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sábado, 30 de dezembro de 2017

“O QUE É LÍCITO, (O QUE PODEMOS) PEDIR AOS ESPÍRITOS? ”

Há pessoas que procuram na religião a satisfação utilitarista. Acreditam que a religião deverá lhes dar a vitória, o sucesso, a felicidade para essa vida, e a salvação eterna para a outra. Hoje, algumas seitas religiosas pregam isso abertamente, e convidam os que querem deixar para traz a infelicidade, o fracasso, a se unirem a elas.
Algumas pessoas chegam a dizer, que resolveram mudar de religião, para serem felizes. No dia a dia dos centros espíritas temos deparados com essa situação. Muitos o procuram no desejo de obter benefícios imediatos, como: curas, enriquecimento, conquistas amorosas, anular um desafeto, e outras coisas mais.
Contudo, a finalidade do Espiritismo não é o de arranjar a vida das pessoas. Os espíritos superiores, embora nos amem e nos auxiliem, não são serviçais à nossa disposição para os pequenos interesses humanos.
Quando as pessoas insistem nesses pedidos, e não percebem o extraordinário novo campo de visão que se lhe abre à frente, acabam por perder a proteção dos bons espíritos, e os maus, os ignorantes tomam conta da situação, pois estão sempre prontos a atender a todos os pedidos, mesmo os injustos. Esses espíritos podem satisfazer certos pedidos, porém cobram muito caro a satisfação concedida.
Quando Jesus de Nazaré ofereceu a Água Viva do Evangelho para a mulher samaritana, afirmando que quem bebesse da água que ele oferecia nunca mais teria sede, a mulher pediu para que o Rabi Galileu lhe desse da tal água, porque assim ela não precisaria buscá-la diariamente. Ela não compreendeu que o Mestre não a isentava do trabalho, das lutas evolutivas, do aperfeiçoamento, mas alargava os seus horizontes espirituais.
O que devemos procurar no Espiritismo? Devemos procurar a elevada compreensão do processo que é a vida. O Espiritismo oferece essa compreensão. Ele é, no dizer de Herculano Pires, a plataforma para as novas conquistas da humanidade.
É proibido, então, à mãe que chora a perda de seu filhinho, buscar notícias que a console? É proibido ao homem que vê a esposa doente, em risco de vida, pedir a cura ou a esperança? Aquele que não consegue um emprego e precisa sustentar a família não pode pedir aos espíritos que o ajude a se empregar? O homem de negócios que está atormentado pelos fracassos sucessivos, não pode ir buscar orientação junto a uma casa espírita? Nada disso é proibido, e é natural que o centro espírita preste esse socorro e vários outros, mas é preciso que ensine a libertação, ou seja, o conhecimento espírita. É preciso que compreendam que os espíritos não fazem pelo homem, aquilo que ao homem compete fazer.
É comum ao ser humano, o desejo de se ver liberto das dores, angústias e dificuldades. É comum procurarem meios mais ou menos mágicos para resolver seus problemas. No Espiritismo não poderia ser diferente. Quase sempre, aqueles que se decepcionam com a Doutrina Espírita e a abandonam, são os que querem soluções mágicas. Não existem soluções sem esforços, luta, trabalho.
Não raro a dor, o problema aparentemente insolúvel, é o chamamento para uma nova postura, um novo caminho, um novo ideal. O fato de sermos espíritas ou médiuns, não nos dá privilégios, e sim responsabilidades. Não feche os olhos para a luz. Não peça o que o Espiritismo não lhe pode dar, e não se decepcionará com ele.
Amílcar Del Chiaro Filho
Fonte:  Portal do Espírito


“QUAIS OS MOTIVOS QUE NOS LEVAM A CASA ESPÍRITA? ”

