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quarta-feira, 27 de dezembro de 2017

"COMO ENCONTRAR A PAZ EM SUA VIDA?"

Noventa anos, dos quais 50 dedicados ao espiritismo, mais de 250 livros publicados e 70 países visitados para participar de palestras e conferências. Discípulo de Chico Xavier, o médium baiano Divaldo Pereira Franco é considerado a principal liderança espírita da atualidade.
Reconhecido pelo trabalho com jovens carentes – já adotou 689 crianças e fundou, em 1952, a Mansão do Caminho, espaço de 83 mil m² em Salvador que já acolheu 35 mil jovens em situação de vulnerabilidade – ele é tomado por muitos como uma celebridade religiosa. Mesmo com a fama, demonstra humildade por onde passa e diz que só prega uma coisa: amor e tolerância.
Em visita a Porto Alegre no último fim de semana para participar do 9º Congresso Espírita do Rio Grande do Sul, na PUCRS, onde devotos formaram fila e choraram de emoção, Divaldo conversou com o GaúchaZH sobre espiritualidade, felicidade e crise de valores.
Assista aqui a entrevista ou leia o conteúdo a seguir:
— Apesar do avanço tecnológico, o homem moderno não encontrou a paz que procurava. Ao possuir coisas, defrontou-se com o vazio interior. Esse vazio somente é preenchido, como diria Platão, através do autoconhecimento. No momento em que nos identificamos, sabemos qual é a finalidade da vida — refletiu.
Confira os principais trechos da entrevista:
O Brasil vive hoje um momento difícil. Há uma crise político-econômica, a violência aumenta e enfrentamos momentos de intolerância. Que leitura o senhor faz desse cenário?
Toda a vez em que a civilização atinge um ápice de progresso, há uma curva de afirmação de valores. E naturalmente, uma decadência. (Isso ocorre) Desde a antiga Babilônia até a Europa moderna, que atingiu um alto nível na civilização e, no entanto, não pode evitar duas guerras. É um fenômeno natural e histórico no processo da evolução. Apesar disso, nunca houve na humanidade tanto amor, tanta bondade e tanto sacrifício. A crise nos afeta muito. Mas é necessário descobrir os valores que estão ocultos e que os exaltemos. A crise é uma preparação de mudança – de natureza social ou tecnológica. É para a adaptação.
Como sair dessa crise e redescobrir nossos valores?
Quando cada um de nós realizar uma mudança de valores. Em vez de nos preocuparmos tanto com os valores externos, com a posição social ou em atingir topo, (deveríamos) nos preocupar com a harmonia interna. Com essa modificação, haverá um contágio de sentimentos.
O senhor já fez milhares de conferências em quase 70 países. Quais os anseios e dificuldades que o senhor nota em comum em pessoas de diferentes lugares?
O grande desafio da criatura humana é a própria criatura humana. O indivíduo muda somente de nome e de endereço. Os conflitos psicológicos, as ânsias e as necessidades emocionais são as mesmas, porque falta às pessoas aquele conhecimento profundo de si para dar à sua vida um objetivo e uma natureza existenciais. Apesar das conquistas tecnológicas, o homem moderno não encontrou aquela paz que procurava. Ao possuir coisas, defrontou-se com o vazio interior. Esse vazio somente é preenchido, como diria Platão, através da observação daquela proposta de Sócrates: o autoconhecimento. No momento em que nos identificamos, sabemos qual é a finalidade da vida.
O senhor é conhecido por dedicar a vida a crianças em situação de vulnerabilidade social. Qual é o maior prejuízo para uma criança furtada de condições dignas de alimentação, educação, higiene, afeto e cuidado?
Surgem as patologias sociológicas do abandono. A sociedade passa a ser detestada. E a criança que não recebeu vai cobrar. Torna-se um vândalo e invariavelmente, sai marginalizado e vai para os departamentos do crime e da droga. Nesses momentos, ele se torna um indivíduo pernicioso à comunidade. Somos responsáveis pela violência. O que negamos aos necessitados, eles vêm tomar pela força. É a lei do universo. Faltando a cooperação, surge a violência.
Como resgatá-los?
Dando-lhes oportunidade. Amando-os. Fazendo com que despertem para a vida. Com esse sentimento, eles se tornam elementos úteis da sociedade e passam a ser membros de um novo corpo – o corpo da era nova.
O senhor adotou muitas crianças. É um pai para muitos…
Compreendi que não bastava dar comida, roupa e escola. Era necessário dar segurança e carinho. Todos nós somos carentes. Aquele que foi rejeitado ou que padeceu em função da orfandade tem sede de amor muito grande. E como eu tinha sede de amor também, procurei dar-me. Dar qualquer um faz, mas para dar-se é necessário renunciar ao ego para tornar feliz o outro.
