ao mundo dos Espíritos e o ajudam a se libertar das faixas da matéria. Vê também a muitos que havia perdido de vista durante a passagem pela Terra; vê os que estão na erraticidade, bem como os que se encontram encarnados, que vai visitar."
Allan Kardec - O Livro dos Espíritos
Se este texto for útil para você, será para outras pessoas. Portanto, te convido a divulgar o link deste texto.
Autor: Regis Mesquita
Fonte: http://www.nascervariasvezes.com


“QUANDO EU SOFRO POR QUEM MORREU ISSO PODE FAZER O ESPIRITO DESSA PESSOA SOFRER? ”

Todas as pessoas que vivem nesta escola de preparação espiritual chamada Terra já passaram pela experiência de ver partir entes queridos para um local que a maioria não consegue bem definir. Acidentes violentos, enfermidades inesperadas, crimes hediondos, ou até mesmo situações banais, são apenas algumas das formas pelas quais todos os dias milhares de seres partem deste mundo rumo ao desconhecido.
A dor é ainda maior quando a morte arrebata de nosso convívio pessoas que nos são tão caras. Como dói a um pai sepultar o corpo do filho; a uma esposa que não terá mais a mão amiga do marido; a um irmão privado da convivência com a irmã; ou simplesmente a ausência física dos amigos queridos! Todos eles partem deixando em nossos corações a doce brisa da saudade.
Como conciliar tamanha dor com a justiça e a bondade do Pai, o Criador? Como explicar o amor de Deus que permite que criaturas tão amadas sejam tiradas de nós dessa forma? Qual a explicação para a morte daqueles que se vão em tenra idade, com todo um futuro promissor pela frente? E qual seria o motivo que pudesse justificar as enormes dores que levam à morte pessoas que desde o berço sempre cultivaram a bondade, a humildade e a simplicidade para com seus semelhantes?
Diante de tudo isso, chegamos inevitavelmente a uma encruzilhada: ou não existe reencarnação e Deus nem de longe é o Pai amoroso, justo e misericordioso que Jesus nos apresenta em seu Evangelho, ou então existe reencarnação e Deus é, de fato, um Pai que ama todos os seus filhos indistintamente, concedendo a cada um deles os meios de resgatarem seus erros do passado, harmonizando-se com as leis divinas. Se as pessoas parassem para analisar tais situações, se convenceriam facilmente da segunda opção, esta fascinante realidade que nós, espíritas, já conhecemos.
É claro que não seremos hipócritas a ponto de afirmar que não sentimos a morte de nossos entes queridos. Não há dúvida de que sentimos, pois a ausência física das pessoas que amamos dói bastante e esta dor independe da opção religiosa daqueles que permanecem na Terra. Contudo, o Espiritismo nos oferece algo a mais. As religiões pregam a existência do Espírito, mas muitas estão vinculadas a dogmas ou interesses obscuros e imediatistas que não permitem aos seus seguidores uma análise imparcial e racional sobre o assunto.
Só a Doutrina Espírita é capaz de esclarecer o que acontece com a alma antes do berço e depois do sepulcro. Como? Vejamos alguns pontos, considerando que o Espiritismo é um doutrina de tríplice aspecto: filosófico, científico e religioso.
Do ponto de vista filosófico, ao examinar as questões mencionadas acima, a Doutrina dos Espíritos oferece respostas a todas elas, nos convidando a raciocinar em termos da grandeza da criação, bem como da justiça e do amor de Deus para com todas as criaturas. Encontramos nos ensinamentos de Jesus e dos espíritos superiores a orientação e o consolo que amenizam nossas dores e sofrimentos.
O esclarecimento espírita, sempre pautado pela razão, pela lógica e pelo bom senso, eleva nossa visão a níveis nunca antes imaginados. Demonstra, com segurança, que somente através do conhecimento de princípios e leis universais como reencarnação, evolução, causa e efeito e livre-arbítrio, pode o homem encontrar as verdadeiras respostas para os mais diversos questionamentos feitos ao longo da história da humanidade.
Mas, o Espiritismo não nos força a aceitá-lo. Ao contrário, nos convida a examinar seus postulados com serenidade, comparando-os com tudo o que observamos ao nosso redor no dia-a-dia. Ao invés de simplesmente repelir tais ideias, veja se há no mundo alguma outra doutrina ou sistema capaz de elucidar todas essas questões de forma tão racional e coerente. Não temos a menor dúvida em afirmar que você não encontrará.
Kardec, durante os trabalhos da codificação espírita na segunda metade do século XIX, advertia para o fato de que a fé cega já não era mais para aquela época. Hoje, em pleno século XXI, quando o homem se vê a braços dados com tanta evolução no campo do intelecto, é nítido que vivemos um período onde precisamos considerar a razão como elemento fundamental para a iluminação e o fortalecimento de nossa fé. Todo aquele que questiona, tendo como base a fé raciocinada, naturalmente concluirá quanto a excelência e a veracidade dos fundamentos da Doutrina Espírita.
No que tange ao seu aspecto científico, o Espiritismo tem na mediunidade o seu principal instrumento de confirmação da existência do plano espiritual e da possibilidade de intercâmbio entre os espíritos e os homens. As respostas que a filosofia espírita nos proporciona são ratificadas pelas próprias almas daqueles que já viveram na Terra e que agora, sem as limitações do corpo material, nos trazem notícias e informações de sua situação nas outras esferas.
É através do intercâmbio mediúnico que aprendemos com os bons espíritos e temos a oportunidade de auxiliar aqueles que se encontram em situações menos fáceis no Além Túmulo. São, portanto, os espíritos que nos dão a certeza da imortalidade da alma, demonstrando que o que morre é apenas o corpo físico e que os nossos entes queridos que já partiram são, assim como nós, viajantes do Cosmo, herdeiros imortais do Pai Celeste.
O Espiritismo não é apenas uma doutrina filosófica de comprovação científica. Seus ensinamentos conduzem os adeptos a uma nova visão da vida e, consequentemente, a um processo de renovação íntima, cuja base é o Evangelho de Jesus.
Afirmamos que o Espiritismo é religião porque a sua moral permite-nos religar a Deus em espírito e verdade, sem rituais, sem dogmas, mas sim através da prática do bem, único caminho que nos coloca em sintonia com a Espiritualidade Superior. Nas imorredouras lições do Cristo, Allan Kardec fincou as raízes da Doutrina, sinalizando que a moral ensinada pelo Mestre de Nazaré é a base da verdadeira religião universal: o Amor.
Com o estudo das chamadas obras básicas da Codificação e outras de inegável valor doutrinário, além, é claro, do Evangelho, encontramos respostas consoladoras e elucidativas para todos problemas. O absurdo de uma morte prematura ou a incoerência dos sofrimentos inenarráveis vividos por uma boa pesssoa, encontram respostas nas opções feitas e nas ações realizadas em vidas passadas.
Há que se reconhecer que, dentre as várias moradas da casa do Pai, somos moradores de uma que ainda está longe de ser o paraíso que todos almejamos. Em planetas de provas e expiações como o nosso, reencarnam espíritos que guardam graves compromissos com as leis divinas, a exigirem, no tempo e local apropriados, as devidas reparações.
Diante de situações tão difíceis quanto às que citamos, somos compelidos a buscar o entendimento de suas causas. Quando não as encontramos nesta existência, naturalmente somos levados a compreender que elas se encontram nas existências pretéritas. Há um axioma científico que afirma não existir um efeito sem causa. Ora, se sofremos, há que existir uma causa para este sofrimento.
Os pais humanos por mais imperfeitos que sejam, não punem seus filhos e não os deixa sofrerem sem que seja necessário, mediante um motivo justo. Imagine então o nosso Pai Celestial! Desde que admitamos que Deus, Inteligência Suprema e Causa Primária de todas as coisas, possui todos os atributos em grau ilimitado, inclusive a justiça, a misericórdia, a bondade e o amor, chegaremos a conclusão de que a causa ou as causas de nosso sofrimento são também justas e necessárias à nossa evolução espiritual.
As leis divinas sempre favorecem o indivíduo em sua caminhada ascencional, através de inumeráveis processos educativos, de forma a facultar-lhe as oportunidades de reparação de erros, bem como a aquisição de conhecimentos e virtudes indispensáveis ao processo evolutivo.
Se você chora a perda de um ente querido, que suas lágrimas sejam de saudade, de respeito, de reconhecimento e de gratidão a Deus por ter lhe permitido desfrutar de prazeirosa companhia por algum tempo. Lembre-se que a morte é um fenômeno natural que, simplesmente, retira de nós a vestimenta carnal e nos permite retornar à verdadeira pátria com o nosso corpo espiritual.
Mudamos de roupa e de casa, mas continuamos existindo, em outra dimensão, mantendo nossa individualidade e nossas tendências e gostos. Que suas lágrimas não sejam de revolta, de dor, de lamentação e nem de reclamações contra o Criador. O choro desta natureza prejudica muito os espíritos que aportaram recentemente no mundo espiritual e que precisam, nestes momentos, de preces e boa vibrações para auxiliá-los a se adaptarem à nova realidade.
Quando seus olhos buscarem os entes queridos que já partiram para o Mais Além, não olhe para baixo. Olhe para as estrelas ou simplesmente para seu lado. Se eles não estiverem te observando do alto, pode ser que estejam velando por você ao seu lado. Quando sua mente ou seu coração sentir aquele aperto de saudade daqueles que já não estão mais no mundo físico, eleve seus pensamentos e sentimentos a Jesus e entregue ao Mestre suas melhores vibrações. Ele se encarregará de encaminhá-las aqueles que você tanto ama.
ESPIRITISMO BH | Valdir Pedrosa