E o que acontece? Assistimos palestras, recebemos o passe, tomamos água fluidificada, Trabalho Mediúnico e vamos embora. .🤔Somos espíritas apenas dentro da Casa Espírita, estas atitudes irão se repetir por longo tempo. Mas à medida que vamos estudando e compreendendo melhor os ensinamentos espíritas, sentimos que necessitamos nos integrar mais nas ações de reforma moral da sociedade, e nada melhor para fazermos isso do que iniciando por nós mesmos, ou seja, que sejamos espíritas na convivência com o mundo, e isso nos leva à nossa reforma moral.
Todo espírita estudioso caminha neste sentido, porque compreende que o Espiritismo como filosofia busca atingir o seu mais nobre objetivo, que é a reforma moral da criatura.
A grande maioria dos livros escritos pelas vias mediúnicas são ricos de ensinamentos e verdadeiros tratados de saúde mental, com uma terapia baseada no Evangelho de Jesus e na Codificação Kardequiana.
Livros como: “Autoconhecimento”, “O Homem Integral”, “O Ser Consciente”, “Espelho D’alma”, “Momentos de Renovação” e outros não necessariamente espíritas, nos indicam a importância da Reforma Íntima, ou renovação de atitudes, como fator essencial para alcançarmos o progresso moral e espiritual, visando à nossa felicidade relativa.
Duas afirmativas nos chamam à reflexão:
1. Renovação de atitudes...
Um jovem foi ao médico, queixando-se de dores abdominais. Tendo sido atendido pelo médico, este atencioso, realizou exames, fez entrevistas, e ao final chegou ao diagnóstico: Cirrose hepática, doença do fígado por ingestão de bebida alcoólica. Enfermidade conhecida e facilmente tratável, receitou um tratamento, onde o paciente deveria tomar uma medicação, fazer caminhadas diárias, ao final da caminhada realizar algumas ginásticas.
O paciente saiu satisfeito pois veria-se livre de suas dores. Ao final de um mês, retornou novamente o paciente ao consultório médico, onde o doutor o atendeu solícito.
Há doutor! O tratamento não deu resultado, pois continuo a sentir dores. O profissional estranhou, pois tinha confiança em seu diagnóstico, mas voltou a examiná-lo.
- O senhor tomou o remédio que lhe receitei? Sim senhor doutor, certinho, três vezes ao dia!
- O senhor fez as caminhadas para melhorar a circulação? Cinco quilômetros todos os dias doutor!
- O senhor fez as ginásticas como recomendado? Uma hora diária após as caminhadas doutor!
- O senhor parou de beber? Não doutor... doutor continua doendo...
A medicina terrena trata das enfermidades do corpo físico, o Espiritismo trata das enfermidades do espírito (estando ele encarnado ou não). O médico nos escuta, analisa, faz exames e nos recomenda um tratamento. A Casa Espírita, nos escuta, analisa, consola, e também nos recomenda mudanças de atitudes; mas esta vai mais além em nosso benefício, pois nos fornece o passe magnético, a água fluidificada e em alguns casos tratamentos de desobssessões.
Mas assim como no caso do paciente enfermo, se quisermos melhorar, cumpre que façamos a nossa parte mudando as nossas tendências negativas, ou ficaremos indefinidamente tomando remédios, realizando caminhadas, fazendo ginásticas, recebendo passes, tomando água fluidificada...
Emmanuel, em uma de suas mensagens no diz: “O pastor conduz o seu rebanho, mas são as ovelhas que andam com as próprias pernas”.
2. Felicidade relativa...(Em virtude da afirmativa de Jesus – “A felicidade não é deste mundo” Bíblia/Eclesiastes, Evangelho Segundo o Espiritismo/ Capítulo V, item 20). Analisando esta afirmativa do Cristo apenas pela letra que mata e não pelo espírito que vivifica, muitos apressados, inimigos do estudo e cultores do negativismo atribuem que estamos na Terra para sofrer, que este é um vale de lágrimas, aqui só há dores e aflições, etc. Semelhantes afirmativas são no mínimo equivocadas e inconsequentes, pois espalham o desânimo, pessimismo, descrença, resignação incondicional.
A nossa razão nos mostra que podemos e temos momentos felizes mesmo no estágio evolutivo em que nos encontramos, pois quem não fica feliz com um casamento? O nascimento do primeiro filho? Uma formatura? O primeiro emprego? No aniversário, receber aquele presente tão esperado? Jesus, profundo conhecedor, não iria contrariar as Leis Naturais, negando estes fatos. Ele se referia tão somente à felicidade plena, que é atributo apenas dos Mundos Felizes e Angélicos.
Sabemos então que para evoluirmos espiritualmente temos que realizar a nossa Reforma Íntima, mas algumas perguntas nos assaltam:
• O que é Reforma Íntima? Ela deve ser compreendida como a chave mestra para o sucesso de sua melhora interior e, consequentemente, da sua felicidade exterior.
• Para que serve? Renovar as esperanças interiores tendo por meta o fortalecimento da fé, a solidificação do amor, a incessante busca do perdão, o cultivo dos sentimentos positivos e a finalização no aperfeiçoamento do ser.
• O que fazer? Realizar atos isolados, no dia-a-dia levando-nos a melhorar as nossas atitudes, alterando para melhor a nossa conduta aproximando-a tanto quanto possível do ideal cristão.
• Por onde começar? Pela auto crítica.
• Como fazer a reforma íntima? Bem .....
(Cairbar Schutel – “Fundamentos da Reforma Íntima” Abel Glaser).
Embora uma linha de pensadores espíritas entenda que os meios de o conseguir é obra e esforço de cada um, as obras literárias estão repletas de indícios e dicas.
Em “O Livro dos Espíritos” no capítulo Conhecimento de si mesmo, à pergunta 919, Allan Kardec questiona aos Espíritos:
- Qual o meio prático mais eficaz que tem o homem de se melhorar nesta vida e de resistir à atração do mal?
“Um sábio da antiguidade vo-lo disse: Conhece-te a ti mesmo.”
Allan Kardec, profundo conhecedor das deficiências humanas, investiga mais a fundo no desdobramento da questão acima.
919a) - Conhecemos toda a sabedoria desta máxima, porém a dificuldade está precisamente em cada um conhecer-se a si mesmo. Qual o meio de consegui-lo?
“Fazei o que eu fazia, quando vivi na Terra: ao fim do dia, interrogava a minha consciência, passava revista ao que fizera e perguntava a mim mesmo se não faltara a algum dever, se ninguém tivera motivo para de mim se queixar...(SANTO AGOSTINHO).( O Livro dos Espíritos - Allan Kardec)
Parece resultar daí que o conhecimento de si mesmo é, a chave do progresso individual.
(esta é uma tarefa que compete a cada um individualmente).
Ocorre-nos lembrar de Benjamin Franklin, Estadista, escritor e inventor norte americano (inventor do para-raio, Boston 17-01-1706 - Filadélfia 17-04-1790).
Benjamin Franklin era um tipógrafo na Filadélfia homem fracassado e cheio de dívidas, achava que tinha aptidões comuns mas acreditava que seria capaz de adquirir os princípios básicos de viver com êxito, se pudesse apenas encontrar o método certo. Método este encontrado e relatado em seu livro a “Autobiografia de Benjamin Franklin” (1771-1788).
Benjamin Franklin, em sua juventude era um homem de muita inteligência e perspicácia, apesar de ter estudado apenas até o segundo ano primário. Era hávido por conhecimento e lia muito, estudava e escrevia ensaios e poesias.
Estudava sobre tudo que lhe interessava, principalmente sobre os grandes vultos da história de todos os tempos. Por isso mesmo tinha uma grande cultura e um conceito moral muito rígido, e cobrava-se muito, bem como, cobrava aos outros a mais correta e ilibada conduta.
Em suas reuniões sociais, tecia críticas francas e ácidas sobre todos os deslizes de seus colegas, sentindo um prazer mórbido em derrotar verbalmente aos seus oponentes, fato que ao longo do tempo foi deixando-o só e isolado nas reuniões a que eram “obrigados” a convidá-lo pelo seu cargo político.
Sentindo o peso deste isolamento, em conversa com um amigo muito chegado, comentou esta aversão das pessoas de seu convívio.
Tendo sido localizada a causa deste sentimento de aversão, com uma tenacidade que só as almas valorosas possuem, empreendeu luta acirrada ao combate às suas imperfeições.
Mas por mais que se esforçasse, controlava uma imperfeição mas caía invariavelmente em outra, quando esta outra recebia a sua atenção novo deslize fazia-o tropeçar, e a situação não avançava. Era como se estivesse tentando reter água com as mãos que, não obstante, escorria por entre seus dedos.
O isolamento continuava e até acentuava-se.
Lembrando-se das habilidades bélicas de Napoleão Bonaparte, que adotava a estratégia de “dividir para vencer”, de espírito inventivo, Franklin imaginou um método tão simples, porém tão prático, que qualquer pessoa poderia empregá-lo.
Franklin escolheu treze princípios que julgava ser necessário ou desejável aprender e procurar praticar. Escreveu-os em pequenos pedaços de cartolina, com breve resumo do assunto, e dedicou uma semana da mais rigorosa atenção a cada um desses princípios separadamente. Desse modo, pode percorrer a lista toda em treze semanas, e repetir o processo quatro vezes por ano.
Quando passava ao princípio seguinte não esquecia os anteriores, e cada vez que se pegava em falha, fazia uma pequena marca no verso do cartão, assim no retorno àquele princípio dedicava maior atenção e esforço.
Manteve em segredo o que estava fazendo, pois receava que os outros se rissem dele. (é triste constatar que até aos dias de hoje nos vangloriamos de atos incorretos, falcatruas, engodos, vícios que cometemos, mas temos vergonha de admitirmos que estamos tentando melhorar praticando alguma virtude).
Ao fim de um ano Franklin havia completado quatro cursos, e constatou que já buscava com naturalidade o controle de suas falhas, apesar de estar longe de dominar com perfeição qualquer daqueles princípios.
Este procedimento deu tão certo que Franklin utilizou-o ao longo de toda a sua vida, embora mudando os princípios uma vez já tendo controlado aquela deficiência combatida.
Os treze princípios de Benjamin Franklin eram
(Autobiografia de Benjamin Franklin): (tais como escreveu e na ordem que lhes deu)
Temperança – Não coma até o embotamento; não beba até a exaltação.
Silêncio – Não fale sem proveito para os outros ou para si mesmo; evite a conversação fútil.
Ordem- Tenha um lugar para cada coisa; que cada parte do trabalho tenha seu tempo certo.
Resolução – Resolva executar aquilo que deve; execute sem falta o que resolve.
Frugalidade – Não faça despesa sem proveito para os outros ou para si mesmo; ou seja nada desperdice.
Diligência – Não perca tempo; esteja sempre ocupado em algo útil; dispense toda atividade desnecessária.
Sinceridade – Não use de artifícios enganosos; pense de maneira reta e justa, e, quando falar, fale de acordo.
Justiça – A ninguém prejudique por mau juízo, ou pela omissão de benefícios que são dever.
Moderação – Evite extremos; não nutra ressentimentos por injúrias recebidas tanto quanto julga que o merecem.
Asseio – Não tolere falta de asseio no corpo, no vestuário, ou na habitação.
Tranquilidade – Não se perturbe por coisas triviais, acidentes comuns ou inevitáveis.
Castidade – Evite a prática sexual sem ser para a saúde ou procriação; nunca chegue ao abuso que o enfraqueça, nem prejudique a sua própria saúde, ou a paz de espírito ou reputação de outrem.
Humildade – Imite Jesus e Sócrates.
A quantos desejarem experimentá-lo, sugere-se analisarem-se, buscando aquelas deficiências mais comuns e corriqueiras, que sabemos possuir, ou as qualidades que não temos mas que gostaríamos de ter, adaptando o método às necessidades e interesses de cada um.
Ao alcançar uma conquista, alterar a meta, buscando por outra, que vão surgindo ao longo do tempo, mas cuidando sempre para que não incorram em recaída.
Este não é o primeiro e nem será o último método inventado, que visa à melhoria das pessoas através da reforma íntima, mas com certeza, nos aponta mais uma alternativa palpável e simples, que está ao alcance de quantos tiverem a coragem e a vontade firme de empreender esta luta íntima na escalada evolutiva.
Não é um caminho fácil. Não existe caminho fácil. Mas é um caminho seguro.
Em “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, no capítulo XVII, SEDE PERFEITOS, Allan Kardec escreveu:
“Reconhece-se o verdadeiro Espírita pela sua transformação moral, e pelos esforços que emprega para domar as suas más inclinações”.
Na Bíblia em “O Novo Testamento”, Tiago em suas epístolas nos adverte: “Fé sem obras é estéril”.
Que Jesus nos ilumine e guie. Muita Paz.
Gorete Piesigilli.