O senhor recebeu o título de embaixador da paz no mundo em 2005 por uma universidade de Genebra, na Suíça. De lá para cá, o que mudou?
A sociedade passou a perceber muito os valores da vida. A ecologia desenvolveu valores adormecidos. O sentimento de amor ampliou-se muito, particularmente aos animais. Não só evitando a exterminação em massa de vidas que caminhavam para o extermínio, mas também o acompanhamento deles para a solidão. Mudaram os sentimentos, que antes eram ególatras e voltados para dentro. Ao amarmos o animal, facilmente iremos amar a criatura humana.
O senhor dedicou a vida ao espiritismo. Que mensagem o senhor traz da sua caminhada e do espiritismo, até para que não é espírita ou não tem religião?
Que vale a pena amar. O amor desabrocha através do respeito pela vida e se consolida pela amizade. Posteriormente, pela aglutinação de sentimentos. Através desses sentimentos, tornamos o mundo melhor e o ser humano se torna parte do universo. Ele (o ser humano) o é (é parte do universo), mas não sabe. É como no caso do holograma: cada pedaço tem o todo e o todo tem os pedaços. Nós carregamos o mundo dentro de nós. Quando nos dermos conta de que somos cédulas utilíssimas dessa realidade universal, mudaremos interiormente e voltaremos, com sentimento de amor, em alta escala de progresso. E a vida será melhor.
O senhor já declarou que é melhor não ter religião e ser digno do que ter religião e não ter dignidade. Por quê?
Muitas vezes a religião é um rótulo. É como um produto que está designado por um nome mas, por dentro, tem outro significado. A função da religião é apresentar a pedagogia da boa conduta. Por isso, toda religião que não leva ao fanatismo é boa. Mas, invariavelmente, o indivíduo tem a religião como ato social e não se impregna de todos os postulados. Ou em outras vezes, não tem religião e tem sentimento de nobreza. Se olharmos os grandes construtores da sociedade, veremos que não eram religiosos. Sua religião era a prática do bem, o desejo de fomentar o progresso e de promover o indivíduo ao status de cidadania.
Em 2014, o senhor publicou o livro “Seja Feliz Hoje”. Como ser feliz hoje?
Ao realizar o estado de paz interior. Confundimos a felicidade com o prazer. O prazer é fugidio, resultado da vida sensorial. A felicidade é o aprofundamento de valores. Podemos ser felizes na doença, na pobreza, na situação deplorável. Mas logo vem a ânsia do prazer. A verdadeira felicidade é dar-se para que a vida seja útil. Quando ela se torna útil a alguém, torna também ao indivíduo. É a proposta de Jesus Cristo: ele veio para servir, e não se serviu de nós para evoluir. A lição dele está no espiritismo, que nos oferece, na caridade, o meio de exaltação do self. Buscamos sempre o prazer e esquecemos da felicidade. Muitas vezes temos as respostas físicas, mas não temos a paz interior para a plenitude.
Há quem diga que hoje existe uma obsessão pela felicidade e que é por isso que as pessoas se frustram. Como o senhor avalia isso?
A felicidade é pelo ter. Corremos atrás de coisas e esquecemos dos valores individuais. Muitas vezes renuncio a determinado prazer para encontrar a paz. Somente quando nos preenchemos de valores éticos é que as coisas perdem o significado. Elas têm o valor que nós atribuímos. No momento em que a dor nos surpreende, esses valores desaparecem. Mas quando temos certeza de que a dor é um apelo do universo para que nos tornemos melhores, a felicidade aparece.
A felicidade envolve renúncia?
Sim. Sem a renúncia, não há felicidade. A renúncia é prova de amor, não exigir que o outro seja como nós queremos, mas ser feliz com aquilo que o indivíduo tiver. Qual a sua mensagem para os espíritas e para quem não é também? Que procure tudo para fazer o bem do outro. Quando mudamos, o mundo se transforma. Esperamos que os valores venham das autoridades governamentais. Mas eles são cidadãos. Se foram felizes, serão excelentes autoridades. Mas se tiverem caráter dúbio, acostumados ao suborno das paixões, eles mudam somente de postura e pioram aquelas tendências. Vale a pena amar, mas no sentido de tornar o outro feliz. Quando tornamos o outro feliz, ficamos felizes.
A mudança é difícil?
Não. É questão de adaptação. Vivemos um mundo de hábitos. Se algo me apraz, eu repito. Se me desagrado, cancelo. Se coloco uma meta produtiva que me planifica, eu me adapto e isso se torna uma realidade.
GAÚCHAZH

