Várias são as palavras que designam o
mesmo lugar: lupanar, prostíbulo, alcoice, alcouce, conventilho, cabaré. São
todos sinônimos para o bordel. Tal lugar é muito cobiçado por homens de todas
as idades e por mulheres que precisam de dinheiro fácil e rápido, mas também
por mulheres que não enxergam outra saída para o abismo financeiro e chegam até
os bordéis para sair de um sufoco iminente, mas acabam ficando por um longo
prazo, quando se dão conta, estão dependentes daquele serviço.
Umas imensidões de motivos podem ser
listados para explicar o fato de mulheres procurarem este local para suprirem
suas necessidades financeiras. Não podemos apontar o dedo nem julgar, não temos
méritos para isso. Muitos citam a célebre frase:
“Muitas pessoas passam por
dificuldades, mas não precisam apelar para a prostituição.”
Mas quem pensa em citar a frase
acima, tem que pensar a universalidade dos fatos, que é impossível, pois não
vive a intimidade social daquela pessoa. Não sabe os reais motivos, não sabe
todas as variáveis.
A prostituição nos parece uma coisa
sem garantias, pois quando o corpo perece, perde-se a fonte de renda. Fora dos
bordéis, a prostituição pode resguardar, até certo tempo e dependendo da
discrição de quem a faz, a confidencialidade íntima, não indo ao público sua
identidade laboral, podendo iniciar e encerrar sua vida laboral sem sofrer
grandes impactos sociais. Mas a mulher no bordel é como um manequim de
vitrines. Está exposta ao público e tem que arcar com o peso da discriminação
até mesmo se decide parar com a prática.
Um exemplo do impacto espiritual da
vida nos bordéis
Como exemplo prático podemos citar a
vivência retratada numa psicografia do autor Álvaro Basile, pelo espírito
Euzébio, chamada Anjos de Bordel. O livro traz o personagem principal, Carlos,
que ao ser alertado pelo amigo foi Resultado de imagem para anjos de bordel
encontrar a noiva no interior de um bordel, quis matá-la, mas veio a
desencarnar no auge de sua raiva. Daí passa a acompanhar, em espírito, as
atividades daquele local, cheio de peculiaridades.
Quando os personagens da obra
adentravam no bordel para realizar alguma tarefa, sempre tinham que ser rápidos
e objetivos, pois tratava-se de um lugar com uma energia bastante densa e cheia
de entidades trevosas. As entidades trevosas presentes no recinto tinham
características animalescas, tanto na aparência perispiritual quanto no
comportamento, sem falar no cheio árido que exalavam. Ora obsediavam os
frequentadores, estimulando-os a consumirem os produtos que a casa oferecia,
como bebidas, cigarros, comida e, obviamente, as mulheres.
As paredes dos quartos do bordel eram
impregnadas de miasmas, que eram um prato cheio para aquelas entidades, que
tateavam as paredes e encostavam o rosto e nariz afim de sugarem aquela gosma
astral.
No bordel, além da administração
física, exercida por um gigolô sem escrúpulos; existia também a administração
do plano espiritual, que era exercida por um ser das trevas, como
características animalescas e igualmente sem nenhum escrúpulo. Denominava-se
Querubim (que de anjinho não tinha nada, obviamente). A entidade era
perigosamente sistemática, e rigorosa na tarefa de administração do recinto. Ai
daquele que o desafiasse, pois era trancafiado numa espécie de porão. Cada
obsessor deveria obsediar somente uma pessoa, seja frequentador ou garota de
programa do lugar, devendo também incentivar com todas as forças o consumo dos
produtos disponíveis para a obtenção de lucros para os frequentadores.
Nota-se na leitura, que os
frequentadores mais assíduos, independente da posição social, após o desencarne
eram atraídos instintivamente para o local, onde começavam a trabalhar para
aquelas entidades que antes o obsediavam. Este caso é retratado como exemplo
por um empresário, que quando em vida não media generosidade no recinto,
chegando até a distribuir maços de dinheiro e entregar-se à toda sorte de
vícios que o lugar lhe proporcionava. Após sua morte as entidades do tal bordel
não lhe deram escolha, pois foi colocado no quadro de “funcionários” trevosos.
Quem antes mandava, agora era um subordinado.
Dessa forma a intenção do artigo não
é dizer que: “prostituição é isso ou aquilo”, “quem se prostitui é isso ou
aquilo”, e que acontece “isso ou aquilo” com quem gosta de frequentar
prostíbulos. De maneira alguma!
A intenção é exemplificar como é,
mais ou menos, o ambiente astral de um prostíbulo, citando possíveis ameaças
energéticas que um local como esse pode oferecer. Certamente que o exemplo da
psicografia acima é somente um exemplo prático, pois cada recinto desse ramo
tem seu próprio modo de ser administrado por entidades do plano astral, podendo
esses riscos serem maiores ou menores, porém nunca melhores.
Fonte: O Estudante Espirita