Fonte: Grupo Socorrista Obreiros do Senhor Gerônimo Mendonça Ribeiro 
Bibliografia:
O Evangelho Segundo o Espiritismo. (Allan Kardec).
O Livro dos Espíritos. (Allan Kardec).
O Homem Integral.( Divaldo Pereira Franco – Joanna de Angelis).
Autobiografia de Benjamin Franklin.

Fundamentos da Reforma Íntima. (Abel Glaser – Cairbar Schutel)

sexta-feira, 29 de dezembro de 2017

“EU NÃO ACREDITO EM DEUS. VOCÊ ACREDITA?

Sim, eu afirmo de forma peremptória que não acredito em Deus segundo os homens O idealizaram, mas em um Deus que fizeram os homens.
Acreditar significa crer, ter ciência de, convencer; contudo quem crê, pode um dia desacreditar. Então, tenho certeza, plena convicção de Sua existência; não como um dogma ou um mistério que não podemos questionar ou dialogar sobre, mas uma verdade lógica pela evidência das coisas. Diria que um percentual muito grande das pessoas acredita na existência de Deus. Pode ser até difícil apresentar tese sobre Sua inexistência; usando evidências científicas, filosóficas e culturais podemos até atingir “um voo curto de galinha”. Todavia, seja qual for sua tese defendida é de bom alvitre sempre respeitar e ouvir a pessoa com quem você dialoga, é uma questão de boa educação.
Ora, como há muitas doenças, seres humanos de vários tipos, posicionamentos sociais, dores e sofrimentos dos mais variáveis, com Deus sendo justo e bom, não poderia ter isso evitado? Pois os mesmos sendo seus filhos, deveria criá-los todos iguais em termos de belezas, riquezas, felicidades, etc., e não uns sofrendo ou mesmo serem tão diferentemente quanto os outros. Há uma injustiça nesse caso. Essa é uma entre tantas argumentações dentro da ciência mecanicista que poderia ser usada. Outra, em uma guerra, um tsunami, ou hecatombe qualquer, por que morre tantas crianças, idosos e/ou pessoa boas que, aparentemente nunca foram voltadas ao mal?
A doutrina reencarnacionista espírita, que propugna a evolução constante e que nada ocorre por acaso, explica de forma objetiva, direta e cristalina o questionamento filosófico sobre de onde viemos, o que estamos aqui fazendo e em função do que aqui fizermos, para onde vamos. E mais, a razão da dor, do sofrimento, do por que da tudo certo para uns e a outros sempre em provações e expiações enormes?
Faço aqui minhas, as palavras de Einstein que, quando perguntado sobre se acreditava em Deus o mesmo disse que acreditava segundo o Deus de Spinoza: um Deus que se revela em si Mesmo na harmonia de tudo que existe e não em Deus que se interessa pelas ações e sorte dos homens. Ademais, devo admitir que sorte é o aproveitar de uma oportunidade, é você estar preparado naquele momento. Não ficar nesses templos lúgubres, rezando, orando sempre e só pedindo e nada doando. Vá em frente, desfrute a vida, Deus o criou para ser feliz. Deus está, além de  nós, na beleza da vida, no som da cachoeira, no voar de um colibri, na harmonia das coisas. Esse Mesmo Deus não precisa perdoar, castigar ou punir. Por Ele ser perfeito em todas as coisas, não sente raiva, mágoa, paixão, malefícios de nós, os humanos. Então, por tudo isso eu não acredito nesse Deus antropomórfico que as pessoas conceberam: um Deus julgador, mosaico, olho por olho, dente por dente, um Deus segundo o meu julgamento. E como Deus sendo causa primária e inteligência suprema criadoras de todas as outras coisas, não posso ou devo julgá-lo ou concebê-lo segundo os meus parâmetros.
Bjs em vossos corações e que Deus esteja conosco agora, hoje e sempre!
Décio Naves

quinta-feira, 28 de dezembro de 2017

“COMO O ESPÍRITO É RESGATADO NO VELÓRIO? ”

O momento da morte representa um impacto emocional muito forte para a maioria dos seres humanos. Isto se aplica tanto aos próprios desencarnantes como aos seus entes queridos. Como ninguém sabe ao certo quando será sua morte, ou, em outras palavras, por quanto durará o resto da sua própria existência física e a dos seus amigos e familiares, a morte quase sempre representa uma surpresa e um grande choque emotivo.
Sendo assim, a preparação para o enfrentamento da complexa transição desencarnatória consiste em uma tarefa espiritual relevante, urgente e contínua. De fato, a preparação para a morte, bem como a auto estruturação para a vida requer um processo de “educação continuada” para o Espírito que almeja passar bem por estes dois estágios da vida imortal.
COMO AGE AS EQUIPES DE RESGATE NOS VELÓRIOS?
Entretanto, grande número de criaturas desencarna diariamente na Crosta terrestre sem uma preparação prévia mínima para enfrentar esta difícil transição. O mesmo vale para a maioria dos amigos e familiares do desencarnante que muitas vezes não está preparada para encarar adequadamente este tipo de ocorrência, a começar pelo comportamento de disciplina espiritual requisitada no chamado “velório”.
O velório consiste em um período de mais ou menos 24 horas em que os indivíduos próximos “velariam” a alma desencarnante, em etapa preparatória para a fase decisiva e terminal do processo em questão, que seria a inumação definitiva dos despojos carnais. O velório funcionaria também como um momento de despedida e de assimilação emocional do choque por parte dos entes queridos.
Além disso, o velório ainda apresenta uma relevância pragmática e significativa, que obviamente tinha uma maior importância nos séculos passados, que consiste em evitar que o indivíduo seja enterrado vivo. Antigamente, os critérios para certificação da morte, bem como a assistência médica, eram de qualidade precária. Isto ocorria em muitos rincões distantes das grandes cidades e em situações caóticas como a guerra, onde as certidões de óbito não eram proporcionadas ou eram emitidas de forma irresponsável. Assim, o intervalo de tempo respeitado desde a pressuposta morte até o enterro seria de vital importância para que muitas pessoas não fossem inumadas vivas. De fato, há muitos casos documentados no Brasil e no exterior de indivíduos que “acordaram” durante o seu próprio velório, em função de estados de letargia ou catalepsia associados à negligência e/ou imperícia dos responsáveis pela identificação e caracterização do óbito.
Do ponto de vista espiritual, a tradição de nossa sociedade de respeitar um período de vigília entre o óbito propriamente considerado e o enterro é totalmente justificada. As preces e o amor dos amigos ajudariam muito o desencarnante nessa viagem, muitas vezes perturbadora, para o mundo espiritual. Até porque as preces e as vibrações ambientes podem gerar, quando realmente elevadas, barreiras magnéticas que impeçam a presença de Espíritos sofredores e/ou vampirizadores que possam vir a prejudicar o desenlace de nosso irmão.
Respondendo sobre cremação, Emmanuel recomendou que se respeitasse um mínimo de 72 horas antes de se efetuar tal procedimento, pois isso evitaria sofrimentos desnecessários para o Espírito desencarnante, uma vez que tal período seria, a priori, suficiente para o total desligamento dos últimos liames que manteriam o perispírito conectado ao corpo físico. Tal informação denota que a desvinculação do perispírito não seria algo trivial e, ademais, demonstra que o processo crematório pode gerar repercussões em relação ao perispírito do Espírito que ainda não se libertou totalmente das impressões do corpo. De qualquer maneira, a recomendação do Benfeitor Espiritual demonstra como é importante nossa atuação efetiva do ponto de vista espiritual durante o velório.
Considerando esse contexto relevante e complexo de natureza espiritual, seria interessante frisar alguns comportamentos interessantes para todos aqueles que se dirigirem a um velório:
1) Somente permanecer presente no velório enquanto puder manter uma postura de vigilância;
2) Orar com sinceridade em favor do desencarnante e de sua família, compreendendo que mais cedo ou mais tarde chegará a nossa hora e que, então, constataremos o gigantesco valor da prece a nós dirigida em situações como a desencarnação;
3) Esforçar-se para não lembrar episódios infelizes envolvendo o desencarnante, compreendendo que todo pensamento tem elevada repercussão espiritual;
4) Estar sempre disponível para o chamado “atendimento fraterno” com os irmãos presentes, mas não esquecer que o velório não é uma situação adequada a debates de natureza filosófico-religiosa;
5) Respeitar a religião de todos os presentes e os cultos correspondentes a essas crenças, buscando contribuir efetivamente para a psicosfera de solidariedade do ambiente mesmo que em silêncio;
6) Não perder o foco do objetivo maior da presença no velório que é o auxílio espiritual ao desencarnante e aos familiares assim como aos Espíritos desencarnados que estejam no local necessitando de auxílio fluídico através da oração para contribuir no desligamento do desencarnante;
7) Estar disponível, na medida do possível, para contribuir espiritual e/ou materialmente com os irmãos presentes, sobretudo aqueles que estiverem sob maior impacto pela morte do irmão;
8) Se convidado a enunciar prece ou algumas palavras de homenagem ao desencarnante, tomar o cuidado de manter sempre a brevidade, a objetividade e o otimismo, evitando quaisquer imagens negativas que possam ser sugeridas por nossas palavras em relação aos irmãos presentes, sejam eles encarnados ou desencarnados;
9) Aproveitar a ocasião para refletir sobre a impermanência de todas as situações materiais da vida física, fortalecendo o nosso desejo de amar e servir durante o tempo que ainda nos resta no corpo físico.
10) Guardar a certeza de que o Espiritismo é “O Consolador” prometido por nosso Mestre Jesus e que a mensagem da Imortalidade da Alma desvelada por Jesus e por Kardec é a base de todas as nossas buscas de amor e fraternidade, bem como nosso refúgio em momentos dolorosos como a morte, sendo antes de tudo uma mensagem de alegria e otimismo, verdadeiramente a nossa “Boa Nova”.
O CONSOLADOR | Leonardo Marmo Moreira