Fonte: Chico de Minas Xavier

terça-feira, 26 de dezembro de 2017

"UM PRETO-VELHO EM UM CENTRO ESPÍRITA "

"Dando início a uma destas reuniões mediúnicas num centro espírita orientado pela doutrina de Allá Kardec, foi feita a prece a abertura por um dos presentes. Iniciando-se as manifestações, pequenas mensagens de consolo e apoio foram dadas pelos desencarnados aos membros da reunião. Quando se abriu o espaço destinado à comunicação de Espíritos necessitados, ocorreu o inesperado, a médium Letícia fica sob a influência de um Espírito...O dirigente Sr. Antenor, como sempre fez nos seus vinte anos de prática espírita, deu-lhes as boas-vindas, em nome de Jesus.
- Seja bem-vindo, meu irmão, nesta casa de caridade.
O espírito respondeu:
- Boa noite fio. Suncê me dá licença pra eu me aproxima de seus trabaios, fio?
- Claro, meu companheiro, nosso centro espírita está aberto a todos os que desejam progredir. – respondeu o dirigente da mesa. Todos os presentes perceberam que a entidade comunicante era um Preto-Velho. A entidade continuou:
- Vós mecê não tem ai uma bebida pra eu bebê, fio?
- Não, não temos. Você precisa se libertar destes costumes que traz dos terreiros, que é o de ingerir bebidas alcoólicas. O espírito precisa evoluir – disse-lhe o Sr. Anestor.
- Vósmecê, num tem ai um pito? To com vontade de pita um cigarrinho, fio.
- Ora meu irmão, você deve deixar o mais breve possível este hábito adquirido nas práticas de terreiro, se é que queres progredir. Que benefícios traria isso a você?
O Preto-Velho respondeu :
- Preto Veio gosto muito de suas falas, mas suncê e mais alguns dos médiuns não faz uso do cigarro, fio? Suncê mesmo num toma suas bebidinhas nos finar de semana? Vós mecê pode me explica a diferença que tem o seu Espírito que beberica whisky do meu Espírito que quer beber aqui dentro? Ou explica pra mim, a diferença do cigarrinho que suncês fuma na rua, daquele que eu quero pita aqui dentro?
Sr.Anestor não pode explicar, mas resolveu arriscar :
- Ora, meu amigo, nós estamos num templo espírita é preciso respeitar os trabalho de Jesus.
Fio, ou se suncê preferi...Caro dirigente, na escola espiritual da qual faço parte, temos aprendido que o verdadeiro templo não se constitui nas quatro paredes a que chamais centro espírita. Para nós, estudiosos da alma, o templo da verdade é o do Espírito. E é ele que está sendo profanado com o uso do álcool e do fumo, como vêm procedendo os senhores. Vosso exemplo na sociedade, perante os estranhos e mesmo seus familiares, não tem sido dos melhores. O hábito, mesmo social, de beber e fumar deve ser combatido por todos os que trabalham na terra em nome do Cristo. A lição do próprio comportamento é fundamental na vida de quem quer ensinar. Houve grande silencio diante de tal argumentação segura.Pouco depois, o Espírito continuou :
- Suncê me adescurpa a visitação que fiz hoje, e o tempo que tomei do seu trabaio. Vou-me embora pra donde vim, mas antes, fio, queria deixa a suncêis um conseio: que tomem cuidado com suas obras, pois, como diria Nosso Sinhô, tem gente coando mosquito e engolindo camelos. Cuidado irmãos, muito cuidado. Preto-Véio deixa a todos um pouco da paz que vem de Deus. Ficam meus sinceros votos de progresso a todos os que militem nesta respeitável Seara.
Dado o conselho, afastou-se para o mundo invisível. Dr. Anertor ainda quis perguntar-lhe o porque de falar "daquela forma", mas não houve resposta. No ar ficou um profundo silêncio, uma fina sensação de paz e uma importante lição para todos meditarem."
(Isso aconteceu na Casa Espírita Seara Bendita e foi repassada por uma das médiuns presentes)

Fonte: Genuína Umbanda

"HÁ MAIS PAIS DO QUE MÃES NO UMBRAL"

CHICO XAVIER ALERTA OS PAIS:
"Várias vezes visitei com Emmanuel e André Luiz, as regiões do Umbral... Não vi por lá uma criança sequer, mas pude observar muitos pais que se responsabilizaram pela queda dos filhos - mais pais do que mães!..."
Fazer filho qualquer homem pode fazer. Mas ser PAI vai além de uma simples satisfação sexual. Há as responsabilidades com aquele espírito que está voltando. E que, antes de ser nosso filho, é filho de Deus.
Sabemos que muitos pais são responsáveis, ás vezes, mais que as mães. A eles deixamos nosso respeito. Mas, precisamos alertar os irresponsáveis. Infelizmente, nossa sociedade ainda é machista. E grande culpa é de quem cria os meninos com este conceito. Observem que, a mulher é "mãe solteira", o homem não recebe o título de "pai solteiro". A mulher é chamada de "vadia, vagabunda, sem vergonha", etc., e o homem de "garanhão". Não vemos homens recebendo os mesmos títulos. Quem sofre com o estupro, é a mulher. Quem entra na Justiça para buscar pensão é a mulher. Na certidão de nascimento vemos "pai desconhecido" e não o contrário. Então, aos homens, diremos que, se cuidem, pois na próxima encarnação poderão nascer num corpo feminino e nele sofrer o mesmo abuso e desrespeito que estão fazendo as mulheres passarem, além de passar um tempinho no Umbral. E para as mulheres diremos, cuidem-se, valorizem-se e se acaso o homem que você escolheu para ser pai de seu filho não correspondeu às suas expectativas, crie seu filho com dignidade e responsabilidade. Pois, há muitas mulheres iludidas com os prazeres "passageiro" do mundo e negligenciando a maternidade. Algumas delegam a terceiros a guarda do filho em nome da "liberdade". Outras, quando formam nova família descartam o filho do primeiro casamento. A estas dizemos: "lembrem-se, vocês também responderão perante a lei divina."