Fonte: Chico de Minas Xavier

segunda-feira, 8 de janeiro de 2018

“A MULHER ADÚLTERA NO CAMINHO DA REPARAÇÃO. ”

Na passagem evangélica da Mulher Adúltera, a narrativa de João Evangelista resume-se até a absolvição dela. O espírito Amélia Rodrigues, em o livro Pelos Caminhos de Jesus, pela psicografia de Divaldo Franco, nos conta que naquela mesma noite a mulher procurou o Mestre para mais elucidações. Abriu seu coração relatando-Lhe suas fraquezas, o abandono do marido que se entregara às noitadas junto dos amigos e da tentação de que não fora capaz de suportar. Reconhecia que nada desculpava sua atitude, o que denotava arrependimento. Continuava sua exortação preocupada, pois não poderia contar com ninguém já que fora levada a execração pública. Nem com a ajuda de seu pai, tampouco de seu marido. Todos a abandonaram.
O Mestre lhe indicou a necessidade de uma mudança, pois em Jerusalém não haveria espaço para um recomeço, tendo em vista tudo o que aconteceu. Ela sentiu nas entrelinhas que deveria buscar novos ares, onde pudesse viver sem a sombra do erro cometido. Na despedida, Jesus a confortou: “Há sempre um lugar no rebanho do amor para ovelhas que retornam e desejam avançar. Onde quer que vás estarei contigo e a luz da verdade no archote do bem brilhará à frente, clareando o teu caminho”.
DIVULGADORA DA BOA NOVA
Dez anos transcorreram e vamos encontrar nossa personagem em Tiro, em casa humilde, onde recebia companheiros enfermos e abandonados. Um pouso de amor ela erguera. Não esquecera jamais a passagem com o Messias. Tornara-se uma divulgadora da Boa Nova alentando almas, enquanto limpava as chagas dos corpos doentes. Encontramos aí sua expiação. Através dos trabalhos redentores se redimia perante a Lei de Causa e Efeito. Mas faltava a reparação final: faltava-lhe apagar totalmente de sua consciência o ato praticado dez anos atrás àquele que ofendera com o adultério. Faltava compensar o ofendido.
Continua Amélia Rodrigues informando que durante uma tarde, trouxeram-lhe um homem desfalecido. Ela tratou de suas chagas, deu-lhe alimento revigorante que lhe aliviou as dores. Em seguida lhe ofereceu mensagem falando de Jesus. Emocionado, o homem confessa que conhecera o Doce Rabi em um fatídico dia em Jerusalém e desde então nutrira amargo sentimento pelo Mestre Jesus. Guardava terrível raiva, pois o Mestre salvara a esposa adúltera, porém, para com ele não guardara nenhuma palavra de consolo. Confessara então que o tempo o fez meditar como se equivocou em seu julgamento em Jerusalém. Buscava encontrar a companheira e a procurou em muitos lugares sem êxito, até que a doença lhe visitara o corpo, consumindo-lhe as energias. Embargada pelas emoções se recordara a mulher de todo o fato. Reconheceu o companheiro do passado e sem revelar-lhe quem era, disse-lhe: “Deus é amor, e, Jesus, por isso mesmo nunca está longe daqueles que O querem e buscam”.
A CURA DA ALMA
Encontramos nesta bela narrativa, queridos leitores, a afirmação de que o amor liberta definitivamente, cura todas as chagas de nossas almas, inclusive as feridas causadas pelos nossos irmãos de jornada. Mas, devemos seguir o exemplo da mulher adúltera e transpormos as barreiras do passado, buscarmos firmes através das lutas do cotidiano as oportunidades para o reajustamento definitivo. Ressaltamos também que o decurso de tempo é necessário neste processo, aliado ao esclarecimento através do Evangelho exemplificado pelo Mestre Jesus, aprofundado com os ensinamentos da Doutrina dos Espíritos. A necessidade de renovação íntima e moral, e também de que em toda infração cometida à Lei de Deus, nascem o arrependimento, expiação e reparação.
André Afonso Monteiro
Fonte: Correio Espirita
Bibliografia:
- Dias, Haroldo Dutra. João, capítulo 8, O Novo Testamento/ tradução de Haroldo Dutra Dias. – 1. ed. 2. imp. – Brasília: FEB, 2013.
- Rodrigues, Amélia (Espírito). Atire a primeira pedra. Luz no Mundo/ pelo Espírito Amélia Rodrigues; [psicografado por] Divaldo Pereira Franco. Salvador: LEAL, 1971.
- Rodrigues, Amélia (Espírito). Encontro de reparação. Pelos Caminhos de Jesus/ pelo Espírito Amélia Rodrigues; [psicografado por] Divaldo Pereira Franco. Salvador: LEAL, 1988.
- Kardec, Allan, 1804-1869. Código penal da vida futura. O Céu e o Inferno, ou, A Justiça Divina Segundo o Espiritismo/ Allan Kardec; tradução de Albertina Escuderio Sêco. – 2. ed. – Rio de Janeiro: CELD, 2011.
- www.feparana.com.br. Site federação Espírita do Paraná. Artigo a Mulher Equivocada.