Fonte: Chico de Minas Xavier

“AS PIRAMIDES DO EGITO E O MUNDO ESPIRITUAL. ”

A história do país das múmias, dos hieróglifos e das pirâmides. Egiptóloga da Universidade de Cambridge confirma tese espírita sobre as pirâmides.
Um dos mais antigos e enigmáticos mistérios do antigo Egito foi elucidado no ano de 2001 de modo brilhante, confirmando as tese espíritas.
Está claro, agora, que os faraós construíram suas maiores pirâmides - as do Vale de Gizé, a 10 quilômetros do centro do Cairo - alinhadas em direção ao norte e que eles utilizavam as estrelas para determinar a direção. Para chegar a essas conclusões a arquiteta, e egiptóloga Kate Spencer, da Universidade de Cambridge, na Inglaterra, analisou meticulosamente a posição dos astros em torno do ano 2500 a.C (data aproximada ao erguimento das pirâmides). Kate revela que antes de começar a ergue-las, os egípcios reuniam-se à noite em uma cerimônia religiosa na qual os sacerdotes traçavam no céu uma linha imaginária, ligando a estrela Beta da constelação da Ursa Maior à estrela Zeta da Ursa Menor. O ponto em que a linha tocava o horizonte dava a posição exata do norte. Os lados dos grandes templos eram então projetados de modo a ficar paralelos a essa direção (veja o desenho abaixo). Esse método, diz a cientista, era seguro; o problema é que as estrelas mudam ligeiramente de lugar com o tempo, devido ao próprio movimento do Sol pela Via Láctea. Tanto que, passados quase 5.000 anos do tempo dos faraós, algumas das pirâmides estão ligeiramente voltadas para oeste e outras, para leste. Esse fato até hoje confundia os egiptólogos.
Outro feito de Kate Spence: conseguiu datar com precisão, pela primeira vez, a construção das pirâmides, que, quanto mais se afastam do norte, atualmente, mais velhas são. A mais antiga pirâmide é a de Quéfren, construída em 2467 a.C.
Como foram construídas as pirâmides?
Encontramos a resposta na Revista Espírita do ano de 1858 através do Espírito de Mehemet-Ali, quando pontuou a Allan Kardec, eis o diálogo:
AK - Desde que vivestes ao tempo dos faraós, podereis dizer-nos com que fim foram construídas as pirâmides? R: São sepulcros; sepulcros e templos. Ali se davam grandes manifestações.
AK - Tinham estas um objetivo científico? R: Não. O interesse religioso absorvia tudo.
AK - Podereis dar-nos uma ideia dos meios empregados na construção das pirâmides? R: Massas de homens gemeram sob o peso destas pedras que atravessaram os séculos. A máquina era o homem.
AK - De onde tiravam os egípcios os gosto pelas coisas colossais, em vez do das coisas graciosas, que distinguia os gregos, posto tivessem a mesma origem? R:  O egípcio era tocado pela grandeza de Deus. Procurava igualá-lo, superando as suas próprias forças. Sempre o homem!
Dentre todas os povos degredados na Terra, os que constituíram a civilização egípcia foram os que mais se destacavam na prática do bem e no culto a verdade.
Ressalta Emmanuel que eram eles os que menos débitos possuíam perante o tribunal da justiça divina. Em razão dos seus elevados patrimônios morais, guardaram no íntimo uma lembrança mais viva das experiências de uma pátria distante.
Culto à morte - Metempsicose
A civilização egípcia foi a que mais se preocupou com a ideia da morte. Sua vida era apenas um esforço para bem morrer. Seus papiros e afrescos estão cheios dos consoladores mistérios do além-túmulo.
Natural era que o grande povo dos faraós guardasse a reminiscência do seu doloroso degredo na face obscura do mundo terreno. E tanto lhe doía semelhante humilhação, que, na lembrança do pretérito, criou a teoria da metempsicose, acreditando que a alma de um homem podia regressar ao corpo de um irracional, por determinação punitiva dos deuses. A metempsicose era exatamente o fruto amargo da sua impressão, a respeito do exílio penoso que lhe fora infligido no ambiente terrestre. Inventou-se, desse modo, uma série de rituais e cerimônias para solenizar o regresso dos seus irmãos à Pátria espiritual.
Os mistérios de Ísis e Osíris e toda uma influenciação na cultura da mitologia grega eram símbolos das forças espirituais que presidiam aos fenômenos da morte.
A constelação de Capela
Nos mapas zodiacais, que os astrônomos terrestres compulsam em seus estudos, observa-se desenhada uma grande estrela na Constelação do Cocheiro, que recebeu, na Terra, o nome de Cabra ou Capela. Magnífico sol entre os astros que nos são mais vizinhos, ela, na sua trajetória pelo Infinito, faz-se acompanhar, igualmente, da sua família de mundos, cantando as glórias divinas do Ilimitado.
Sua luz gasta cerca de 42 anos para chegar à face da Terra, considerando-se, desse modo, a regular distância existente entre a Capela e o nosso planeta, já que a luz percorre o espaço com a velocidade aproximada de 300.000 quilômetros por segundo.
A Constelação do Cocheiro é formada por um grupo de estrelas de várias grandezas, dentre as quais se inclui a Capela, de primeira grandeza, que, por isso mesmo, é alfa da constelação.
Capela é uma estrela inúmeras vezes maior que o nosso Sol, e se este fosse colocado em seu lugar, mal seria percebido por nós, à vista desarmada.
Na abóbada celeste Capela está situada no hemisfério boreal, limitada pelas constelações da Girafa, Perseu e Lince, e, quanto ao Zodíaco, sua posição é entre Gêmeos e Touro.
Conhecida desde a mais remota antiguidade, Capela é uma estrela gasosa, segundo afirma o célebre astrônomo e físico inglês Arthur Stanley Eddington (1822-1924), e de matéria tão fluídica que sua densidade pode ser confundida com a do ar que respiramos. Sua cor é amarela, o que demonstra ser um Sol em plena juventude, e, como um Sol, os orbes que arrasta devem ser habitados por uma humanidade bastante evoluída.
Há muitos milênios um deles, que guarda muitas afinidades com o globo terrestre, atingira a culminância de um dos seus extraordinários ciclos evolutivos. As lutas finais de um longo aperfeiçoamento estavam delineadas, como ora acontece convosco, relativamente às transições esperadas no século XX, neste crepúsculo de civilização.
Alguns milhões de Espíritos rebeldes lá existiam, no caminho da evolução geral, dificultando a consolidação das penosas conquistas daqueles povos cheios de piedade e virtudes, mas uma ação de saneamento geral os alijaria daquela humanidade, que fizera jus à concórdia perpétua, para a edificação dos seus elevados trabalhos.
As grandes comunidades espirituais, diretoras do Cosmos, deliberam, então, localizar aquelas entidades, que se tornaram pertinazes no crime, aqui na Terra longínqua, onde aprenderiam a realizar, na dor e nos trabalhos penosos do seu ambiente, as grandes conquistas do coração e impulsionar, simultaneamente, o progresso dos seus irmãos inferiores.
Único desejo, voltar à Capela
Os egípcios eram animados pelo desejo de trabalhar devotadamente para regressar, um dia, aos seus penates resplandecentes. Uma saudade torturante do céu foi a base de todas as suas organizações religiosas. Em nenhuma civilização da Terra o culto da morte foi tão altamente desenvolvido. Morava em seus corações a ansiedade de voltar ao orbe distante, ao qual se sentiam presos pelos mais santos afetos. Foi por esse motivo que, representando uma das mais belas e adiantadas civilizações de todos os tempos, as expressões do antigo Egito desapareceram para sempre do plano tangível do planeta. Depois de perpetuarem nas pirâmides os seus avançados conhecimentos, todos os Espíritos daquela região africana regressaram à Pátria Sideral.
Religião e sociedade egípcia
A partir da Pré-História - se assim podemos dizer - todos os povos passaram pelas fases de fetichismo, do animismo e do politeísmo. Ainda hoje, aqui e ali, se encontram vestígios disso em vários lugares e religiões.
Os egípcios também passaram por isso. Vencida a fase de culto aos totens eles chegaram ao culto dos deuses. Além do Deus Pré-Existente e único - Amon-Rá, Osíres, o deus do Infinito, do Espaço, do Tempo e Senhor da Luz, que também era o protetor da terra e da vegetação.
Os egípcios acreditavam na reencarnação e de certo modo mantinham o intercâmbio com os desencarnados. Havia uma religião secreta professada pelos sacerdotes, que também era ciência, englobando a matemática, a física, a química, a astronomia, a medicina, a meteorologia, etc. Conheciam o magnetismo, o sonambulismo, curavam pelo sono provocado e praticavam largamente a sugestão. É o que denominavam de magia.
A Bíblia Sagrada do povo egípcio foi o " Livro dos Mortos" . Continha 165 capítulos e dele emanaram todas as religiões do ramo ocidental, dogmas, etc. A civilização egípcia antiga desenvolveu-se no nordeste africano (margens do rio Nilo) entre 3200 a.C (unificação do norte e sul) a 32 a.C (domínio romano).
A sociedade egípcia estava dividida em várias camadas, sendo que o faraó era a autoridade máxima, chegando a ser considerado um deus na Terra. Sacerdotes, militares e escribas (responsáveis pela escrita) também ganharam importância na sociedade. Esta era sustentada pelo trabalho e impostos pagos por camponeses, artesãos e pequenos comerciantes. Os escravos também compunham a sociedade egípcia e, geralmente, eram pessoas capturadas em guerras. Trabalhavam muito e nada recebiam por seu trabalho, apenas água e comida.
A escrita egípcia também foi algo importante para este povo, pois permitiu a divulgação de ideias, comunicação e controle de impostos. Existiam duas formas de escrita: a demótica (mais simplificada) e a hieroglífica (mais complexa e formada por desenhos e símbolos). As paredes internas das pirâmides eram repletas de textos que falavam sobre a vida do faraó, cultos e mensagens para espantar possíveis saqueadores. Uma espécie de papel, chamada papiro, que era produzida a partir de uma planta de mesmo nome, também era utilizado para receber seus escritos.
Saulo de Tarso