Fonte: GRUPO DE ESTUDO ALLAN KARDEC

segunda-feira, 25 de dezembro de 2017

“OS ENCONTROS MAIS IMPORTANTES NESTA VIDA, FORAM COMBINADOS ANTES DA REENCARNAÇÃO”

Os encontros mais importantes, já foram combinados pelas almas antes mesmo que os corpos se vejam… (Paulo Coelho)
Dizem que vivemos várias vidas… Se formos analisar a vida do espírito, podemos dizer que vivemos uma só, ora em um corpo físico e ora fora dele, na construção do Eu que se modifica e engrandece nas várias existências, em diversos corpos e diversas “personalidades”, embora essas nunca percam sua essência.
Uma vez conquistado ou aprendido um atributo do espírito, como a paciência, resiliência, capacidade de perdoar, etc., esses não se perdem. Carregamos sempre conosco esses bens espirituais, nossos verdadeiros tesouros.
Não somos os mesmos de outras existências físicas, assim como não somos os mesmos de 10 anos, 5 anos, 1 ano, 1 mês atrás. Pois estamos em constante mudança, crescimento e renovação íntima. Mas os laços que criamos com aqueles que nos relacionamos não desatam, apenas se esticam ou se afrouxam. E sendo a vida contínua, as histórias provavelmente não terminam com a morte do corpo físico, e sim quando atingido seu objetivo.
E se formos considerar uma vida sendo uma história construída com pessoas específicas, podemos considerar que em uma existência física vivemos várias vidas, pois vivemos várias histórias com pessoas distintas.
Hoje em dia tudo virou “carma”, seja bom ou ruim. No caso do ruim sentimos, por exemplo, aquela impressão do “meu santo não bate com o dele”, e enquanto não nos acertarmos com o outro podemos sim viver a mesma história com a mesma pessoa por várias existências físicas. (Pode ser então que eu tenha que suportar o mesmo marido ou mulher por várias outras vidas além dessa?)
Temos que ter em mente que não estamos aqui para suportarmos uns aos outros, e sim para aprendermos a amar. Enquanto estivermos suportando ficamos presos, quando aprendemos a amar, nos libertamos.Com relação ao carma bom, é aquela sensação boa de reencontro, simpatia, alegria. O que faz com que queiramos nos relacionar com uns ao invés de outros. Sendo a história do espírito uma escrita constante, ela não cessa com as mudanças físicas, e sim retoma do ponto anterior, após uma pequena ou longa pausa. Daí vem o especial, a saudade sem razão, as fortes emoções, etc.

Pois quando as almas vibram na mesma sintonia elas se atraem e se reconhecem, independente dos corpos que habitam.
Fonte: Chico de Minas Xavier

domingo, 24 de dezembro de 2017

"SE VOCÊ AINDA NÃO VIU, VEJA AGORA. "CÂMARA FILMA LUZ ENTRANDO NO QUARTO DE CHICO XAVIER"


“ONDE E QUANDO NASCEU JESUS?

Perguntemos a Maria de Magdala, onde e quando nasceu Jesus.
E ela nos responderá:
Jesus nasceu em Betânia. Foi certa vez, que a sua voz, tão cheia de pureza e santidade, despertou em mim a sensação de uma vida nova com a qual até então jamais sonhara.
Perguntemos a Francisco de Assis o que ele sabe sobre o nascimento de Jesus.
Ele nos responderá:
- Ele nasceu no dia em que, na Praça de Assis entreguei minha bolsa, minhas roupas e até meu nome para segui-Lo incondicionalmente, pois sabia que somente ele é a fonte inesgotável de amor.
Perguntemos a Pedro quando deu o nascimento de Jesus.
Ele nos responderá:
- Jesus nasceu no pátio do palácio de Caifas, na noite em que o galo cantou pela terceira vez, no momento em que eu o havia negado. Foi nesse instante que acordou minha consciência para a verdadeira vida.
Perguntemos a Paulo de Tarso, quando se deu o nascimento de Jesus.
Ele nos responderá:
- Jesus nasceu na Estrada de Damasco quando, envolvido por intensa luz que me deixou cego, pude ver a figura nobre e serena que me perguntava: Saulo, Saulo porque me persegue? E na cegueira passei a enxergar um mundo novo quando eu lhe disse:
- Senhor, o que queres que eu faça?!
Perguntemos a Joana de Cusa onde e quando nasceu Jesus.
E ela nos responderá:
- Jesus nasceu no dia em que, amarrada ao poste do circo em Roma, eu ouvi o povo gritar: -Negue! Negue! E o soldado com a tocha acesa dizendo: -Este teu Cristo ensinou-lhe apenas a morrer?
Foi neste instante que, sentindo o fogo subir pelo meu corpo, pude com toda certeza e sinceridade dizer:
- Não me ensinou só isso, Jesus ensinou-me também a amá-lo.
Perguntemos a Tomé onde e quando nasceu Jesus.
Ele nos responderá:
- Jesus nasceu naquele dia inesquecível em que ele me pediu para tocar as suas chagas e me foi dado testemunhar que a morte não tinha poder sobre o filho de Deus. Só então compreendi o sentido de suas palavras:
Eu sou o caminho, a verdade e a vida.
Perguntemos à mulher da Samaria o que ela sabe sobre o nascimento de Jesus.
E ela nos responderá:
- Jesus nasceu junto à fonte de Jacob na tarde em que me pediu de beber e me disse:
- Mulher Eu posso te dar a água viva que sacia toda a sede, pois vem do amor de Deus e santifica as criaturas. Naquela tarde soube que Jesus era realmente um profeta de Deus e lhe pedi:
- Senhor, dá-me desta água.
Perguntemos a João Batista quando se deu o nascimento de Jesus.
Ele nos responderá:
- Jesus nasceu no instante em que, chegando ao rio Jordão, pediu-me que o batizasse. E ante a meiguice do Seu olhar e a majestade da sua figura pude ouvir a mensagem do Alto:
- "Este é o Meu Filho Amado, no qual pus a minha complacência! " Compreendi que chegara o momento de Ele crescer e eu diminuir, para a glória de Deus.
Perguntemos a Lázaro onde e quando nasceu Jesus?
Ele nos responderá:
- Jesus nasceu em Betânia, na tarde em que visitou o meu túmulo e disse:
- Lázaro! Levanta. Neste momento compreendi finalmente quem Ele era...
A Ressurreição e a Vida!
Perguntemos a Judas Iscariotes quando se deu o nascimento de Jesus.
Ele nos responderá:
- Jesus nasceu no instante em que eu assistia ao seu julgamento e a sua condenação. Compreendi que Jesus estava acima de todos os tesouros terrenos.
Perguntemos a Bezerra de Menezes o que ele sabe sobre o nascimento de Jesus.
E ele nos responderá:
- Jesus nasceu no dia em que desci as escadas da Federação Espírita Brasileira e um homem se aproximou dizendo:
- Vim devolver-lhe o abraço que me deste em nome de Maria, porque renovei minha fé e a confiança em Deus. Foi naquele instante que percebi a Sua misericórdia e o Seu imenso amor pelas criaturas.
Perguntemos, finalmente, a Maria de Nazaré onde e quando nasceu Jesus.
E ela nos responderá:
-Jesus nasceu em Belém, sob as estrelas, que eram focos de luzes guiando os pastores e suas ovelhas ao berço de palha. Foi quando segurei em meus braços pela primeira vez que senti se cumprir a promessa de um novo tempo através daquele Menino que Deus enviara ao mundo, para ensinar aos homens a lei maior do amor.
Agora pensemos um pouquinho: E para nós, quando Jesus nasceu?
Pensemos mais um pouquinho: E se descobrirmos que ele não nasceu?
Então, procuremos urgentemente fazer com que ele nasça um dia destes, porque, quando isso acontecer, teremos finalmente entendido o Natal e verdadeiramente encontrado a luz.
FONTE: Texto retirado da apostila de Evangelização Infantil da Aliança Espírita Evangélica