“AS DORES DA ALMA, AS DOENÇAS E O CARMA”

O Espiritismo tem as respostas para essas e outras questões envolvendo nossa saúde, e que dizem respeito à maneira que escolhemos para viver nossa existência terrena.
Todos nós já nos questionamos, em algum momento de nossas vidas, o porquê de um determinado sofrimento, de uma dor ou mesmo, de uma doença. Por que precisamos do sofrimento? Não haveria uma outra forma menos dolorosa de aprendizado de vida?
Igualmente intrigante é a relação existente entre o sofrimento e o carma. Esse é um termo bastante utilizado pelas pessoas e, quase na mesma proporção, mal compreendido. O Espiritismo tem respostas para todas essas questões.
Alguns autores dedicaram alguns capítulos de seus livros para o esclarecimento dessas dúvidas. São questões complexas, mas que podem ser assimiladas com uma certa facilidade.
Os autores que nos auxiliam nesse entendimento são a mentora espiritual Joanna de Ângelis, que no livro Plenitude, psicografado por Divaldo Pereira Franco, nos apresenta a visão que a Doutrina Espírita tem do sofrimento, incluindo o sofrimento cármico e os aspectos provacionais e expiatórios.
O outro autor, Dr. Roberto Brólio, médico formado em 1951 pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, é um profissional que atua na área de saúde e se envolve em pesquisa e estudo profundo dos ensinamentos espíritas.
Inicialmente, de acordo com a mentora espiritual, a Doutrina Espírita nos diz que “o homem é a síntese das suas próprias experiências, autor do seu destino, que ele elabora mediante os impositivos do determinismo e do livre-arbítrio”.
Ela acrescenta que a vida são os acontecimentos de cada instante a se encadearem incessantemente. Uma ação provoca uma reação correspondente, geradora de novas ações, e assim sucessivamente.
O indivíduo é o resultado de suas atividades anteriores. No caso de ter praticado atos prejudiciais a si mesmo ou a outras pessoas, de ter tido uma experiência danosa, os efeitos nem sempre irão se apresentar imediatamente. Muitas vezes eles se manifestarão após uma ou algumas reencarnações.
Cedo ou tarde, os resultados surgirão em busca de reparação. Para as experiências construtivas, do bem, acontece o mesmo. Elas irão se refletir no comportamento do indivíduo, posteriormente.
Até aqui como pudemos apreender, são as ações que determinam as reações, ou o retorno. Essa é uma verdade, uma lei natural que governa as relações espirituais, mas que no campo da física é conhecida como Lei de Ação e Reação ou, terceira Lei de Newton. A Lei de Ação e Reação declara que “toda força impulsionada numa dada direção, origina outra força de igual intensidade, mas de sentido contrário”.
Ao pensar e agir, o ser humano está liberando forças. O pensamento é uma forma de energia, um fluxo energético que flui da alma através do cérebro. Se a orientação dada pela alma aos pensamentos e atitudes forem positivas, teremos um retorno positivo; se forem negativas, o efeito ou retorno será compatível com a força gerada, de igual intensidade.
Retomando as explicações de Joanna de Ângelis, temos os dois aspectos que podem se apresentar como sofrimentos humanos de natureza cármica: a provação e a expiação. Os dois aspectos têm como objetivos educar e reeducar visando o crescimento íntimo das criaturas, na busca da plenitude.
A “provação é a experiência requerida” ou proposta pelos guias espirituais. Isso ocorre antes do renascimento, da reencarnação. O guias espirituais examinam as fichas de evolução, avaliam as probabilidades de vitória e os recursos ao alcance do espírito que irá reencarnar.
Os recursos são apresentados como tendências, aptidões, limites e possibilidades, dores suportáveis e alegrias que possibilitem um resultado educativo. A mentora Joanna de Ângelis mostra a diferença entre essa experiência de vida, que se manifesta de maneira suave, porém educativa, e as expiações que são impostas, irrecusáveis.
As “expiações constituem a medicação eficaz”, a cirurgia corretiva para o mal que se agravou. Esse recurso se aplica à criatura reincidente que, já tendo passado pela etapa educativa da provação, agravou sua situação por rebeldia ou por alucinação proposital.
Estão incluídos nesse caso os suicidas premeditados, os homicidas frios, adúlteros contumazes, os exploradores de vida, vendedores de prazeres viciosos tais como as drogas alucinógenas, o sexo, o álcool, os jogos de azar, a chantagem, e muitos artigos da crueldade humana catalogados nos estatutos divinos.
As expiações podem ser atenuadas, porém não sanadas. Enquanto as provações são uma forma de sofrimento reparador que promove; com a experiência expiatória ocorre apenas uma restauração do equilíbrio perdido.
Toda aprendizagem propõe esforço para ser assimilada, e toda ascensão exige persistência, força e valor moral. Cada ser vive com a consciência que estrutura. Os códigos impressos em profundidade na consciência recolhem as ressonâncias como experiências reparadoras ou aqueles que propiciam a libertação.
Sobre a “Lei do Carma e as doenças cármicas”, temos a abordagem apresentada pelo Dr. Roberto Brólio, no livro Doenças da Alma (FE Editora). Segundo ele, a Lei do Carma pode ser entendida como decorrente da Lei e Causa e Efeito, do retorno ou reciprocidade.
Ele nos diz que toda ação praticada tem o seu retorno equivalente e em sentido contrário. Quando uma pessoa não tem disciplina mental para controlar os seus atos, cometendo falhas durante sua existência, como conseqüência terá de enfrentar o retorno, nesta ou em vida futura.
A palavra “carma vem do sânscrito”, antigo idioma hindu consagrado aos cultos nos templos iniciáticos, e significa causa e efeito ao mesmo tempo. O carma não tem a finalidade de punir, mas de harmonizar espiritualmente o ser humano, com a “Lei da Evolução”, libertando-se da estagnação causada pelas faltas cometidas.
Todas as faltas cometidas pela pessoa ficam registradas no perispírito, e se manifestarão como problema de retorno – doenças ou perturbações cármicas.
Todos os pensamentos, emoções, sentimentos e atos praticados pela pessoa durante sua existência atual geram carmas específicos. Esses somam-se ao carma que traz de vidas passadas, e seus efeitos expressam o saldo favorável ou desfavorável na vida presente.
A “Lei do Carma” coordena, ajusta e realiza, no nível perispiritual, registrando tantos as ações favoráveis como as desfavoráveis, afirma o médico. As doenças cármicas podem ser o resultado de algum dano causado pela própria pessoa ao seu organismo.