Fonte: Correio Espirita

"CONFLITOS FAMILIARES"

Um dos mais graves problemas humanos está na dificuldade de convivência no lar. Pessoas que enfrentam desajustes físicos e psíquicos tem, não raro, uma história de incompatibilidade familiar, marcada por frequentes conflitos.
Há quem resolva de forma sumária: o marido que desaparece, a esposa que pede divórcio, o filho que opta por morar distante.
Alguns espíritas utilizam o conhecimento doutrinário para curiosas racionalizações:
- Minha mulher é o meu carma: neurótica, agressiva, desequilibrada. Que fiz de errado, meu Deus, para merecer esse "trem"?
- Só o Espiritismo para me fazer tolerar meu marido. Aguento hoje para me livrar depois. Se o deixar agora terei que voltar a seu lado em nova encarnação. Deus me livre! Resgatando meu débito não quero vê-lo nunca mais!
Espíritos que se prejudicaram uns aos outros e que, não raro, foram inimigos ferozes, reencontram-se no reduto doméstico.
Unidos não por afetividade, nem por afinidade, e sim por imperativos de reconciliação, no cumprimento das leis divinas, enfrentam inegáveis dificuldades para a harmonização, mesmo porque conservam, inconscientemente, a mágoa do passado. Daí as desavenças fáceis que conturbam a vida familiar. Naturalmente situações assim não interessam à nossa economia física e psíquica e acabam por nos desajustar.
Importante considerar, todavia, que esses desencontros são decorrentes muito mais de nosso comportamento no presente do que dos compromissos do pretérito. Não seria razoável Deus nos reunir no lar para nos agredir e magoarmos uns aos outros.
É incrível, mas somos ainda tão duros de coração, como dizia Jesus, que não conseguimos conviver pacificamente. Reunamos duas ou mais pessoas numa atividade qualquer e mais cedo ou mais tarde surgirão desentendimentos e desarmonia. Isso ocorre principalmente no lar, onde não há o verniz social e damos livre curso ao que somos, exercitando o mais conturbador de todos os sentimentos, que é a agressividade.
Neste particular, o estilete mais pontiagudo, de efeito devastador, é o palavrão. Pronunciado sempre com entonação negativa, de desprezo, deboche ou cólera, é qual raio fulminante. Se o familiar agredido responde no mesmo diapasão, o que geralmente acontece, "explode" o ambiente, favorecendo a infiltração de forças das sombras. A partir daí tudo pode acontecer: gritos, troca de insultos, graves ofensas e até agressões físicas, sucedidos, invariavelmente, por estados depressivos que desembocam, geralmente, em males físicos e psíquicos.
Se desejamos melhorar o ambiente doméstico, em favor da harmonização, o primeiro passo é inverter o processo de cobrança.
Normalmente os membros de uma casa esperam demais dos outros, reclamando atenção, respeito, compreensão, tolerância . . . A moral cristã ensina que devemos cobrar tudo isso sim, e muito mais, mas de nós mesmos, porquanto nossa harmonia íntima depende não do que recebemos, mas do que damos. E, melhorando-nos, fatalmente estimularemos os familiares a fazer o mesmo.
Todos aprendendo pelo exemplo, até o amor. Está demonstrado que crianças carentes de afeto tem muita dificuldade para amar. Será que estamos dando amor aos familiares?
Não é fácil fazê-lo porque somos Espíritos muito imperfeitos. Mas foi para nos ajudar que Jesus esteve entre nós, ensinando-nos como conviver harmoniosamente com o semelhante, exercitando valores de humildade e sacrifício, marcados indelevelmente pela manjedoura e pela cruz.
• exerça severa vigilância sobre o que fala. Geralmente as desavenças no lar tem origem no destempero verbal;
• diante de familiares difíceis, não diga: "É minha cruz!" O único peso que carregamos, capaz de esmagar a alegria e o bom-ânimo, é o de nossa milenar rebeldia ante os sábios planos de Deus;
• elogie as virtudes do familiar, ainda que incipientes, e jamais critique seus defeitos. Como plantinhas tenras, tanto uns como outros crescem na proporção em que os alimentamos;
• evite, no lar, hábitos e atitudes não compatíveis com as normas de civilidade vigentes na vida social sem respeito pelos companheiros de jornada evolutiva fica difícil sustentar a harmonia doméstica;
• cultive o diálogo. Diz André Luiz que quando os companheiros de um lar perdem o gosto pela conversa, a afetividade logo deixa a família.
Richard Simonetti

Fonte: Rede Amigo Espírita

quarta-feira, 27 de dezembro de 2017

“AS SIMPATIAS E SUPERSTIÇÕES DE FINAL DE ANO NA VISÃO ESPÍRITA”