“VOCÊ TEM MAGOA DE ALGUÉM QUE DESENCARNOU? ”

As emoções são propriedades físicas geradas a partir do organismo corpóreo e da ligação à matéria que espíritos imperfeitos ainda possuem. Raiva, tristeza, medo, dor, calor, frio; emoções essas como a mágoa e o rancor.
Os aborrecimentos surgem de experiências desagradáveis ou traumatizantes. O desgosto pelos obstáculos ou desapontamentos da vida causados pelo outro deixa o espírito amargurado e preenchido com o ódio irracional e os instintos primitivos que os distanciam da elevação moral.
Nas relações entre os espíritos encarnados, muitos das mesmas famílias, a mágoa é algo recorrente dentro do plano de provas e expiações. É comum, inclusive, existir uma encarnação dedicada para que ambos os espíritos reparem suas ligações buscando o perdão.
Lições de um espírito obsessor
O rancor pode ainda existir, tanto em quem ficou no mundo físico, quanto aquele que está no plano espiritual. Não deixa de ser descartados nesses casos a obsessão mútua. As emoções exacerbadas perpetuam o ressentimento e formam uma ponte entre as consciências, uma atrapalhando a outra.
Para a pessoa encarnada, a mágoa pelo espírito desencarnado pode influenciar no controle de seus instintos, impedindo o uso da razão e da liberdade com responsabilidade. O temperamento instituído pelo condicionamento  das emoções podem alimentar prejudicialmente o rancor.
QUAL A VISÃO ESPÍRITA SOBRE RANCOR?
É necessário compreender o próximo e sobrepor os sentimentos e a espiritualidade à mágoa que adquirimos. Apesar das oportunidades de várias encarnações é fundamental aplicarmos o perdoar hoje. Para a libertação de ambos, encarnado e desencarnado, a quebra das emoções instintivas como o rancor proporcionará melhores aprendizados futuros.
Jesus nos deixou um valioso ensinamento, perdoar setenta vezes sete, ou seja, incansavelmente, não importa os erros cometidos. O perdão é nobre e libertador, pois é um sentimento descendente do espírito e um valor preciso por ser uma prática de amor.
Qual a visão espírita da possessão?
Se a mágoa ou o rancor pelo irmão espiritual desencarnado lhe aflige, ore por ambos. Peça a iluminação dos mentores em busca da clareza dos sentimentos. Perdoe aquele que possa ter te magoado no passado e que qualquer mal seja irrelevante diante do amor de Jesus.
Em prece, vibre amor e proteção pelo desencarnado. Que a espiritualidade superior o receba e o preencha de luz. Através de seus pensamentos perdoe todos os ressentimentos, seu recado chegará até o plano espiritual, assim como o perdão e o amor emanado. Livre-se agora das mágoas e rancores e viva com o amor de Jesus.
TV MUNDO MAIOR | Ricardo Guelfi de Sousa

Fonte: Chico de Minas Xavier

sábado, 23 de dezembro de 2017

“MARCAS DE NASCENÇA NA VISÃO ESPÍRITA”