São muitas as maneiras que o ser humano encontra para prejudicar o próprio organismo: o uso de drogas, bebidas alcoólicas, cigarro, uso sem controle de medicamentos psicotrópicos, utilizados no tratamento de distúrbios mentais; conduta agressiva, uso de violência, maldade, exploração dos semelhantes em suas diferentes modalidades, hábito de se entregar a pensamentos negativos; ódio, raiva, ciúme, inveja, tristeza, maledicência, melancolia, insatisfação; desvio da sexualidade, estados de vida pautados na ociosidade, corrupção, leviandade; irresponsabilidade no desempenho de posições administrativas ou sociais, prejudicando os semelhantes e constituindo um mau exemplo para a sociedade.
Todas essas ações causam danos à alma e também certos comportamentos aparentemente inofensivos como, por exemplo, o não aproveitamento das oportunidades proporcionadas durante a existência terrena, gerando má colheita no futuro. O esforço para ser útil a si mesmo e ao próximo devem ser compatíveis com as condições de saúde e com a realização de alguma modalidade de trabalho.
Com relação às manifestações das doenças cármicas, o Dr. Brólio nos diz que, respeitadas as leis da hereditariedade, o Espírito atua no ser humano como modelo organizador biológico, desde a formação da célula-ovo, transmitindo para o corpo físico as impressões registradas no perispírito.
Portanto, é o próprio espírito que projeta no organismo em formação as impregnações cármicas, assumindo a responsabilidade por seus atos. Também é ele que atua sobre as células, realizando modificações a partir de ações que trazem a cura das doenças.
As malformações e males congênitos, bem como predisposição para um grande número de doenças e transtornos que ocorrem durante a vida, estão inclusas como impressões que foram arquivadas no perispírito. As doenças cármicas podem acometer as pessoas em todas as idades.
As perturbações que se enquadram como doenças cármicas são: algumas limitações orgânicas e psíquicas, certas formas de paralisia, patologias congênitas sem possibilidades de reequilíbrio, certos casos de esquizofrenia, algumas modalidades de câncer, de doenças degenerativas, a tendência para os vícios, para a agressividade, alguns casos de acidentes individuais ou coletivos, certas neuroses, síndromes do medo, de angústias, de ansiedade incontida, de insônia, de depressão, de pânico.
Ainda como manifestações cármicas, revela-nos o Dr. Brólio, enquadram-se certas injúrias, desigualdades sociais e econômicas, as dificuldades para realizações pessoais no estudo, nas artes e em alguns empreendimentos da vida. Assegura o médico que o carma indica o caminho para a libertação, para seu progresso espiritual. A própria consciência das criaturas conhece as causas do seu sofrimento cármico.
Em muitos casos, o comportamento das pessoas é semelhante à de almas penadas que sofrem em silêncio, embora existam aquelas que lastimam o tempo todo, sem achar qualquer alívio para suas angústias e dores.
A dor, o sofrimento e as dificuldades têm um significado: a busca de reaproximação com o Pai. A aceitação é um passo muito importante, e também o entendimento de sua transitoriedade. Ao serem sanados os problemas, as portas para uma nova vida se abrirão. As doenças e transtornos cármicos não podem, de forma alguma, ser vistos como uma condenação. Com a correção dos eventos do passado, o ser humano restaura o equilíbrio espiritual perante as leis do universo.
Para compreendermos melhor como as doenças e transtornos se desenvolvem, o Dr. Brólio esclarece, primeiramente precisamos compreender que o ser humano é formado de “corpo e alma”. O corpo tem uma estrutura energética, e evolui por meio do processo das reencarnações. A constituição orgânica do corpo físico é visível, palpável, ponderável, mensurável, podendo ser examinado minuciosamente até o interior das células.
A alma e sua estrutura energética, de natureza divina, apresenta a mesma forma e dimensão do corpo humano. Está ligada ao corpo humano. Está ligada ao corpo físico através do perispírito ou corpo espiritual. O perispírito interpenetra toda a estrutura orgânica, chegando até as células. Após esse raciocínio, o Dr. Brólio apresenta as doenças da alma e seu desenvolvimento.
Ele afirma que as doenças da alma têm um agente mórbido, o pensamento impregnado de emoções negativas. Esse agente chega até o interior das células, através do perispírito. Como já foi dito, a alma projeta sobre o corpo físico as vibrações boas ou más, arquivadas no perispírito, de acordo com a Lei de Reciprocidade ou Causa e Efeito.
Os pensamentos impregnados de emoções negativas podem atuar de diferentes maneiras, prejudicando os seres humanos. Quando movidos pelas emoções de ódio, inveja, ciúme, violência, crueldade, causam males às pessoas que as recebem e, de igual modo, a quem emitiu a emoção.
Como “os pensamentos são dotados de ideoplasticidade”, formam uma “névoa que envolve o campo mental” das pessoas que os emitem e das pessoas que os recebem. A constância dos pensamentos negativos atua causando um verdadeiro desequilíbrio à estrutura psíquica, muitas vezes possibilitando um comportamento estranho, anormal, desajustado.
Alguns desses comportamentos apresentam reações que inicialmente se manifestam por diferentes formas de insatisfação do ego, como a ansiedade, insegurança, angústia, frustração, aflição, raiva. Posteriormente, são atraídos pela fascinação aos vícios, distúrbio da sexualidade, volúpia, comportamentos anti-sociais como o roubo, o estupro e o sequestro, entre outros.
Existem formas atenuantes dessa modalidade de comportamento, assevera o Dr. Brólio; são aquelas em que as pessoas se comprazem em passar horas em bares, tomando bebidas alcoólicas, fumando, ocupando-se em conversas ou em entretenimentos fúteis, em jogos de baralhos e outros, perdendo precioso tempo em comentários sobre os seus semelhantes ou sobre fatos desagradáveis.
Há também outras formas de insatisfação do ego presentes nas pessoas que, inconscientemente, apelam para reações negativas que trazem um certo prazer ou satisfação íntima.
Essa modalidade de comportamento apresenta-se como masoquismo, e as pessoas que sofrem de algum tipo de masoquismo frequentemente vivem procurando doenças para justificar seus problemas. Queixam-se de sintomas de males orgânicos ou psíquicos e também de doenças imaginárias.
Todas as modalidades de ações causadoras de distúrbios, levantadas pelo Dr. Roberto Brólio, merecem ser destacadas. Ficamos, porém, com uma importante ponderação para finalizar o assunto. Ele ressalta que são muitas as modalidades de ações causadoras de distúrbios, mas muitos casos passam despercebidos ou não recebem a devida importância por parte dos profissionais de saúde.
Dr. Roberto Brólio – Médico-
Fonte: Mensagem Espirita