Na Doutrina Espírita não há rituais, nem simpatias, nem imagens, nem amuletos, nem talismãs, nem cor de vestimenta especifica...
Nós espíritas acreditamos que estas coisas não trazem poder para as pessoas, essa expectativa de poder mágico que é depositado nestas superstições não existe senão segundo O Livro dos Espíritos na questão 552: na imaginação de pessoas supersticiosas, ignorantes das verdadeiras leis da natureza.
Estas simpatias e superstições levam as pessoas a buscarem segurança, melhoramento de vida em coisas materiais, assim é um objetivo material do que moral. Não é comer um determinado tipo de comida, ou vestir uma roupa de determinada cor, ou pular ondas, não é carregar amuletos... que vai mudar aspectos da vida de um indivíduo.
No O Livro dos Médiuns, de Allan Kardec, na segunda parte, cap. XXV, item 282-17ª, encontramos a seguinte questão:
Pergunta: Certos objetos, como medalhas e talismãs, tem a propriedade de atrais ou repelir os espíritos, como pretendem algumas pessoas?
Resposta: Pergunta inútil, pois sabeis que a matéria não exerce nenhuma ação sobre os espíritos. Ficais certos de que jamais um espírito bom aconselha semelhantes absurdos. A virtude dos talismãs, de qualquer natureza, só existe na imaginação das criaturas supersticiosas.
Então, o que vai mudar a sua vida é a sua atitude de querer muda-la. E não formulas, ou ritos, ou simpatias de final de ano, réveillon.
O que temos que desenvolver em nós é a capacidade que carregamos de decisão , de superação do que queremos de melhorar em nossa vida. Temos que firmar a nossa fé na razão, acreditar em nós mesmos, na ação dos bons espíritos, na harmonia universal, e acima de tudo em Deus, e não em formulas materiais, em superstições, pois, como por exemplo: você não vai se tornar uma pessoa com paz interior se você vestir uma roupa branca no réveillon. A paz é uma conquista árdua que vamos construindo em nosso espírito, porque para ofertar a paz temos que desenvolve-la em nosso interior, pelo simples fato que não podemos dar o que não possuímos. Ou simpatias para ganhar dinheiro, se não trabalharmos com dedicação não haverá dinheiro para nosso sustento material. E assim com as demais simpatias e superstições.
O que precisamos para nossa vida é de mudança de atitude. É praticar diariamente os ensinos que Mestre Jesus nos trouxe, é saber servir sem esperar nada em troca, é sentir amor. O azar não existe, o que existe é o merecimento perante as leis universais de um esforço de boa conduta para a vida.
Para finalizar é preciso deixar claro que nós espíritas não somos contra quem realiza simpatias, rituais, ou usa amuletos... O conteúdo da postagem é para explicar o tema a luz do Espiritismo.

Blog Jardim Espírita-: Fonte-Mensagem Espiritas

"A PREPARAÇÃO DOS ESPÍRITOS VINDOS DE ALCÍONE PARA REENCARNAR NA TERRA"

Alcione é a estrela central da constelação de Plêiades.
No livro Amanhecer de Uma Nova Era, o espírito Manoel Philomeno de Miranda, por meio da psicografia de Divaldo Franco, nos faz conhecer no capítulo 16 um trabalho muito especial e de grande magnitude, que está sendo realizado aqui no planeta Terra.  Manoel Philomeno de Miranda, guiado por Bezerra de Menezes, nos esclarece que:
Existem nobres Comunidades que se encontram espalhadas na Terra, servindo de laboratórios  especiais para a preparação da reencarnação de espíritos vindo de Alcione. Manoel Philomeno de Miranda conta-nos a sua visita a uma dessas sedes, chamada de Santuário da Esperança, localizada em uma linda praia; sendo o Santuário da Esperança uma bela e colossal construção fluídica, quase uma cidade espiritual, que apresentava expressiva movimentação de entidades laboriosas, correspondendo a uma cidade terrestre de médio porte. Edifícios de grandes dimensões, porém, não muito altos, multiplica-se, encantando com as suas formas originais toda a paisagem urbana, adornada de jardins com árvores que desconhecemos, enquanto que veículos diferentes dos nossos, flutuam acima do solo em movimentação equilibrada, sem  exageros de velocidade. Aves canoras de belíssima plumagem, são vistas vez que outra, cortando o ar embelezando a natureza, em si mesma rica de imagens coloridas.
Esses santuários vem sendo construídos em muitos países da Terra, desde o fim do século passado, quando começaram a hospedar nossos generosos amigos benfeitores vindos de Alcione. Essas edificações exteriorizam uma luminosidade especial, por causa das atividades  superiores que são realizados nestes locais; e uma projeção de especial claridade envolve toda a construção para impedir qualquer tipo de invasão por seres inferiores.
É de algumas dessas edificações que se tem partido os construtores da Era Nova. E outros espíritos missionários do passado, virão diretamente para a Terra, deixando os seus redutos de iluminação onde ora se encontram, para o mergulho direto no mundo celular.  
O processo de transição apresenta-se, há um bom tempo com fases específicas: as ocorrências sísmicas, que são de todos os períodos, agora, porém, estão mais aceleradas, os sofrimentos morais que vem de doenças geradas pelas próprias criaturas humanas, em razão de terem optado pelos roteiros mais difíceis, as enfermidades dilaceradoras que encontram campo de expansão naqueles que se encontram receptivos, as dores coletivas resultantes dos interesses subalternos dos déspotas, dos ambiciosos, dos que se fazem carrascos da humanidade, assessorados por outros semelhantes que os mantêm na condição infeliz. E outros processos igualmente afligentes, convidando todas as criaturas a reflexão em torno das mudanças que se estão operando e que prosseguirão com mais severidade.
Jesus providenciou o retorno dos Seus mensageiros que marcaram as suas épocas com as características de amor e sabedoria, de modo que impulsionaram o progresso da humanidade até este momento culminante, agora necessários para o grande enfrentamento com as heranças enfermiças que permanecem na psicosfera do planeta, em razão da condição primaria de alguns dos seus habitantes. Simultaneamente, torna-se indispensável a presença de missionários de outra dimensão que, ao lado desses conseguirão vencer as urdiduras e programações dos desastres morais, modificando a estrutura moral da Terra, que irá elevar-se a situação mais própria a mundo de regeneração.
À medida que os espíritos progridem, as funções do corpo intermediário são absorvidas lentamente pelo ser imortal, em face da desnecessidade de construir corpos com os sinais do processo evolutivo, corrompidos, degenerados, limitados... Atingindo uma faixa mais elevada, o ser espiritual proporciona o renascimento através de automatismo, tendo como modelo a forma saudável e bela, cada vez mais sutil e nobre até alcançar o estado de plenitude, o reino dos céus interior...
Esses espíritos vindos do outro orbe, necessitam de algumas adaptações perispiritual para ficar compatíveis com a vibração do planeta Terra, assim como também a adaptação à psicosfera do novo domicílio temporário. Pois, do orbe de onde veem o estágio vibratório é diferente do nosso. Deste modo, os que vem de fora do nosso sistema passam por uma fase de adaptação perispiritual necessária ao êxito do ministério que irão desempenhar, submetendo-se a experimentos especiais, de modo que a sua adaptação ao novo corpo, que deverão modelar, seja menos penosa. Isto porque, no orbe em que viviam as dores e enfermidades físicas não existem mais, na condição de procedimentos depuradores, tornando-lhe indispensável condensar, sintetizar  no perispírito energias próprias para poder habitar o planeta Terra.
Nesses laboratórios os espíritos do outro orbe ficam sob forte jato de energia luminosa em concentração profunda. Neste estado, concentrados nos objetivos que os traziam à Terra, desdobram as características de expansibilidade perispiritual, neles quase que absorvidas pelo espírito, a fim de poderem plasmar as necessidades típicas do veículo carnal de que se revestiriam quando no ministérios reencarnatorio. Esta operação delicada de remodelagem perispiritual faculta ao espírito o retorno psíquico ao período em que as reencarnações eram-lhe penosas, e, portanto imprimiam nos tecidos delicados da sua estrutura as necessidades evolutivas.
Enquanto o processo de recuperação perispiritual nos moldes terrenos é realizado, ocorre que, aparelhos delicados acoplados à cabeça, transmite acontecimentos planetários do nosso orbe, para ele se acostumar com as ocorrências do cotidiano, com o objetivo de facilitar-lhes o trânsito com os demais membros da grande família humana.
Essas construções haviam sido programadas e executadas por engenheiros de Alcione que, antes da chegada dos que se deveriam reencarnar, criaram os pousos onde ficariam preparando-se, para depois poderem transitar na psicosfera terrestre, comunicando-se mediunicamente e participando dos labores espirituais.
Esses espíritos missionários do orbe de Alcione estarão reencarnado nas mais diversas áreas do conhecimento, assim como nos mais variados segmentos da sociedade.