Muitas pessoas carregam marcas de nascença, chegando a virar até uma identidade pessoal em alguns. E vem a curiosidade sobre a marca, do por que dela. No entanto, a curiosidade é algo inevitável para que tem marca de nascença. No entanto, será que estamos realmente preparados para saber da sua origem?
Na visão espírita as marcas, os sinais, as manchas de nascença, são indícios que evidenciam uma vida anterior, à vida atual, ou seja, é uma evidência da reencarnação.
Quanto maior o trauma, ou ferimento de grande intensidade, e pouco tempo antes da morte, ou qualquer outra causa que afetou profundamente o emocional do indivíduo como uma queimadura, ou ferida, ou determinados tipos de morte trágica, acidentais... Pode deixar marcas que atingem de certa forma o corpo espiritual, isto é, o perispírito; a intensidade emocional do acontecimento, cria uma marca semelhante no perispírito; então as informações que o perispírito carrega, transmite para o corpo que está se formando na gestação, dessa vez com a marca. Ou seja, o Espiritismo nos esclarece que as marcas de nascença existem por causa de experiências vivenciadas com muita intensidade emocional em alguma vida passada, e tais experiências intensas ficam gravadas na consciência do espírito, que não superou tal acontecimento, e assim quando tal espírito reencarna novamente ainda carregando tais lembranças transporta para o corpo físico em forma de marca tais experiências do seu passado na matéria, para superar tais acontecimentos do passado com as experiências adquiridas na vida atual.
Por que não lembramos do acontecimento que causou tais marcas? Por que não lembramos das nossas vidas passadas?
Deus, como um pai que protege os seus filhos, e em Sua Infinita Sabedoria, sabendo que AINDA não somo capazes de superar o nosso passado nem de aceitar o passados das outras pessoas, Lançou o véu do esquecimento sobre nós; o fato de não lembrarmos do passado é porque não seria interessante para nós. As lembranças do passado só vem quando necessitamos realmente e quando Deus permite lembrarmos ou receber informações do nosso passado para o nosso próprio bem, em que vai ter proveito para algum entendimento que estejamos necessitados. E a espiritualidade benfeitora nos informa que nem sempre estamos preparados para saber a origem de tais marcas, que é melhor a vida seguir, e não dar tanta importância para as marcas, porque algumas vezes podemos ficar abalados com tais informações da sua origem, e não sermos maduros o bastante para saber administrar tais informes.
O que se tem a fazer é conviver com tais marcas, no entanto, quando se estiver liberto do corpo físico pelo desencarne, as marcas vão desaparecer do perispírito a medida em que o espírito compreender os fatos e for se depurando, isto é, for removendo as suas impurezas, as suas imperfeições, os seus erros; pois cada vida é uma história, embora acontecimentos tenham marcado o individuo de tal forma que reflete no corpo físico atual, estes fatos tem que ser superados, pois o passado existe para ser aceitado e superado, existe para que o perdão seja exercido tanto para com outros como a si mesmo. A curiosidade bate obviamente, mas é esta curiosidade que diz: “É passado, estou em uma nova vida, em uma nova oportunidade, em uma nova experiência. Isto passou”.
Nós espíritas sabemos que existe algo muito mais importante do que um capricho de curiosidade, que é dedicarmos ao nosso aperfeiçoamento com os ensinos de Jesus Cristo, e assim seguir cada vez mais o caminho do bem, da caridade do amor ao próximo, é compreender a nós mesmos para nos elevarmos e ir depurando, limpado o espírito das suas imperfeições, dos seus erros, sabemos que devemos viver para nos aprimorar sempre deixando para traz os traumas que o espírito carrega, para ir educando-o para o autoprogresso. O que tem que ser motivo de nossa curiosidade é Jesus, que os seus ensinamentos nos ensina a descobrir a nós mesmos, a nos superar, a deslumbrar novos horizontes, a ter a vontade de fazer nossa própria luz brilhar e assim desfazermos das nossas imperfeições e lembranças amargas do passado.
Lembrando que é apenas com a permissão de Deus que podemos saber de algo do passado, ninguém está apto para decifrar o passado de ninguém, apenas se Deus assim o permitir, e Deus só permite quando é necessário. Pois, se for por termos de curiosidade, Ele sabe que não é necessário. Precisamos nos aceitar. Deus sabe o que Faz. E Jesus é o remédio para tudo, pois é com ele que tudo compreendemos.
Blog Jardim Espírita

Fonte: Mensagem Espírita

“COMO OS ESPÍRITOS VEEM AS BRIGAS POR HERANÇAS?”