domingo, 7 de janeiro de 2018

“A TERRA TAMBÉM ADOECE. NOSSO PLANETA ESTÁ DOENTE. ”

A Terra, como o homem, é um organismo vivo e não uma máquina que se resume em combinações físico-químicas. Deste modo podemos compará-los. Ambos constituídos de corpo (matéria) e alma (mente), com inúmeros sistemas energéticos que se entrelaçam; dentre estes está o campo áurico ou psicosfera. O mentor espiritual André Luiz1 nos esclarece que toda a humanidade é envolta em emanações de natureza psíquica. Lovelock2 - cientista da NASA - percebeu que a composição da atmosfera terrestre se dá a partir da troca de energia e matéria entre os seres vivos e o meio ambiente.
Continuando esta comparação, o corpo humano, constituído por trilhões de células, recebe o comando da usina central (mente do espírito). A Terra, também como organismo vivo, da mesma forma sofre em seu sistema energético a ação de uma das fontes de energia - que é formada pelo conjunto das usinas emissoras de energia mental dos encarnados e desencarnados - as criaturas do Universo. Cárter2 - astrofísico - diz que o Universo é uma entidade viva que gera seres conscientes, capazes de reflexão e que de alguma forma criou a sua própria consciência.
Como não deixamos de pensar um segundo sequer, noite e dia o cérebro tem uma contínua emissão de energia para o meio ambiente e quando exteriorizada já não mais nos pertence: pertence ao cosmos. Como todos os seres emitem essa energia, podemos imaginar a formação de um oceano de imagens mentais de padrões diferentes, no qual estamos todos inseridos.
Esses campos mentais, transmitidos como ondas radiantes pelo cérebro, têm frequência elevada, e não são absorvidas pelo meio ambiente, como acontece com os outros tipos de ondas; para elas não existem obstáculos.
Como vimos, a má qualidade dos nossos pensamentos provoca um desequilíbrio energético vibracional que pode nos proporcionar um estado de doença, afetando-nos em um ou mais órgãos específicos, aqueles com maior sensibilidade ante esta desarmonia das vibrações. Em analogia, a Terra recebendo avalanches de ondas mentais negativas também adoece e responde repassando esta desarmonia à sua constituição física. E' a somatização da Terra.
Muitos mentores espirituais afirmam que de todos os tipos de poluição, que afetam a Terra, o mais grave é poluição mental ou espiritual da atmosfera terrestre, pela qual todos nós somos responsáveis e uma vez poluída responderá por essa condição.
Como diagnosticamos a somatização
No homem, o diagnóstico de doença psicossomática ou somatização é feita através de todos os procedimentos que a ciência médica proporciona.
Na Terra, o diagnóstico é feito pelo exame objetivo e realista dos fatos que estamos assistindo na atualidade. Embora o mundo rico em estímulos e recursos materiais e tecnológicos, constatamos o homem infantilizado espiritualmente, em parte como consequência da intensa constrição psíquica causada pela poluição da aura terrestre, pela má qualidade das formas-pensamentos que recebe.
Essa pobreza espiritual do homem se resume na ilusão do materialismo, com todas as suas nuanças, induzindo-o a crítica não fundamentada, na falta de extravasar seus pensamentos e sentimentos adequadamente, no mau uso do seu livre-arbítrio e das suas funções psíquicas; enfim, do afastamento do Criador.
Desta maneira, o ser humano fica rodando num circuito fechado: maus pensamentos (ação) - constrição psíquica pela aura terrestre poluída (reação) - maus pensamentos (nova ação) e assim por diante; sustentando a poluição da psicosfera terrestre e do psiquismo humano.
Embora o mundo rico em estímulos e recursos materiais e tecnológicos, constatamos o homem infantilizado espiritualmente, em parte como consequência da intensa constrição psíquica causada pela poluição da aura terrestre, pela má qualidade das formas-pensamentos que recebe.
Podemos considerar como diagnósticos de somatização da Terra: os terremotos, os tsunamis, erupções vulcânicas, as secas, as cheias, os conflitos religiosos, as guerras, o ódio entre raças, o negativismo humano, os preconceitos de toda ordem, as discriminações, a violência, a pobreza, e muitas outras causas que provocam imensas catástrofes.
Irmão José, através de Carlos A. Baccelli3, reporta: "o homem carece transferir os cuidados que vem tendo com o seu corpo para a Terra, entendendo que ela se trata de um organismo vivo, suscetível, podendo adoecer e se esgotar em suas energias vitais"; continua: "ninguém acredite que terremotos e tempestades, vulcões em erupção, e mesmo epidemias, acontecem absolutamente à revelia do pensamento humano. A imunidade física é precedida da imunidade espiritual".
Emmanuel, na psicografia de Chico Xavier4, também esclarece que "o mal libera elementos perturbadores em ondas invisíveis - como potências atuantes - que agem sob a nossa responsabilidade, em plano próximo ou remoto de acordo com as nossas intenções mais secretas".
Joanna de Angelis, através de Divaldo P. Franco5, enfatiza que "a poluição mental que a Terra está sendo vitimada ocorre pelo entrechoque de vibrações, ondas e mentes em desalinho e que essa psicosfera destrutiva é fator primacial para outras que são visíveis e assustadoras".
Tratamento das somatizações
A Terra foi criada como a morada de todos os seres, tendo o homem como o principal deles, um ser inteligente e racional, portador da consciência e do livre-arbítrio, mas com a responsabilidade de ser um exímio colaborador, um zelador rigoroso em todos os sentidos: colaborar com a natureza física e espiritual do planeta.
A receita para o tratamento da somatização humana deve consistir em uma mudança no padrão do pensamento, através do autoconhecimento, que proporcionará a devida tomada de consciência e prática.
Leis de Deus, da correção das suas imperfeições e principalmente da prática do amor. Em outras palavras, necessitamos urgente de uma revolução na consciência humana, que no ponto de vista de muitos estudiosos e pesquisadores como Dahlke6, a tem como muito lenta e para que ocorra uma aceleração só se processará a partir de um ponto de desequilíbrio (tippingpoint). Reconhece ainda que as catástrofes podem ser os fatores de choque a provocarem um novo padrão de consciência e, com isto, uma elevação do tônus vibratório do planeta.
Interessante observarmos o que Grof diz sobre a crise global: "a crise é basicamente psico-espiritual, de difícil resolução sem uma radical transformação interna da humanidade, em larga escala, e sua elevação a um nível mais alto de maturidade emocional e consciência espiritual".
Aprendemos com a dor ou com o amor porque a caminhada não pode ser interrompida. Na somatização, tanto no homem como na Terra, existem o sofrimento e a dor. Leon Denis8 ensina: "a ação da dor não é menos eficaz para as coletividades do que é para os indivíduos".
Com a renovação consciencial da humanidade, a Terra inevitavelmente estará recebendo o tratamento adequado para as suas somatizações. Com ela os homens construirão agora não mais um circuito fechado e negativo, mas uma escalada: pensamentos positivos (ação) - aura terrestre positiva (reação) - menor constrição psíquica no homem - pensamentos mais positivos - mais saúde - melhor conscientização de si e do mundo - maior liberdade espiritual, numa ascendente vertiginosa.
A transição da Terra, que tanto ouvimos falar, nada mais é que a preparação da consciência de forma intensa e consistente de uma nova humanidade, onde os seres do planeta viverão uma nova etapa - uma etapa de luz.
1. XAVIER, F.C. Missionários da Luz. Pelo Espírito André Luiz. Rio de Janeiro: FEB, 2004, p. 64.
2. MOREIRA, D. A grande transição da Ter¬ra. São Paulo: Lúmen, 2012, p.293 e 299.
3. BACCELLI, CA. Carma e Evolução. Pelo Espírito Irmão José. MG: LEEPP, 208, p.42.
4. XAVIER, F.C. Vinha de Luz. Pelo Espírito Emmanuel. RJ: FEB, p.217-218.
5. FRANCO D.P. Após a Tempestade. Salvador: Livraria Alvorada, 2005, p. 23 e 24.
6. DAHLKE,R. Qual é a doença do mundo? - Os mitos modernos ameaçam o nosso futuro. São Paulo: Cultrix, 2004, p.247.
7. GROF, C E; GROF, S. A tempestuosa busca do ser - um guia para o crescimento pessoal através da crise de transformação. SP: Cultrix, 1998, p.86.
8. DENIS, L. O problema do ser, do destino e da dor. 25a ed. Brasília: FEB, p.378.
O autor é médico psiquiatra e exerce atividades espíritas em Sorocaba-SP.José Luiz Condotta \ jlcondotta@splicenet.com.br