Amanhecer de Uma Nova Era. Psicografia de Divaldo Franco. Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda-Fonte: Blog Jardim Espirita

"COMO ENCONTRAR A PAZ EM SUA VIDA?"

Noventa anos, dos quais 50 dedicados ao espiritismo, mais de 250 livros publicados e 70 países visitados para participar de palestras e conferências. Discípulo de Chico Xavier, o médium baiano Divaldo Pereira Franco é considerado a principal liderança espírita da atualidade.
Reconhecido pelo trabalho com jovens carentes – já adotou 689 crianças e fundou, em 1952, a Mansão do Caminho, espaço de 83 mil m² em Salvador que já acolheu 35 mil jovens em situação de vulnerabilidade – ele é tomado por muitos como uma celebridade religiosa. Mesmo com a fama, demonstra humildade por onde passa e diz que só prega uma coisa: amor e tolerância.
Em visita a Porto Alegre no último fim de semana para participar do 9º Congresso Espírita do Rio Grande do Sul, na PUCRS, onde devotos formaram fila e choraram de emoção, Divaldo conversou com o GaúchaZH sobre espiritualidade, felicidade e crise de valores.
Assista aqui a entrevista ou leia o conteúdo a seguir:
— Apesar do avanço tecnológico, o homem moderno não encontrou a paz que procurava. Ao possuir coisas, defrontou-se com o vazio interior. Esse vazio somente é preenchido, como diria Platão, através do autoconhecimento. No momento em que nos identificamos, sabemos qual é a finalidade da vida — refletiu.
Confira os principais trechos da entrevista:
O Brasil vive hoje um momento difícil. Há uma crise político-econômica, a violência aumenta e enfrentamos momentos de intolerância. Que leitura o senhor faz desse cenário?
Toda a vez em que a civilização atinge um ápice de progresso, há uma curva de afirmação de valores. E naturalmente, uma decadência. (Isso ocorre) Desde a antiga Babilônia até a Europa moderna, que atingiu um alto nível na civilização e, no entanto, não pode evitar duas guerras. É um fenômeno natural e histórico no processo da evolução. Apesar disso, nunca houve na humanidade tanto amor, tanta bondade e tanto sacrifício. A crise nos afeta muito. Mas é necessário descobrir os valores que estão ocultos e que os exaltemos. A crise é uma preparação de mudança – de natureza social ou tecnológica. É para a adaptação.
Como sair dessa crise e redescobrir nossos valores?
Quando cada um de nós realizar uma mudança de valores. Em vez de nos preocuparmos tanto com os valores externos, com a posição social ou em atingir topo, (deveríamos) nos preocupar com a harmonia interna. Com essa modificação, haverá um contágio de sentimentos.
O senhor já fez milhares de conferências em quase 70 países. Quais os anseios e dificuldades que o senhor nota em comum em pessoas de diferentes lugares?
O grande desafio da criatura humana é a própria criatura humana. O indivíduo muda somente de nome e de endereço. Os conflitos psicológicos, as ânsias e as necessidades emocionais são as mesmas, porque falta às pessoas aquele conhecimento profundo de si para dar à sua vida um objetivo e uma natureza existenciais. Apesar das conquistas tecnológicas, o homem moderno não encontrou aquela paz que procurava. Ao possuir coisas, defrontou-se com o vazio interior. Esse vazio somente é preenchido, como diria Platão, através da observação daquela proposta de Sócrates: o autoconhecimento. No momento em que nos identificamos, sabemos qual é a finalidade da vida.
O senhor é conhecido por dedicar a vida a crianças em situação de vulnerabilidade social. Qual é o maior prejuízo para uma criança furtada de condições dignas de alimentação, educação, higiene, afeto e cuidado?
Surgem as patologias sociológicas do abandono. A sociedade passa a ser detestada. E a criança que não recebeu vai cobrar. Torna-se um vândalo e invariavelmente, sai marginalizado e vai para os departamentos do crime e da droga. Nesses momentos, ele se torna um indivíduo pernicioso à comunidade. Somos responsáveis pela violência. O que negamos aos necessitados, eles vêm tomar pela força. É a lei do universo. Faltando a cooperação, surge a violência.
Como resgatá-los?
Dando-lhes oportunidade. Amando-os. Fazendo com que despertem para a vida. Com esse sentimento, eles se tornam elementos úteis da sociedade e passam a ser membros de um novo corpo – o corpo da era nova.
O senhor adotou muitas crianças. É um pai para muitos…
Compreendi que não bastava dar comida, roupa e escola. Era necessário dar segurança e carinho. Todos nós somos carentes. Aquele que foi rejeitado ou que padeceu em função da orfandade tem sede de amor muito grande. E como eu tinha sede de amor também, procurei dar-me. Dar qualquer um faz, mas para dar-se é necessário renunciar ao ego para tornar feliz o outro.
O senhor recebeu o título de embaixador da paz no mundo em 2005 por uma universidade de Genebra, na Suíça. De lá para cá, o que mudou?
A sociedade passou a perceber muito os valores da vida. A ecologia desenvolveu valores adormecidos. O sentimento de amor ampliou-se muito, particularmente aos animais. Não só evitando a exterminação em massa de vidas que caminhavam para o extermínio, mas também o acompanhamento deles para a solidão. Mudaram os sentimentos, que antes eram ególatras e voltados para dentro. Ao amarmos o animal, facilmente iremos amar a criatura humana.
O senhor dedicou a vida ao espiritismo. Que mensagem o senhor traz da sua caminhada e do espiritismo, até para que não é espírita ou não tem religião?
Que vale a pena amar. O amor desabrocha através do respeito pela vida e se consolida pela amizade. Posteriormente, pela aglutinação de sentimentos. Através desses sentimentos, tornamos o mundo melhor e o ser humano se torna parte do universo. Ele (o ser humano) o é (é parte do universo), mas não sabe. É como no caso do holograma: cada pedaço tem o todo e o todo tem os pedaços. Nós carregamos o mundo dentro de nós. Quando nos dermos conta de que somos cédulas utilíssimas dessa realidade universal, mudaremos interiormente e voltaremos, com sentimento de amor, em alta escala de progresso. E a vida será melhor.
O senhor já declarou que é melhor não ter religião e ser digno do que ter religião e não ter dignidade. Por quê?
Muitas vezes a religião é um rótulo. É como um produto que está designado por um nome mas, por dentro, tem outro significado. A função da religião é apresentar a pedagogia da boa conduta. Por isso, toda religião que não leva ao fanatismo é boa. Mas, invariavelmente, o indivíduo tem a religião como ato social e não se impregna de todos os postulados. Ou em outras vezes, não tem religião e tem sentimento de nobreza. Se olharmos os grandes construtores da sociedade, veremos que não eram religiosos. Sua religião era a prática do bem, o desejo de fomentar o progresso e de promover o indivíduo ao status de cidadania.
Em 2014, o senhor publicou o livro “Seja Feliz Hoje”. Como ser feliz hoje?
Ao realizar o estado de paz interior. Confundimos a felicidade com o prazer. O prazer é fugidio, resultado da vida sensorial. A felicidade é o aprofundamento de valores. Podemos ser felizes na doença, na pobreza, na situação deplorável. Mas logo vem a ânsia do prazer. A verdadeira felicidade é dar-se para que a vida seja útil. Quando ela se torna útil a alguém, torna também ao indivíduo. É a proposta de Jesus Cristo: ele veio para servir, e não se serviu de nós para evoluir. A lição dele está no espiritismo, que nos oferece, na caridade, o meio de exaltação do self. Buscamos sempre o prazer e esquecemos da felicidade. Muitas vezes temos as respostas físicas, mas não temos a paz interior para a plenitude.
Há quem diga que hoje existe uma obsessão pela felicidade e que é por isso que as pessoas se frustram. Como o senhor avalia isso?
A felicidade é pelo ter. Corremos atrás de coisas e esquecemos dos valores individuais. Muitas vezes renuncio a determinado prazer para encontrar a paz. Somente quando nos preenchemos de valores éticos é que as coisas perdem o significado. Elas têm o valor que nós atribuímos. No momento em que a dor nos surpreende, esses valores desaparecem. Mas quando temos certeza de que a dor é um apelo do universo para que nos tornemos melhores, a felicidade aparece.
A felicidade envolve renúncia?
Sim. Sem a renúncia, não há felicidade. A renúncia é prova de amor, não exigir que o outro seja como nós queremos, mas ser feliz com aquilo que o indivíduo tiver. Qual a sua mensagem para os espíritas e para quem não é também? Que procure tudo para fazer o bem do outro. Quando mudamos, o mundo se transforma. Esperamos que os valores venham das autoridades governamentais. Mas eles são cidadãos. Se foram felizes, serão excelentes autoridades. Mas se tiverem caráter dúbio, acostumados ao suborno das paixões, eles mudam somente de postura e pioram aquelas tendências. Vale a pena amar, mas no sentido de tornar o outro feliz. Quando tornamos o outro feliz, ficamos felizes.
A mudança é difícil?
Não. É questão de adaptação. Vivemos um mundo de hábitos. Se algo me apraz, eu repito. Se me desagrado, cancelo. Se coloco uma meta produtiva que me planifica, eu me adapto e isso se torna uma realidade.
GAÚCHAZH