Uma das maiores tristezas que pode vivenciar o espírito que acabou de desencarnar é ver e sentir, do plano espiritual, o que seus filhos ou parentes mais próximos fazem pela herança que ele deixou.
Em O Livro dos Espíritos se diz que o espírito desencarnado, que acabou de ascender à pátria espiritual, pode ver e sentir claramente as ações e comportamentos dos seus parentes e das pessoas mais próximas. O espírito pode não apenas ver tudo, como sentir tudo o que acontece. Ele pode captar facilmente o sentimento daqueles que ficaram. Pode sentir a emoção de cada um em seu próprio enterro; pode desvendar as intenções mais ocultas de cada um dos presentes; pode perceber de forma transparente a falsidade daqueles que antes lhe sorriam e agora agradecem sua partida; pode entrever com exatidão o interesse mesquinho daqueles que ficaram na Terra e só pensam em bens e dinheiro; pode também sentir o desprezo que cada pessoa tem por ele, as más intenções e pode captar com clareza o desejo pelo desencarne rápido para que assim o encarnado possa ter acesso a herança.
O recém-desencarnado finalmente percebe as futilidades da vida humana; ele vê como é a vida espiritual e entende como a vida na matéria era apenas um campo de miragens, de ilusão, onde tudo passa e onde nada é eterno. Por isso, ele compreende dentro de si o quanto as brigas terrenas pelo dinheiro, pelo poder, pelas posses, por estar certo, por fazer tudo do seu jeito, pela fama, pelo sucesso, etc… o quanto tudo isso é desnecessário e não traz nada de positivo ao espírito. Ao ter contato com a realidade espiritual ele percebe um universo de infinitas possibilidades que se descortina diante dele… Dessa forma, ele constata o caráter banal e pueril das brigas pelos bens materiais.
O espírito toma consciência de um reservatório infinito de bênçãos espirituais que existe a sua disposição… aquilo que podemos descrever como a paz infinita e a felicidade infinita. Apenas para efeito de comparação, é possível comparar a vida espiritual com um oceano imenso… e as coisas que tanto valorizamos na terra como sendo apenas um copinho de água. Esse copinho de água não mata nossa sede e mesmo depois que o bebemos, após um tempo já estamos com sede novamente. O espírito que percebe seus filhos e parentes brigando pela herança que ele deixou se entristece muito, pois considera essa briga semelhante a duas pessoas se digladiando por um pequeno copinho de água ao lado de um oceano sem limites. Como ainda não percebem o oceano infinito ao seu lado, eles se matam pelo copinho de água que não sacia sua sede. Ao invés de matarem sua sede com as águas sagradas da fonte universal da vida, eles ficam brigando pelo copinho de água, que simbolizam os bens materiais, o sentimento de posse, o egoísmo, o orgulho, a boa fama, o desejo pelo elogio, o desejo pelo afeto, o apoio emocional em coisas e pessoas, as brigas, disputas e exigências que o ego faz para se satisfazer, etc.
O espírito que agora compreende as bênçãos infinitas de Deus vê tudo com tristeza, porém se é um espírito mais elevado, não se deixa abalar por isso… Ele compreende que os encarnados enfurecidos pelas disputas de herança ainda tem um longo caminho pela frente em sua aprendizagem e quanto mais tempo demorarem para perceber a pequenez de tudo isso… mais vão sofrer no vale da lágrimas da existência material. O espírito finalmente consegue compreender o quão estéril são essas brigas… ele vê tudo tal como o adulto percebe a briga de duas crianças que se batem para ver quem vai ficar com o doce… Briga essa que não tem a menor importância diante de tudo o que elas têm pela frente em suas vidas.
Não se esqueça que os espíritos desprendidos da matéria podem ver e sentir tudo o que se passa conosco; eles captam até mesmo nossas mais ocultas intenções. Eles enxergam com clareza nossas falsidades, nossa ganância e o caráter medíocre de nossas disputas pela herança e por todas as demandas da vida material. O que os espíritos costumam dizer a esse respeito é que ninguém deveria se rebaixar por tão pouco… ninguém deveria se materializar mais do que já está materializado… nenhum espírito encarnado deveria se preocupar com questões tão pequenas e grosseiras… e se desentender, se digladiar, se desrespeitar ou ficar aflito para receber os bens daquele que se foi… Isso não apenas entristece o espírito que já não está mais entre nós, como nos degrada moralmente e espiritualmente.

(Hugo Lapa)

“OS ESPÍRITOS PODEM INFLUENCIAR NOSSOS PENSAMENTOS, NOSSOS ATOS E NOSSAS PALAVRAS? ”

Muito mais do que imaginais. Influem a tal ponto, que, de ordinário, são eles que vos dirigem. ” A assertiva dos Espíritos a Allan Kardec demonstra que, na maioria das vezes, estamos todos nós - encarnados - agindo sob a influência de entidades espirituais que se afinam com o nosso modo de pensar e de ser, ou em cujas faixas vibratórias respiramos. Isto não nos deve causar admiração, pois se analisarmos a questão sob o aspecto puramente terrestre chegaremos à conclusão de que vivemos em permanente sintonia com as pessoas que nos rodeiam, familiares ou não, das quais recebemos influenciações através das ideias que exteriorizam, dos exemplos que nos são dados, e também que influenciamos com a nossa personalidade e pontos de vista.
Quando acontece de não conseguirmos exercer influência sobre alguém de nosso convívio e que desejamos aja sob o nosso prisma pessoal, via de regra tentamos por todos os meios convencê-lo com argumentos persuasivos de diferente intensidade, a fim de lograrmos o nosso intento.
Natural, portanto, ocorra o mesmo com os habitantes do mundo espiritual, já que são eles os seres humanos desencarnados, não tendo mudado, pelo simples fato de deixarem o invólucro carnal, a sua maneira de pensar e as características da sua personalidade.
Assim, vamos encontrar desde a atuação benéfica de Benfeitores e Amigos Espirituais, que buscam encaminhar-nos para o bem, até os familiares que, vencendo o túmulo, desejam prosseguir gerindo os membros do seu clã familial, seja com bons ou maus intentos, bem como aqueles outros a quem prejudicamos com atos de maior ou menor gravidade, nesta ou em anteriores reencarnações, e que nos procuram, no tempo e no espaço, para cobrar a divida que contraímos.
Por sua vez, os que estão no plano extra físico também se acham passíveis das mesmas influenciações, partidas de mentes que lhes compartilham o modo de pensar, ou de outras que se situam em planos superiores, e, no caso de serem ainda de evolução mediana ou inferior, de desafetos, de seres que se buscam intensamente pelo pensamento, num conúbio de vibrações e sentimentos incessantes.
Essa permuta é contínua e cabe a cada indivíduo escolher, optar pela onda mental com que irá sintonizar.
Portanto, a resposta dos Espíritos a Kardec nos dá uma noção exata do intercâmbio existente entre os seres humanos, seja ele inconsciente ou não, mas, de qualquer modo, real e constante.