Fonte: A Casa do Espíritismo

" ALÉM DA TERRA... NAS ESTRELAS"

Não podemos continuar caminhando iludidos, no que se refere às nossas conquistas espirituais.
"Alça-te às regiões espirituais da Paz e do Bem perdoando sempre, seja qual for o gravame que te foi imposto." Joanna de Angelis — Liberta-te do Mal)
Em nossa escala evolutiva, como almas imortais, é impossível galgarmos condições espirituais mais significativas se não lutarmos para conquistar o mais sublime de todos os sentimentos aliados ao amor imortal: o perdão.
Os bons Espíritos, em seu auxílio fraterno a nós, já vêm nos mostrando através das mensagens de luz que cem anos não significam muito, diante da gigantesca necessidade nossa de aprimoramento como seres imortais, diante da grandiosidade de nossa trajetória pelas viagens na carne. Por esse motivo, eles mesmos, os bons irmãos que já se encontram na erraticidade, nos orientam quanto ao fato de aproveitarmos o máximo e o melhor possível esse "sopro" que é a nossa estadia no caminho do aprendizado, aqui no solo do Planeta Terra.
Não podemos continuar caminhando iludidos, no que se refere às nossas conquistas espirituais, adiando ainda mais o processo pela auto identificação, impedindo assim que busquemos a coragem verdadeira para iniciarmos agora uma trilha por um caminho mais sólido de crescimento em nossa luta rumo às Luzes que o Universo tem preparado para cada um de nós.
Quando insistimos em permanecer mergulhados em sentimentos de mágoas e tristezas, por esperar dos irmãos de jornada aquilo que nem mesmo nós conquistamos, estamos nos recolhendo a um estado dalma em que a injustiça e a intolerância reinam, quando, ao contrário, deveríamos admirar os irmãos que nos colocam nessas provas onde somos "vítimas", como se fossem verdadeiramente os nossos mestres a nos ensinar, nas vivências do dia a dia, conquistas importantíssimas que nos fortalecem ainda mais em nossa busca pela essência Divina inserida em cada um de nós, por nosso Pai do céu, quando da nossa criação.
Não podemos continuar caminhando iludidos, no que se refere às nossas conquistas espirituais, adiando ainda mais o processo pela auto identificação
"Jamais poderás mudar o mundo, impondo-lhe regras de conduta, no entanto, quando ti modificares para melhor, o mundo também estará menos agressivo e menos infeliz." (Joanna de Angelis)
Assim como os alunos dos institutos científicos que se esforçaram e ainda se dedicam incansavelmente nas conquistas da genética, informática e nas demais ciências, que auxiliam a humanidade no percurso dos tempos, dando forças à asa do progresso intelectual, nós, seres humanos, mesmo que "destituídos" da responsabilidade de grandes descobertas, mas intensamente inseridos nesse programa evolutivo, como parte essencial do processo, trazemos a responsabilidade de movimentar a nós mesmos e dar a nossa contribuição, mesmo que mínima, nesse momento clímax que a nossa Escola Planetária passa, o de transição para uma maioridade que nos facultará ainda maiores experiências e que nos projetarão num futuro mais seguro, elevando-nos aos poucos, mas sempre, além da Terra, em estrelas ainda mais cintilantes espalhadas pelo Universo, fazendo o seu papel das "muitas moradas de nosso Pai, Bom, Justo e Misericordioso".
"Não te deixes enfermar em razão das lutas que enfrentas e dos dardos venenosos que te atiram." (Joanna de Angelis)
Já aprendemos nas páginas abençoadas do Evangelho de Jesus, que devido à nossa "ingenuidade espiritual", no caminho do verdadeiro cristão pode-se perceber pegadas de sangue e nelas ficam impressas o esforço sincero e verdadeiro do calar-se na hora certa, do olhar para si mesmo e perceber o enfermo que somos, assim como aqueles que seguem junto de nós; nessas pegadas podemos perceber o sacrifício de não revidar a provocações vazias, de negar a si mesmo e às paixões degradantes da alma, diante de oportunidades gigantescas de aprendizado e trabalho em prol de nós e daqueles que nos oferecem as experiências de que necessitamos para crescer; nelas estão impressas a nossa CORAGEM para seguir a Jesus, hoje longe das fogueiras e dos leões, mas sempre em uma forma de muito sacrifício, assim como nos exemplificaram aqueles que hoje comungam com entidades espirituais nas esferas superiores, mas sempre lutando e vibrando de lá, para a instauração do Reino de Deus nos corações dos irmãos "caçulas" de nosso Mestre Amigo e Incomparável de todas a horas.
Em nossa escala evolutiva, como almas imortais, é impossível galgarmos condições espirituais mais significativas se não lutarmos para conquistar o mais sublime de todos os sentimentos aliados ao amor imortal: o perdão.
Nosso momento é agora, essa é a nossa bendita oportunidade dos acertos necessários para a nossa harmonização com o Universo Divino, podemos contar com o apoio necessário daqueles que estão na pátria espiritual, vibrando e torcendo para que cada um de nós possa galgar verdadeiramente passos em direção que vai além da Terra, nas estrelas, mas a escolha é sempre de cada um de nós.
Não esqueçamos jamais que Jesus esteve e sempre estará pronto a nos ajudar com Suas mãos augustas estendidas a nós e que a Sua Luz misericordiosa estará sempre irradiando sobre cada um de Seus irmãos, sempre.
"Ele viajou de retorno ao Grande Lar, onde te aguarda com ternura e gratidão." (Joanna de Angelis)
Sergio A. Alvim - RIE, fev, 2014