Fonte: Chico de Minas Xavier

terça-feira, 26 de dezembro de 2017

"UM PRETO-VELHO EM UM CENTRO ESPÍRITA "

"Dando início a uma destas reuniões mediúnicas num centro espírita orientado pela doutrina de Allá Kardec, foi feita a prece a abertura por um dos presentes. Iniciando-se as manifestações, pequenas mensagens de consolo e apoio foram dadas pelos desencarnados aos membros da reunião. Quando se abriu o espaço destinado à comunicação de Espíritos necessitados, ocorreu o inesperado, a médium Letícia fica sob a influência de um Espírito...O dirigente Sr. Antenor, como sempre fez nos seus vinte anos de prática espírita, deu-lhes as boas-vindas, em nome de Jesus.
- Seja bem-vindo, meu irmão, nesta casa de caridade.
O espírito respondeu:
- Boa noite fio. Suncê me dá licença pra eu me aproxima de seus trabaios, fio?
- Claro, meu companheiro, nosso centro espírita está aberto a todos os que desejam progredir. – respondeu o dirigente da mesa. Todos os presentes perceberam que a entidade comunicante era um Preto-Velho. A entidade continuou:
- Vós mecê não tem ai uma bebida pra eu bebê, fio?
- Não, não temos. Você precisa se libertar destes costumes que traz dos terreiros, que é o de ingerir bebidas alcoólicas. O espírito precisa evoluir – disse-lhe o Sr. Anestor.
- Vósmecê, num tem ai um pito? To com vontade de pita um cigarrinho, fio.
- Ora meu irmão, você deve deixar o mais breve possível este hábito adquirido nas práticas de terreiro, se é que queres progredir. Que benefícios traria isso a você?
O Preto-Velho respondeu :
- Preto Veio gosto muito de suas falas, mas suncê e mais alguns dos médiuns não faz uso do cigarro, fio? Suncê mesmo num toma suas bebidinhas nos finar de semana? Vós mecê pode me explica a diferença que tem o seu Espírito que beberica whisky do meu Espírito que quer beber aqui dentro? Ou explica pra mim, a diferença do cigarrinho que suncês fuma na rua, daquele que eu quero pita aqui dentro?
Sr.Anestor não pode explicar, mas resolveu arriscar :
- Ora, meu amigo, nós estamos num templo espírita é preciso respeitar os trabalho de Jesus.
Fio, ou se suncê preferi...Caro dirigente, na escola espiritual da qual faço parte, temos aprendido que o verdadeiro templo não se constitui nas quatro paredes a que chamais centro espírita. Para nós, estudiosos da alma, o templo da verdade é o do Espírito. E é ele que está sendo profanado com o uso do álcool e do fumo, como vêm procedendo os senhores. Vosso exemplo na sociedade, perante os estranhos e mesmo seus familiares, não tem sido dos melhores. O hábito, mesmo social, de beber e fumar deve ser combatido por todos os que trabalham na terra em nome do Cristo. A lição do próprio comportamento é fundamental na vida de quem quer ensinar. Houve grande silencio diante de tal argumentação segura.Pouco depois, o Espírito continuou :
- Suncê me adescurpa a visitação que fiz hoje, e o tempo que tomei do seu trabaio. Vou-me embora pra donde vim, mas antes, fio, queria deixa a suncêis um conseio: que tomem cuidado com suas obras, pois, como diria Nosso Sinhô, tem gente coando mosquito e engolindo camelos. Cuidado irmãos, muito cuidado. Preto-Véio deixa a todos um pouco da paz que vem de Deus. Ficam meus sinceros votos de progresso a todos os que militem nesta respeitável Seara.
Dado o conselho, afastou-se para o mundo invisível. Dr. Anertor ainda quis perguntar-lhe o porque de falar "daquela forma", mas não houve resposta. No ar ficou um profundo silêncio, uma fina sensação de paz e uma importante lição para todos meditarem."
(Isso aconteceu na Casa Espírita Seara Bendita e foi repassada por uma das médiuns presentes)

Fonte: Genuína Umbanda

"HÁ MAIS PAIS DO QUE MÃES NO UMBRAL"

CHICO XAVIER ALERTA OS PAIS:
"Várias vezes visitei com Emmanuel e André Luiz, as regiões do Umbral... Não vi por lá uma criança sequer, mas pude observar muitos pais que se responsabilizaram pela queda dos filhos - mais pais do que mães!..."
Fazer filho qualquer homem pode fazer. Mas ser PAI vai além de uma simples satisfação sexual. Há as responsabilidades com aquele espírito que está voltando. E que, antes de ser nosso filho, é filho de Deus.
Sabemos que muitos pais são responsáveis, ás vezes, mais que as mães. A eles deixamos nosso respeito. Mas, precisamos alertar os irresponsáveis. Infelizmente, nossa sociedade ainda é machista. E grande culpa é de quem cria os meninos com este conceito. Observem que, a mulher é "mãe solteira", o homem não recebe o título de "pai solteiro". A mulher é chamada de "vadia, vagabunda, sem vergonha", etc., e o homem de "garanhão". Não vemos homens recebendo os mesmos títulos. Quem sofre com o estupro, é a mulher. Quem entra na Justiça para buscar pensão é a mulher. Na certidão de nascimento vemos "pai desconhecido" e não o contrário. Então, aos homens, diremos que, se cuidem, pois na próxima encarnação poderão nascer num corpo feminino e nele sofrer o mesmo abuso e desrespeito que estão fazendo as mulheres passarem, além de passar um tempinho no Umbral. E para as mulheres diremos, cuidem-se, valorizem-se e se acaso o homem que você escolheu para ser pai de seu filho não correspondeu às suas expectativas, crie seu filho com dignidade e responsabilidade. Pois, há muitas mulheres iludidas com os prazeres "passageiro" do mundo e negligenciando a maternidade. Algumas delegam a terceiros a guarda do filho em nome da "liberdade". Outras, quando formam nova família descartam o filho do primeiro casamento. A estas dizemos: "lembrem-se, vocês também responderão perante a lei divina."


Fonte: GRUPO DE ESTUDO ALLAN KARDEC

𝗖𝗢𝗠𝗢 𝗢𝗦 𝗥𝗘𝗟𝗔𝗖𝗜𝗢𝗡𝗔𝗠𝗘𝗡𝗧𝗢𝗦 𝗙𝗜𝗖𝗔𝗠 𝗔𝗧𝗥𝗘𝗟𝗔𝗗𝗢𝗦 𝗡𝗔𝗦 𝗥𝗘𝗘𝗡𝗖𝗔𝗥𝗡𝗔𝗖̧𝗢̃𝗘𝗦.

Os ajustes dos relacionamentos problemáticos de outras existências. Pelas reencarnações os espíritos têm a oportunidade de reestabelecer os ...