Do livro “Obsessão e Desobsessão” - Suely Caldas Schubert.

“A LEI DO RETORNO: AQUI SE FAZ, AQUI SE PAGA.

Dependendo da gravidade dos atos praticados e da condição espiritual de cada um, os Espíritos endividados sofrem após a morte pelos erros cometidos na existência terrestre e, após estágios em regiões de sofrimento no Mundo dos Espíritos, retornam à Terra para completar a expiação das mesmas faltas cometidas.
Quer dizer: sofrem lá e cá pelos mesmos motivos.
Daí não ser totalmente errado o ditado popular: “aqui se faz, aqui se paga”.
Mas já não seriam suficientes, para sua recuperação, as dores e sofrimentos no plano espiritual, após o desencarne?
O Mestre Kardec escreveu sobre isso na Revista Espírita:
Vejamos:
Pergunta (ao guia do médium). Por que a expiação e o arrependimento na vida espiritual não bastam para a reabilitação, sem que sejam necessários a eles acrescentar os sofrimentos corporais?
Resposta. Sofrer num mundo ou num outro, é sempre sofrer, e sofre-se tão longo tempo quanto a reabilitação não seja completa. Esta criança sofreu muito sobre a Terra; pois bem! isso não foi nada em comparação com o que ela sofreu no mundo dos Espíritos. Aqui tinha, em compensação, os cuidados e a afeição dos quais estava cercado. Há ainda esta diferença entre o sofrimento corporal e o sofrimento espiritual, que o primeiro é quase sempre voluntariamente aceito como complemento de expiação, ou como prova para avançar mais rapidamente, ao passo que o outro é imposto.
Mas há outros motivos para o sofrimento corporal: primeiro, é para que a reparação tenha lugar nas mesmas condições em que o mal foi feito; depois, para servir de exemplo aos encarnados. Vendo seus semelhantes sofrerem e disto sabendo a razão, são bem de outro modo impressionados do que saber que são infelizes como Espíritos; podem explicar melhor a causa de seus próprios sofrimentos; a justiça divina se mostra, de alguma sorte, palpável aos seus olhos. Enfim, o sofrimento corporal é uma ocasião, para os encarnados, de exercerem, entre eles, a caridade, uma prova para seus sentimentos de comiseração, e, frequentemente, um meio de reparar os erros anteriores; porque, crede-o bem, quando um infortunado se encontra sobre vosso caminho, não é o efeito do acaso. Para os pais do jovem François era uma grande prova ter um filho nessa triste posição; pois bem! eles cumpriram dignamente seu mandato, e disso serão tanto mais recompensados quanto agiram espontaneamente, pelo próprio impulso de seu coração. Se os Espíritos não sofressem na encarnação, é que não haveria senão Espíritos perfeitos sobre a Terra.
Dessa explicação oferecida pelo Mentor, podemos concluir:
Sofrimento após a morte:
– O sofrimento após o desencarne ocorre por conta dos erros cometidos em vida. Trata-se de uma consequência (Lei de Causa e Efeito) e uma forma de reabilitação do Espírito endividado por meio do corretivo da dor;
– Esse sofrimento após o desencarne favorece seu despertar, levando-o à percepção dos equívocos praticados. O Espírito toma conhecimento dos crimes que praticou e de suas consequências;
– Com o tempo, despertando sua consciência, arrepende-se. A partir desse ponto estará mais preparado para a reabilitação;
O sofrimento continua numa nova reencarnação para:
– Beneficiar o Espírito, retirando-o de zonas de sofrimento no Astral e situando-o entre pessoas que possam ajudá-lo a se recuperar;
– Situar o Espírito devedor junto àqueles a quem prejudicou (já reencarnados), possibilitando, por meio da convivência, a reconciliação com seus adversários;
– Oferecer, aos encarnados que o assistem, uma oportunidade de exercerem a caridade ao receberem com amor o Espírito devedor, muitas vezes, no seio da própria família.
KARDEC RIO PRETO | Fernando Rossit
Referência: Revista Espírita, Allan Kardec, maio de 1867, “O Jovem Francois”

Fonte: Chico de Minas Xavier

𝗖𝗢𝗠𝗢 𝗢𝗦 𝗥𝗘𝗟𝗔𝗖𝗜𝗢𝗡𝗔𝗠𝗘𝗡𝗧𝗢𝗦 𝗙𝗜𝗖𝗔𝗠 𝗔𝗧𝗥𝗘𝗟𝗔𝗗𝗢𝗦 𝗡𝗔𝗦 𝗥𝗘𝗘𝗡𝗖𝗔𝗥𝗡𝗔𝗖̧𝗢̃𝗘𝗦.

Os ajustes dos relacionamentos problemáticos de outras existências. Pelas reencarnações os espíritos têm a oportunidade de reestabelecer os ...