Fonte: A Casa do Espiritismo

sábado, 6 de janeiro de 2018

O DIA EM QUE UM PRETO VELHO FOI EXPULSO DE UM CENTRO ESPÍRITA

Essa é uma história verdadeira. Ela de fato aconteceu em um centro espírita de uma pequena cidade do estado de Minas Gerais, há algum tempo atrás.
Conta-se que os médiuns estavam realizando seus trabalhos de esclarecimento e doutrinação num centro espírita do estado de Minas Gerais. Subitamente um preto velho incorporou numa médium e começou a falar. No momento em que os trabalhadores perceberam que o espírito incorporado era um preto velho, mandaram suspender a incorporação. Nesse centro não eram aceitos pretos velhos, pois os dirigentes consideravam que os pretos velhos são espíritos não muito evoluídos. Por isso, ele não poderia ser admitido a orientar uma atividade de doutrinação. O espírito foi então convidado a se retirar do centro. O preto velho fez o que eles pediram e foi embora.
Logo depois, a médium incorporou um espírito de um filósofo, um doutor de nome difícil, provavelmente europeu, que foi muito bem recebido por todos os presentes. O filósofo deu instruções aos membros do centro, fez os trabalhos de doutrinação e todos ficaram felizes e maravilhados com a intervenção desse espírito, que consideraram um espírito muito elevado.
Os dirigentes então resolveram que já era hora de encerrar os trabalhos. No entanto, a médium novamente começou a incorporar um espírito. Todos olharam com interesse aquela manifestação mediúnica espontânea. Um dos trabalhadores disse que as atividades do dia já estavam terminando e perguntou quem estava ali. O espírito respondeu que era de novo o preto velho. O dirigente fez cara de tédio e perguntou o que ele ainda queria ali nos trabalhos do centro. O preto velho então disse:
– Zifio… Ce suncê mi permiti, só quiria que ocês sobessem qui o dotô que apareceu agora há poquinho era este preto velho aqui, que agora proseia com vosmicês.
Todos ficaram espantados com a revelação… O preto velho então começou a não mais falar como um preto velho:
– É engraçado isso, meus irmãos, pois quando eu apareci como preto velho, fui praticamente expulso dos trabalhos de vocês. Mas depois quando eu apareci no formato de um doutor, um filósofo europeu prestigiado, que tem conhecimento acadêmico, com toda a pompa e com ar de autoridade, todos me trataram muito bem, ouviram meus conselhos e ficaram felizes e maravilhados com a aparição. Por que isso, meus filhos? Devo alerta-los para esse comportamento de vocês. Prestem muita atenção nisso, meus irmãos…
No plano espiritual, assim como em toda a realidade universal, não existem aparências. As aparências existem apenas aqui na Terra. Deus, em sua sabedoria infinita, oculta aos vossos olhos as verdades do espírito camufladas pelas aparências do mundo… para que vocês aprendam a vê-las com os olhos do coração, com a visão da alma e possam enxergar a verdade como ela é. No plano espiritual, meus irmãos, não existem doutores, não existem classes sociais, não existem nacionalidades, não existem religiões, não existem raças, não existem essas divisões humanas que vocês criaram em toda parte para poderem se sentir melhores uns que os outros. No plano espiritual o que vale é o que você é lá no fundo, e não o que você tem.
Não, meus irmãos… todas essas divisões são ilusórias. No plano espiritual o que vale é o amor, a verdade, a paz, a harmonia interior. No plano espiritual ninguém é julgado por ser rico ou pobre, branco ou negro, doutor ou uma pessoa simples. Lembram-se do que disse o nazareno sobre isso meus irmãos? O mestre disse: “Deus revela aos simples de coração aquilo que esconde dos doutos”.
Quando cada um de vocês chegar ao plano espiritual, meus filhos, os anjos de Deus não vão perguntar quantos títulos de doutor vocês conquistaram, quantos bens vocês acumularam, quanto sucesso vocês fizeram, quantos altos cargos vocês subiram na empresa ou quanto de boa fama vocês projetaram. Não meus queridos filhos… os anjos vão perguntar quanta luz você espalhou pela Terra; quanto você tocou o coração dos outros com justiça e benevolência e o quanto a sua obra foi pautada no amor e na paz… ou se sua passagem na Terra foi apenas um capricho do ego, voltada apenas para seu mundinho egoísta e para os prazeres da matéria.
Vamos tomar cuidado, meus queridos filhos, com o veneno da hipocrisia e do preconceito. Não permitam que as aparências do mundo roubem a sua essência. O importante, meus filhos, é o que cada um traz em sua alma, em seu espírito. O que importa de verdade é ser simples e verdadeiro… ser honesto e ter caráter, ser caridoso e ter o amor de Deus no coração. Não se deixem levar pelas aparências, todas elas estão erradas e vemos isso muito claramente quando chegamos ao plano espiritual. Lá, meus filhos, não existem discriminações, todos trabalham por Deus e Deus é a essência regente tudo. É isso que vocês devem buscar a partir de agora, meus queridos filhos.
O preto velho despediu-se de todos e então deixou a sala de atendimento do centro espírita. Os trabalhadores ficaram envergonhados com seu próprio comportamento, mas adquiriram uma pérola de sabedoria que nunca mais, em toda a sua vida, seria esquecida.

(Hugo Lapa)

sexta-feira, 5 de janeiro de 2018

“O DIABO EXISTE? VISÃO ESPIRITA”

Sabemos que, nós somos espíritos, e levamos para o além túmulo a nossa indisciplina e maldade, assim como levamos também todas as experiências boas adquiridas. Nosso planeta ainda é muito inferior, por isso a predominância dos espíritos inferiores é maior. Esses espíritos, deste e do outro mundo, constituem a falange denominada no Evangelho pelo nome de SATANÁS, DIABO ou DEMÔNIO.
São os adversários, os inimigos da Justiça, do Bem, da Verdade. Mas não podemos nos esquecer que, são filhos de Deus, consequentemente, nossos irmãos. Deus, que é eternamente justo e bom, não pode ter criado seres predispostos ao mal por sua própria natureza e condenados pela Eternidade. Se Deus, que é bom, não é capaz de perdoar, como espera que exercitemos o perdão ensinado por Jesus? Acreditar na pena eterna, seria negar Sua bondade.
E, como poderia existir um maligno lutando de igual para igual com a Divindade e cuja única preocupação seria de contrariar Seus desígnios? Será que não podemos confiar nos “anjos”, já que estes seres perfeitos correm os riscos de rebelarem-se? Os Espíritos não retrocedem na evolução, portanto, quando alcançam a perfeição não se rebelam, porque não abrigam mais sentimentos de orgulho ou revolta.
Se acreditássemos nisso teríamos que acreditar que Deus errou na Sua criação, consequentemente, que Ele não é perfeito. Seria um absurdo acharmos isso.
Anjo e Demônio, segundo a Bíblia, é uma maneira simbólica de dizer que o Bem e o Mal lutam constantemente dentro de nós. Entretanto, podemos designar por anjos os Espíritos puros que já alcançaram a perfeição. Neles o Bem já venceu o Mal; por demônios, os Espíritos atrasados, imperfeitos, que ainda cedem às tentações do mal.
O “DIABO”, nada mais é que espírito (ou espíritos), que viveu entre nós, e que continua realizando o que realizava, quando estava encarnado, utilizando-se de pessoas que pensam e agem como eles agiam. Estes espíritos não vão senão onde acham com o que satisfazerem a sua perversidade; para afastá-los, não basta pedir-lhes nem mesmo ordenar, é preciso despojar de nós o que os atrai.
Os maus espíritos farejam as chagas da alma, como as moscas farejam as chagas do corpo; do mesmo modo que limpamos o corpo para evitar a bicheira, limpemos também a alma de suas impurezas para evitar o ataque dos maus espíritos. Jesus quando expulsava o “demônio” aconselhava dizendo: “Vá, e não peques mais”; ou seja, “vá e não erre mais”, para não atrair novamente estes “demônios”.
Em outra passagem (João, 6:70), Jesus profetizou dizendo: “Vocês não são os doze que escolhi? Apesar disso, um de vocês é um diabo”. Jesus se referia à Judas. E este, como sabemos, não tinha capa vermelha, chifres e tridente. O homem, por necessitar de imagens e figuras para impressionar sua imaginação, pintou os seres incorpóreos com formas materiais dotadas de atributos que lembram as suas qualidades ou seus defeitos.
Os anjos são representados numa figura radiosa, com asas brancas, símbolo da pureza, e Satanás com chifres, garras e os atributos da bestialidade, símbolo das baixas paixões. Mas o Mestre apenas quis dizer que um dos discípulos iria cometer um ato diabólico. No conceito do Mestre o diabo não indicava um gigante de perversidade, poderoso e eterno.
Designa o próprio homem, quando algemado às imoralidades do sentimento inferior. Daí concluímos que cada criatura humana apresenta certa percentagem de expressão diabólica na parte da personalidade. A Doutrina Espírita explica também que, existem sim as zonas sombrias, terríveis e dolorosas, mas como vimos, o diabo partilhou dos serviços apostólicos, ou seja, foi um apóstolo do Cristo.
Assim como Jesus, nós também nos deparamos diariamente com muitos diabos encarnados em nosso dia-a-dia. São os que nos sugerem beber, fumar, usar drogas, abortar, roubar, lesar o próximo; os que enganam inocentes para satisfazer seus desejos sexuais desequilibrados; os que cometem crimes hediondos como torturar e matar uma criança, um animal, um idoso, um doente, etc.; sem nos esquecermos daqueles que matam indiretamente, como os que desviam o dinheiro público para enriquecer enquanto milhares de pessoas morrem na miséria ou nas portas dos hospitais; os que retiram vidas em desabamentos e acidentes ao construírem casas, prédios, escolas, pontes, estradas, etc. com material inferior; os que se vingam covardemente; os traficantes, que são vendedores de sonho que, cedo ou tarde, vira pesadelo ao usuário, aos familiares e á sociedade que é roubada, assaltada, assassinada para sustentar o vício destes sonhadores; os que compram produtos roubados são incentivadores de crimes; os “Judas” da atualidade ou Falsos Cristos, que enriquecem vendendo Jesus, ou seja, seus ensinamentos, por bem mais que 30 moedas, iludindo miseráveis, ignorantes e sofredores.
Estes são alguns, dos muitos atos diabólicos. Mas lembremos que, a condição de “DIABO” é transitória, passageira, porque Deus nos criou para a perfeição e lá chegaremos quer queiramos ou não, porque essa é a Sua vontade. O demônio de hoje será o anjo de amanhã, quando a vida lhe impuser penosas experiências de reajuste, através da reencarnação, reconduzindo-o aos roteiros do Bem. Então, podemos dizer que O DIABO NÃO EXISTE, não da maneira alegórica que muitos imaginam. O que existe são Espíritos, encarnados e desencarnados, com comportamento diabólico.
GRUPO DE ESTUDOS ALLAN KARDEC | Rudymara

Fonte: Chico de Minas Xavier

𝗖𝗢𝗠𝗢 𝗢𝗦 𝗥𝗘𝗟𝗔𝗖𝗜𝗢𝗡𝗔𝗠𝗘𝗡𝗧𝗢𝗦 𝗙𝗜𝗖𝗔𝗠 𝗔𝗧𝗥𝗘𝗟𝗔𝗗𝗢𝗦 𝗡𝗔𝗦 𝗥𝗘𝗘𝗡𝗖𝗔𝗥𝗡𝗔𝗖̧𝗢̃𝗘𝗦.

Os ajustes dos relacionamentos problemáticos de outras existências. Pelas reencarnações os espíritos têm a oportunidade de reestabelecer os ...